EDITORIAL
Suplemento RBO Ortopedia Pediátrica
A oportunidade oferecida pelo Prof. Dr. Gilberto Luis Camanho aos Ortopedistas Pediátricos na publicação deste suplemento não só reapresenta à classe médica em especial a ortopédica a experiência de quem trata o trauma e os problemas ortopédicos da criança e do adolescente como reafirma a intenção desta diretoria em restaurar este importante meio de divulgação há algum tempo inativo.
A colaboração de colegas dos diversos serviços que orientam e formam novos especialistas foi fundamental na confecção deste número. Isto prova que todos nós estamos imbuídos no ensino e, em particular, na disseminação do conhecimento, motivo maior da existência da nossa SBOP. Especial agradecimento merece o Dr. Willian Dias Belangero, nosso editor, parceiro sempre disponível e ativo na incansável busca pela qualidade e perfeição.
O retorno desta nossa publicação, associado às outras maneiras de comunicação com os membros da Sociedade, mostra o interesse de todos na integração, valoriza o empenho dos que se dedicam à atenção das afecções que acometem o esqueleto imaturo e traduz a pujança da Ortopedia Pediátrica brasileira.
Anastácio Kotzias Neto
Ao assumir o cargo de Editor da Revista Brasileira de Ortopedia Pediátrica, substituindo o Prof. Dr. José B. Volpon, estou ciente da grande responsabilidade e dos problemas que teremos para retomar e manter a qualidade da revista. Com o incentivo do nosso Presidente, Dr. Anastácio Kotzias Neto, a oportunidade e o espaço oferecidos pelo Editor Chefe da Revista Brasileira de Ortopedia, Prof. Dr. Gilberto Luis Camanho, iniciamos esta retomada com dois números da revista por ano.
É fato que a ortopedia e traumatologia pediátrica têm atraído ultimamente poucos jovens ortopedistas. Talvez isto seja, em parte, o reflexo do pensamento e da forma de vida do mundo atual, onde tudo é para agora ou para ontem. Realmente, o pensamento imediatista não convive bem com a ortopedia pediátrica. É uma especialidade do amanhã, já que os bons resultados de hoje nem sempre serão mantidos e só poderão ser julgados a longo prazo. No entanto, dentre as especialidades ortopédicas, nenhuma tem a potencialidade de produzir resultados tão díspares, a favor ou contra a perícia do ortopedista. Trata-se de uma especialidade complexa, diversificada e com múltiplas áreas de atuação e interfaces importantes com pediatria, neurologia, fisiatria, terapia ocupacional, enfermagem, psicologia, pedagogia e outras. Deve-se ressaltar a importância da fase de transição da adolescência para a adultície, cada vez mais diferenciada quanto às patologias e manejo do trauma, tanto pela precocidade dos excessos de utilização do sistema musculoesquelético como pela violência urbana e domiciliar que infelizmente devem ser lembradas.
Enfim, a Revista Brasileira de Ortopedia Pediátrica deve reassumir seu espaço como órgão de divulgação e esclarecimento, com qualidade acadêmica e científica. Sem dúvida, esta atividade é de fundamental importância para afirmar a identidade da especialidade e para obter o reconhecimento de nossos pares e colegas.
Esse primeiro número contém assuntos diversificados e tem a participação de várias escolas e serviços de ortopedia pediátrica de prestígio no cenário nacional. Desde já solicito o empenho e a colaboração de todos os colegas interessados na área da ortopedia e traumatologia pediátrica, que enviem seus estudos para que a Revista Brasileira de Ortopedia Pediátrica retome o seu lugar na ortopedia do Brasil. Compartilhar com os colegas conhecimento, soluções e principalmente dúvidas será o foco maior deste veículo.
Boa leitura!
Willian Dias Belangero
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
05 Jan 2011 -
Data do Fascículo
Dez 2010
