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MÉTODO DE INDUÇÃO DE CIRROSE BILIAR SECUNDÁRIA COM USO DE PRÓTESE DE SILICONE

METHOD FOR THE EXPERIMENTAL INDUCTION OF SECUNDARY BILIARY CIRRHOSIS IN WISTAR RATS

Resumo

O objetivo deste experimento foi o desenvolvimento de um modelo de obstrução do ducto biliar comum através da interposição de uma prótese de silicone extrínseca ao ducto com única ligadura sem secção. Desenvolveu-se um modelo experimental alternativo, em ratos Wistar, que provoca a interrupção do fluxo bílio-duodenal com resultado satisfatório, pois houve distorção da arquitetura hepática, caracterizada por fibrose e proliferação ductal além de indicadores bioquímicos da colestase.

Obstrução biliar experimental; Cirrose biliar secundária; Colestase; Prótese de silicone


MÉTODO DE INDUÇÃO DE CIRROSE BILIAR SECUNDÁRIA COM USO DE PRÓTESE DE SILICONE1 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.

METHOD FOR THE EXPERIMENTAL INDUCTION OF SECUNDARY BILIARY CIRRHOSIS IN WISTAR RATS

Araujo Lima A. A. L. de2 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. ;Sankarankutty A. K.3 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. ;

Ramalho L. N. Z.4 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. ; Zucoloto S.5 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. ;Silva Júnior O. de C.6 1 Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 3 Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 4 Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 5 Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. 6 Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.

Resumo: O objetivo deste experimento foi o desenvolvimento de um modelo de obstrução do ducto biliar comum através da interposição de uma prótese de silicone extrínseca ao ducto com única ligadura sem secção. Desenvolveu-se um modelo experimental alternativo, em ratos Wistar, que provoca a interrupção do fluxo bílio-duodenal com resultado satisfatório, pois houve distorção da arquitetura hepática, caracterizada por fibrose e proliferação ductal além de indicadores bioquímicos da colestase.

Descritores: Obstrução biliar experimental. Cirrose biliar secundária. Colestase. Prótese de silicone.

Key Words: Bile duct obstruction.Secondary biliary cirrhosis.Cholestasis.Silicone tube.

Introdução: A obstrução biliar tem sido induzida em ratos, mas a intensidade, a duração da icterícia e alterações histológicas no fígado dependem do método utilizado.3 Alguns autores têm demonstrado a ocorrência de cirrose biliar secundária2,9 e outros somente fibrose.5,15 Vários métodos foram descritos para a obstrução biliar: ligadura simples do ducto, ligadura seguida de transecção, ressecção ou enovelamento, ligadura segida de secção e introdução de cateter no coto proximal com exposição subcutânea e por último a obstrução extrínseca do ducto sem seccioná-lo.6,7 O índice de sucesso varia em cada modelo, sendo que as repermeabilizações do ducto biliar comum após ligadura simples ou ligadura e transecção têm sido mais frequentemente as causas de insucesso na indução da colestase,1,2,5. Os mecanismos responsáveis descritos são a invaginação do coto proximal em direção ao distal e a proliferação de glândulas epiteliais na extremidade distal do ducto.14 O objetivo deste estudo consiste em descrever um método simples e eficiente de obstrução biliar para a obtenção de cirrose biliar secundária.

Métodos: Foram utilizados 17 ratos, linhagem Wistar, machos, com peso inicial de 250 a 300g, tratados de acordo com o International Guiding Principles for Biomedical Research Involving Animals. Foram distribuídos em dois grupos: 10 animais foram submetidos à obstrução do ducto biliar comum (grupo OB) e 7 foram submetidos à operação simulada (grupo OS).

Técnica cirúrgica: Os animais foram submetidos a anestesia geral por via inalatória com éter etílico. A seguir realizou-se laparotomia por incisão mediana de 5 a 6 cm de extensão e posicionamento de afastador auto-estático em forma de duplo gancho. Inicialmente tracionou-se a alça duodenal para baixo e para a esquerda com exposição plena do ducto biliar comum desde a junção proximal dos dois ductos até o segmento justa-pancreático. Cerca de 3mm abaixo da junção, o ducto biliar comum foi ligado com 5 nós de fio monofilamentar (Prolene Suture-blue monofilament 5-0, Ethicon, INC). Em seguida com a mesma agulha deste fio transfixou-se a borda superior de uma prótese de silicone, de aproximadamente 5 mm, seccionada longitudinalmente. Envolveu-se o ducto biliar comum pela prótese e transfixou-se sua borda contra-lateral superior, aproximando as duas bordas e juntando-as com o mesmo fio em 5 nós. Abaixo completou-se a fixação da prótese com outro fio similar (figura). O fechamento da aponeurose e da pele foi feito com sutura contínua. A avaliação histopatológica e bioquímica do fígado destes animais foram realizados após 4 semanas da obstrução, período no qual se administrou vitamina K, 15U, subcutânea a cada 3 dias.


Estudos bioquímicos: De todos os animais foram colhidos aproximadamente 3 ml de sangue por punção da veia cava inferior no momento do sacrifício e feitas as seguintes dosagens:

Fosfatase Alcalina (FA): Dosagem pelo método de BESSEY.4

Bilirrubina total e frações (BT,BI,BD): Dosagem pelo método de SIMS & HORN.13

Estudo histopatológico: Os animais foram sacrificados sob anestesia com éter. Após a análise macroscópica do fígado, dois fragmentos foram fixados em solução de formalina a 10% tamponada por 12h e, após, transferidos para solução alcoólica a 70% até o momento de inclusão em parafina. Secções de 5 mm de espessura foram coradas pelas técnicas de Hematoxilina e Eosina e Tricrômico de Masson para análise. As frações de volume da fibrose, hepatócitos, ductos biliares e vasos foram avaliados através da morfometria sobre os cortes corados com o tricrômico de Masson. Utilizou-se a ocular integradora com 100 pontos (Integrating eyepiece II, Zeiss, Oberkochen, FRG), com aumento de 10x e objetiva de 40x. O número de campos analisados para cada biopsia hepática foi calculado em função da média acumulada da fração de volume de cada componente. Nos animais com obstrução biliar e nos submetidos a operação simulada, a análise de 30 campos foi considerada estatisticamente adequada.

A análise estatística para comparação entre os grupos utilizou-se o teste U de MANN-WHITNEY8. O nível crítico a partir do qual as diferenças foram consideradas significantes foi de 5% ( p< 0,05).

Resultado: Os animais evoluíram satisfatoriamente. O tempo esperado para progressão da lesão hepática colestática para a cirrose biliar foi de 25-30 dias após ligadura do ducto biliar,. Da obstrução de 10 animais, obtivemos resultados satisfatórios em 75-80% deles. Um animal morreu no período pós-obstrução. Clinicamente, os animais apresentavam icterícia, colúria, dilatação do ducto biliar em diferentes intensidades. O fígado apresentava-se endurecido, aumentado com nodulações difusas; esplenomegalia, aumento da circunferência abdominal, hérnias da parede abdominal e granulomas, além de ascite em diferente graus.

Avaliações bioquímicas: Bilirrubinas total, direta e indireta (BT,BD,BI) em mg/dl e fosfatase alcalina (FA) em U/l. O grupo cirrótico apresentou valores de BT, BD e BI mais elevados que o grupo CN, com diferença significante. A FA foi mais elevada no grupo cirrótico. Os resultados da avaliação bioquímica do sangue estão demonstrados na tabela.

Avaliação Histopatológica: Em todos os animais com obstrução biliar houve desarranjo da arquitetura parenquimatosa pela presença de fibrose e abundante proliferação de ductos biliares e vasos sangüíneos, além de nódulos de regeneração distribuídos irregularmente pelo parênquima hepático. A presença de infiltrado inflamatório mononuclear entre a fibrose e ductos biliares foi constante. Esse conjunto de alterações foi caracterizado como cirrose biliar. Na análise morfométrica, representada em valores percentuais, encontrou-se diferença estatística muito significante nos números de hepatócitos, ductos biliares vasos sangüíneos e fibrose apresentados pelos grupos de animais cirróticos quando comparados ao grupo controle normal. Nos animais normais, o número de hepatócitos excede os valores dos cirróticos, ocorrendo o inverso quando se trata dos demais parâmetros (tabela).

Discussão: A cirrose biliar experimental em animais é influenciada por vários fatores e depende inclusive do tipo de animal usado. Vários modelos para a obstrução biliar com a interrupção do fluxo biliar ao duodeno têm sido descritos.2,3,5,9,12,15 Dois fatores são os mais relevantes na indução da cirrose biliar experimental: a taxa de morte nas primeiras duas semanas e a recanalização ductal.5,6 As ligaduras simples ou duplas podem ser seguidas mais frequentemente por recanalização do ducto biliar.7,9 A introdução de cateter de polietileno no ducto biliar tem bons resultados mas a necessidade de se abrir o ducto eleva a taxa de mortalidade do animais.11 Sob análise bioquímica, os resultados desse experimento foram superiors aos de trabalhos anteriores.1

No presente estudo, o uso da prótese de silicone impede a recanalização do ducto biliar a partir da porção dilatada do ducto sobre a extremidade inferior ou previne a proliferação de dúctulos colaterais a partir do ducto imediatamente abaixo da prótese em direção ascendente.14 Os resultados desse experimento demonstram que o modelo utilizado foi eficaz no desenvolvimento de cirrose biliar secundária, pois houve marcante desarranjo da arquitetura hepática com o surgimento de fibrose e proliferação ductal, bem como aumento significante de bilirrubina e fosfatase alcalina. Na análise histológica ressalta-se a presença de nódulos de regeneração.10

Essa técnica é de simples realização com sucesso em aproximadamente 75-80% dos casos e não há a necessidade de procedimentos mais agressivos como a transecção com ou sem ressecção de um segmento ductal.

Conclusão: Este modelo de obstrução do ducto biliar comum, através da interposição de uma prótese de silicone em ratos Wistar, levou a um aumento significativo nas dosagens séricas da bilirrubina, da fosfatase alcalina, aparecimento de fibrose e intensa proliferação de ductos biliares em relação ao grupo controle. Os resultados indicaram ser um método eficiente de obstrução biliar extra-hepática, com sucesso em 75-80% dos casos.

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  • 1
    Trabalho realizado junto aos Departamentos de Cirurgia e Anatomia, Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo;
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    Pós-graduanda do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
    3
    Professor Assistente do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
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    Professora Doutora o Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
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    Professor Titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
    6
    Professor Associado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Jun 2002
    • Data do Fascículo
      2001
    Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia https://actacirbras.com.br/ - São Paulo - SP - Brazil
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