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Tema livre poster

TEMA LIVRE POSTER

Herniorrafia incisional: técnica de transposição peritônio-aponeurótica longitudinal bilateral em três planos.

Reis, NN.; Rodrigues, HLR.; Costa Júnior, JM.; Lázaro da Silva, A.

HMC-FUPEC-MG

Hérnia incisional é uma importante complicação da laparotomia. Hérnias pequenas podem ser tratadas com aproximação das bordas musculofasciais. Hérnias maiores exigem técnicas sofisticadas.

OBJETIVO: apresentar descrição da técnica.

MÉTODOS: incisão longitudinal retirando-se a cicatriz; exposição do saco herniário e aponeuroses dos músculos retos do abdome e oblíquos externos; abertura longitudinal do saco e anel herniários; secção das aderências expondo as faces peritoneais dos músculos retos do abdome; revisão da cavidade; tração da borda mais livre do saco herniário; fazer incisão longitudinal na aponeurose posterior do m. reto do abdome 1 a 2 cm de sua borda medial; no lado oposto incisar igualmente a aponeurose anterior do m. reto do abdome; suturar no plano profundo o retalho peritonio fibroso ao retalho lateral posterior contralateral; suturar nos planos intermediários os retalhos mediais, anterior de um lado com o posterior contralateral; suturar no plano superficial o outro retalho peritoniofibroso com o anterior e lateral contralateral.

CONCLUSÃO: esta técnica é reservada às hérnias gigantes. Suas vantagens incluem o uso de material autógeno; facilidade técnica; é a mais anatômica; baixo custo operacional e baixo índice de recidiva - 3,6%, segundo a literatura.

Óbitos por hemorragia abdominal em vítimas de trânsito atendidas em serviços médicos de urgência.

Rodrigues Júnior, JB.; Roque, FS.; Drumond, DAF.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

A lesão intra-abdorninal representa importante foco de sangrarnento, onde a pronta atuação médica a fim de controlar a hemorragia pode ser decisiva. No entanto, apesar do atendimento correto, muitos pacientes acabam evoluindo para o óbito. A fim de estudar estes casos, foram analisadas 274 laudos de necropsias realizadas no período de janeiro de 1997 a dezembro de 1998 no WL-BH, onde a causa da morte foi choque hipovolêmico e o paciente foi atendido em algum serviço médico de urgência. 0 sangramento abdominal foi considerado responsável pelo óbito em 40 pacientes. Houve lesão esplênica em 23 casos (57,5%), lesão hepática em 24 casos (60%) e lesão de vias urinárias em 10 casos (25%). A lesão diafragmática esteve presente em 2 casos (5%) e a lesão intestinal e/ou de mesentério em 10 casos. Foi realizado procedimento cirúrgico em 13 casos (32,5%). A fratura pélvica esteve presente em 13 casos (32,5%). Apenas 3 casos apresentaram lesões de vísceras sólidas isoladas, sendo 1 caso de lesão esplênica e 2 de lesão hepática. Na amostra estudada o óbito por hemorragia intra-abdorninal ocorreu preferencialmente por mais de uma fonte de sangramento.

Perda de peso após cirurgia para obesidade mórbida: técnica de capella.

Borges,VF.; Campos, APC.; Oliveira Filho, JBG.; Silva, EN.; Câmara, HEB.

INTRODUÇÃO: A obesidade mórbida, epidemia dos tempos modernos, requer tratamento cirúrgico em 90% dos casos, encontrando resultados mais duradouros que o tratamento clínico.

OBJETIVO: Demonstrar a eficácia da cirurgia na obesidade mórbida em grupo de 149 pacientes tratados no Serviço da Santa Casa de Belo Horizonte.

MÉTODOS: O estudo foi realizado em 149 pacientes operados no período de agosto de 99 a fevereiro de 2002, sendo 101 mulheres, entre 16-68 anos (média- 36,19),com peso entre 98 a 266kg, IMC médio de 47,38 kg/m² (36 a 86).A Hipertensão era associada em 26,53%, afecções ortopédicas 10,20% e diabetes 6,12%. A técnica cirúrgica foi o by pass gástrico à Capella. Os pacientes foram acompanhados avaliando a perda de peso.

RESULTADOS: A operação produziu perda de peso significativa e durável, sendo em média 13,4 kg no 1º mês, 25 kg no 3º mês, 38,6 kg no 6º mês, 46,6 kg em um ano e 51 kg em 2 anos.

CONCLUSÃO: A obesidade é uma doença grave e cada vez mais comum, com a dieta raramente produzindo uma perda de peso mantida nesses pacientes, tornando a cirurgia o tratamento de escolha com bons resultados.

Perfil das vítimas fatais de trânsito atendidas no HPS João XXIII

Rodrigues Júnior, JB.; Roque, FS..; Drumond, DAF.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais

A região metropolitana de Belo Horizonte possui apenas um Instituto Médico Legal. O hospital João XXIII é o centro de referência em trauma de Minas Gerais. Busca-se melhor compreensão dos casos de óbito relacionados a trânsito que foram atendidos no HPS João XXIII e, sobrevindo o óbito, necropsiados no IML-BH. Foram analisados 2271 laudos de necropsias realizadas no IML-BH no período de janeiro de 1997 a dezembro de 1998. Em 1292 casos havia evidência de atendimento médico, 43,96% com referência ao HPS João XXIII. O grupo estudado então foi de 568 vítimas. A idade variou de 1 a 89 anos, com média de 37,3 anos. Os faiodermas representaram 54,4% dos casos estudados; e o sexo masculino 76,8%. A média de altura foi 163,56 cm. O traumatismo crânio encefálico (TCE) esteve presente em 90,9% dos casos, o traumatismo torácico em 83,4%, o trauma abdominal em 70,7%, as lesões de membros superiores em 69,9% e as de membros inferiores em 74,3%. Os traumas pélvicos foram diagnosticados em 8,6% dos casos e os traumas de coluna em 4,6%. Destes, 88,5% envolveram a coluna cervical, 7,7% a coluna torácica e 3,8% a coluna lombar. O TCE foi considerado a causa de óbito em 40,4% dos casos, o choque hipovolêmico em 20,8% e a sepse em 19,2%. Portanto, segundo a amostra em estudo, o perfil da vítima fatal de acidente automobilístico que chegou a ser atendido no hospital João XXIII é adulto jovem, masculino, faioderma, politraumatizado, com alto índice de trauma craniano.

Vítimas fatais de trânsito: análise da causa mortis em 2271 casos

Rodruges Júnior, JB.; Roque, FS.; Drumond, DAF.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Pretende-se com este estudo analisar o perfil das causas de óbito das vítimas de acidentes de trânsito de Belo Horizonte nos anos de 1997 e 1998. Foram recuperados 2271 laudos de necropsias desta natureza neste período, as causas dos óbitos catalogadas e analisadas no programa EpiInfo. 0 trauma crânio-encefálico (TCE) foi considerado causa do óbito em 42,9% dos casos, o choque hipovolêmico em 24%, politraumatismos em 20,2%, infecções em 10,4%, traumas vertebrais em 1,2% e 1,0% para outras causas. Foram diagnosticadas fraturas pélvicas à necropsia em 8,9% dos casos e lesões de coluna vertebral em 5,6%. Destas, 82% acometeram a coluna cervical e 14,8% a coluna torácica. Nos pacientes onde a causa de morte foi politrauma e a pesquisa de teor alcoólico foi positiva, a média destes valores foi 12,3 dg/L. 0 TCE representa a principal causa de morte neste estudo nas vítimas de acidente de trânsito. Como a pesquisa radiológica disponível no Instituto é direcionada a procura de projéteis de arma de fogo, é razoável acreditar que os traumas ósseos em geral tenham sido subnotificados.

Trauma crânio-encefálico na criança

Rodrigues Júnior, JB.; Roque, FS.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.; Guerra, SD.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Na criança até 2 anos o diâmetro cefálico é proporcionalmente maior que em outras faixas etárias e o crânio não é uma estrutura de proteção rígida. O trauma crânio-encefálico (TCE) neste grupo, conseqüentemente, possui maior gravidade proporcional em relação a idades. Com o propósito de conhecer mais acerca do TCE nestes pacientes, busca-se analisar necropsias de vítimas de trânsito com idade abaixo de 2 anos realizadas no IML de Belo Horizonte onde houve algum acometimento cefálico. Foram analisados 16 laudos de necropsias de acidentes de trânsito nos anos de 1997 e 1998 em indivíduos abaixo de 2 anos. Destes, houve algum acometimento cefálico em 15 casos (93,7%), constituindo o grupo de estudo. O sexo feminino perfez 9 casos (56,3%). A média de altura foi de 70,6cm. Houve fraturas de crânio em 9 casos (56,3%), sendo que destas, 2 foram em osso isolado e 7 em mais de um osso craniano. As fraturas de abóbada foram observadas em 7 casos (43,8%) e as de base em 5 (31,3%), sendo que em 4 casos houve combinação destas. A hemorragia intracraniana esteve presente em 12 casos (75%) e as lesões de face em 2 casos. A causa da morte foi TCE em 7 casos (43,8%) e politraumatismo em 3 casos. Este estudo confirma a literatura específica no que se refere à presença de lesões cranianas múltiplas em crianças e à ausência de fraturas em grande parte delas. Entretanto, apresenta percentual relativamente baixo no que se refere a TCE como causa do óbito.

Trauma no idoso em acidentes de trânsito: análise de 217 casos

Rodrigues Júnior, JB.; Roque, FS.; Drumond, DAF.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais

O indivíduo traumatizado com idade acima de 65 anos representa um grupo especial com relação a suas reservas fisiológicas e resposta endócrino-metabólica à agressão. Os acidentes automobilísticos constituem uma importante causa de morbidade e mortalidade neste grupo etário. Com o propósito de conhecer mais acerca das lesões sofridas por idosos, vítimas fatais de acidentes de trânsito, busca-se analisar necropsias desta natureza realizadas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte. Foram recuperados 217 laudos deste tipo nos anos de 1997 e 1998. As idades variaram de 65 a 89 anos, com média de 73,4 anos. O sexo masculino perfez 65,9%. A média de altura foi de 163,2 cm e 59,4% eram leucodermas. Havia sinais de atendimento médico em 68,6% dos casos. O trauma crânio-encefálico (TCE) esteve presente em 84% dos casos, o torácico em 84%, o abdominal em 65%, o de membros inferiores em 80% e o de membros superiores em 73%. Em 12% dos casos houve diagnóstico de trauma pélvico e em 4,6% de lesão de coluna vertebral, sendo que 50% destas acometeram o segmento cervical. A causa do óbito foi choque hipovolêmico em 33,2%, TCE em 30%, politraumatismo em 21,2% e infecções em 13,4%. Nos laudos onde a causa do acidente foi recuperada, 85,9% foi devido a atropelamento. Este trabalho reforça o conceito de que o trauma devido a acidentes de trânsito no idoso possui tendência a acometimento global e destaca a importância da perda volêmica como causa de óbito nesta faixa etária.

Vítimas fatais de acidentes de trânsito entre 0 e 18 anos: análise de 340 casos.

Rodrigues Júnior, JB.; Eoque, FS.; Bordoni, LS.; Oliveira, ACMB.; Guerra, SD.

Hospital João XXIII / Instituto Médico Legal, Belo Horizonte, Minas Gerais

A criança e o adolescente representam grupos especiais entre os pacientes vítimas de acidentes de trânsito, pois de acordo com certas faixas etárias variam o tipo mais comum de lesão bem como a resposta fisiológica à agressão. Com o objetivo de melhor conhecer este grupo de pacientes, foram analisados 2271 laudos de necropsias de trânsito realizadas no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte no período de janeiro de 1997 a dezembro de 1998. Destes, 340 (14,9%) eram vítimas com idade variando de 0 a 18 anos. Estes 340 casos constituíram o objeto do estudo. A média de idade foi de 11,7 anos, sendo que a faixa etária com maior número de casos foi a de 12 a 18 anos, com 203 vítimas (59,7%). Pertenciam ao sexo masculino 66,5% do total, mas na faixa abaixo de 7 anos as mulheres constituíram o maior grupo. A média de altura foi de 143cm e 58,5% eram faiodermas. Houve menção a algum tipo de atendimento médico (hospital ou unidades de pronto atendimento) em 59,5% dos pacientes e 40,5% faleceram no local. A causa da morte foi atribuída a trauma crânio-encefálico (TCE) em 54,4% dos casos, a politraumatismo em 16,5%, a choque hipovolêmico também em 16,5%, a sepse em 10,1% e outras causas em 2,5 %. Com base nos resultados deste estudo o perfil da vítima de acidente de trânsito na faixa etária de 0 a 18 anos é masculino, faioderma, média etária de 11,7 anos e com alta incidência de TCE.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Abr 2003
  • Data do Fascículo
    2002
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