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Qualidade de vida: a modernização da utopia

Quality of life: the modernization of utopia

Resumos

Como para o restante da civilização planetária as opções de desenvolvimento para o Brasil polarizam-se entre a via de intensificar-se a produção para o consumo e o processo de inovação técnica, com ampliação do apartheid social, e a via de enquadrarem-se as aspirações de consumo e a inovação técnica em uma nova concepção de qualidade de vida, inspirada em valores éticos.


As regards development Brazil faces the same choice as the planetary civilization as a whole: the emphasis on the production of consumer-goods and on technical innovation as the sole end-which implies more social apartheid - or else an effort to build a broader framework for conceiving the quality of life, based on ethical values.


QUALIDADE DE VIDA

Qualidade de vida: a modernização da utopia

Quality of life: the modernization of utopia

Cristovam Buarque

Ex-reitor da Universidade de Brasília. Na mesma área do presente ensaio é autor de A Desordem do Processo (Paz e Terra, 1990)

RESUMO

Como para o restante da civilização planetária as opções de desenvolvimento para o Brasil polarizam-se entre a via de intensificar-se a produção para o consumo e o processo de inovação técnica, com ampliação do apartheid social, e a via de enquadrarem-se as aspirações de consumo e a inovação técnica em uma nova concepção de qualidade de vida, inspirada em valores éticos.

ABSTRACT

As regards development Brazil faces the same choice as the planetary civilization as a whole: the emphasis on the production of consumer-goods and on technical innovation as the sole end—which implies more social apartheid — or else an effort to build a broader framework for conceiving the quality of life, based on ethical values.

Talvez nenhum conceito seja mais antigo, antes mesmo de ser definido, do que "qualidade de vida". Talvez nenhum seja mais moderno do que a busca de qualidade de vida. Ainda mais moderna é a crítica e a redefinição do conceito de qualidade de vida.

O primeiro gesto do que viria a ser o homem tinha por motivação a melhoria na qualidade de vida dele e dos demais de sua tribo. Apesar disto, só muito recentemente o conceito surge, se consolida no imaginário coletivo dos homens, e assume como definição o uso de técnicas.

Durante séculos, a qualidade de vida estava em não ser ameçado pelos deuses, nem ser surpreendido pelas intempéries, e ter força para resistir aos inimigos: naturais ou humanos. A vida era a rotina, a qualidade dela era não quebrar a rotina.

A partir do final do século XVIII e a partir do XIX, com a Revolução Industrial, a qualidade de vida passou a ser equivalente a viver no setor urbano, contar com máquinas que fizessem o trabalho pesado, controlar da melhor forma possível a natureza.

Só no século XX o conceito de qualidade de vida se transformou em consumo.

O consumo de massa passou a ser o símbolo da utopia, e padrão de medição de qualidade de vida. No capitalismo, produzido e distribuído graças às leis de mercado; no socialismo, graças à intervenção do Estado.

Mais recentemente, a humanidade teve o sentimento de que a utopia havia chegado, ainda que não para todos. O conceito de qualidade de vida foi substituído pelo de modernidade; o símbolo da qualidade de vida passou a ser menos o bem estar conseguido graças ao uso de bens do que o consumo do próprio bem e uso das máquinas de última geração. A contribuição de cada produto à qualidade de vida passou a ser definida não apenas pelo conforto que ele oferece mas também pelo grau de inovação que tem. O adicional de qualidade de vida que gera passou a ser identificado com o simbolismo do acesso a ele.

Um exemplo. Em 1981, às duas da tarde em Manaus, no meio de um engarrafamento, o motorista apontou ao lado para um pequeno e velho Volkswagen com os vidros das janelas fechados, onde um jovem motorista, transpirando como se fosse um flutuante no Rio Negro, ria feliz na direção. Mantinha os vidros fechados para dar a impressão de que tinha ar condicionado no seu pequeno e velho carro. A qualidade de vida, que deveria ser decorrente do controle do calor, passou a ser a representação de dispor do equipamento que controlava o calor, mesmo que o calor do usuário fosse maior.

A utopia passou a ser esta qualidade de vida, adicionada à crença de que todos desejavam e todos teriam acesso a ela: aos equipamentos que a simbolizam.

O final do século está reservando uma surpresa. A consciência da impossibilidade de realizar esta utopia.

Por diversas razões, o homem percebe que a qualidade de vida como sinônimo de consumo para todos fica impossível.

Ao mesmo tempo que sente a euforia do imenso avanço técnico que foi realizado ao longo de apenas cem anos, o homem percebe o fracasso na utopia a que se propunha. Nenhum visionário do começo do século imaginou que no ano 2000 o conhecimento do homem teria conquistado tanto poder, nem que este poder faria tão pouco e desfaria tanto do que se sonhava como indicativo de utopia. Ao contrário, levaria a humanidade a regredir em alguns aspectos, do ponto de vista de sua marcha à utopia. Diferentemente do que se imaginava no século XIX, as técnicas não eliminaram a fome, a violência, a ignorância e ainda serviram para aumentar a desigualdade entre os homens e ameaçar o futuro pelas novas armas e pela ameaça ecológica.

Outro susto vem da percepção dos limites ao crescimento. Da consciência de que o processo econômico que serve de base para a qualidade de vida pelo consumo funciona como uma bomba tão ou mais poderosa e ameaçadora do que as atômicas acumuladas ao longo de décadas. E do sentimento de que o crescimento limitado inviabiliza a construção da utopia consumista para todos.

Constata-se uma completa integração mundial pela cultura, pela informação, pelos gostos, pela simultaneidade do conhecimento, não importa em que lugar do mundo esteja cada pessoa. Mas, ao mesmo tempo, o mundo integrado culturalmente é um mundo desintegrado socialmente. Para surpresa de todos, o mundo integrado fez da Terra um Planeta Terceiro-Mundo.

A explicação de porque o avanço técnico não conseguiu realizar a utopia do consumo para todos pode estar em que, ao sair de dentro das fábricas, das máquinas que aumentavam a produtividade, para fora das fábricas," nos novos produtos que são inventados a cada dia, o avanço técnico, em vez de reduzir tem criado necessidades.

Em conseqüência desta realidade, diversos objetivos emblemáticos da utopia estão sendo quebrados: o crescimento econômico ficou limitado, a igualdade se afastou, o socialismo ruiu, a liberdade ficou ameaçada pelo risco do poder de indivíduos para ameaçar a própria civilização, o internacionalismo ficou submergido nas lutas nacionalistas e nas dimensões do processo migratório. Em compensação, surgem supreendentes novas bandeiras de luta, inimagináveis até poucos anos atrás, como o ecologismo, o crescimento zero, os direitos à opção sexual, e o feminismo ganha dimensões imprevisíveis.

Combinadas, estas constatações ameaçam praticamente todos os indicadores de qualidade de vida do sistema industrial:

a) O sonho de que uma sociedade utópica estaria sendo construída fica caricatural diante da simples observação da realidade de violência, de fome, de desigualdade, de medo que existe ao redor, pelo mundo.

b) O otimismo do consumo de massa é interrompido pela consciência dos limites ao crescimento.

c) O desejo de uma sociedade igualitária, como uma promessa e uma ânsia de todos, desde o fim da aristocracia, fica impossível quando se percebe a desigualdade crescente e o apartheid social se explicitando.

d) O sentimento de que a qualidade de vida é construída pelas leis do mercado ou pelo poder do planejamento entra em crise com o fracasso de ambos.

Caso não haja nenhuma resolução científica imprevisível no momento, o homem percebe que o seu projeto civilizatório, que unia os valores éticos do iluminismo com os desejos utópicos da Revolução Industrial, entra em crise.

Depois de dois séculos de casamento da produção para o consumo como o sonho de liberdade, do o crescimento da indústria com a tendência à igualdade, percebe-se que o consumo não pode ser para todos, o rumo seguido pela indústria é incompatível com a igualdade, o consumo se choca com a liberdade.

Diante dos homens se põem por isto dois caminhos:

a) abandonar os valores éticos da igualdade para continuar no rumo da utopia do consumo, apenas para poucos; ou

b) redefinir o conceito de modernidade e de qualidade de vida.

No final do século, depois de trezentos anos de avanço do conhecimento, científico e técnico livres da ética e razão em si do projeto civilizatório, os homens percebem que estão diante de uma encruzilhada: romper com séculos de crença na igualdade entre todos os homens, voltando para a divisão entre civilizados e bárbaros, os primeiros escolhidos para a sociedade moderna e os demais para a exclusão; ou, para manter acessa a luz da igualdade dos direitos, subordinar o processo social e econômico mundial e o uso do saber técnico a valores éticos que pareciam realizar-se por eles próprios.

Os homens descobrem a necessidade de uma nova ética:

a) seja subordinar o processo de inovação técnica aos sonhos da igualdade,

b) seja abandonar os valores da igualdade dos direitos e liberar a técnica, ignorando estes sonhos.

A qualidade de vida deve incorporar a igualdade como meta, mudando os produtos; ou manter os produtos e não sentir preocupações com a igualdade. A opção é entre a mesma qualidade de vida, com apartheid; ou nova qualidade de vida, que elimine o apartheid.

A redescoberta da necessidade ética na condução dos negócios dos homens reflete talvez o maior dos fracassos da utopia materialista do consumo. A modernidade que surge da Idade Média visava construir uma sociedade e uma utopia baseadas na transformação da natureza nos bens e serviços e na lógica dos homens, procurando realizar os sonhos do hedonismo egoísta, através da mão invisível. O que se percebe é que toda a realização foi incapaz de construir a utopia e trouxe um sentimento de fracasso na qualidade de vida.

UM RETRATO DA CRISE

O desenvolvimento brasileiro neste século é um retrato do que ocorreu na civilização ocidental planetária como um todo e dos sustos que sofre a humanidade. O Brasil conseguiu realizar todas suas prioridades técnicas — estradas, indústrias, hidrelétricas — mas não construiu a utopia que imaginava e regrediu no que se refere à qualidade de vida de toda sua população, inclusive daqueles que conseguiram elevar o consumo.

a) O feito

Nas últimas décadas, o Brasil saiu de um país agrícola monoexportador para um país industrializado; de uma sociedade rural para uma urbana; de pequeno exportador agrícola para grande exportador; de uma população sem educação para uma grande universidade; de total desconhecimento técnico para grandes centros de pesquisas; de um país à lenha para as maiores hidrelétricas do mundo; de importador total de petróleo para a produção nos mais fundos poços submarinos em todo o mundo; de um transporte à tração animal para uma dinâmica indústria automobilística e alguns dos maiores aeroportos do mundo.

O Brasil nos anos 90 é um país com total realização de sua modernidade.

b) O não feito

Apesar disto, o Brasil tem 32 milhões de indigentes, uma das maiores populações famintas do mundo, a educação média de um brasileiro não passa de 3,5 anos de escolaridade (quase a metade da média do mundo inteiro, índice inferior a quase todos os países do mundo) a população não apenas tem algumas das mais primitivas doenças endêmicas como também tem um sistema de saúde pública completamente destruído; a moeda brasileira não apresenta nenhuma reserva de valor, há mais de dez anos; a democracia se arrasta inviável no caos de classes apartadas.

Apesar da qualidade de vida moderna, ou talvez até por causa dela, o Brasil não conseguiu implantar uma sociedade com um mínimo de qualidade de vida.

c) O desfeito

Mais grave ainda do que não foi feito é tudo que o Brasil desfez, nas últimas décadas, em seu afã de realizar seu projeto de modernidade que elevasse a qualidade de vida de sua população.

O Brasil destruiu parte de sua natureza, pela agressão ecológica; desarticulou um sistema de comunicações hidroviário e ferroviário; quebrou a harmonia na distribuição da população; está depredando velozmente suas reservas de petróleo; criou uma sociedade viciada no consumo supérfluo, sem atribuir o devido valor aos princípios básicos como a educação, uma população de egoístas regidos pela lei do salve-se quem puder.

d) O que não é possível fazer

Depois de 60 anos deste processo, o Brasil descobre que grande parte do que se pretendia fazer visando elevar a qualidade de vida da população é impossível.

Com uma renda per capita dez vezes inferior à dos Estados Unidos e Europa, os brasileiros sabem que só é possível ter o mesmo nível de consumo de um norte — americano ou europeu se houver concentração da renda. Além disto, sabe-se que não haverá milagre que permita elevar toda a renda de todos os brasileiros aos padrões dos países desenvolvidos, e que há limites ecológicos que impedem que toda a população brasileira atinja aquele nível.

Diante do Brasil surge a necessidade de abolir o direito à igualdade como parte de qualidade de vida, ou reinventar o conceito de qualidade de vida.

e) O que é possível fazer: a nova utopia brasileira

Nesta quadro o Brasil, como a civilização planetária em seu conjunto, entra na encruzilhada que representa sua atual crise. Sabe-se da impossibilidade de continuar no rumo, mas a sociedade não dispõe de outra proposta que signifique elevar sua qualidade de vida. O primeiro passo é modernizar o conceito de qualidade de vida e, em conseqüência, o rumo da sociedade. O processo de modernização criou uma hierarquia pela qual a técnica passou a ser o objetivo central que definia a qualidade de vida e a racionalidade econômica foi subordinada aos objetivos da técnica.

Para isto os objetivos sociais ficaram secundários; e os valores éticos foram abandonados.

A construção de uma nova utopia vai exigir que esta hierarquia seja subvertida. A qualidade de vida seria definida por valores éticos, que passariam a ser determinantes; em função deles seriam definidos os objetivos sociais; estes determinariam a racionalidade econômica; e só então, em função desta racionalidade, seriam escolhidas as técnicas.

AS BASES DE UMA MODERNIDADE ÉTICA

A nova qualidade de vida pode estar subordinada a seis bases éticas:

A democracia: no caso das sociedades "ocidentais", como a brasileira, o autoritarismo nega a qualidade de vida. Por séculos de tradição há uma ânsia por participação democrática, por liberdade individual e por respeito aos direitos das minorias. A democracia é por isto uma condição da qualidade de vida.

A abolição do apartação: não se pode imaginar uma qualidade de vida sintonizada com os princípios da igualdade que não elimine o apartheid social. Não se trata, como se imaginava até há poucos anos, de buscar a igualdade de consumo, mas de impedir a diferença entre os que dispõem de toda a modernidade e aqueles que não dispõem nem ao menos do essencial. A constatação da impossibilidade de elevado nível de consumo para toda a população faz com que a busca da igualdade no consumo de faça através de um nivelamento por baixo. Isto implicaria ferir a democracia e a liberdade da realização dos gostos de cada indivíduo. Por outro lado, o mercado livre tem levado a sociedade a ampliar as diferenças, criando uma sociedade apartada que nega os princípios básicos da igualdade de direitos.

O fim do apartheid implica o atendimento essencial para todos. Seis itens constituem o essencial: Alimentação, Saúde Básica, Educação Básica, Acesso ao Transporte Urbano, Justiça Igual e um Endereço com Limpeza, o que implica Saneamento, Água Potável e Coleta de Lixo.

O equilíbrio ecológico: para que haja qualidade é necessário que o equilíbrio ecológico seja respeitado. Primeiro, porque a qualidade de vida não pode se limitar à presente geração. Segundo, porque a natureza faz parte da construção da qualidade, devido a três vetores: sua necessidade biológica, sem a qual não há qualidade; sua função econômica, sem o que a qualidade fica restrita; e seu valor cultural, que compõe o patrimônio da sociedade e portanto da qualidade de vida.

A descentralização: a identidade da qualidade de vida com o consumo dos bens de última geração técnica forçou, por uma questão de economia de escala, a sociedade pobre como a brasileira a concentrar todo seu esforço em classes e em regiões. A concentração da renda foi uma condição necessária para viabilizar a demanda dos bens caros que caracterizam a qualidade de vida tradicional. A concentração regional foi uma condição necessária para viabilizar a infra-estrutura necessária.

Os resultados não são positivos, nem do ponto de vista ético nem do ponto de vista ecológico ou mesmo de bem estar geral da sociedade. As regiões carentes ficaram pobres e as regiões ricas perderam qualidade.

Uma revisão do conceito vai exigir uma radical descentralização das atividades econômica e cultural, um respeito à diversidade e uma distribuição do bem estar econômico.

A eficiência econômica: a democracia, o fim do apartheid e o respeito ecológico devem ser os pontos principais de uma nova qualidade de vida. Mas os sonhos de consumo que estão impregnados em todas as classes sociais exigem que a nova qualidade de vida não abdique de uma economia eficiente, capaz de produzir os bens supérfluos que a sociedade anseia. A diferença desta visão para a qualidade tradicional é de que a eficiência para o supérfluo é vista como um objetivo subordinado a outros; em vez de ser o próprio sinônimo da qualidade.

A abertura internacional: em um mundo que caminha para a integração internacional, mesmo com desintegrações sociais, a qualidade de vida perde com o isolamento das sociedades nacionais em relação ao resto do mundo. Há uma ânsia crescente de ampliar as relações internacionais como parte de um projeto de qualidade de vida. Isto não significa aceitar o projeto do neoliberalismo, que busca na abertura encontrar a eficiência necessária para criar a qualidade de vida tradicional. Trata-se de procurar a abertura como objetivo, subordinada, obviamente, aos cinco itens anteriores.

A MODERNIDADE ÉTICA

O que se propõe acima é uma concepção alternativa de qualidade de vida, que poderia ser chamada de modernidade ética. Onde as bases tradicionais da utopia do século XX continuam respeitadas: igualdade e consumismo. Mas, onde a igualdade é redefinida, com base em sua origem iluminista, de igualdade dos direitos. E onde o consumismo e a internacionalização ficam subordinados a novos valores: fim do apartheid, respeito ecológico, democracia, descentralização, incluindo diversidade.

Fica difícil imaginar como uma modernidade deste tipo pode se transformar em realidade, diante de duas condições trágicas da humanidade: um violência intrínseca de cada indivíduo em relação ao resto do mundo; e a contradição de imaginar uma modernidade libertária onde certos valores básicos ficam definidos, exigindo portanto que cada indivíduo se comporte dentro das normas.

Duas condições novas fazem possível imaginar a necessidade, a possibilidade e a conveniência de refletir sobre uma nova qualidade de vida. Primeiro, o risco do colapso da atual modernidade, exigindo novas formulações e novos rumos para o processo civilizatório; segundo, porque se nada indica que haverá uma reorientação do projeto civilizatório, nada indica que ele será impossível; terceiro, a conveniência do refletir e sonhar com utopias como parte de próprio processo de fazer a utopia.

A utopia como pretexto para construir uma vida com mais qualidade, o sonho como uma forma de elevar a qualidade de vida, dos que pensam sobre ela: escrevendo ou lendo. A aventura como parte da qualidade de vida dos homens. O gosto e a prática da aventura de pensar fazem parte do que falta na qualidade de vida de um mundo onde os intelectuais acham que a história acabou. Talvez seja este o ponto de partida da reconstrução da qualidade de vida, ao menos para os que pensam.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Jan 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 1993
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