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Apresentação

Apresentação

Rompendo antiga praxe, esta apresentação vai na primeira pessoa, e assinada. Aí tem coisa, dirá a amiga leitora. E seu leve sobressalto não será sem razão. O que temos é uma apresentação que é também despedida. Estou de saída, e Álvaro de Vita, cuja colaboração foi decisiva na definição do perfil da nossa revista nos anos 90, já se retirou. Pena, dirá a amiga leitora, mas logo seus olhos brilharão: quem entra no lugar? Façamos disso um jogo: no próximo número tudo estará claro. Neste, porém, só os leitores com olhos de lince detectarão o sinal do que está por ocorrer. Só posso dizer que é uma escolha excelente.

Foram 12 anos de trabalho, 36 números da revista, cerca de 350 artigos, de autores brasileiros (entre eles muitos jovens que aqui começaram a publicar profissionalmente, numa política editorial de que nos orgulhamos) e estrangeiros, entre eles alguns clássicos do século XX, como John Rawls, Jürgen Habermas, Theodor W. Adorno, Norberto Bobbio, Amartya Sen. (Este último, por sinal, rendeu uma das brincadeiras locais: é que, comprovadamente, ele só recebeu o Nobel de Economia após haver publicado em Lua Nova). Uma visão de conjunto desse trabalho pode ser obtida neste número, nos sumários dos conteúdos dos números 20/1990 até 57/2002 que se encontram no seu final.

A revista, é claro, só tem a ganhar com a passagem para uma nova etapa da sua presença na reflexão e no debate sobre as grandes questões, sobretudo aquelas que solicitam de modo permanente a nossa atenção de cidadãos pensantes. Pois é a esse público, o dos cidadãos pensantes, que Lua Nova se dirige. E certamente continuará a faze-lo, doravante com novo fôlego e com nova visão dos problemas. A isso se associará uma reformulação, que deverá fazer-se sentir ao longo dos próximos números, para consolidar-se num padrão e numa apresentação gráfica renovados.

Já falei da importância de Álvaro de Vita para a nossa revista. Cabe também lembrar o papel do Conselho Editorial e, no apoio administrativo, alguém que os autores e assinantes bem conhecem pela sua sempre gentil dedicação, Iara Marcel. Quanto a mim, passo a integrar o grupo decisivo, aquele que de fato sustenta a nossa velha e sempre renovada Lua Nova: o dos seus leitores.

GABRIEL COHN

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Fev 2004
  • Data do Fascículo
    2003
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