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Lesões em praticantes amadores de corrida Trabalho feito no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital e Maternidade Celso Pierro, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.

R E S U M O

Objetivos:

Verificar a frequência e a gravidade das lesões que acometem praticantes amadores de corrida.

Métodos:

O estudo foi conduzido por meio de questionário aplicado a 204 corredores amadores. Foram excluídos do estudo menores de idade e pessoas sem prática de corrida. Número, tipo, topografia e grau de gravidade das lesões, além de idade e sexo, foram os dados coletados.

Resultados:

Observou-se predomínio de atletas do sexo masculino, idade média de 32,6 ± 9,3 anos com variação de 18 a 68 anos. As lesões foram classificadas como leves e afastaram o atleta da prática de corrida por menos de oito dias. Entorses, lesões bolhosas e escoriações foram as lesões mais frequentes, localizadas mais frequentemente nos membros inferiores, com predomínio nos pés.

Conclusão:

Na prática de corrida, entorses, lesões bolhosas e escoriações são frequentes,porém são leves e acometem mais os membros inferiores.

Palavras-chave:
Corrida/lesões; Traumatismos em atletas; Exercício

ABSTRACT

OBJECTIVES:

To determine the frequency and severity of injuries that affect amateur runners.

METHODS:

This study was conducted by means of a questionnaire applied to 204 amateur runners. Individuals who were under the age of 18 years and those who were unpracticed runners were excluded. The data gathered comprised the number, type, site and degree of severity of the injuries and the individuals' age and sex.

RESULTS:

It was observed that male athletes predominated. The mean age was 32.6 ± 9.3 years with a range from 18 to 68 years, and the injuries were classified as mild, keeping the athlete away from practicing running for fewer than eight days. Sprains, blisters and abrasions were the most frequent injuries, located most often on the lower limbs and predominantly on the feet.

CONCLUSION:

In practicing running, sprains, blisters and abrasions occur frequently, but are mild injuries. They mostly affect the lower limbs.

Keywords:
Running/injuries; Trauma in athletes; Exercise

Introdução

A atividade física vem aumentando sua relevância na área de saúde, justificada pelo grande número de evidências de que sua prática regular exerce efeitos benéficos sobre a pes soa, como fator de melhoria da saúde e maior qualidade de vida. Sabe-se que a prática regular de corrida está associada à melhoria dos níveis glicêmicos, da concentração do coleste rol e de suas frações e do percentual de massa magra e óssea, dentre outros benefícios.1Haskell WL, Lee IM, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. 2007;39(8):1423-34.

Todavia, a prática da atividade esportiva expõe o indiví duo às lesões físicas, por vezes até maiores do que as lesões em trabalhadores que exercem movimentos repetitivos, como acontece, por exemplo, com jogadores de futebol, que deixam o atleta afastado por alguns dias.2Lipo B, Salazar M. Etiologia das lesões esportiva: um estudo transversal. Rev Bras Pres Fisiol Exerc. 2007;2(1):25-34.Bennell e Crossley3Bennell KJ, Crossley K. Musculoskeletl injuries in track and field incidence, distribution and risk factors. Aust J Sci Med Sport. 1996;28(3):69-75.demons traram que a feitura de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada pode contribuir para o aumento de lesões.

A prática de corrida pode acarretar lesões principalmente em joelhos, tornozelos e pés em até 83% dos atletas amadores ou competitivos e prejudicar sua qualidade de vida, seja de forma temporária ou definitiva.4Bredeweg SW, Klitenberg B, Bessem B, Buist I. Differences in kinetic variables between injured and noninjured novice runners: a prospective cohort study. J Sci Med Sports. 2013;16(3):205-10. 5Buist I, Bredeweg SW, Lemmink KA, Mechelen WV, Diercks RL. Predictors of running-related injuries in novice runners enrolled in a systematic training program. Am J Sports Med. 2010;38(2):273-80. 6van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM|, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. Br J Sports Med. 2007;41(8): 469-80. 7Taunton JE, Ryan MB, Clement DB, Mckenzie DC, Lloyd-Smith DR, Zumbo BD. Prospective study of running injuries: the Vancouver Sun Run in training clinics.. Br J Sports Med 2003;37(3):239-44. 8Buist I, Bredeweg SW, Bessem B, Mechelen WV, Lemmink KA, Diercks RL. Incidence and risk factors of running-related injuries during preparation for a 4-mile recreational running event.. Br J Sports Med 2010;44(8):598-604.

Algumas pesquisas têm procurado determinar a epidemiologia das lesões nos esportes para adequar a indicação da prática esportiva mais segura para uma determinada população e desenvolver estratégias de prevenção de lesões. Índice de massa corpórea aumentado, presença de lesão prévia, uso de calcados com salto inadequadamente bai xos ou inadequados, queda do navicular em mulheres têm sido encontrados como fatores preditores de lesões em corridas.6van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM|, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. Br J Sports Med. 2007;41(8): 469-80. 9Giandolini M, Horvais N, Farges Y, Samozino P, Morin JB. Impact reduction through long-term intervention in recreational runners: midfoot strike pattern versus low-drop/low-heel height footwear. Eur J Appl Physiol. 2013;113(8):2077-90. 10Junge A, Dvorak J. Soccer injuries: a review on incidence and prevention. Sports Med. 2004;34(13):929-38.

A definição clássica de lesão foi apresentada por Dvorak e Junge:10Junge A, Dvorak J. Soccer injuries: a review on incidence and prevention. Sports Med. 2004;34(13):929-38.lesão é um evento ocorrido durante um treino (ou jogo) que tenha causado no atleta uma falta no próximo treino (ou jogo). Nesse caso, a lesão é posteriormente seguida por uma investigação para diagnóstico anatômico e tratamento.

A classificação das lesões quanto à gravidade é baseada no tempo de ausência da prática esportiva. É aceito como leve o afastamento entre um e sete dias, moderado entre oito e 28 dias e grave maior do que 28 dias.11Pazin J, Duarte MFS, Poeta LS, Gomes MA. Corredores de rua: características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2008;10(3):277-82.

O objetivo deste estudo foi o de verificar a frequência e a gravidade das lesões que acometem os indivíduos praticantes amadores de corrida.

Materiais e métodos

O estudo foi aprovado pelo comitê de ética médica sob número 20817613.8.0000.5481 e aprovação número 407.082 e feito por meio de questionário aplicado aos indivíduos frequentadores de um parque público e que tem uma pista de corrida cimen tada e outra irregular com pedriscos.

Foram incluídos no estudo indivíduos adultos, amadores, praticantes de corrida, e excluídos indivíduos menores de 18 anos.

Por meio do questionário foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, grau de escolaridade, número de treinos por semana e duração média semanal, tempo de prática de corrida, ocorrência ou não de lesão durante a prática, topo grafia da lesão, necessidade e tempo de afastamento.

A gravidade das lesões foi classificada, segundo Carter et al.,12Carter TR, Fowler PJ, Blokker C. Functional postoperative treatment of Achilles tendon repair. Am J Sports Med. 1992;20(4):459-62.pelo tempo de afastamento após o trauma, referido pelo atleta entrevistado em leve (um a sete dias), moderado (oito a 28 dias) e grave (maior do que 28 dias).8Buist I, Bredeweg SW, Bessem B, Mechelen WV, Lemmink KA, Diercks RL. Incidence and risk factors of running-related injuries during preparation for a 4-mile recreational running event.. Br J Sports Med 2010;44(8):598-604.

Resultados

Foram entrevistados 204 atletas amadores, 117 (57,4%) do sexo masculino e 87 (42,6%) do feminino, com média de 32,6 ±9,3 anos e variação de 18 a 68 anos.

Nenhum dos entrevistados era analfabeto, 11 (5,4%) tinham ensino médio incompleto, 35 (17,1%) ensino médio completo, 78 (38,3%) superior incompleto e 80 (39,2%) superior completo.

Os atletas referiram prática de corrida duas vezes na semana em 22,6% (46) dos casos, de três a cinco vezes na semana em 65,6% dos casos (134) e mais de cinco vezes na semana em 11,8% (24). Em 32,5% (66) dos atletas os treinos eram diários, com duração menor de uma hora e trinta minu tos; com duração entre uma hora e trinta minutos até três horas representaram 53,8% (110); e mais de três horas 13,7% dos casos (28). Dentre os entrevistados 36 (17,7%) treinavam havia menos de seis meses, 47 (23%) entre seis meses e um ano e 121 (59,3%) praticavam a corrida havia mais de um ano.

Um ou mais tipos de lesões decorrentes do esporte foram informadas por 85 (41,6%) atletas. O atrito do pé com o calcado, torção e queda ao solo foram os mecanismos mais relatados como responsáveis por essas lesões.

Atabela 1apresenta a distribuição das lesões segundo a faixa etária dos atletas.

Tabela 1:
Distribuição do número de atletas lesionados por faixa etária

Após o início da prática de corrida, 71 atletas referiram ter sofrido apenas um tipo de lesão, 32 referiram dois tipos de lesões, cinco referiram três tipos de lesões e um referiu quatro tipos de lesões, total de 151 lesões em 85 atletas, que correspondeu à média de 1,8 lesão por atleta. Em relação ao diagnóstico, encontramos maior frequência de entorses de pé e tornozelo, afecções bolhosas e escoriações. Atabela 2apresenta os tipos de lesões decorrentes do esporte informa das pelos atletas.

Tabela 2:
Tipos de lesões decorrentes do esporte

Quanto à localização anatômica das lesões, essas ocor reram nos membros inferiores (78,9%), membros superiores (18,54%) e cabeça (2,6%), com predomínio de lesões nos pés e tornozelos (40,3%). Atabela 3apresenta a localização anatô mica dessas lesões.

Tabela 3:
Localização anatômica das lesões decorrentes do esporte

Em relação ao grau das lesões, dos 85 corredores que apresentaram algum tipo de lesão 19 (22,3%) tiveram lesões classificadas como graves e permaneceram, portanto, mais do que 28 dias afastados da prática de corrida. Dois desses atletas apresentaram fraturas, uma de punho e outra de tornozelo, 14 apresentaram entorses de pé e tornozelo e três tiveram luxação de quadril. Lesões moderadas, com afastamento da prática de corrida entre oito e 28 dias foram encontradas em 26 atletas. A maioria apresentou lesões leves com afastamento inferior a oito dias. Atabela 4apresenta o grau de gravidade das lesões.

Tabela 4:
Grau de gravidade das lesões decorrentes do esporte

Discussão

A participação popular em corridas de rua tem aumentado significativamente em nosso meio e aqueles indivíduos com atividade de treinamento moderado regular podem ser cha mados de corredores amadores. A prática da corrida regular traz uma série de benefícios físicos e mentais aos praticantes, porém lesões relacionadas à corrida são comuns em corre dores amadores e variam entre 14 e 50% ao ano.11Pazin J, Duarte MFS, Poeta LS, Gomes MA. Corredores de rua: características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2008;10(3):277-82. 13Hino AAF, Reis RS, Rodriguez-Añez CR, Fermino RC. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(1):36-9. 14Hespanhol Junior LC, Costa LOP, Carvalho ACA, Lopes AD. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: um estudo transversal. Rev Bras Fisioter. 2012;16(1):46-53. 15Buist I, Bredeweg SW, Mechelen WV, Lemmink KA, Pepping GJ, Dieks RL. No effect of a grade training program on the number of running-related injuries in novice runners.. Am J Sports Med 2008;36(1):33-9.Essas lesões parecem ter múltiplas causas, tais como idade, sexo, experiência, aptidão, condições climáticas, uso de calcado apropriado, tipo de pisada, tipo do solo, excesso de uso, entre outras.13Hino AAF, Reis RS, Rodriguez-Añez CR, Fermino RC. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(1):36-9.

Este estudo confirma que a incidência dessas lesões é alta. Em revisão sistemática sobre incidência de lesões em mem bros inferiores em corredores em longa distância, van Gent et al.6van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM|, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. Br J Sports Med. 2007;41(8): 469-80.verificaram que lesões nos membros inferiores variaram de 26 a 92,4%.

A distribuição das lesões por sexo, no presente estudo, con diz com os dados encontrados na literatura, que mostram predomínio no sexo masculino,13Hino AAF, Reis RS, Rodriguez-Añez CR, Fermino RC. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(1):36-9.embora outros estudos não tenham encontrado essa diferenca.4Bredeweg SW, Klitenberg B, Bessem B, Buist I. Differences in kinetic variables between injured and noninjured novice runners: a prospective cohort study. J Sci Med Sports. 2013;16(3):205-10.

Corredores entre 18 e 30 anos sofreram mais lesões do que os mais velhos, em discordância com outros estudos que encontraram mais lesões em corredores entre 30 e 45 anos.13Hino AAF, Reis RS, Rodriguez-Añez CR, Fermino RC. Prevalência de lesões em corredores de rua e fatores associados. Rev Bras Med Esporte. 2009;15(1):36-9. 14Hespanhol Junior LC, Costa LOP, Carvalho ACA, Lopes AD. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: um estudo transversal. Rev Bras Fisioter. 2012;16(1):46-53.

O presente estudo mostrou predominância de lesões nos membros inferiores. O joelho, tornozelo e pé foram as regiões topográficas mais acometidas.16Yagi S, Muneta T, Sikiya I. Incidence and risk factors for medial tibial stress syndrome and tibial stress fracture in high school runners. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2013;21(3):556-63.

Estudos feitos em praticantes de corrida de longa distân cia, com mais 5 km por treino, relatam frequência de lesões em joelhos com variação entre 7,2 e 50%, lesões na perna entre 9 e 32,2%, lesões de pé entre 5,7 e 39,3%, lesões de coxa entre 3,4 e 38,1%, tornozelo entre 3,9 e 16,6% e quadril entre 3,3 e 11,5%.6 Lun et al.17Lun V, Meeuwisse WH, Stergiou P, Stefayshyn D. Relation between running injury and static lower limb alignment in recreational runners.. Br J Sports Med 2004;38(5): 576-80.verificaram em praticantes de cor rida recreacionais 79% de lesões após seis meses de treinos, com frequência média de três treinos por semana. A maior frequência de lesões em joelhos foi entre homens, enquanto mais lesões nos pés foram encontradas em mulheres.

Os tipos de lesões mais comuns reportadas no presente estudo foram lesões de pele, bolhosas e escoriações seguidas de entorses. Sabe-se que lesões de pele e entorses são encon tradas frequentemente em praticantes de corrida, além de cãimbras, hematomas e entorses de tornozelo,6van Gent RN, Siem D, van Middelkoop M, van Os AG, Bierma-Zeinstra SM|, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review. Br J Sports Med. 2007;41(8): 469-80.embora outros estudos tenham encontrado predomínio de tendinopatias e de lesões musculares entre corredores em maratonas de São Paulo.14Hespanhol Junior LC, Costa LOP, Carvalho ACA, Lopes AD. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: um estudo transversal. Rev Bras Fisioter. 2012;16(1):46-53.

Observou-se também que a grande maioria dos atletas entrevistados teve lesões leves, com afastamento de até oito dias da prática esportiva. Isso mostra que a corrida, por ser um esporte sem contato físico direto, leva a lesões menos graves quando comparada com outros esportes nos quais o contato físico é mais comum, como futebol.

Por se tratar de um estudo baseado em entrevista, um fator limitante é que não foi analisado o índice de massa corpórea, o tipo de calcado usado e o tipo de pisada, que poderiam ter influenciado nos resultados.

Conclusões

A prática de corrida pode acarretar um alto número de lesões nos joelhos, pés e tornozelos em seus praticantes, como entor ses, lesões bolhosas e escoriações, porém na maioria são classificadas como leves, com rápido retorno à prática espor tiva.

Referências

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  • Trabalho feito no Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital e Maternidade Celso Pierro, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
  • Conflitos de interesse

    Os autores declaram não haver conflitos de interesse.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2015

Histórico

  • Recebido
    10 Ago 2014
  • Aceito
    07 Out 2014
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