Acessibilidade / Reportar erro

Monografias

RESUMOS/MONOGRAFIAS

042. Correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal

Fujii EY; Galego SJ; Hirai AY; Kafejian O

adri_yumi@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO: O objetivo dessa monografia foi realizar uma revisão de literatura sobre a correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal (AAA).

DESENVOLVIMENTO: A correção endovascular é uma alternativa no tratamento cirúrgico de aneurismas. Consiste em excluir o saco aneurismático da circulação, sem a abordagem direta do aneurisma, com a utilização de endopróteses inseridas por cateterismo da artéria femoral até o seguimento acometido. Nesse trabalho foi realizada uma análise sobre conceituação, epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, clínica, tratamento e evolução do aneurisma de aorta abdominal dando ênfase à correção endovascular como sua indicação, a técnica, tipos de próteses utilizadas e as complicações mais freqüentes.

COMENTÁRIOS: Trata-se de uma técnica inovadora que está sendo cada vez mais utilizada por ser menos invasiva e permitir uma rápida recuperação. No entanto estudos a longo prazo são necessários para se verificar a eficácia desses dispositivos.

Descritores: Endovascular. AAA. Aneurisma. Abdominal. Aorta.

043. Dependência sexual: estudo retrospectivo de sua definição, problemática e tratamento

Almeida JRC; Oliveira FC; Perovano GM; Prist AR

gigica10@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Com o aumento da disseminação das doenças sexualmente transmissíveis, a dependência sexual ganhou maior enfoque.

DESENVOLVIMENTO: A doença é um quadro de sexualidade patológica, que resulta em uma sucessão de envolvimentos em atividades e/ou fantasias sexuais insaciáveis e impulsivas. É realizada com a finalidade de produzir prazer, reduzir a dor, aflição, ansiedade, inferioridade, entre outros. Causa um prejuízo pessoal, com crises de abstinência e falta de interesse por outras atividades. O distúrbio é dividido em parafilia, pensamentos e prazeres distorcidos, e não parafilia, idéias e fantasias socialmente aceitas, porém exacerbadas. Há diversas teorias etiológicas que tentam explicar essa enfermidade, mas não há uma causa realmente conhecida. O tratamento psicológico e farmacológico, assim como seus métodos estão descritos neste trabalho.

COMENTÁRIOS: Devido a fatores socioculturais a incidência da Dependência Sexual é questionável e a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis não é controlada adequadamente. Fica clara a importância de novos estudos sobre o tema para qualificar o combate à doença.

Descritores: Dependência sexual. Parafilia. Compulsão sexual. Comportamento sexual alterado. Transtorno obsessivo-compulsivo. Doenças sexualmente transmissíveis.

044. Diagnóstico e tratamento da ectasia ângulo-aórtica

Breda JR; Cassefo G; Pires AC; Alessi R

jrbreda@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A Ectasia Ânulo-aórtica é a dilatação da aorta ascendente e do anel aórtico com conseqüente disfunção valvar aórtica, tendo inúmeras complicações, que variam de dispnéia a dissecção aguda da aorta.

DESENVOLVIMENTO: A Ectasia ânulo-aórtica pode aparecer na Síndrome de Marfan, onde 75% dos indivíduos apresentam dilatação da raiz aórtica. Além da Síndrome de Marfan, outros fatores etiológicos da ectasia ânulo-aórtica são a Síndrome de Ehler-Danlos, osteogenesis imperfecta e pseudoxantoma elástico, podendo ter caráter hereditário ou idiopático. Os pacientes portadores da ectasia ânulo-aórtica podem permanecer assintomáticos por anos, sendo que os primeiros sintomas surgem como conseqüência da insuficiência aórtica ou quando ocorre dissecção da aorta ascendente. Nos casos não complicados, os sintomas predominantes são de hipertensão venocapilar pulmonar, tais como, dispnéia, ortopnéia e dispnéia paroxística noturna. Sendo a maior complicação da ectasia ânulo-aórtica a possibilidade de dissecção aguda da aorta, evento de extrema gravidade. Aproximadamente 30% dos pacientes com ectasia ânulo-aórtica e síndrome de Marfan evoluem com dissecção da aorta ascendente.

COMENTÁRIOS: O diagnóstico precoce da ectasia ânulo-aórtica é muito importante na prevenção de complicações e para indicação de tratamento cirúrgico adequado.

Descritores: Ectasia. Aorta descendente. Dilatação. Síndrome de Marfan. Disfunção valvar aórtica. Fibrilina.

045. Evolução do tratamento do diabetes mellitus tipo-1: o transplante de ilhotas pancreáticas

Biselli B; Pane CEV; Lima GHV; Tannous NG; Souto RP

caiopane@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Os resultados clínicos apresentados em 2000 pelo grupo de Edmonton, na Universidade de Alberta (Canadá) mostrando grande sucesso no tratamento do diabetes mellitus tipo 1 (DM-1) pelo alotransplante de ilhotas pancreáticas iniciaram uma nova era para esta abordagem.

DESENVOLVIMENTO: O protocolo de Edmonton, como ficou conhecido, introduziu várias melhorias na metodologia aplicada até aquele momento, sendo que a mais importante foi a escolha de um regime de imunossupressão com menor toxicidade para as células beta pancreáticas. Em abril de 2003, mais de 200 pacientes receberam transplante de ilhotas segundo este novo protocolo, sendo que 82% dos receptores continuavam independentes de insulina um ano após o procedimento. O maior benefício do transplante de ilhotas como terapia da DM-1 é a restituição do padrão fisiológico de secreção de insulina, promovendo um verdadeiro controle da doença. Em relação ao transplante de pâncreas inteiro, apresenta a vantagem de ser um processo menos invasivo e mais seguro.

COMENTÁRIOS: A certificação do transplante de ilhotas como procedimento clínico ainda depende dos ensaios clínicos em andamento comprovarem sua efetividade a longo prazo. Questões importantes que restringem sua aplicação, como a baixa disponibilidade de órgãos e a necessidade de imunossupressão, também precisam ser contempladas. Mesmo assim, as perspectivas futuras do transplante de ilhotas são excelentes. O protocolo de Edmonton é recente e pode ser otimizado. Além disto, inovações tecnológicas podem ser incluídas (imunoisolamento das ilhotas, xenotransplante, indução de imunotolerância no receptor e uso de células tronco) para tornar este procedimento ainda mais adequado para o tratamento do DM-1.

Descritores: Diabetes. Ilhotas de Langerhans. Transplante.

046. Hipoglicemia reacional: do diagnóstico ao tratamento

Costa BM; Cuperman T; Fehder D; Silva CAP

thacuperman@hotmail.com

INTRODUÇÃO: A hipoglicemia reacional (HR) caracteriza-se por níveis de glicose menores que 60 mg/dL (3,3 mmol/mL) e sintomas simpatomiméticos observados poucas horas após a ingestão de alimentos. É uma doença amplamente diagnosticada, porém pouco conhecida; sendo assim, vários pacientes podem receber diagnóstico de HR sem apresentar evidências clínicas da mesma. O trabalho tem como objetivo realizar revisão da literatura para comparar a eficiência dos diversos métodos diagnósticos e propor tratamentos mais adequados.

DESENVOLVIMENTO: A HR tem como possíveis causas: a) cirurgia gástrica; b) esvaziamento gástrico rápido; c) redução da tolerância à glicose com resposta tardia da insulina; d) ingestão simultânea de glicose e etanol; e) hiperinsulinismo; f) aumento da sensibilidade à insulina; g) defeitos na contra-regulação da glicose; h) composição corporal; i) dieta. Outras doenças que apresentam sintomas sugestivos de HR e podem causar erros no diagnóstico são: insulinoma e síndrome adrenérgica pós-prandial com pseudo-glicemia. Tanto o teste de tolerância oral à glicose (TTGO) quanto o teste da refeição balanceada se mostraram insatisfatórios para o diagnóstico da doença e, portanto, deveriam ser substituídos pelo teste da dieta hiperglicídica. O principal tratamento deve ser realizado através de dieta adequada. Quando esta não se mostra eficiente para reverter o quadro, o uso de medicamentos torna-se necessário. As drogas mais utilizadas são os inibidores da alfa-glicosidase intestinal, como a acarbose.

COMENTÁRIOS: A HR deve ser diagnosticada pela observação dos sintomas juntamente à hipoglicemia química, evitando erros diagnósticos. O melhor teste diagnóstico é a dieta hiperglicídica e o tratamento farmacológico se faz com acarbose.

Descritores: Hipoglicemia. Insulina. Glicose. Diagnóstico. Tratamento.

047. Nódulos de tireóide: como e quando investigar

Ferraz PRP; Horiuti L; Martins JRM; Mattar TGM; Zavariz JD

prpferraz@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Nódulos de tiróide são muito comuns na população geral. Podem aparecer em várias doenças desta glândula, sendo a maioria deles benignos. A prevalência dos nódulos varia de 5% (observados ao exame clínico) para mais de 50% (estudos de autópsia e ultra-som). Parâmetros clínicos como: sexo masculino, criança ou idoso, exposição à radiação ionizante, crescimento rápido, sinais/sintomas de invasão local e história familiar de carcinoma de tiróide ou polipose familiar aumentam o risco de malignidade.

DESENVOLVIMENTO: Avaliação da função tiróidea, ultra-sonografia e cintilografia não conseguem identificar com precisão os nódulos malignos. Entretanto, diagnosticado o nódulo, a medida do TSH deve ser feita para afastar hiper/hipotiroidismo como causa da doença. De acordo com especialistas, punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é o método disponível mais eficaz para distinguir nódulos benignos e malignos, com elevada acurácia (95%) e poucos resultados falso-negativos (1-8%) e falso-positivos (1-11%). Recentemente, um grande número de nódulos tem sido diagnosticado acidentalmente, em especial por ultra-som. Não há um consenso sobre o que fazer frente a esta nova situação, visto que puncionar todos os nódulos seria economicamente inviável. A presença de características ultra-sonográficas como: hipoecogenicidade, margens irregulares, fluxo vascular central e microcalcificações são sugeridas para melhor selecionar os nódulos candidatos à PAAF.

COMENTÁRIOS: Recentemente, há grande preocupação a respeito do diagnóstico e conduta dos nódulos tiróideos não palpáveis. Características ultra-sonográficas motram-se úteis como preditores de malignidade, auxiliando na seleção dos nódulos suspeitos para a PAAF.

Descritores: Nódulo da glândula tireóide. Neoplasias da glândula tiróide. Biópsia por agulha. Nódulos da glândula tiróide e ultra-sonografia. Cintilografia.

048. Papel dos metais no desencadeamento do doenças auto-imunes: apresentação da imunotoxicologia como nova ciência

Cammarosano RAFA; Chicoli FA; Diaz TF; Doria PLS; Rocha KC

katyacrrocha@hotmail.com

INTRODUÇÃO: Autoimunidade é um evento normal, enquanto doença auto-imune resulta de uma alteração deste fenômeno. A etiologia desse desvio é considerada multi-fatorial, levando ao final à perda da auto-tolerância normal do Sistema Imune à componentes do próprio organismo. Fatores genéticos, hormonais e imunológicos sofrem alterações induzidas principalmente por fatores ambientais, como o aumento ao longo dos anos da quantidade de poluentes do ar, água e solo; os metais são os que mais contribuem para o desenvolvimento das doenças auto-imunes.

DESENVOLVIMENTO: Iniciamos com uma revisão dos mecanismos imunológicos, abordando temas como a maturação e seleção de linfócitos B e T, tolerância central e periférica, seguido de uma descrição dos principais processos responsáveis pela quebra da tolerância imunológica. A seguir apresentamos a imunotoxicologia como a ciência que estuda o efeito de substâncias tóxicas no Sistema Imunológico, correlacionando esta com o papel dos metais no desenvolvimento de doenças auto-imunes.

COMENTÁRIOS: Muitos poluentes ambientais são tóxicos para animais e humanos provocando variadas doenças ou a morte. Os poluentes podem ter um efeito direto ou indireto nas células imuno-competentes e nos mecanismos inespecíficos de defesa.Devido aos crescentes efeitos tóxicos causados por estes e respeitando quesitos científicos cada vez mais específicos e exigentes, surge a necessidade de desenvolver métodos para a avaliação desse agentes nocivos sobre o Sistema Imunitário.

Descritores: Sistema Imune. Doença autoimune. Imunotoxicologia. Fatores ambientais. Linfócitos. Metais.

049. Síndrome respiratória aguda grave - características clínicas e epidemiologicas

Appolonio PR; Carneiro A; Carneiro Neto M; Carvalho FRT; Gonçalez DH

eirabr@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO: A Síndrome Respiratória Aguda Grave é a mais nova doença que vem mobilizando o mundo devido ao seu caráter epidêmico e sua alta taxa de mortalidade, e será descrita nesta monografia sob seus principais aspectos.

DESENVOLVIMENTO: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é um transtorno surgido na China entre o fim de 2002 e início de 2003 caracterizada por febre alta, tosse seca, falta de ar (dispnéia) e pneumonia atípica. O agente etiológico desta doença é um vírus coronaviridae. O contágio da doença, segundo a OMS, ocorre por transmissão direta, através de contato e secreções e o tratamento é feito com fármacos antiviróticos (ribavirina). A doença atingiu diversas partes do mundo, demonstrando caráter pandêmico, mas principalmente a China.

COMENTÁRIOS: Diversas medidas foram tomadas por vários países em conjunto para combater a doença e evitar que ela não se alastrasse. Atualmente, a epidemia já é considerada sob controle.

Descritores: Etiologia. História. Mortalidade. Patologia. Terapia. Diagnóstico. Epidemiologia. Prevenção e Controle. Transmissão.

050. Telomerase - um marcador biológico ubiqüitário em tumores

El-Afiouni V; Hatakeyama TT; Nazato DM; Souto RP

debnazato@ig.com.br

INTRODUÇÃO: Oitenta e cinco por cento dos tumores apresentam atividade elevada da enzima telomerase, tornado esta molécula um dos marcadores moleculares mais largamente distribuído em neoplasias. Esta enzima é uma DNA polimerase capaz de estender os telômeros, que são as regiões terminais dos cromossomos lineares eucarióticos. A ação da telomerase evita a senescência celular que ocorre pelo encurtamento dos cromossomos após a replicação do DNA. Deste modo, a telomerase normalmente é encontrada em tecidos que apresentam alta taxa de divisão celular como epitélios e órgãos reprodutivos, mas não na maioria das células somáticas.

DESENVOLVIMENTO: Nos processos tumorais, acredita-se que a ativação da telomerase seja necessária para a imortalização celular. De forma geral observa-se que atividade telomerásica é crescente conforme a malignidade dos tumores. A telomerase é um complexo ribonucleoproteico, constituído em humanos de um RNA (hTR) e de uma proteína catalítica (hTERT). Sua presença em amostras biológicas pode ser avaliada tanto através de um ensaio de atividade consistindo na amplificação da repetição do telômero (TRAP), quanto pela deteção de suas subunidades hTR e hTERT. Os principais obstáculos para a exploração da telomerase como alvo para o diagnóstico de neoplasias neste momento são técnicos, como a necessidade de padronização dos métodos de coleta e análise de resultados.

COMENTÁRIOS: Tais dificuldades, não ofuscam o potencial da telomerase como um dos principais marcadores biológicos para o diagnóstico de câncer e servem de estímulo para o aprofundamento do conhecimento sobre esta molécula.

Descritores: Telômero. Telomerase. Câncer. Marcador biológico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Fev 2004
  • Data do Fascículo
    2003
Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia https://actacirbras.com.br/ - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: actacirbras@gmail.com