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Antigas e novas formas de precarização do trabalho: o avanço da flexibilização entre profissionais de alta escolaridade

RESUMOS DAS TESES E DISSERTAÇÕES APRESENTADAS NO PPG-SOL/UnB DE SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2008

TESES

Antigas e novas formas de precarização do trabalho: o avanço da flexibilização entre profissionais de alta escolaridade

Tânia Ludmila Dias Tosta

Curso: Programa de Pós-graduação em Sociologia

Data da defesa: 7 de julho de 2008

Orientador: Prof. Dr. Sadi Dal Rosso

RESUMO

Esta tese tem como objetivo compreender a constituição de novas formas de trabalho a partir de um processo de mudanças estruturais no capitalismo que procura assegurar a competitividade das empresas pela flexibilização das contratações e supressão dos direitos conquistados pelos trabalhadores. Parte-se do pressuposto de que estaria havendo uma proliferação de inserções ocupacionais distintas da relação assalariada regulamentada e, portanto, não regidas pelas garantias dadas a partir do contrato formal, o que poderia constituir uma tendência à precarização das relações de trabalho. Nesse sentido, com o crescimento das contratações flexíveis, profissionais de alta escolaridade aproximar-se-iam da experiência de trabalho precário vivida há tempos por trabalhadores de baixa escolaridade. Dados quantitativos comprovam uma ampliação da precarização do trabalho em importantes regiões metropolitanas do País, sendo que o Distrito Federal se destaca pelo forte crescimento de contratações flexibili:adas, inclusive com elevação mais expressiva entre os trabalhadores de maior escolaridade. A reflexão sobre as características das novas formas de contratação foi aprofundada em pesquisa qualitativa sobre a trajetória ocupacional tanto de profissionais de nível superior como de trabalhadores de baixa escolaridade, em análise comparativa entre as recentes modalidades de inserção e a tradicional inserção informal. Constata-se que, para os profissionais mais escolarizados, o período de trabalho sem vínculo é menor e mais recente em suas trajetórias, ao passo que mais da metade dos trabalhadores de menor escolaridade nunca teve um emprego regulamentado. Os empregadores se utilizam de diferentes estratégias para diminuir o custo do trabalho, mascarando relações empregatícias por meio de outros tipos de vínculos nos quais não há garantias de direitos e proteção social. Conclui-se que há uma tendência de precarização do trabalho em contexto onde impera a lógica do mercado, e mesmo indivíduos altamente escolarizados estão sujeitos a conviverem com a insegurança, a instabilidade e a falta de direitos e benefícios sociais.

Palavras-chave: transformações do trabalho; flexibilização; trabalho precário; informalidade; insegurança no trabalho.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Set 2009
  • Data do Fascículo
    Dez 2008
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