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Piomiosite do piriforme em um paciente com doença de Kikuchi-Fujimoto-relato de caso e revisão da literatura* * Trabalho realizado no Hospital Madre Teresa, Belo Horizonte, MG, Brasil em associação ao The Ottawa Hospital, Ottawa, Canadá. Publicado originalmente por Elsevier Ltda.

Resumo

A piomiosite primária é uma infecção bacteriana profunda do músculo esquelético. Quando não diagnosticada ou tratada, a infecção pode evoluir para sepse, choque séptico e até morte. Os autores relatam o caso de uma paciente do sexo feminino, 23 anos, apresentando piomiosite do músculo piriforme durante o tratamento da doença de Kikuchi-Fujimoto. A piomiosite é uma infecção rara, mas potencialmente grave, que pode levar ao choque séptico. Esse caso mostra a necessidade em se elevar o grau de suspeição clínica em pacientes com comprometimento do sistema imunológico, para que o tratamento seja iniciado em estágio precoce. A literatura mostra que os resultados do tratamento da piomiosite do piriforme são bons.

Palavras-chave:
piomiosite; staphylococcus aureus; linfadenitis necrotizante histiocítica

Abstract

Primary pyomyositis is a deep bacterial infection of the skeletal muscle. If left undiagnosed and untreated, the infection spreads, leading to sepsis, septic shock, and even death. The authors report a 23-year-old female presenting with piriformis pyomyositis during a treatment for Kikuchi-Fujimoto disease. Pyomyositis is a rare but potentially severe infection, which can lead to septic shock. The present case shows the need for a high degree of clinical suspicion for patients with compromised immune systems to begin treatment at an early stage. The literature demonstrates that outcomes of the treatment of piriformis pyomyositis are good.

Keywords:
pyomyositis; staphylococcus aureus; histiocytic necrotizing lymphadenitis

Introdução

A piomiosite primária é uma infecção bacteriana profunda do músculo esquelético e comumente se manifesta como um abscesso local. Pode acometer pessoas de qualquer idade, mas é mais comum na primeira e segunda décadas de vida, com maior incidência entre os homens. Qualquer músculo pode ser afetado, mas a condição é mais frequente em grandes grupos musculares localizados na cintura pélvica e nos membros inferiores.11 Scriba J, Beitrang Z. Aetiologie der myositis acuta. Deutsche Zeit Chir. 1885;22:497-502 22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 De modo geral, o diagnóstico da piomiosite primária é tardio devido a sua raridade, apresentação clínica não específica e acometimento de músculos localizados em compartimentos profundos. A apresentação é normalmente subaguda, e o paciente procura tratamento em média entre 5 e 6 dias após o início dos sintomas.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 Na maioria dos casos, o paciente apresenta febre, dor na região afetada e leucocitose. O diagnóstico é geralmente estabelecido por ressonância magnética e confirmado por exame histopatológico. O tratamento ocorre de acordo com o estágio da doença ao diagnóstico.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286

Este estudo apresenta um caso de piomiosite do músculo piriforme em uma paciente diagnosticada com linfadenite necrótica, também conhecida como doença de Kikuchi-Fujimoto (KFD). O comitê de ética da instituição aprovou este estudo, e o termo de consentimento livre e esclarecido, por escrito, foi assinado pela família da paciente antes da inclusão no estudo.

Apresentação do caso

Uma mulher de 23 anos procurou o pronto-socorro com choque séptico secundário a uma infecção do trato respiratório e foi internada na unidade de terapia intensiva. A paciente apresentava histórico de febre, mau estado geral e perda de peso nos 2 meses anteriores. Clinicamente, além do desconforto respiratório, havia evidências de linfadenopatia cervical e hepatoesplenomegalia. Não havia histórico médico significativo além do hipotireoidismo. A paciente relatou ausência de outras comorbidades ou viagem para outros países; ela foi tratada de uma infecção pulmonar e recebeu alta com diagnóstico de doença de Kikuchi-Fujimoto (KFD), após uma biópsia de linfonodo. Após 30 dias, a paciente se queixou de dor glútea profunda do lado esquerdo. Ela foi então encaminhada para o departamento de ortopedia.

Na consulta ortopédica, a paciente relatou dor branda na região glútea profunda. Ao exame, a paciente estava afebril, com marcha atípica, dor à palpação da região glútea profunda esquerda e sem déficits neurológicos. O quadril esquerdo apresentava discreta limitação de movimento: flexão de 110∘, extensão de 20∘, abdução de 40∘, adução de 20∘, rotação interna de 30∘ e rotação externa de 30∘, bem como dor nos extremos de movimento. Os resultados dos exames de sangue mostraram elevação de marcadores inflamatórios. Leucócitos, 11,7 × 109/L; proteína C reativa, 65 mg/L; e taxa de hemossedimentação, 51 mm/h. As radiografias de ambos os quadris eram normais. A ressonância magnética foi realizada e mostrou aumento de sinal no músculo piriforme esquerdo, associado à presença de coleção fluida (Fig. 1).

Fig. 1
Imagem de ressonância magnética com aumento de sinal no músculo piriforme esquerdo associado à presença de coleção fluida. (A) Plano sagital ponderado por densidade de prótons com supressão de gordura. (B) Imagem coronal ponderada em T1 com supressão de gordura após contraste com gadolínio. (C) Imagem axial ponderada em T1 com supressão de gordura após contraste com gadolínio.

A paciente foi internada para drenagem cirúrgica aberta do músculo piriforme. Os resultados das amostras coletadas durante o procedimento mostraram a cultura positiva para Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM), e o exame histopatológico com infiltrado inflamatório (Fig. 2). O resultado do antibiograma foi vancomicina e trimetoprima-sulfametoxazol com concentrações inibitórias mínimas (CIMs) de ≤ 2 µg/mL e ≤2/38 µg/mL, respectivamente. A paciente foi submetida à antibioticoterapia intravenosa (15 mg/kg vancomicina a cada 12 horas) durante os primeiros 10 dias, seguida por terapia oral (160 mg trimetoprima/800 mg sulfametoxazol a cada 12 horas) por até 6 semanas. A paciente se recuperou da cirurgia sem complicações e recebeu alta no 10o dia. Durante a consulta de retorno 30 dias após a cirurgia, a paciente estava assintomática. Seis meses após a cirurgia, a paciente não apresentava dor e nenhuma limitação funcional.

Fig. 2
(A) Fotomicrografia da piomiosite do piriforme. Tecido fibromuscular com infiltrado inflamatório linfo-histiocitário moderado (hematoxilina-eosina, ×100). (B) Fotomicrografia da piomiosite do piriforme, maior aumento do tecido inflamatório (hematoxilina-eosina, ×400). (C) Fotomicrografias de biópsia de linfonodo mostrando necrose focal cercada por debris cariorréticos, histiócitos e linfócitos plasmocitoides (hematoxilina-eosina, ×400).

Discussão

Até onde podemos determinar, este é o primeiro relato de caso em língua inglesa de piomiosite do músculo piriforme em um paciente com diagnóstico de KFD. A primeira descrição detalhada da piomiosite é atribuída a Scriba, em 1885.11 Scriba J, Beitrang Z. Aetiologie der myositis acuta. Deutsche Zeit Chir. 1885;22:497-502 A doença é mais comum em países tropicais, mas sua incidência aumentou em todo o mundo. Esta maior incidência parece relacionada ao aumento do número de indivíduos com comprometimento do sistema imune (por exemplo, indivíduos com HIV, diabetes, transplante de órgãos, quimioterapia, neoplasias malignas, doenças reumáticas). As incidências e taxas de prevalência exatas não são bem conhecidas.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 A literatura contém poucos relatos de piomiosite no músculo piriforme.33 Burkhart BG, Hamson KR. Pyomyositis in a 69-year-old tennis player. Am J Orthop 2003;32(11):562-563 44 Chusid MJ, Hill WC, Bevan JA, Sty JR. Proteus pyomyositis of the piriformismuscle ina swimmer. Clin Infect Dis 1998;26(01):194-195 55 Wong CH, Choi SH, Wong KY. Piriformis pyomyositis: a report of three cases. J Orthop Surg (Hong Kong) 2008;16(03):389-391 66 Wong LF, Mullers S, McGuinness E, Meaney J, O'Connell MP, Fitzpatrick C. Piriformis pyomyositis, an unusual presentation of leg pain post partum-case report and review of literature. J Matern Fetal Neonatal Med 2012;25(08):1505-1507 77 Chong KW, Tay BK. Piriformis pyomyositis: a rare cause of sciatica. Singapore Med J 2004;45(05):229-231 88 Toda T, Koda M, Rokkaku T,Watanabe H, Nakajima A, Yamada T, et al. Sciatica caused by pyomyositis of the piriformis muscle in a pediatric patient. Orthopedics 2013;36(02):e257-e259 99 Koda M, Mannoji C,Watanabe H, Nakajima A, Yamada T, Rokkaku T, et al. Sciatica caused by pyomyositis of the piriformis muscle. Neurol India 2013;61(06):668-669 1010 Giebaly DE, Horriat S, Sinha A, Mangaleshkar S. Pyomyositis of the piriformis muscle presenting with sciatica in a teenage rugby player. BMJ Case Rep 2012;2012:bcr1220115392. Doi: 10.1136/ bcr.12.2011.5392
https://doi.org/10.1136/...
1111 Colmegna I, Justiniano M, Espinoza LR, Gimenez CR. Piriformis pyomyositis with sciatica: an unrecognized complication of "unsafe" abortions. J Clin Rheumatol 2007;13(02):87-88 1212 Kinahan AM, Douglas MJ. Piriformis pyomyositis mimicking epidural abscess in a parturient. Can J Anaesth 1995;42(03): 240-245 1313 Gaughan E, Eogan M,Holohan M. Pyomyositis after vaginal delivery. BMJ Case Rep 2011;2011:bcr0420114109. Doi: 10.1136/bcr.04. 2011.4109
https://doi.org/10.1136/bcr.04...
Diferentemente do caso aqui apresentado, muitos desses relatos discutiram pacientes com ciática e sintomas graves que procuraram atendimento médico em pronto-socorro e apresentaram grandes mudanças nos marcadores laboratoriais de infecção (Tabela 1).

Tabela 1
Características da piomiosite com acometimento do músculo piriforme já relatada na literatura em língua inglesa no MEDLINE/PubMed

Em um estudo que avaliou 676 casos de piomiosite, a idade média foi de 28,1 anos; em 26,3% dos casos, o quadríceps foi o grupo muscular mais afetado, e, em 16,6% dos pacientes, houve acometimento de mais de um grupo muscular. Em muitos casos, as bactérias infectantes não foram identificadas; no entanto, S. aureus foi responsável por 77% dos casos identificados.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 A patogênese da piomiosite ainda não é completamente compreendida. Acredita-se que seja uma complicação de bacteremia transitória associada a uma anomalia do tecido muscular local.1414 Agarwal V, Chauhan S, Gupta RK. Pyomyositis. Neuroimaging Clin N Am 2011;21(04):975-983, x A evolução da piomiosite pode ser clinicamente dividida em três estágios.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 1414 Agarwal V, Chauhan S, Gupta RK. Pyomyositis. Neuroimaging Clin N Am 2011;21(04):975-983, x A fase invasiva é subaguda e ocorre entre uma e três semanas. O paciente apresenta dor local, edema, febre e leucocitose. Não há pus. Este estágio pode regredir ou progredir para o próximo estágio. O estágio supurativo, quando geralmente o diagnóstico é estabelecido, é caracterizado por agravamento dos sintomas, febre e formação de abscesso. No entanto, devido à sua localização profunda, os sinais clássicos de inflamação podem estar ausentes. Se a fase supurativa não for diagnosticada e tratada, há disseminação da infecção, levando à fase tardia, caracterizada por sepse, choque séptico e até morte.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286 1414 Agarwal V, Chauhan S, Gupta RK. Pyomyositis. Neuroimaging Clin N Am 2011;21(04):975-983, x

Os exames laboratoriais são capazes de detectar leucocitose variável, principalmente no estágio invasivo, mas o desvio à esquerda ocorre durante o estágio supurativo. Os marcadores inflamatórios velocidade de hemossedimentação e proteína C reativa são elevados, mas não são específicos. As hemoculturas são estéreis em 70 a 80% dos casos.1414 Agarwal V, Chauhan S, Gupta RK. Pyomyositis. Neuroimaging Clin N Am 2011;21(04):975-983, x A ressonância nuclear magnética é a metodologia de imagem importante no diagnóstico de piomiosite; revela inflamação muscular difusa e a subsequente formação de abscesso. A administração de contraste auxilia a detecção de abcessos. A biópsia muscular associada à cultura de tecidos continua sendo o padrão-ouro para o diagnóstico.1414 Agarwal V, Chauhan S, Gupta RK. Pyomyositis. Neuroimaging Clin N Am 2011;21(04):975-983, x No presente caso, a paciente era assintomática, sem efeitos sistêmicos de infecção e com poucas alterações nos exames laboratoriais, provavelmente pelo uso de trimetoprima e sulfametoxazol para prevenção de infecções oportunistas durante o tratamento do linfoma.

A piomiosite é tratada de acordo com a fase em que é diagnosticada. Na fase inicial, distúrbios inflamatórios difusos podem ser tratados apenas com antibióticos.77 Chong KW, Tay BK. Piriformis pyomyositis: a rare cause of sciatica. Singapore Med J 2004;45(05):229-231 Entretanto, após a formação de um abcesso, a drenagem deve ser realizada e seguida pela antibioticoterapia.99 Koda M, Mannoji C,Watanabe H, Nakajima A, Yamada T, Rokkaku T, et al. Sciatica caused by pyomyositis of the piriformis muscle. Neurol India 2013;61(06):668-669 Esse tratamento permite a recuperação completa sem sequelas na maioria dos casos. A drenagem pode ser feita por meio de punção percutânea guiada por ultrassonografia ou TC, e a cirurgia aberta é realizada em casos de drenagem incompleta, com danos musculares graves que exigem debridamento extenso. A antibioticoterapia intravenosa deve ser mantida durante os primeiros 7 a 10 dias e seguida pelo tratamento oral por até 6 semanas.22 Bickels J, Ben-Sira L, Kessler A,Wientroub S. Primary pyomyositis. J Bone Joint Surg Am 2002;84-A(12):2277-2286

Nosso relato apresenta uma associação entre a piomiosite do piriforme e a rara KFD. A KFD é uma doença benigna e geralmente autolimitante que acomete principalmente mulheres com menos de 30 anos de idade. A maioria dos casos se resolve em 6 meses. Sua etiologia é desconhecida, mas uma correlação com infecções virais e distúrbios autoimunes tem sido relatada. O paciente apresenta febre, fadiga, aumento de volume dos linfonodos e sintomas do trato respiratório superior. Muitas vezes, o diagnóstico é confundido com outras doenças, como o linfoma, e é confirmado pela biópsia de linfonodo.1515 Marunaka H, Orita Y, Tachibana T, Miki K, Makino T, Gion Y, et al. Kikuchi-Fujimoto disease: evaluation of prognostic factors and analysis of pathologic findings. Acta Otolaryngol 2016;136(09): 944-947

Conclusão

A piomiosite é uma infecção rara e possivelmente grave que pode levar ao choque séptico. O caso apresentado neste artigo mostra a necessidade de um alto nível de suspeita em pacientes com comprometimento do sistema imune para que o tratamento possa ser instituído em um estágio inicial. A literatura médica revista mostra que, apesar da infecção grave, o resultado do tratamento tende a ser muito bom.

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    Trabalho realizado no Hospital Madre Teresa, Belo Horizonte, MG, Brasil em associação ao The Ottawa Hospital, Ottawa, Canadá. Publicado originalmente por Elsevier Ltda.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jun 2019
  • Data do Fascículo
    Mar-Apr 2019

Histórico

  • Recebido
    13 Ago 2017
  • Aceito
    13 Set 2017
  • Publicado
    15 Abr 2019
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