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Fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide* * Trabalho desenvolvido no Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil.

Resumo

Objetivo

Descrever os resultados clínico-radiográficos de pacientes tratados por meio de fixação percutânea sem enxerto ósseo para pseudartrose do escafóide, com seguimento mínimo de seis meses.

Métodos

Série de casos de uma amostra de conveniência de grupo de cirurgiões de mão com avaliação prospectiva.. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de pseudartrose do escafóide (cintura ou polo proximal) com as seguintes características: mais de seis meses de histórico; radiografias demonstrando esclerose das bordas da pseudartrose, com reabsorção do foco de pseudartrose menor do que 4 mm (Slade & Gleissler I, II, III e IV), sem deformidade angular; e sem necrose do polo proximal pela ressonância magnética (RM).

Resultados

Na avaliação com mais de seis meses, todas as pseudartroses estavam consolidadas e sem maiores complicações. Os resultados funcionais demonstraram boas pontuações nos questionários de disfunções do braço, ombro e mão (disabilities of the arm, shoulder and hand, DASH; n = 12; média: 6,9; desvio padrão [DP]: 2,1) e de avaliação do punho pelo paciente (patient-rated wrist evaluation, PRWE; n = 12; média: 7,97; DP: 1,5). Observou-se pouca dor residual de acordo com a escala visual analógica (EVA; n = 12; média: 0,71; DP: 0,2). Houve discreta diminuição da flexão (69 versus 59,1; p = 0,007), da extensão (62,4 versus 48,7; p = 0,001) e do desvio radial (29,6 versus 24.6; p = 0,014) em comparação ao lado contralateral.

Conclusões

Nesta série, todos os casos estavam consolidados ao sexto mês de avaliação, com bom status funcional. Trata-se de uma opção promissora (menor demanda técnica e morbidade) para o tratamento da pseudartrose do escafóide. Estudos comparativos serão úteis para avaliar a efetividade da técnica com relação a outras opções.

Palavras-chave
fraturas ósseas; osso escafóide; pseudartrose

Abstract

Objective

To describe the clinical and radiographic outcomes of patients submitted to percutaneous fixation without bone graft for scaphoid nonunion, with a minimum follow-up of six months.

Methods

A case series study of a convenience sample of hand surgeons with prospective evaluation. Patients with scaphoid (waist or proximal pole) nonunion and the following features were included: more than six months of history; X-rays showing sclerosis of the edges of the nonunion, with resorption of the nonunion focus measuring less than 4 mm (Slade & Gleissler I, II, III and IV) and no angular deformity; and no proximal pole necrosis on magnetic resonance imaging (MRI).

Results

After six months of follow-up, all nonunion were consolidated, with no major complications. The functional outcomes revealed good scores on the disabilities of the arm, shoulder and hand (DASH; n = 12; mean: 6.9; standard deviation [SD]: 2.1) and patient-rated wrist evaluation (PRWE; n = 12; mean: 7.97, SD: 1.5) questionnaires. The results of the visual analog scale (VAS) showed little residual pain (n = 12; mean: 0.71; SD: 0.2). Slight decreases in flexion (69 versus 59.1; p = 0.007), extension (62.4 versus 48.7; p = 0.001) and radial deviation (29.6 versus 24.6; p = 0.014) were detected in comparison to the contralateral side.

Conclusions

All cases in the series presented consolidation and good functional scores at the six-month evaluation. This is a promising option (with lower technical demand and morbidity) for the treatment of scaphoid nonunion. Comparative studies are required to assess the effectiveness of this technique in comparison with other options.

Keywords
fractures, bone; scaphoid bone; pseudarthrosis

Introdução

O tratamento da pseudartrose do escafóide é bastante controverso e heterogêneo. Há na literatura um grande número de técnicas cirúrgicas, que variam desde enxertos ósseos vascularizados microcirúrgicos até o uso de ondas de choque.11 Lee SK. Fractures of the carpal bones. In: Green D, Hotchkiss R, Pederson W,Wolfe S editors. Green's operative hand surgery. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingstone; 2016

2 Pinder RM, Brkljac M, Rix L, Muir L, Brewster M. Treatment of Scaphoid Nonunion: A Systematic Review of the Existing Evidence. J Hand Surg Am 2015;40(09):1797-1805.e3
-33 Quadlbauer S, Pezzei C, Beer T, et al. Treatment of scaphoid waist nonunion by one, two headless compression screws or plate with or without additional extracorporeal shockwave therapy. Arch Orthop Trauma Surg 2019;139(02):281-293 A indicação de uma técnica em detrimento da outra se deve a fatores, entre outros, relacionados a: viabilidade do polo proximal da pseudartrose; deformidade em flexão do escafóide; colapso carpal; e grau de reabsorção no foco de fratura.11 Lee SK. Fractures of the carpal bones. In: Green D, Hotchkiss R, Pederson W,Wolfe S editors. Green's operative hand surgery. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingstone; 2016

Entretanto, há um número substancial de pseudartroses em que há ausência radiográfica de necrose do polo proximal, ausência de deformidades angulares, e pouca reabsorção. Nestes casos, a impressão de alguns autores44 Kim JK, Kim JO, Lee SY. Volar percutaneous screw fixation for scaphoid waist delayed union. Clin Orthop Relat Res 2010;468 (04):1066-1071,55 Capo JT, Shamian B, Rizzo M. Percutaneous screw fixationwithout bone grafting of scaphoid non-union. Isr Med Assoc J 2012;14(12):729-732 é a de que a utilização de via aberta e enxertia parece aumentar a morbidade sem acrescer benefícios.

Neste cenário, o uso de parafuso percutâneo sem enxerto é uma opção, e pode ser útil especialmente por apresentar: menor dificuldade técnica; menor morbidade ao sítio de pseudartrose e à zona doadora de enxerto autólogo; menor tempo de recuperação; e técnica percutânea, o que permite melhor resultado funcional.44 Kim JK, Kim JO, Lee SY. Volar percutaneous screw fixation for scaphoid waist delayed union. Clin Orthop Relat Res 2010;468 (04):1066-1071,55 Capo JT, Shamian B, Rizzo M. Percutaneous screw fixationwithout bone grafting of scaphoid non-union. Isr Med Assoc J 2012;14(12):729-732 Trata-se de técnica em que se posiciona parafuso autocompressivo sem cabeça em linha ao longo eixo do escafóide por via percutânea com auxílio de um fio guia, guiado por radioscopia.66 Haddad FS, Goddard NJ. Acute percutaneous scaphoid fixation. A pilot study. J Bone Joint Surg Br 1998;80(01):95-99

7 Slade JF III, Jaskwhich D. Percutaneous fixation of scaphoid fractures. Hand Clin 2001;17(04):553-574
-88 Geissler WB. Arthroscopic management of scaphoid fractures in athletes. Hand Clin 2009;25(03):359-369

A hipótese do presente estudo é a de que o tratamento da pseudartrose do escafóide com fixação percutânea com parafuso autocompressivo é uma opção viável, com taxas elevadas de consolidação e baixa morbidade para o paciente. O objetivo do presente estudo é avaliar a efetividade e a segurança dessa técnica utilizando desfechos clínicos (função autorrelatada, goniometria) e radiográficos (consolidação óssea).

Materiais e Métodos

Tipo de Estudo

Série de casos com avaliação clínica prospectiva, mediante aplicação de questionários e exame físico dos pacientes que foram submetidos ao tratamento para pseudartrose de escafóide fixado com parafuso percutâneo, no período entre janeiro de 2015 e janeiro de 2018, no Serviço de Cirurgia e Microcirurgia da Mão do Hospital Alvorada, em São Paulo, com seguimento mínimo de seis meses de pós-operatório.

Participantes

Critérios de Inclusão

1) Pacientes de ambos os sexos, de 18 a 60 anos, com mais de 6 meses de histórico de pseudartrose do escafóide, que foram submetidos ao tratamento com parafuso percutâneo; 2) pacientes com radiografias demonstrando esclerose das bordas da pseudartrose, com ausência de grande reabsorção (Slade & Gleissler I, II, III, IV)88 Geissler WB. Arthroscopic management of scaphoid fractures in athletes. Hand Clin 2009;25(03):359-369 e ausência de deformidade angular; e 3) pacientes com ausência de necrose do polo proximal pela ressonância magnética (RM).

Critérios de Exclusão

1) Pacientes que não quiseram aderir ao tratamento; 2) pacientes com doenças inflamatórias na mão e no punho; 3) pacientes com lesão nervosa que pudesse prejudicar a avaliação da mão e do punho; 4) pacientes que tiveram outro episódio de trauma no punho e na mão ipsilateral; 5) pacientes com artrose radiocárpica ou mediocárpica; e 6) pacientes que não concordaram com o conteúdo do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).

Técnica Cirúrgica

Realizamos fixação percutânea do escafóide conforme técnica habitual.11 Lee SK. Fractures of the carpal bones. In: Green D, Hotchkiss R, Pederson W,Wolfe S editors. Green's operative hand surgery. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingstone; 2016 As pseudartroses da cintura foram fixadas por via volar retrógrada. As psedartroses do polo proximal foram fixadas por via dorsal anterógrada. Em ambas as técnicas, utilizou-se uma minivia para a proteção de partes moles e fio guia como tutor de parafuso autocompressivo (2.4 mm e 3.0 mm headless compression screws, Depuy Synthes, Raynham, MA, EUA). A checagem do posicionamento do implante se deu com o auxílio de radioscopia, para checagem do fio guia o mais próximo do eixo do escafóide. Preocupou-se com a escolha do maior parafuso possível.

Desfechos Avaliados

Após o sexto mês, foram realizadas radiografias do pré e do pós-operatório da rotina do procedimento, a medição da amplitude de movimento do punho e do antebraço por meio de goniometria, e a aplicação dos questionários de disfunções do braço, ombro e mão (disabilities of the arm, shoulder and hand, DASH),99 Orfale AG, Araújo PM, Ferraz MB, Natour J. Translation into Brazilian Portuguese, cultural adaptation and evaluation of the reliability of the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand Questionnaire. Braz J Med Biol Res 2005;38(02):293-302 de avaliação do punho pelo paciente (patient-rated wrist evaluation, PRWE)1010 Goldhahn J, Shisha T, Macdermid JC, Goldhahn S. Multilingual cross-cultural adaptation of the patient-rated wrist evaluation (PRWE) into Czech, French, Hungarian, Italian, Portuguese (Brazil), Russian and Ukrainian. Arch Orthop Trauma Surg 2013;133(05):589-593,1111 Paranaíba VF, Santos JBGD, Raduan Neto J, Moraes VY, Belotti JC, Faloppa F. PRWE application in distal radius fracture: comparison and correlation with established outcomes. Rev Bras Ortop 2017; 52(03):278-283 e a escala visual analógica (EVA) da dor.1212 Revill SI, Robinson JO, Rosen M, Hogg MI. The reliability of a linear analogue for evaluating pain. Anaesthesia 1976;31(09):1191-1198 Verificou-se consolidação por meio de radiografias em três posições (frente, lateral e semipronada) realizadas no seguimento ambulatorial.

Método Estatístico

Optou-se por realizar estatística descritiva (proporções, média, mediana, desvio padrão e intervalo interquartis) e estatística inferencial (teste t de Student ) na comparação com o lado contralateral. Consideramos como significantes valores de p < 0.05.

Resultados

No total, doze pacientes foram incluídos ao fim do estudo. Houve 100% de consolidação óssea na série. A população consistiu de maioria masculina (75%), com mão dominante direita (75%) e idade com mediana de 30 (intervalo interquartil: 27-40). As pseudartroses eras predominantemente da cintura (75%), sendo o restante do pólo proximal. As pontuações no DASH e no PRWE demonstram pouca disfunção no seguimento após seis meses. A dor, avaliada pela EVA, também foi mínima no seguimento pós-operatório (Tabela 1). A Tabela 2 demonstra os resultados da avaliação funcional objetiva, na qual se observou discreto déficit de flexo-extensão e desvio radial quando comparado ao punho não operado. Exemplos de resultados clínico-radiográficos estão expostos nas Figuras 1-3.

Tabela 1
Avaliação dos resultados relatados pelos pacientes após tempo mínimo de 6 meses do procedimento cirúrgico
Tabela 2
Goniometria: lado operado e controle (não operado)

Fig. 1
Paciente do sexo masculino, 53 anos. Pseudartrose da cintura do escafóide.

Fig. 2
Paciente do sexo feminino, 27 anos. Pseudartrode da cintura do escafóide.

Fig. 3
Paciente do sexo masculino, 37 anos. Pseudartrose do polo proximal do escafóide.

Discussão

As fraturas do escafóide são difíceis de tratar devido à sua anatomia e suprimento vascular únicos.11 Lee SK. Fractures of the carpal bones. In: Green D, Hotchkiss R, Pederson W,Wolfe S editors. Green's operative hand surgery. 7th ed. Philadelphia: Churchill Livingstone; 2016,1313 Barton NJ. Experience with scaphoid grafting. J Hand Surg Br 1997;22(02):153-160,1414 Schuind F, Haentjens P, Van Innis F, Vander Maren C, Garcia-Elias M, Sennwald G. Prognostic factors in the treatment of carpal scaphoid nonunions. J Hand Surg Am 1999;24(04):761-776 A união fibrosa das fraturas do escafóide ocorre porque o processo de cicatrização é interrompido em seus estágios iniciais. Aventa-se que isto se deve ao micromovimento no foco e à falta de estabilização mecânica adequada. Os resultados desta série de casos parecem refutar, em certos aspectos, o aforisma de que se faz necessária incrementação por enxertia para lograr consolidação.

As pseudartroses com esclerose mínima são semelhantes às uniões fibrosas, e requerem apenas compressão e fixação rígida para a consolidação.66 Haddad FS, Goddard NJ. Acute percutaneous scaphoid fixation. A pilot study. J Bone Joint Surg Br 1998;80(01):95-99 Nossa série é concordante com a de Kim et al.,44 Kim JK, Kim JO, Lee SY. Volar percutaneous screw fixation for scaphoid waist delayed union. Clin Orthop Relat Res 2010;468 (04):1066-1071 que publicaram casos de pseudartrose com leve reabsorção em 12 pacientes com união tardia da cintura do escafóide tratada por método de fixação percutânea. No mesmo sentido, Hegazy,1515 Hegazy G. Percutaneous Screw Fixation of Scaphoid Waist Fracture Non-Union Without Bone Grafting. J Hand Microsurg 2015;7(02):250-255 em sua série de 21 pacientes, relatou resultados semelhantes, com 100% de consolidação, e média no DASH de 6,9–muito semelhante aos nossos resultados. Vanhees et al.,1616 Vanhees M, van Riet RRP, van Haver A, Kebrle R, Meermans G, Verstreken F. Percutaneous, Transtrapezial Fixation without Bone Graft Leads to Consolidation in Selected Cases of Delayed Union of the Scaphoid Waist. J Wrist Surg 2017;6(03):183-187 em sua série retrospectiva com 16 pacientes avaliados, relataram 94% de consolidação. Observa-se na literatura séries com pequenos números amostrais, o que reflete a dificuldade de recrutamento destes pacientes. Assim, a condução de estudos comparativos parece mais difícil. De certa forma, emerge uma oportunidade para conduzir estudos colaborativos (multicêntricos).1717 Geoghegan JM,Woodruff MJ, Bhatia R, et al. Undisplaced scaphoid waist fractures: is 4 weeks' immobilisation in a below-elbow cast sufficient if a week 4 CTscan suggests fracture union? J Hand Surg Eur Vol 2009;34(05):631-637

Não há dados claramente relatados sobre a extensão da reabsorção óssea no local da pseudartrose e seu efeito sobre a necessidade de enxerto ósseo. Um estudo1616 Vanhees M, van Riet RRP, van Haver A, Kebrle R, Meermans G, Verstreken F. Percutaneous, Transtrapezial Fixation without Bone Graft Leads to Consolidation in Selected Cases of Delayed Union of the Scaphoid Waist. J Wrist Surg 2017;6(03):183-187 mostrou que, independente do tamanho do hiato, as fraturas não desviadas podem cicatrizar sem o enxerto ósseo, desde que a estabilização mecânica seja obtida e o alinhamento do carpo, mantido,1818 de Moraes VY, Ferrari PM, Gracitelli GC, Faloppa F, Belloti JC. Outcomes in orthopedics and traumatology: translating research into practice. Acta Ortop Bras 2014;22(06):330-333 o que foi algo que ocorreu na coorte de pacientes do presente estudo. Além disso, uma vantagem desta técnica considerável é a potencial manutenção de melhor arco de movimento (pois existe menos agressão à cápsula articular no punho) e a ausência de morbidade em área doadora de enxerto.1919 Slade JF 3rd, Gillon T. Retrospective review of 234 scaphoid fractures and nonunions treated with arthroscopy for union and complications. Scand J Surg 2008;97(04):280-289 Dito isto, se esta técnica oferece taxas de consolidação semelhantes à técnica com enxertia, é certo que trará maior benefício para os pacientes, pois se infere menor morbidade. As principais limitações do presente estudo se devem ao nosso número amostral, que é relativamente pequeno, e por não termos um grupo controle.

Conclusão

Nesta série, todos os casos se consolidaram ao sexto mês de avaliação, com boas pontuações funcionais. Trata-se de uma opção promissora para o tratamento da pseudartrose do escafóide, pois há menor demanda técnica e menor morbidade. Estudos comparativos serão úteis para avaliar a efetividade da técnica com relação a outras opções.

  • *
    Trabalho desenvolvido no Serviço de Cirurgia da Mão, Hospital Alvorada, United Health, São Paulo, SP, Brasil.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Fev 2021
  • Data do Fascículo
    Nov-Dec 2020

Histórico

  • Recebido
    20 Set 2019
  • Aceito
    02 Mar 2020
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