OBSERVAÇÕES SOBRE A ANESTESIA EPIDURAL ANTERIOR UTILIZANDO-SE CITRATO DE FENTANIL EM CÃES.
SIQUEIRA VJ,
BERNIS WO,
MULFORD SS,
BÉRGAMO GC,
BERNIS FILHO WO,
SILVA CHRA,
FERREIRA PAS.
RESUMO:
Objetivo: Estudar os efeitos analgésicos do citrato de fentanil pela via epidural e suas implicações sobre os parâmetros fisiológicos, em cães.
Métodos:Foram utilizados 15 cães (Canis familiaris), machos, provenientes do biotério central da UNIFENAS, com média de peso de 15 Kg. Os animais foram privados de água e alimentos sólidos por um período de 24 horas. Foram submetidos à medicação pré-anestésica com maleato de acetilpromazina 1% na dose de 0.1 mg/Kg pela via intramuscular. Ato contínuo, foram registradas as frequências cardíaca e respiratória, bem como a pressão arterial sistólica, via doppler. Após a localização do espaço epidural pelo método da perda da resistência do êmbolo, injetou-se 0,2 m g/Kg de citrato de fentanil. Os parâmetros fisiológicos ( pulso, frequência respiratória e pressão arterial sistólica) foram registrados de 10 em 10 minutos por um período de 60 minutos. Ao mesmo tempo, a analgesia e coordenação motora foram avaliadas mediante a estimulação com agulhas na região infra-umbilical e pinçamento bidigital dos coxins plantares.
Resultados: A análise estatística, pelo teste de FRIEDMAN, não revelou alterações significantes a nível de comportamento paramétrico nas frequências cardíaca (p= 0,25396) e respiratória (p=0,43174) e da pressão arterial sistólica (p=0,53087), nos tempos pesquisados.
A coordenação motora ficou totalmente comprometida em 99% dos animais e não houve resposta reflexa à estimulação dos coxins plantares.
Conclusão: A anestesia epidural posterior, utilizando-se citrato de fentanil em cães é técnica segura, de fácil aplicação para intervenções operatórias na região infra-umbilical, membros posteriores, ânus, períneo, vulva e cauda.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
16 Mar 2001 -
Data do Fascículo
2000