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Avaliação da atividade antiinflamatória e analgésica do extrato bruto hidroalcoólico do zoantídeo Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860)

Evaluation of the anti-inflammatory and analgesic activity of the crude hydroalcoholic extract of the zoanthid Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860)

Resumos

O presente trabalho representa a primeira análise das atividades analgésica e antiinflamatória do extrato bruto hidroalcoólico do zoantídeo Palythoa caribaeorum. Foram realizados os testes de Writhing induzido por ácido acético (1%, 10 mL.kg-1 i.p.) e da chapa quente em camundongos para avaliar o efeito analgésico; e o teste de edema de pata de rata induzido por carragenina para avaliar a atividade antiinflamatória. As análises evidenciaram atividade analgésica no teste de Writhing no grupo tratado com 200 mg.kg-1 v.o. de extrato, com uma inibição de 47,22% do número de contorções abdominais ("Writhings"), revelando atividade estatisticamente significativa.

Palythoa caribaeorum; Zoantharia; Anthozoa; atividade antiinflamatória; atividade analgésica


This work represents the first pharmacological analysis on the crude hydroalcoholic extract of Palythoa caribaeorum. The analgesic activity was assayed in acetic acid-induced writhing test and with the hot-plate test with mice; while the anti-inflammatory activity was evaluated in carrageenan-induced hind paw edema in the rat. The analysis suggested an analgesic activity in the Writhing test on the group treated with the crude extract (200 mg.kg-1 v.o.) with an abdominal contortion’s inhibition of 47,22 %.

Palythoa caribaeorum; Zoantharia; Anthozoa; anti-inflammatory activity; analgesic activity


ARTIGO

Avaliação da atividade antiinflamatória e analgésica do extrato bruto hidroalcoólico do zoantídeo Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860)

Evaluation of the anti-inflammatory and analgesic activity of the crude hydroalcoholic extract of the zoanthid Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860)

Carolina L.S. SoaresI; Carlos D. PérezI,* * E-mail: cdperez@ufpe.br, Tel. + 55-81-35230670 ; Maria B.S. MaiaII; Rejane S. SilvaII; Liany F.A. MeloI

INúcleo de Biologia - CAV, Universidade Federal de Pernambuco, 55608-680, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil

IILaboratório de Farmacologia de Produtos Bioativos, Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de Pernambuco, 50670-420, Recife, PE, Brasil

RESUMO

O presente trabalho representa a primeira análise das atividades analgésica e antiinflamatória do extrato bruto hidroalcoólico do zoantídeo Palythoa caribaeorum. Foram realizados os testes de Writhing induzido por ácido acético (1%, 10 mL.kg-1 i.p.) e da chapa quente em camundongos para avaliar o efeito analgésico; e o teste de edema de pata de rata induzido por carragenina para avaliar a atividade antiinflamatória. As análises evidenciaram atividade analgésica no teste de Writhing no grupo tratado com 200 mg.kg-1 v.o. de extrato, com uma inibição de 47,22% do número de contorções abdominais ("Writhings"), revelando atividade estatisticamente significativa.

Unitermos:Palythoa caribaeorum, Zoantharia, Anthozoa, atividade antiinflamatória, atividade analgésica.

ABSTRACT

This work represents the first pharmacological analysis on the crude hydroalcoholic extract of Palythoa caribaeorum. The analgesic activity was assayed in acetic acid-induced writhing test and with the hot-plate test with mice; while the anti-inflammatory activity was evaluated in carrageenan-induced hind paw edema in the rat. The analysis suggested an analgesic activity in the Writhing test on the group treated with the crude extract (200 mg.kg-1 v.o.) with an abdominal contortion’s inhibition of 47,22 %.

Keywords:Palythoa caribaeorum, Zoantharia, Anthozoa, anti-inflammatory activity, analgesic activity

INTRODUÇÃO

Os cnidários antozoários são um grupo de organismos coloniais ou solitários, que apresentam uma grande variedade de formas, tamanhos e cores, habitando todos os mares do mundo, desde zonas costeiras até abissais (Pérez, 1999). Os zoantídeos são cnidários polipóides exclusivamente marinhos e habitantes dos recifes costeiros. Palythoa é um gênero de zoantídeos coloniais cujas espécies se caracterizam pela incorporação de grão de sedimento nos tecidos da sua parede corporal. Na espécie Palythoa caribaeorum (Duchassaing & Michelotti, 1860) os pólipos estão conectados por um espesso tecido chamado cenénquima, o qual também agrega partículas na sua superfície. Estas colônias formam extensos "tapetes" localizados nas áreas submersas, mas quando estão expostos durante a maré baixa, seus pólipos produzem um muco que protege a colônia da dessecação. O muco da o nome popular de "baba-de-boi". Este zoantídeo é o mais abundante do litoral pernambucano, ocupando extensas regiões sobre os recifes.

O estudo químico com cnidários teve grande impulso durante a década do 60 com o descobrimento das prostaglandinas em varias espécies de corais moles do Caribe (em especial a gorgónia Plexaura homomalla) (Weinheimer; Spraggins, 1969). A extrema diversidade dos efeitos biológicos das prostaglandinas provocou, naquele momento, a coleta indiscriminada destas espécies, pondo em perigo as populações das mesmas em varias regiões caribenhas. Felizmente o desenvolvimento de métodos de síntese em laboratório avançou rapidamente, resguardando estes corais (Correia et al., 2002). Desde então, ficou em evidencia o potencial destes organismos como produtores de compostos de interesse biológico e farmacológico. A maior quantidade de metabólitos secundários de cnidários foi isolada de octocorais (alcionáceos e gorgonáceos) e de zoantídeos (Rodríguez; Cobar, 1993; Babu et al., 1997). Existem muitos exemplos de terpenoides de corais que possuem atividade biológica ou farmacológica. Rinehart et al. (1981) estudaram a atividade antiviral, antimicrobiana e antineoplásica dos produtos naturais extraídos de 1300 amostras de 142 espécies de cnidários; e encontraram que aproximadamente 32% dos extratos revelavam atividade antimicrobiana. Venkateswarlu et al. (1998) encontrou atividade antibacteriana de metabólitos secundários em espécies de zoantídeos; Kuramoto et al. (1998) isolaram um alcalóide com atividade inibidora da osteoporose de uma espécie do gênero Zoanthus e Grace e Jacobs (1998) descobriram atividade antiinflamatoria e analgésica num alcalóide extraído de Zoanthus sp.

As pesquisas com Produtos Naturais marinhos no Brasil tiveram início na década de 60 no Centro de Pesquisas de Produtos Naturais na Faculdade de Farmácia da UFRJ. No entanto, ainda são poucas as informações, documentadas em artigos científicos, sobre as substâncias isoladas e a atividade biológica de produtos naturais de organismos marinhos coletados ao longo dos 7500 km de litoral brasileiro (Pinto et al., 2002; Lhullier et al., 2006; Dresch et al., 2005). No Brasil existem alguns antecedentes de estudos químicos em cnidários, principalmente anêmonas e octocorais. Freitas e colaboradores trabalham desde a década do 80 com substancias biactivas de anêmonas-do-mar, principalmente com Bunodosoma caissarum e B. cangicum, encontrando atividade antimitótica, hemolítica, neurotóxica e antitumoral em câncer de mama humano (Freitas; Elena, 1991; Lagos et al., 2001; Malpezzi et al., 1995; Oliveira et al., 2004).

O Lapromar, Laboratório de Produtos Naturais e Ecologia Química Marina (UFF) desenvolve investigações na área da ecologia química de organismos marinhos e química de produtos naturais marinhos. Uma das líneas de estudo mais forte do laboratório é o das defesas químicas dos octocorais, a través da análise dos metabólitos secundários, principalmente de gorgónidos e do teléstido Carijoa riisei (Epifanio et al., 2000; Maia et al., 2000).

Relatos populares, principalmente de pescadores, estimulam o estudo farmacológico e toxicológico do zoantídeo Palythoa caribaeorum, já que o muco produzido pela "baba-de-boi" é usado como analgésico e antiinflamatório sendo aplicado diretamente sobre as feridas e/ou pancadas.

Levando em conta os antecedentes farmacológicos deste grupo de animais, o uso caseiro da comunidade que demonstra uma potencial ação local farmacológica e somado à quantidade abundante do zoantídeo Palythoa caribaeorum no litoral pernambucano, decidiu-se avaliar a atividade antiinflamatória e analgésica dos extratos hidroacoólicos brutos através de bioensaios em camundongos e ratos de laboratório.

MATERIAL E MÉTODOS

Material animal

Aproximadamente um quilograma da colônia de Palythoa caribaeorum foi coletado na praia de Porto de Galinhas (Pernambuco, Brasil) em fevereiro de 2003, com ajuda de faca e espátula. A amostra foi acondicionada em sacos plásticos mantidos em banho de gelo e em laboratório conservados em freezer. O material foi identificado pelo zoólogo Carlos Daniel Pérez da UFPE.

Preparação do extrato bruto

O extrato utilizado nos ensaios foi preparado pelo método de percolação, segundo o processo A da Farmacopéia Brasileira 2ª ed. (1959) usando solução hidroalcoólica a 50%. O extrato foi evaporado inicialmente em rotaevaporador e posteriormente em banho Maria com temperatura inferior a 60 ºC. Este extrato foi proporcionalmente diluído em solução aquosa com 2% de "tween 80" (veículo) para facilitar a administração aos animais.

Animais utilizados

Para os ensaios de toxicidade aguda e atividade analgésica foram utilizados camundongos Swiss (32 ± 5 g), e para o teste de atividade antiinflamatória foram utilizadas ratos albinos Wistar (210 ± 30 g). Os animais foram acondicionados em gaiolas com ração balanceada, água "ad libitum", em ciclo claro-escuro de 12 horas sobre temperatura constante de 22 ± 2 ºC. O uso dos animais foi autorizado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal (CEEA) da Universidade Federal de Pernambuco.

Ensaio de toxicidade aguda

O primeiro ensaio realizado foi o de toxicidade aguda em camundongos. Antes do início do ensaio, as unidades experimentais foram submetidas a jejum de 18 hs e divididas aleatoriamente em cinco grupos com três machos e três fêmeas cada um tratado "per os" com o extrato nas doses 50 mg.kg-1 v.o., 500 mg.kg-1 v.o. e i.p., 1000 mg.kg-1 i.p. e 2000 mg.kg-1 v.o. para a determinação da toxicidade aguda e a dose letal media DL50. Os animais foram observados durante uma hora depois da administração do extrato, e pelos 15 dias seguintes. A análise de toxicidade aguda levou a conta à observação de alterações no sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo e atividade motora.

Avaliação da Atividade Analgésica

Ensaio de Writhing

O ensaio de "Writhing" foi realizado segundo a metodologia de Hendershot; Forsaith (1959) para detectar atividade analgésica no extrato. Foram formados cinco grupos de cinco camundongos machos cada um. Três grupos receberam o extrato (200 mg.kg-1 v.o., 400 mg.kg-1 v.o. e 50 mg.kg-1 i.p.), um grupo recebeu veículo, servindo como controle, e o último grupo recebeu tratamento analgésico com fenilbutazona (100 mg/Kg). Depois de 45' da aplicação foi administrada 10 mL.kg-1 de solução aquosa de ácido acético i.p.; três minutos depois da aplicação do ácido foi feita a contagem de "Writhings" (contorções abdominais). A media de "Writhings" foi determinada para cada grupo, permitindo calcular a percentagem de inibição para cada dose.

Ensaio da chapa quente

Outro ensaio para medir o efeito analgésico foi o da chapa quente (Eddy; Leinbach, 1953). Cinco grupos de cinco camundongos fêmeas cada um foram tratados: 200 mg.kg-1 v.o., 400 mg.kg-1 v.o. e 100 mg.kg-1 i.p. de extrato, 100 mg.kg-1 de morfina i.p. e veículo. Depois de 45, 90 e 120 minutos da aplicação foram colocados em contato com a chapa quente (Tº constante de 55 ºC) e foram registrados os segundos transcorridos antes que o animal mostrasse resposta característica ao estímulo térmico (lamber as patas anteriores e/ou "sapatear" sobre a chapa). O efeito produzido pelo extrato e pela morfina foi comparado com o verificado no grupo controle.

Avaliação da Atividade Antiinflamatória

Ensaio de edema de pata de rato induzido por carragenina

O último teste realizado foi o de edema de pata induzido por carragenina em ratos, segundo metodologia de Winter et al. (1962). Foram formados quatro grupos de oito ratos fêmeas cada um que receberam tratamentos de extrato (200 mg.kg-1 v.o. e 400 mg.kg-1 v.o), veículo e indometacina (10 mg.kg-1 v.o.). Depois de meia hora, foi aplicado um volume de 0,1 mL de carragenina na região subplantar da pata traseira direita dos animais para induzir o edema. O volume da pata foi medido pletismográficamente antes da aplicação de carragenina, 3hs y 4hs depois da aplicação.

Análises estatísticas

As medias dos dados obtidos em cada teste foram comparadas usando o teste estatístico t de Student, utilizando um nível de significância P < 0,05 (Sokal; Rohlf, 1996).

RESULTADOS

Toxicidade aguda

A administração do extrato nos ensaios de toxicidade aguda não revelou sinais deletérios envolvendo o sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo e atividade motora. O DL50 em camundongos evidenciou valores superiores a 2000 mg.kg-1 i.p., não observando, neste nível de dose, mortes no grupo tratado com o extrato.

Ensaio de Writhing

No ensaio de "Writhing" o extrato apresentou resultado significativo na dose de 200 mg.kg-1 (Tabela 1)

Ensaio da chapa quente em camundongos

O teste da chapa quente aparentemente indicou atividade analgésica para o extrato (Tabela 2). Mas, não foram encontrados resultados estatisticamente significativos.

Ensaio de edema de pata de rato induzida por carragenina

O ensaio de edema de pata não indicou atividade antiinflamatória para o extrato do zoantídeo (Tabela 3).

DISCUSÃO

Toxicidade aguda

O gênero Palythoa se caracteriza pela presencia de una potente toxina denominada palitoxina. Esta toxina é considerada a molécula biologicamente ativa mais potente de origem marinho e a mais tóxica conhecida, sendo apenas menos venenosa que a proteína botulínica (Kaul et al., 1974). Devido a sua elevada toxicidade (LD50 de 0,033 a 0,45 µg/kg em cachorros, coelhos, macacos, hamsters e camundongos) a palitoxina tem pouca utilidade como medicamento, mais possui grande versatilidade como ferramenta bioquímica, pois afeta inúmeros processos, principalmente o transporte de íons cálcio (Wiles et al., 1974; Draijer et al., 1982).

P. caribaeorum é uma espécie potencialmente portadora de palitoxina, já que foi isolada anteriormente de exemplares caribenhos (Béress et al., 1983), por tal motivo esperava-se encontrar elevados índices de letalidade em doses muito baixas, mas isto não foi observado, ainda com valores superiores a 2000 mg.kg-1. Como todo metabólito secundário muitas vezes sua biosíntese está afetada por fatores do meio ambiente podendo modificar sua estrutura em condições ambientais diferentes, alterando, talvez, a parte tóxica da molécula. Igualmente, a origem da palitoxina é incerta e motivo de muitas controvérsias, alguns autores a associam aos ovos de Palythoa caribaeorum (Kimura et al., 1973), outros especulam uma origem bacteriana (Moore et al., 1982) e outros que seria uma molécula sintetizada por dinoflagelados bentônicos do gênero Ostreopsis associados ao sedimento (Onuma et al., 1999). Os resultados do presente trabalho apoiariam a idéia de que a palitoxina não é sintetizada pelo zoantídeo e sim por organismos associados ao sedimento, como bactérias ou dinoflagelados que poderiam ser, potencialmente incorporados aos tecidos destes cnidários coloniais durante seu crescimento. Esta teoria estaria altamente apoiada pelo padrão de crescimento dos indivíduos do gênero Palythoa que formam uma camada subepidérmica de sedimento que atua como sustentação (Burnett et al., 1997), já que os zoantídeos não apresentam qualquer estrutura esqueletária. A ausência de toxicidade nos exemplares estudados poderia justificar-se pela ausência dos microorganismos produtores da palitoxina no sedimento adjacente.

Bioensaios

O único ensaio que apresentou resultados significativos foi o de Writhing para a dose administrada por via oral de 200 mg.kg-1, com uma percentagem de inibição de 47,22%, más surpreendentemente a dose administrada de 400 mg.kg-1 só inibiu o 37,22%. A dose que mostrou mais percentagem de inibição foi a de 50 mg.kg-1, administrada por via intraperitoneal com 50% de inibições, no entanto, estatisticamente não significativas. Estes resultados indicariam que o extrato de Palythoa caribaeorum é um potencial analgésico que atuaria em doses baixas, para o qual estudos futuros serão necessários para a utilização de este animal como remédio analgésico sistêmico. Muitos analgésicos têm efeito dose-dependente, o que indica que após certa concentração de administração o efeito decai ou é prejudicial; por exemplo, o Paracetamol (acetaminofeno) é um analgésico-antipirético que em doses acima de 1000 mg pode induzir asma, urticária ou complicações hepáticas (Ribeiro et al., 2002), ou como os antiinflamatórios no esteroides (AINES) que são excelentes analgésicos e antipiréticos em baixas doses (Cerda; Arrau, 2002).

A ausência de toxicidade e a ação analgésica detectada nos extratos de Palythoa caribaeorum associado a grande abundância de estes animais na costa pernambucana (Fernandes, 2000) abrem um campo de investigação importante utilizando a este zoantídeo como alvo de futuras pesquisas farmacológicas. A chave do êxito de P. caribaeorum como fonte de metabolitos secundários com ação farmacológica está, justamente, em seu modo de crescimento. Este organismo colonial possui um crescimento vegetativo com altas taxas de regeneração (Karlson, 1988) o qual permitiria a extração do material para estudos farmacológicos sem impactar nas populações locais.

AGRADECIMENTOS

Os autores desejam expressar seu agradecimento a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Meio Ambiente-SEDETMA, a Diretoria Geral de Agricultura e Meio Ambiente-DGAMA da Prefeitura Municipal de Ipojuca (Pernambuco) e a Associação dos Jangadeiros de Porto de Galinhas (AJPG) na pessoa de Junior (presidente da Associação) pelo apoio brindado nas coletas do material utilizado no presente trabalho. Agradecemos a Dra. Paula Braga Gomes (Biologia-UFRPE) pela leitura crítica do manuscrito. O trabalho contou com o financiamento da FACEPE - Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Brasil) (DCR-0007-07.03/04 e MCT/ CNPqCT / INFRA/ FACEPE Nº 006/2003).

Recebido em 09/11/05. Aceito em 10/07/06

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  • *
    E-mail:
    cdperez@ufpe.br, Tel. + 55-81-35230670
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      17 Maio 2007
    • Data do Fascículo
      Dez 2006

    Histórico

    • Recebido
      09 Nov 2005
    • Aceito
      10 Jul 2006
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