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Variação temporal do fitoplâncton de um lago pertencente à Área de Proteção Permanente no estado de Alagoas, nordeste do Brasil

Temporal variation of phytoplankton in a lake in a permanent protected area in Alagoas State, Northeast Brazil

Resumos

Este trabalho teve como objetivo determinar a variação espaço-temporal do microfitoplâncton e variáveis ambientais no Lago Azul, Área de Proteção Permanente do município de Marechal Deodoro, Alagoas. As coletas ocorreram no período de abril a setembro de 2008. As amostras do fitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais, com rede de abertura de malha de 45 µm e, concomitantemente, coletadas amostras de água utilizando garrafa de Van Dorn, para a determinação dos parâmetros físico-químicos. Foram identificados 27 táxons predominando as Chlorophyta (63%), destacando-se como espécies "dominantes" Desmidium swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy (62,3%) e D. cylindricum Greville (55,1%), seguidos das Bacillariophyta (26%) e Cyanobacteria (11%). O pH levemente ácido e a baixa disponibilidade de nutrientes ofereceram condições favoráveis para o desenvolvimento das Desmidiaceae: Closterium sp., Cosmarium goniodes West & West, C. margaritiferum Meneghini ex Ralfs, C. vogeciacum Gutwinski, Desmidium cylindricum Greville, D. pseudotreplonema West & West, D. swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy, Euastrum brasiliense Borge var. minus G.S.West, Gymnozyga moniliformis Ehrenberg, Micrasterias denticulata Brébisson ex Ralfs, M. (Kützing) Ralfs, M. radians Turner e Tetmemorus laevis (Kuetzing) Ralfs.

fitoplâncton; ambiente lacustre; desmidiaceae


The objective of this work is to determine the spatial and temporal variation of microphytoplankton and environmental variables in Lake Azul, a permanent protected area in the town of Marechal Deodoro, Alagoas State, Brazil. Samples were collected from April to September 2008. Phytoplankton samples were obtained by surface-horizontal trawling with a 45µm mesh net. Water samples were taken with a Van Dorn bottle, during the phytoplankton collection, in order to determine physical-chemical parameters. A total of 27 taxa were identified, Chlorophyta were the most abundant taxa (63% of the sample) followed by Bacillariophyta (26%) and Cyanobacteria (11%). The dominant species were Desmidium swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy (62.3%) and D. cylindricum Greville (55.1%). The slightly acid pH associated with low nutrient availability favors the development of Desmidiaceae: Closterium sp., Cosmarium goniodes West & West, C. margaritiferum Meneghini ex Ralfs, C. vogeciacum Gutwinski, Desmidium cylindricum Greville, D. pseudotreplonema West & West, D. swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy, Euastrum brasiliense Borge var. minus G.S.West, Gymnozyga moniliformis Ehrenberg, Micrasterias denticulata Brébisson ex Ralfs, M. (Kützing) Ralfs, M. radians Turner and Tetmemorus laevis (Kuetzing) Ralfs.

phytoplankton; lakes; oligotrophic; desmidiaceae


ARTIGOS ARTICLES

Variação temporal do fitoplâncton de um lago pertencente à Área de Proteção Permanente no estado de Alagoas, nordeste do Brasil

Temporal variation of phytoplankton in a lake in a permanent protected area in Alagoas State, Northeast Brazil

Karla Priscila Barros da SilvaI, 1 1 Autor para correspondência: karlapriscila_barros@hotmail.com ; Manoel Messias da Silva CostaII; Élica Amara Cecília GuedesII

IUniversidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, Maceió, AL, Brasil

IIUniversidade Federal de Alagoas, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Setor de Botânica, Laboratório de Ficologia, Maceió, AL, Brasil

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo determinar a variação espaço-temporal do microfitoplâncton e variáveis ambientais no Lago Azul, Área de Proteção Permanente do município de Marechal Deodoro, Alagoas. As coletas ocorreram no período de abril a setembro de 2008. As amostras do fitoplâncton foram obtidas através de arrastos horizontais superficiais, com rede de abertura de malha de 45 µm e, concomitantemente, coletadas amostras de água utilizando garrafa de Van Dorn, para a determinação dos parâmetros físico-químicos. Foram identificados 27 táxons predominando as Chlorophyta (63%), destacando-se como espécies "dominantes" Desmidium swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy (62,3%) e D. cylindricum Greville (55,1%), seguidos das Bacillariophyta (26%) e Cyanobacteria (11%). O pH levemente ácido e a baixa disponibilidade de nutrientes ofereceram condições favoráveis para o desenvolvimento das Desmidiaceae: Closterium sp., Cosmarium goniodes West & West, C. margaritiferum Meneghini ex Ralfs, C. vogeciacum Gutwinski, Desmidium cylindricum Greville, D. pseudotreplonema West & West, D. swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy, Euastrum brasiliense Borge var. minus G.S.West, Gymnozyga moniliformis Ehrenberg, Micrasterias denticulata Brébisson ex Ralfs, M. (Kützing) Ralfs, M. radians Turner e Tetmemorus laevis (Kuetzing) Ralfs.

Palavras-chave: fitoplâncton, ambiente lacustre, desmidiaceae

ABSTRACT

The objective of this work is to determine the spatial and temporal variation of microphytoplankton and environmental variables in Lake Azul, a permanent protected area in the town of Marechal Deodoro, Alagoas State, Brazil. Samples were collected from April to September 2008. Phytoplankton samples were obtained by surface-horizontal trawling with a 45µm mesh net. Water samples were taken with a Van Dorn bottle, during the phytoplankton collection, in order to determine physical-chemical parameters. A total of 27 taxa were identified, Chlorophyta were the most abundant taxa (63% of the sample) followed by Bacillariophyta (26%) and Cyanobacteria (11%). The dominant species were Desmidium swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy (62.3%) and D. cylindricum Greville (55.1%). The slightly acid pH associated with low nutrient availability favors the development of Desmidiaceae: Closterium sp., Cosmarium goniodes West & West, C. margaritiferum Meneghini ex Ralfs, C. vogeciacum Gutwinski, Desmidium cylindricum Greville, D. pseudotreplonema West & West, D. swartzii var. quadrangulatum (Ralfs) A. Roy, Euastrum brasiliense Borge var. minus G.S.West, Gymnozyga moniliformis Ehrenberg, Micrasterias denticulata Brébisson ex Ralfs, M. (Kützing) Ralfs, M. radians Turner and Tetmemorus laevis (Kuetzing) Ralfs.

Key words: phytoplankton, lakes, oligotrophic, desmidiaceae

Introdução

Lagos são corpos d'água interiores sem comunicação direta com o mar e suas águas têm em geral baixo teor de íons dissolvidos, quando comparadas às águas oceânicas. O surgimento destes ambientes tem sido objetivo de vários ramos da ciência. Na limnologia, estes estudos têm grande relevância, devido à praticidade dos resultados ecológicos para uma adequada utilização do sistema e pela possibilidade de desenvolvimento teórico e prático do ambiente (Esteves 1998, Padilha 2001).

Desta forma, a compreensão do fitoplâncton lacustre no Brasil é particularmente significante ajudando a revelar importantes padrões biológicos em relação ao efeito antropogênico local (Araújo et al. 2000). Tais estudos com o fitoplâncton contribuem preponderantemente para a compreensão do funcionamento do sistema como um todo (Nogueira 2003), devido a sua contribuição essencial na elaboração da matéria orgânica necessária à sobrevivência dos organismos herbívoros destes ambientes (Câmara et al. 2007).

Em lagos tropicais, a produtividade fitoplanctônica é dependente, principalmente, da disponibilidade de radiação dentro do próprio lago, concentração de nutrientes, temperatura e pH da água. Há outras variáveis que podem assumir maior relevância, como precipitação, vento e flutuação do nível da água. Todas estas variáveis, por sua vez, desenvolvem padrões de variações na disponibilidade de nutrientes e luz, refletindo nos ciclos das populações algais (Reynolds 1984, Nogueira & Matsumura-Tundisi 1996, Esteves 1998).

Sendo assim, as modificações na comunidade fitoplanctônica, podem adquirir caráter preditivo sobre as possíveis mudanças no meio onde ocorrem (Huszar 1994), pois o fitoplâncton é essencial para a avaliação da qualidade ambiental, devido a sua capacidade de ocorrer em quase todo tipo de ambiente de água doce (Margalef 1983, Gentil 2007). Logo, a sua identificação e quantificação são de grande interesse para avaliar as condições ecológicas de um ecossistema aquático, além de prevenir ou controlar situações indesejáveis ou incompatíveis.

Este trabalho teve como objetivo caracterizar a estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua relação com as variáveis ambientais no Lago Azul, pertencente a uma Área de Proteção Permanente no estado de Alagoas.

Materiais e métodos

Área de estudo

O Lago Azul localiza-se dentro da usina açucareira Sumaúma no Município de Marechal Deodoro, entre as coordenadas: S 09° 40.018' e W 35° 44.922' distando aproximadamente 28 km da capital - Maceió. A região possui clima tropical quente e úmido, com temperatura média em torno de 26ºC, com período de chuva nos meses de abril a junho e período de seca nos meses de julho a setembro. O Lago encontra-se dentro de uma Área de Proteção Permanente da usina, que em torno possui uma vasta vegetação de Mata Atlântica Ombrófila, em bom estado de conservação, mas possuindo trechos com indicações de alterações ambientais, devido à introdução de bambus (espécie exótica). O local também é bastante visitado por diversas instituições de ensino para aulas práticas e de campo (fauna, flora, ecologia, educação ambiental, etc.). O Lago Azul foi represado, mas ainda assim, é considerado um local muito atrativo e frequentemente vem sendo explorado para área de lazer e recreação. Os períodos de maior fluxo, geralmente, são nos meses de junho e julho, devido ao período de férias. Geralmente, é frequentado durante a semana pela população local, sendo, entretanto, de difícil acesso, pois a estrada que dá acesso fica entre os canaviais da usina. Essas atividades tais como, o represamento do lago e a grande influência antrópica (lazer e recreação), vêm contribuindo para a descaracterização desse ambiente, podendo, desta forma, alterar a dinâmica do lago.

Coletas e análises

As coletas foram realizadas durante o período de abril a setembro de 2008, abrangendo as épocas seca e chuvosa na região. Para a realização das amostras foram determinados dois pontos de coleta (ponto 1 e ponto 2). O ponto 1, sofre maior influência de atividades antrópicas, por estar mais próximo das áreas de lazer e recreação, o ponto 2, se encontra próximo a margem do lago e sofre menos com atividades antrópicas.

As amostras foram obtidas utilizando uma rede de plâncton, com abertura de malha de 45µm por meio de arrastos horizontais e superficiais. Após as coletas as amostras foram acondicionadas em frascos de vidros, devidamente etiquetadas e preservadas em solução de formol a 4%, sendo posteriormente transportados ao Laboratório de Ficologia do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Para o estudo qualitativo, foram examinadas alíquotas de 1 mL procedendo-se a análise direta das microalgas identificadas no microscópio óptico binocular. Para a identificação taxonômica dos gêneros e/ou espécies, foram consultados trabalhos específicos na área: Hustedt (1961-1966), Bourrely (1970), Moreira Filho et al. (1977-1978), Streble & Krauter (1987), Anagnostidis & Komárek (1990), Parra & Bicudo (1995), Moreno et al. (1996) e Komárek & Anagnostidis (1998). Foi utilizado o Sistema de Classificação de Round et al. (1990) para enquadramento taxonômico das diatomáceas, o de Anagnostidis & Komárek (1988) e Komárek & Anagnostidis (2005) para Cyanobacteria e o Sistema de Van den Hoek et al. (1995) para os demais grupos taxonômicos.

Após a identificação, foram realizadas contagens dos organismos e calculada a abundância relativa de cada táxon, utilizado a fórmula: A=Nx100/n onde, N = n° de espécies na amostra; n = n° total de espécies, sendo estabelecidos os seguintes critérios: dominante - ocorrência maior do que 50%; abundante - ocorrência entre 50 e 30%; pouco abundante - ocorrência entre 30 e 10%; rara - menor de 10% (Lobo & Leighton 1986). A frequência de ocorrência foi calculada a partir do número de vezes em que cada táxon ocorreu nas amostras analisadas, de acordo com a metodologia de Mateucci & Colma (1982), por intermédio da fórmula: F=Px100/p onde, P = n° de amostras contendo a espécie; p = n° total de amostras examinadas, sendo estabelecidos os seguintes critérios: muito frequente - ocorrência em mais de 70% das amostras; frequente - ocorrência entre 70% e 40% das amostras; pouco frequente - ocorrência entre 40% e 20% e esporádica menos de 20%.

O índice de diversidade específica foi calculado segundo Shannon (H') (1948), através da seguinte fórmula: H'= -∑pi.log2 pi \ pi= ni/N onde, ni= é o número de indivíduos de cada espécie N= é o número total de indivíduos. Os resultados foram expressos em bits.cél-1, considerando-se que 1 bit equivale a uma unidade de informação (Valentin 2000), cujos valores podem ser enquadrados nas seguintes categorias: alta diversidade = > 3,0 bits.cél-1; média diversidade = <3,0 > 2,0 bits.cél-1; baixa diversidade = < 2 >1,0 bits.cél-1; muito baixa diversidade = < 1,0 bits.cél-1. A Equitabilidade (J) foi calculada segundo Pielou (1977), através da fórmula: J= H'/log2S, onde: H'= índice de Shannon; S = nº total de espécies de cada amostra. Apresentando valores entre 0 e 1, sendo considerado alto ou equitativo os valores superiores a 0,50, o qual representa uma distribuição uniforme dos táxons na amostra analisada. Para estes cálculos foi utilizado o programa estatístico Ecológica (Measures of Community and Measures of Community Simmilarity).

As coletas de água para determinação dos parâmetros físico-químicos e da clorofila "a" foram efetuadas na camada superficial, com auxílio de uma garrafa coletora do tipo "Van Dorn", com capacidade de 1 litro. As análises foram realizadas pela equipe do Laboratório de Hidroquímica do Laboratório de Biologia Marinha (LABMAR) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde foram determinados: condutividade (µS.cm-1), pH (Potenciômetro Alfa Tecnoquímica Ltda), salinidade e turbidez (UNT) utilizando-se a "International Oceanographic Tables" (UNESCO 1973) e os nutrientes, nitrito (NO2-) nitrato (NO3-) e amônio (NH4+), determinados pelo método descrito por Strickland & Parsons (1972), silicato (SIO2-) e fósforo dissolvido (PO4-3) segundo Grasshoff et al. (1983), Clorofila a (µg.L-1) analisadas em espectrofotômetro de acordo com UNESCO (1966).

Resultados e discussão

A condutividade apresentou uma ampla variação, tendo um valor mínimo de 79 µS.cm-1 , registrado em julho/2008 e máximo de 142 µS.cm-1 em abril/2008, ambos no ponto 1 (Tab. 1), sendo considerada alta no estudo realizado. O ponto 1 sofreu maiores influências antrópicas do que o ponto 2, por estar mais próximo das atividades de recreação dos banhistas. A condutividade elétrica é a medida da capacidade da água em conduzir corrente elétrica e será tanto maior, quanto maior for à concentração de íons dissolvidos (Esteves 1998). A condutividade elétrica é considerada um bom indicador de qualidade das águas, uma vez que altos valores podem indicar poluição antropogênica (Esteves 1998, Brigante et al. 2003). A distribuição dos valores de condutividade elétrica indica baixas quantidades de sólidos em suspensão na coluna d'água. No geral a condutividade teve altos valores, indicando uma poluição antropogênica no Lago Azul, possivelmente devido à frequência que este ambiente é utilizado para lazer e recreação.

Margalef (1983) afirma que águas naturais com valores normais em geral, a apresentam condutividade até 100 µS.cm-1. No trabalho de Macedo & Sipaúba-Tavares (2005) em viveiros de piscicultura em São Paulo, verificaram variação na condutividade elétrica ao longo do ano.

Matsuzaki et al. (2004) relata que valores elevados de condutividade elétrica indicam altos grau de decomposição de matéria orgânica que libera maior quantidade de íons na coluna de água. Além disso, também detecta processo de eutrofização em corpos de água e ajuda a identificar fontes poluidoras nos ecossistemas aquáticos. Os valores de pH da água, variaram de um mínimo de 4,6 registrado na coleta do mês de setembro/2008 (ponto 2) e um valor máximo de 5,6 no mês de maio/2008 (ponto 1), em geral, não houve uma variação durante o período estudado, caracterizando um pH ácido.

Nos estudos de Nogueira (2003), afirma que o pH em lagos tende a ser geralmente ácido nos períodos de secas, devido à presença dos ácidos húmicos oriundos da decomposição de materiais vegetais (fitoplâncton e macrófitas aquáticas), da própria vegetação local e de animais. Este mesmo padrão foi encontrado em um lago marginal no estudo de Peres & Senna (2000) na lagoa do Diogo em um ciclo hidrológico na Estação Ecológica de Jataí, SP, e em lagos Amazônicos investigados por Sioli (1991).

Os baixos valores de pH verificados no Lago Azul estão associados às características ácidas dos solos e a decomposição de macrófitas aquáticas. Os valores de pH encontrados no lago Azul correspondem aos encontrado em outros estudos realizados em lagos no centro-oeste e nordeste do Brasil (Espíndola et al. 1996, Dellamano-Oliveira et al. 2003).

As comunidades aquáticas podem interferir nos valores de pH do meio, sendo que as algas podem elevar o pH por meio do processo de fotossíntese (Matsuzaki et al. 2004). O mesmo foi dito por Hellawell (1989), que afirmou que os organismos autotróficos, como macrófitas aquáticas e algas, podem elevar o pH por meio do processo de assimilação de CO2 na fotossíntese e os organismos heterotróficos, por outro lado, podem diminuir o pH do meio através dos processos de decomposição e respiração, liberando CO2, formando ácido carbônico e íons hidrogênio.

Quanto as concentrações de nutrientes, o fósforo teve a menor concentração no período de seca, nos meses de julho/2008 (ponto 2) e agosto/2008 (pontos 1 e 2), com valores de 0,05 µM e a maior concentração foi registrada no período chuvoso, no mês de abril/2008 (ponto 1), com 1,57 µM. Os valores de nitrato foram altos durante o período de estudo, onde a menor e a maior concentração ocorreram no mês de setembro/2008, 1,88 µM (ponto 1) e 46,0 µM (ponto 2), respectivamente (Tab. 1). Quanto aos valores de sílica, a menor concentração foi encontrada no mês de junho/2008 no ponto 1, com valor de 1,30 µM. No mês de abril/2008, ocorreram as maiores concentrações, tanto no ponto 1 (38,26 µM) como no ponto 2 (20,43 µM) (Tab. 1).

Neste estudo, ficou evidenciado que as concentrações da maioria dos nutrientes foram elevadas nos períodos de seca (julho a setembro). Porém, se destaca os resultados de nitrato e sílica nas duas épocas estudadas.

Os valores encontrados de silicato foram maiores nos meses de abril e setembro de 2008, provavelmente pela estreita relação entre a biomassa de diatomáceas e a concentração de silicato no meio (Esteves 1998), que consequentemente durante estes meses foram bastante elevadas e os resultados de nitrato foram altos durante quase todo o período de estudo, exceto no mês de agosto/2008.

De acordo com Esteves (1998), a concentração dos nutrientes tem papel fundamental sobre a produtividade do fitoplâncton, e dentre os nutrientes mais importantes destacam-se: fosfato, nitrato, amônia e silicato, considerados geralmente limitantes. Alguns podem ser de grande importância na produtividade primária de certos grupos de algas. O silicato, por exemplo, é o principal nutriente controlador da produtividade das diatomáceas.

Em lagos de regiões tropicais tem-se observado que a periodicidade do fitoplâncton não é uniforme e existem poucas evidências para a ocorrência e flutuações ligadas às estações do ano (flutuações sazonais). Assim, a variação da composição específica ou da densidade do fitoplâncton nesses lagos está associada, geralmente, a fatores locais (Esteves 1998).

Moschini-Carlos et al. (1998), observaram que as concentrações mais elevadas de nutrientes numa lagoa próximo ao rio Paranapanema, SP, foi durante o período de seca, considerando as variações no nível d'água como um dos fatores determinantes. A biomassa fitoplanctônica, em termos de clorofila a, apresentou uma menor concentração nos meses de abril e setembro de 2008, ambos no ponto 1 (0,3 µg.L-1) e a maior concentração de clorofila a ocorreu no mês de junho de 2008 com 8,5 µg.L-1 (ponto 1) (Tab. 1).

A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 27 táxons distribuídos nas divisões Cyanobacteria (3 espécies), Bacillariophyta (7 espécies) e Chlorophyta com (17 espécies). A divisão Chlorophyta foi o mais representativo, totalizando 63% da comunidade fitoplanctônica, seguido das Bacillariophyta (26%) e Cyanobacteria (11%).

A dominância das Chlorophyta é comum em ambientes aquáticos tropicais, alguns estudos referentes à comunidade fitoplanctônica em ambientes lacustres demonstram que as Chlorophyta constituem um grupo importante dentro deste ecossistema, sendo muitas vezes o grupo dominante (Huszar 1996, Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999, Oliveira & Calheiros 2000, Nabout et al. 2006).

Bacillariophyta foi à segunda divisão mais representativa em termos de diversidade de espécies, fato este observado em outros estudos que também relacionam a importante contribuição das bacilariofíceas para a composição de espécies em ambientes tropicais rasos (Huszar et al. 2000, Komárek et al. 2003, Shubert 2003).

Os táxons pertencentes à divisão Cyanobacteria estiveram posicionados dentro da classe Cyanophyceae que contou com representantes de 2 ordens, 2 famílias, 2 gêneros (Merismopedia e Oscillatoria) e 3 espécies. As famílias Oscillatoriaceae e Merismopediaceae destacaram-se com o gênero Oscillatoria sp., e a espécie Merismopedia punctata, respectivamente por estarem presentes em mais de 90% das amostras analisadas (Tab. 2).

Os representantes da divisão Bacillariophyta estiveram distribuídos entre as classes Coscinodiscophyceae, Fragilariophyceae e Bacillariophyceae. A classe Coscinodiscophyceae registrou a presença de apenas 1 ordem e 1 família, com 1 gênero (Coscinodiscus sp.). A classe Fragilariophyceae esteve representada por 2 ordens, 2 famílias, 2 gêneros (Fragilaria e Thalassionema) e 2 espécies. A classe Bacillariophyceae apresentou o maior número de táxons e contou com a presença de 3 ordens, 4 famílias, 4 gêneros (Eunotia, Frustulia, Neidium e Nitzchia), 4 espécies e 1 variedade, tendo os representantes dessa classe, presentes em 90% das amostras analisadas durante o período estudado (Tab. 2).

A divisão Chlorophyta foi representada pela classe Chlorophyceae, cujos táxons estiveram distribuídos dentro de 3 ordens, 5 famílias, 2 gêneros (Closterium e Ulothrix) e 15 espécies. A família Desmidiaceae destacou-se com a presença de 3 gêneros, 10 espécies e 2 variedades, sendo 9 destas, pertencentes aos gêneros Cosmarium (3sp.), Desmidium (3sp.) e Micrasterias (3sp.) (Tab. 2).A predominância das Desmidiaceae: Closterium sp., Cosmarium gonioides, C. margaritiferum, C. vogeciacum, Desmidium cylindricum, D. pseudotreplonema, D. swartzii var. quadrangulatum, Euastrum brasiliense var. minus, Gymnozyga moniliformis, Micrasterias denticulata, M. pinnatifida, M. radians, Roya obtusa e Tetmemorus laevis, pode estar associada ao pH levemente ácido e a baixa disponibilidade de nutrientes, condições estas adequadas ao desenvolvimento dessas algas que foram verificadas no lago.

Segundo Silva (2008) o pH levemente ácido e a baixa disponibilidade de nutrientes favorecem condições adequadas ao desenvolvimento das Desmidiaceae. Representantes da família Desmidiaceae distribuem-se de forma cosmopolita e são abundantes em lagos, tanques e rios oligotróficos e mesotróficos (Wehr & Sheat 2003). As desmídias destacam-se entre os diversos grupos algais, principalmente, pela riqueza específica (Felisberto & Rodrigues 2002) e podem ser encontradas no perifíton, no metafíton e no plâncton (Margalef 1983).

Outros estudos evidenciam a frequência das desmidiáceas no fitoplâncton em outros ambientes, como o estudo de Paiva et al. (2006) realizado na baía do Guajará e foz do rio Guamá, Pará.

Segundo Uherkovich (1981) e Coesel (1982) as condições que favorecem o sucesso das desmídias são geralmente atribuídas à ambientes aquáticos de águas ácidas, baixa condutividade elétrica e oligotróficas, esse fato é bastante observado em ambientes aquáticos amazônicos (Keppeler et al. 1999, Huszar 2000, Melo et al. 2005, Melo et al. 2009). Em nossa pesquisa o ambiente se mostrou geralmente com pH ácido, com baixa condutividade e poucos nutrientes, com exceção nos períodos de recreação, onde houve um aumento da concentração dos nutrientes. A presença do grupo das desmidiáceas não foi observado em trabalhos realizados em ambientes aquáticos de região litorâneas, sendo esse o primeiro relato para nossa região.

As 27 espécies identificadas apresentaram uma distribuição pouco uniforme ao longo do período de coleta, tendo ocorrido menor riqueza no mês de julho/2008 (11 táxons) no ponto 1 e a maior riqueza de espécies foram observadas nos meses de abril/2008 (ponto 1 e ponto 2) e junho/2008 (ponto 2), com um total de 20 táxons (Fig. 1 e Tab. 2).


Considerando a contribuição de cada divisão fitoplanctônica para a riqueza de espécies, as Chlorophyta foram o grupo mais representativo nos períodos estudados, resultado este que corrobora com trabalhos de outros autores (Sant'anna et al. 1997, Bicudo et al. 1999, Pinto-Coelho et al. 1999) que estudaram lagos e reservatórios brasileiro.

Algumas espécies ocorreram com percentuais significativos de abundância, durante o período estudado, sendo observadas duas espécies "dominantes", Desmidium swartzii com 62,3% no mês de julho/2008 e Desmidium cylindricum com 55,1% em setembro/2008 (Tab. 2), influenciando os índices de diversidade específica, a qual variou entre 2,03 bits.cel-1 em julho/2008 (ponto 1) e 3,62 bits.cel-1 no mês de agosto/2008 no ponto 2 (Fig. 2 e Tab. 2). As demais espécies não contribuíram para o aumento da diversidade do ambiente estudado, sendo consideradas pouco abundantes e raras.


A condição de menor diversidade nos meses de julho e setembro de 2008 foi devido à elevada dominância das espécies Desmidium swartzii e D. cylindricum, embora estas espécies tenham sido registradas nos outros meses. As amostras mostraram uma distribuição equitativa, com valores acima a 0,50 caracterizando uma distribuição uniforme das espécies (Fig. 2 e Tab. 2).

As seguintes espécies caracterizaram a estrutura da comunidade fitoplanctônica do Lago Azul, por estarem presentes em mais 70% das amostras analisadas e, assim, consideradas espécies muito freqüentes: Cosmarium goniodes, Closterium sp., Desmidium pseudotreplonema, D. swartzii, Eunotia sp., Frustulia rhomboides, Merismopedia punctata, Neidium affine, Nitzschia longíssima, Oscillatoria sp., Roya obtusa, Spirogyra setiformes e Tetmemorus laevis, representando 52% de todos os táxons analisados. Os demais táxons se enquadraram nas seguintes categorias: frequentes (26%), pouco frequentes (4%) e esporádicos (18%) (Fig. 3 e Tab. 2).


A partir dos resultados obtidos, pode-se inferir que o lago Azul é um sistema que sofre grande influência das atividades antropogênicas, contribuindo dessa forma, para a acidez do ambiente, reduzindo a riqueza de espécies fitoplanctônicas e favorecendo o surgimento das desmídias, fato esse não observado para lagos da região nordestina.

Recebido em 5/10/2010

Aceito em 3/10/2011

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    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      24 Jan 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2011

    Histórico

    • Recebido
      05 Out 2010
    • Aceito
      03 Out 2011
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