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Plantas medicinais comercializadas no Mercado Municipal de Campo Grande-MS

Commercialized medicinal plants in the Mercado Municipal of Campo Grande-MS

Resumos

O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento etnofarmacológico das principais espécies vegetais comercializadas no Mercado Municipal de Campo Grande (MS). O estudo foi realizado entre agosto de 2002 e agosto de 2003, através de entrevistas com os raizeiros. Cerca de 117 espécies foram citadas. Foram selecionadas as plantas dos biomas Cerrado e Pantanal e dessas 34 espécies foram adquiridas. Das plantas adquiridas 22 foram identificadas botanicamente, pois o material das outras foi deficiente para determinação até espécie. Das plantas identifificadas, somente dez são típicas do cerrado, podendo-se citar a Curatella americana, Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria e Stryphnodendron obovatum. A família com o maior número de citação foi Asteraceae, seguida de Moraceae, Sterculiaceae e Leguminosae. A parte das plantas mais utilizada é a folha, preparada principalmente como infusão. A indicação terapêutica mais citada foi como cicatrizante, no tratamento de feridas e dores reumáticas. Grande parte das espécies têm indicação de utilização popular para várias patologias e a maioria das espécies (65,2%) não teve qualquer estudo farmacológico que confirmasse a indicação popular. Somente oito espécies (34,8%) tiveram alguma atividade confirmada na literatura.

Plantas medicinais; etnofarmacologia; Campo Grande-MS


The aim of this paper was the survey of the medicinal plants most used from Campo Grande population and commercialized in the Mercado Municipal of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil. The survey was performed in 2002 and 2003 by interviewing and revealed 117 species. Thirty four species were acquired, and of those 22 were identified. Of those ten are only typical of the Cerrado, like as: Curatella americana, Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria, Stryphnodendron obovatum etc. The most mentioned families were Asteraceae, Moraceae, Sterculiaceae and Leguminosae. The most used part of the plant is the leaf, mainly prepared as infusion. These folk-medicine plants have been mostly used for wound healing and the treatment of rheumatism. The species are used for treating diverse pathologies. Data obtained showed that most of the species (65.2%) did not have any pharmacological study to confirm the popular indication. Only eight species (34.8%) had some activity confirmed in the literature.

Medicinal plants; ethnopharmacology; Campo Grande-MS


REVISÃO

Plantas medicinais comercializadas no Mercado Municipal de Campo Grande-MS

Commercialized medicinal plants in the Mercado Municipal of Campo Grande-MS

Mirella UstulinI; Beatriz de Barros FigueiredoI; Catarine TremeaI; Arnildo PottII; Vali Joana PottII; Norlene Regina BuenoIII; Rachel Oliveira CastilhoIV, * * E-mail: roc2006@farmacia.ufmg.br, Tel. +55-31-3409-6936, Fax +55-31-3409-6935

ICurso de Farmácia, Universidade Católica Dom Bosco, Av. Tamandaré, 6000, Caixa Postal 100, Jardim Seminário, 79117-900 Campo Grande-MS, Brasil

IICentro Nacional de Pesquisa e Gado de Corte, BR 262, km 4, CaixaPostal 154, 79002-970 Campo Grande-MS, Brasil

IIIInstituto de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Federal do Mato Grosso, Campus Universitário de Rondonópolis, Rodovia Rondonópolis-Guiratinga, km 6, 78735-901 Rondonópolis-MT, Brasil

IVFaculdade de Farmácia, Departamento de Produtos Farmacêuticos, Universidade Federal de Minas Gerais, Pampulha, Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627, 31270-901 Belo Horizonte-MG, Brasil

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento etnofarmacológico das principais espécies vegetais comercializadas no Mercado Municipal de Campo Grande (MS). O estudo foi realizado entre agosto de 2002 e agosto de 2003, através de entrevistas com os raizeiros. Cerca de 117 espécies foram citadas. Foram selecionadas as plantas dos biomas Cerrado e Pantanal e dessas 34 espécies foram adquiridas. Das plantas adquiridas 22 foram identificadas botanicamente, pois o material das outras foi deficiente para determinação até espécie. Das plantas identifificadas, somente dez são típicas do cerrado, podendo-se citar a Curatella americana, Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria e Stryphnodendron obovatum. A família com o maior número de citação foi Asteraceae, seguida de Moraceae, Sterculiaceae e Leguminosae. A parte das plantas mais utilizada é a folha, preparada principalmente como infusão. A indicação terapêutica mais citada foi como cicatrizante, no tratamento de feridas e dores reumáticas. Grande parte das espécies têm indicação de utilização popular para várias patologias e a maioria das espécies (65,2%) não teve qualquer estudo farmacológico que confirmasse a indicação popular. Somente oito espécies (34,8%) tiveram alguma atividade confirmada na literatura.

Unitermos: Plantas medicinais, etnofarmacologia, Campo Grande-MS.

ABSTRACT

The aim of this paper was the survey of the medicinal plants most used from Campo Grande population and commercialized in the Mercado Municipal of Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil. The survey was performed in 2002 and 2003 by interviewing and revealed 117 species. Thirty four species were acquired, and of those 22 were identified. Of those ten are only typical of the Cerrado, like as: Curatella americana, Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria, Stryphnodendron obovatum etc. The most mentioned families were Asteraceae, Moraceae, Sterculiaceae and Leguminosae. The most used part of the plant is the leaf, mainly prepared as infusion. These folk-medicine plants have been mostly used for wound healing and the treatment of rheumatism. The species are used for treating diverse pathologies. Data obtained showed that most of the species (65.2%) did not have any pharmacological study to confirm the popular indication. Only eight species (34.8%) had some activity confirmed in the literature.

Keywords: Medicinal plants, ethnopharmacology, Campo Grande-MS.

INTRODUÇÃO

A utilização de plantas medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS), na década de 90, estimou que a maioria da população mundial dependia essencialmente de plantas medicinais para os cuidados básicos de saúde (Akerele, 1992). Ainda hoje nas regiões mais pobres do Brasil e até mesmo nas grandes cidades, plantas medicinais são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais (Almeida, 1993; Agra et al., 2007 and 2008; Marliére et al., 2008; Veiga-Junior, 2008; Jesus et al., 2009; Leitão et al., 2009; Santos et al., 2009).

A cura de doenças por meio de substâncias biologicamente ativas foi, em sua maior parte, originada de conhecimentos etnofarmacológicos (Elisabetsky, 1991; Albuquerque & Hanazaki, 2006; Gette et al., 2009). As observações populares sobre o uso de plantas medicinais contribuem de forma relevante para a sugestão de efeitos medicinais e a utilização desses conceitos para estudos farmacológicos e químicos (Maciel et al., 2002; Sousa et al., 2008).

O interesse acadêmico a respeito do conhecimento de plantas medicinais tem crescido, após a constatação de que a base empírica desenvolvida ao longo dos séculos pode em muitos casos ter uma comprovação científica que possibilitaria atender ao binômio segurança e eficácia exigida pelos órgãos de controle de medicamentos (Montanari, 2001; Silveira et al., 2008).

O estudo das plantas medicinais e seus extratos vegetais são de grande relevância, tendo em vista a utilização das substâncias ativas como protótipos para o desenvolvimento de novos fármacos sintéticos e como fonte de matérias primas farmacêuticas, tanto para a obtenção de fármacos modificados quimicamente (menos tóxicos e mais eficazes), quanto de adjuvantes e fitofármacos (Schulz, 2002; Barbosa-Filho et al., 2007; Saúde-Guimarães & Faria, 2007; Barbosa-Filho et al., 2008; Corrêa et al., 2008; Quintans-Júnior et al., 2008; Mariath et al., 2009).

Diversas pesquisas sobre a utilização de plantas em tratamentos terapêuticos têm sido realizadas. Entretanto, ainda há muito a se conhecer sobre o uso terapêutico, eficácia e segurança comprovada dos produtos derivados de plantas.

Os objetivos do presente trabalho foram realizar um levantamento etnofarmacológico das principais espécies vegetais indicadas pelos raizeiros que trabalham no Mercado Municipal de Campo Grande-MS e investigar as informações científicas disponíveis sobre essas espécies e compará-las com as informações populares.

MATERIAL E MÉTODOS

Informações etnobotânicas

A etapa inicial desse trabalho foi caracterizada pelo levantamento de dados etnofarmacológicos em várias ocasiões entre agosto de 2002 a agosto de 2003, através de entrevistas com todos os raizeiros do Mercado Municipal de Campo Grande-MS, escolhido por ser uma área de grande atividade comercial de raizeiros e de consumidores de seus produtos. As entrevistas foram realizadas com dez raizeiros, segundo um questionário previamente elaborado de acordo com Schardong (1999) e de modo imparcial com o objetivo de dar maior liberdade ao entrevistado. O questionário continha informações como: nome popular da planta, parte utilizada (raiz, caule, folha, casca), forma de utilização (chá, infusão etc.), atividade biológica e sua distribuição.

Identificação botânica do material vegetal

As plantas medicinais indicadas pelos raizeiros foram adquiridas e encaminhadas para o Herbário de Mato Grosso do Sul (HMS) e para o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte (CNPGC-EMBRAPA) e identificadas pelos botânicos Dr. Anildo Pott e Vali Joana Pott.

Levantamento bibliográfico e sistematização de informações populares e científicas

Posteriormente, realizou-se um levantamento em literatura científica (Portal Capes) das plantas indicadas pelos raizeiros, segundo a identificação botânica, com a finalidade de confirmar e obter informações, tais como: nome científico, família, parte utilizada, origem, área de distribuição, propriedades terapêuticas, constituição química entre outros. Com estas informações foi possível construir uma tabela sobre os dados farmacológicos e etnofarmacológicos de plantas indicadas pelos raizeiros e identificadas pelos botânicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Alguns vendedores coletam as espécies no campo e posteriormente vendem no Mercado Municipal, mas normalmente eles são intermediários que compram as plantas de outras pessoas que realizam a coleta no campo e/ou que cultivam as plantas e/ou importam. De modo geral, as plantas estavam acondicionadas em sacos plásticos ou amarradas com barbante ou cordas, muitas delas estavam úmidas e contaminadas com insetos e fungos, o que impossibilitou muitas vezes a sua identificação. O preço médio de cada planta medicinal variou entre R$ 1,00 e 3,00. Mais de 90% das plantas medicinais indicadas estavam presentes em todas as bancas.

Foram realizadas entrevistas com todos os raizeiros do Mercado Municipal de Campo Grande (dez raizeiros) e as plantas consideradas nesse trabalho tiveram mais de 50% de indicações, perfazendo um total de 117 espécies.

Muitas das plantas comercializadas já são muito conhecidas e usadas tradicionalmente e não foram adquiridas para identificação, tais como: sene, maracujá, melissa, hortelã, gengibre, erva-doce, calêndula, boldo-do-chile, babosa, alho, alcachofra etc. O uso dessas plantas é consagrado pela população, e muitas delas já foram estudadas cientificamente e constam em literatura especializada (Blumenthal, 1998; Blumenthal et al., 2000; WHO, 2001; Brandão et al., 2006; 2008; 2009) e na RE no 89 de 16 de março de 2004 da Agência Nacional de vigilância Sanitária, na Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos. Priorizou-se, nesse trabalho, a aquisição de plantas indicadas originárias dos biomas Pantanal e Cerrado. Um total de 34 plantas medicinais foram adquiridas, e dessas somente 22 foram identificadas botanicamente.

Das 22 plantas identificadas, dez são típicas do cerrado, pode-se citar: Cochlospermum regium, Curatella americana, Dioclea sp., Guazuma ulmifolia, Guazuma tomentosa, Maclura tinctoria, Mikania glomerata, Myracrodruon urundeuva, Phyllanthus corcovandensis, Stryphnodendron oobovatum e Waltheria indica.

Algumas plantas citadas têm nomes populares iguais a de espécies de outras regiões do Brasil, mas foram identificadas como espécies e famílias diferentes. Pode-se citar como exemplo a vassourinha, cujos nomes encontrados na literatura foram Borreria quadrifaria e Borreria verticillata e a espécie vegetal adquirida no Mercado Municipal e identificada foi Lepidium virginicum L. Um outro exemplo é a amora brava, conhecida como Trema micrantha (Rizzini & Mors, 1995) em outras regiões e identificada como Maclura tinctoria.

Após a identificação e pesquisa bibliográfica, as plantas medicinais foram organizadas em uma tabela (Tabela 1) com os nomes populares citados pelos raizeiros. A maioria das espécies foi citada com os mesmos nomes comuns por todos os raizeiros, indicando que as espécies são geralmente bem conhecidas como remédios tradicionais.

A família com o maior número de citação foi Asteraceae (25% - Mikania e Baccharis) seguida de Moraceae (Maclura e Morus), Sterculiaceae (Guazuma) e Leguminosae (10% - Dioclea, Stryphnodendron). Estas famílias representam 47,8% do total de espécies identificadas. As demais famílias, tais como Anacardiaceae, Dilleniaceae, Cruciferae, Rubiaceae, entre outras, têm apenas uma espécie citada. A parte das plantas mais usada é a folha, sendo preparada principalmente como infusão. Observou-se que treze plantas foram indicadas como cicatrizante, sete plantas são usadas para diarréia e disenteria, seis plantas como diurético, cinco espécies para doenças dos rins e vias urinárias e duas plantas foram indicadas como purgativo e doenças da pele. Para problemas do sistema respiratório três espécies foram indicadas para o tratamento de bronquite, quatro espécies para tosse e duas espécie como anticatarral e para resfriado. A indicação terapêutica mais citada foi como cicatrizante, no tratamento de feridas e dores reumáticas, e as espécies são usadas externamente.

A maioria das espécies (87%) tem indicação de utilização para várias patologias, como por exemplo, a Curatella americana, utilizada para artrite, diabetes, pressão alta, tosse, bronquite e resfriado e Matricaria chamomila, utilizada para cólicas, como calmante, cicatrizante, etc. Entre as espécies indicadas para diversas enfermidades destacam-se a Matricaria camomila, Baccharis trimera, Guazuma ulmifolia e Heliotropium indicum.

Após a pesquisa bibliográfica e elaboração da Tabela 1, observou-se que onze espécies (47,8%) tiveram confirmação de suas indicações etnofarmacológicas na literatura. Quando se comparou os dados etnofarmacológicos com os farmacológicos, verificou-se que a maioria das espécies (65,2%) não teve qualquer estudo que confirmasse a indicação popular. Somente oito espécies (34,8%) tiveram alguma atividade farmacológica confirmada na literatura, pode-se citar: Baccharis trimera (carqueja), com atividade bacteriostática e bactericida, atividade antiinflamatória e analgésica; Cochlospermum regium (algodão): atividade depurativa e efetiva no tratamento de gastrite e úlcera; Curatella americana (lixeira): atividade anti-hipertensiva e vasodilatadora; Equisetum giganteum (cavalinha): atividade diurética; Heliotropium indicum (crista-de-galo): atividade antinflamatória; Matricaria chamomila (camomila): efeito sedativo; Mikania cf. glomerata (guaco): atividade broncodilatadora; Myracrodruon urundeuva (aroeira): atividade cicatrizante, anti-inflamatório e analgésica.

Os resultados obtidos demonstram que as informações dos raizeiros, quanto ao uso terapêutico das plantas citadas como medicinais, coincidem em quase 50% com as indicações etnofarmacológicas encontradas na literatura, no entanto, somente 34,8% têm alguma atividade farmacológica comprovada.

As informações etnofarmacológicas oferecem subsídios para estudos fitoquímicos, farmacológicos e de controle de qualidade de plantas medicinais comercializadas e são necessários para avaliação dos seus efeitos farmacológicos e toxicológicos, buscando estratégias seguras para o uso dessas plantas e para a produção de fitoterápicos. Somente assim, as plantas medicinais chegariam aos usuários com comprovação da sua eficácia e ausência de toxidade.

Um outro fator a ser considerado é que a má qualidade das plantas medicinais comercializadas representa um risco em potencial para a população. Essas plantas deveriam ter um controle mais rigoroso, no que diz respeito ao conhecimento de origem das plantas, época da coleta, forma de coleta, armazenamento, secagem, acondicionamento e contaminação por fungos e outros microrganismos.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Jan 2010
    • Data do Fascículo
      Set 2009
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