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Análise funcional da oclusão na dentadura decídua: avaliação dos movimentos mandibulares

Functional analysis of occlusion in deciduous dentition: an evaluation of mandibular movements

Resumos

Analisou-se funcionalmente a oclusão decídua de 20crianças leucodermas de 3,5 a 5,5anos de idade, determinando-se a capacidade de abertura bucal máxima e a extensão dos movimentos de lateralidade e protrusão em relação a sexo, tipos de arco e de registros dos movimentos, utilizando-se régua milimetrada, traçado do arco gótico e microscópio comparador. Concluiu-se que a média da capacidade de abertura máxima foi de 45,72mm, sem diferença estatística entre as variáveis. As médias da capacidade de protrusão máxima foram de 8,34mm, com régua milimetrada, e de 7,25mm no arco gótico, com diferença estatisticamente significante em nível de 5% entre os dois tipos de avaliação e na interação dos fatores avaliação/tipo de arco e avaliação/sexo. As médias do movimento de lateralidade máxima com régua milimetrada foram de 8,11mm para o lado direito e 8,15mm para o lado esquerdo e, pelo arco gótico, de 7,96mm para o lado direito e 7,79mm para o lado esquerdo, com diferença estatisticamente significante em nível de 5% para o fator tipo de arco. Portanto, os determinantes funcionais da oclusão na fase da dentadura decídua podem ser estabelecidos, servindo de embasamento para a manutenção, a interceptação e a recuperação morfológica e funcional do sistema estomatognático da criança quando este apresentar-se alterado, assegurando o seu desenvolvimento adequado e o da oclusão permanente

Oclusão dentária; Arco dentário; Movimentos mandibulares


Deciduous occlusion of 20 leukoderm children, 3.5 to 5.5 years old was analyzed from a functional viewpoint establishing maximal mandibular opening, maximal protrusion, and maximal lateral movements, in relation to sex, arch types, and movement records, using a millimeter ruler, gothic arch tracing and comparative microscope showing that the maximal opening capacity was 45.72 mm, without significant statistical differences among the variables. The mean values for the maximal protrusion were 8.34 mm for a millimeter ruler measuring and 7.25 mm for the gothic arch, with significant statistical differences at a level of 5% in the two evaluations, and in the interaction of evaluation/arch type, and evaluation/sex. The mean values for the maximal lateral movements were 8.11 mm for the right side and 8.15 mm for the left, with a millimeter ruler and by the gothic arch, 7.96 mm and 7.99mm with significant statistical differences at a level of 5% for the arch type. Thus the functional determinants of deciduous occlusion can be established serving as a base for maintenance, interception, morphological and functional restoration of the stomatognathic system when it is altered ensuring suitable development, including that of the permanent occlusion

Dental occlusion; Dental arch; Mandibular movements


ANÁLISE FUNCIONAL DA OCLUSÃO NA DENTADURA DECÍDUA: AVALIAÇÃO DOS MOVIMENTOS MANDIBULARES

FUNCTIONAL ANALYSIS OF OCCLUSION IN DECIDUOUS DENTITION:AN EVALUATION OF MANDIBULAR MOVEMENTS

Maria Beatriz Duarte GAVIÃO** Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP. Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.** Professor Associado da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.*** Professor Livre-Docente do Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.

Adolpho CHELOTTI*** Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP. Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.** Professor Associado da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.*** Professor Livre-Docente do Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.

Frederico Andrade e SILVA**** Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP. Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.** Professor Associado da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.*** Professor Livre-Docente do Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.

GAVIÃO, M. B. D. et al. Análise funcional da oclusão na dentadura decídua: avaliação dos movimentos mandibulares. Rev Odontol Univ São Paulo, v.11, p.61-69, 1997. Suplemento.

Analisou-se funcionalmente a oclusão decídua de 20crianças leucodermas de 3,5 a 5,5anos de idade, determinando-se a capacidade de abertura bucal máxima e a extensão dos movimentos de lateralidade e protrusão em relação a sexo, tipos de arco e de registros dos movimentos, utilizando-se régua milimetrada, traçado do arco gótico e microscópio comparador. Concluiu-se que a média da capacidade de abertura máxima foi de 45,72mm, sem diferença estatística entre as variáveis. As médias da capacidade de protrusão máxima foram de 8,34mm, com régua milimetrada, e de 7,25mm no arco gótico, com diferença estatisticamente significante em nível de 5% entre os dois tipos de avaliação e na interação dos fatores avaliação/tipo de arco e avaliação/sexo. As médias do movimento de lateralidade máxima com régua milimetrada foram de 8,11mm para o lado direito e 8,15mm para o lado esquerdo e, pelo arco gótico, de 7,96mm para o lado direito e 7,79mm para o lado esquerdo, com diferença estatisticamente significante em nível de 5% para o fator tipo de arco. Portanto, os determinantes funcionais da oclusão na fase da dentadura decídua podem ser estabelecidos, servindo de embasamento para a manutenção, a interceptação e a recuperação morfológica e funcional do sistema estomatognático da criança quando este apresentar-se alterado, assegurando o seu desenvolvimento adequado e o da oclusão permanente.

UNITERMOS: Oclusão dentária; Arco dentário; Movimentos mandibulares.

INTRODUÇÃO

A avaliação dos movimentos mandibulares no estudo da oclusão é básica no aspecto global da Odontologia, sendo que estes estão sendo estudados há tempo. De acordo com SILLMAN23 (1953), a criança desenvolve um sentido de oclusão com a erupção dos dentes decíduos, sentido esse que resulta da formação dos reflexos que regulam os movimentos mandibulares depois que os dentes antagonistas começam a se tocar. OGURA et al.16 (1987) e YAMASAKI et al.32 (1992) salientam a necessidade de se analisarem os movimentos mandibulares em crianças, com o objetivo de elucidar o desenvolvimento funcional do sistema estomatognático e do mecanismo mastigatório nos períodos de crescimento.

INGERVALL12 (1970) e AGERBERG1 (1974) reconhecem que a determinação dos movimentos mandibulares é um método valioso, simples e objetivo, para avaliar a função do sistema mastigatório, sendo que a redução na mobilidade da mandíbula pode ser manifestação de doença na articulação, associada a sua musculatura ou a sua inervação.

WICKWIRE et al.30 (1981) estudaram os padrões mastigatórios em crianças nas fases de dentição decídua, mista e permanente, através de um sistema de reprodução dos movimentos mandibulares, concluindo que o padrão mastigatório já está bem estabelecido na criança na fase da dentição decídua completa.

Vários outros autores evidenciam a importância dos movimentos mandibulares, pois estes representam a capacidade funcional do sistema estomatognático, servindo como parâmetro na avaliação da disfunção mandibular (De VIS et al.5, 1984; BERNAL; TSAMTSOURIS3, 1986; PAHKALA; LAINE18, 1991; VANDERAS29, 1992).

De acordo com EGERMARK-ERIKSSON6 (1992), muitos estudos foram realizados enfocando o aspecto morfológico da dentadura decídua, mas muito pouco tem sido pesquisado sobre o lado funcional da mesma. Portanto, torna-se evidente que a morfologia dos arcos dentários decíduos, as modificações na oclusão decídua e o aspecto funcional do sistema estomatognático da criança sejam estudados conjuntamente, para assegurar embasamentos, evitando predisponência a futuros distúrbios funcionais.

Considerando, portanto, a importância do estudo da dinâmica mandibular e a escassez de estudos na fase da dentadura decídua, a proposta deste trabalho é analisar funcionalmente a oclusão de crianças nessa fase, procurando avaliar os movimentos mandibulares nos planos sagital e horizontal.

PROPOSIÇÃO

Avaliar funcionalmente a oclusão decídua, verificando se existem diferenças quanto a sexo, tipos de arco e diferentes tipos de registros dos movimentos mandibulares nos seguintes aspectos:

a. amplitude do movimento mandibular no plano sagital (capacidade de abertura bucal máxima);

b. amplitude dos movimentos mandibulares no plano horizontal (movimento de lateralidade direita e esquerda e movimento de protrusão).

MATERIAIS E MÉTODOS

Inicialmente, examinaram-se crianças leucodermas de 3 a 6 anos de idade, de ambos os sexos, que freqüentavam a Clínica de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. A amostra foi selecionada após a anamnese, obtendo-se os históricos pré-natal, natal e pós-natal, através de entrevista com o responsável, constatando a ausência de qualquer distúrbio de origem sistêmica ou local que pudesse estar comprometendo o sistema estomatognático e a ausência de hábitos parafuncionais (sucção de dedo, chupeta, onicofagia, bruxismo e respiração bucal). Realizou-se o exame clínico bucal verificando-se a normalidade dos tecidos moles e a presença de todos os dentes decíduos, sem anomalias de forma, estrutura e número e sem alterações que comprometessem suas dimensões cérvico-oclusais e mésio-distais. No exame da oclusão, qualquer fator de disfunção da articulação temporomandibular (ATM) deveria estar ausente, de acordo com os critérios estabelecidos por PADAMSEE et al.17 (1985); GOHO; JONES8 (1991) e VANDERAS29 (1992), como desvio da mandíbula durante a abertura, interferências oclusais, dor e/ou cansaço durante a mastigação, movimento assimétrico ou não sincronizado dos côndilos, ruídos articulares e sensibilidade muscular. A oclusão morfológica deveria ser clinicamente normal de acordo com os critérios estabelecidos por BAUME2 (1959); FOSTER; HAMILTON7 (1969) e SAADIA21 (1981), a saber:

a. relação terminal dos segundos molares decíduos em plano vertical ou degrau mesial para a mandíbula;

b. relação de caninos classe I;

c. relação incisal normal (topo a topo ou bordo incisal superior até terço médio do dente antagônico);

d. arcos espaçados e não espaçados;

e. desgaste oclusal - somente em esmalte (HANSSON; NILNER11, 1975).

Após a verificação de todos esses critérios, foram selecionadas 20crianças de 3,5 a 5,5anos de idade, e a amostra ficou distribuída de acordo com a Tabela 1.

ArcoSexoEspaçadoNão espaçadoAmbosMasculino5 (Grupo I)5 (Grupo II)10Feminino5 (Grupo III)5 (Grupo IV)10Ambos101020
TABELA 1 - Distribuição da amostra segundo o tipo de arco e o sexo.

Avaliação da capacidade de abertura bucal

Solicitou-se à criança que fizesse a abertura bucal o quanto possível, enquanto o examinador realizava leve pressão bidigital sobre as superfícies oclusais dos arcos superior e inferior e, utilizando-se régua milimetrada, colocada paralelamente ao plano sagital, avaliou-se a distância entre os bordos incisais antagônicos. À medida obtida foi acrescido o valor do trespasse vertical (sobremordida).

Avaliação dos movimentos de lateralidade e protrusão

Avaliaram-se esses movimentos através de dois métodos, a saber:

Avaliação clínica (com régua milimetrada)

A criança realizou os movimentos de lateralidade direita e esquerda, após o devido treinamento, sob leve pressão bidigital pelo profissional, o qual colocava o dedo polegar sobre os dentes superiores anteriores e o indicador, sobre os inferiores anteriores (UONO et al.28, 1993). Marcou-se com lápis dermatográfico onde a linha média se relacionava com o arco superior e, posicionando-se a régua milimetrada paralelamente ao plano horizontal, mediu-se a distância entre a linha média superior e a marca feita anteriormente, correspondente à distância entre as duas linhas médias. Nos arcos com espaços entre os incisivos, estes foram medidos com fios ortodônticos de secção circular, com diâmetros de 0,3 a 2,6mm, devidamente aferidos e, de acordo com a localização do diastema, o valor deste foi acrescido à amplitude do movimento. Quanto ao movimento protrusivo, o valor máximo foi obtido apoiando-se a régua milimetrada na face vestibular do incisivo central superior direito ou esquerdo, paralelamente ao plano horizontal, até a borda incisal do dente antagônico, após a criança ter protruído ao máximo a sua mandíbula, sendo determinada a distância entre os dois pontos. A essa medida acrescentou-se o valor do trespasse horizontal (sobressaliência). Esses procedimentos foram realizados por 3 vezes consecutivas, com intervalo mínimo de 7 dias, obtendo-se as médias das mensurações, que foram consideradas como o valor máximo.

Avaliação no arco gótico de Gysi(GYSI10, 1910)

Após a moldadem dos arcos dentários com alginato, obtiveram-se os modelos em gesso pedra, os quais foram montados no articulador tipo charneira em oclusão habitual; confeccionaram-se grampos em gota entre os molares decíduos e placas intra-orais em acrílico autopolimerizável, sendo que na superior adaptou-se uma pua e, na inferior, uma chapa de alumínio, para o registro dos movimentos mandibulares. Verificou-se a adaptação dos dispositivos na cavidade bucal e se a dimensão vertical entre eles era suficiente para a realização dos movimentos; quando o espaço não era suficiente, aumentou-se a altura da pua. Fez-se o reembasamento das placas intra-orais com pasta zinco-eugenólica, para garantir maior estabilidade no registro gráfico dos movimentos mandibulares. Levaram-se novamente as placas à cavidade bucal e solicitou-se à criança que realizasse os movimentos de lateralidade e protrusão, sendo que a pua deveria estar tocando a chapa de alumínio, para se obter o traçado do arco gótico, enquanto o operador a orientava e a observava, de modo que os movimentos fossem precisos. Esses procedimentos foram realizados por 3 vezes consecutivas, em intervalos mínimos de 7 dias, utilizando os mesmos dispositivos intra-orais, de modo que se obtivessem traços bem definidos dos movimentos bordejantes e intrabordejantes.

Para mensurar a extensão dos movimentos de lateralidade e de protrusão no arco gótico, a placa inferior com o respectivo traçado foi levada ao microscópio comparador. Mediram-se os movimentos de lateralidade desde o vértice do arco gótico, que é a posição retrusiva, até o final do traço lateral, de cada lado, enquanto o movimento protrusivo foi medido do mesmo ponto inicial até o final do traço sagital. Essas medidas foram repetidas 3 vezes, obtendo-se as médias, as quais foram comparadas com as médias obtidas clinicamente com a régua milimetrada.

RESULTADOS

Capacidade de abertura bucal máxima

Os resultados (Tabelas 2 e 3) mostraram que as crianças portadoras de arcos espaçados apresentaram capacidade de abertura bucal maior que aquelas com arcos não espaçados. Assim, a média da capacidade de abertura bucal máxima foi de 45,72mm para o total da amostra, sendo que a análise de variância mostrou não haver significância estatística entre as variáveis.

GruposDPMVGrupo I45,832,6839,30 - 54,00Grupo II46,130,9742,83 - 48,50Grupo III47,631,7644,00 - 53,66Grupo IV43,290,8140,83 - 45,85
TABELA 2 - Média ( ), desvio padrão da média (DPM) e variação (V) observada entre o menor e o maior valor na capacidade de abertura bucal para os quatro grupos (mensurações em milímetros).

SexoArcoMasculinoFemininoAmbosEspaçado45,8347,6346,73Não espaçado46,1343,2944,71Ambos45,9845,4645,72
TABELA 3 - Capacidade de abertura bucal máxima quanto a sexo e tipo de arco (mensurações em milímetros).

Capacidade de protrusão máxima

Na Tabela 4, os dados mostram que a capacidade de protrusão máxima foi numericamente maior pelo método clínico com régua milimetrada em relação às mensurações no arco gótico.

GruposAvaliaçãoDPMVGrupo IClínica8,560,387,16 - 9,16Arco gótico7,400,826,21 - 10,66Grupo IIClínica8,660,387,33 - 9,66Arco gótico7,040,485,93 - 8,25Grupo IIIClínica8,390,437,00 - 9,33Arco gótico7,350,375,97 - 8,18Grupo IVClínica7,730,507,00 - 9,66Arco gótico7,220,136,94 - 7,69
TABELA 4 - Média ( ), desvio padrão da média (DPM) e variação (V) observada entre o menor e o maior valor na capacidade de protrusão máxima para os quatro grupos e os dois tipos de avaliação.

ArcosMasculinoFemininoAmbosClínicaArco góticoClínicaArco góticoClínicaArco góticoArco espaçado8,567,408,397,358,487,37Arco não espaçado8,667,047,737,228,197,13Ambos8,627,228,067,288,347,25
TABELA 5 - Capacidade de protrusão máxima quanto a sexo, tipo de arco e tipo de avaliação (mensurações em milímetros).

Observa-se que os valores obtidos com a régua milimetrada (Tabela 5) foram numericamente maiores que os mensurados no arco gótico e, pela análise de variância, houve significância estatística em nível de 5% na variável "avaliação"; pelo teste de Tukey, verificou-se que a avaliação clínica apresentou médias significativamente maiores que no arco gótico em ambos os tipos de arco e no sexo masculino com arcos não espaçados.

Movimentos de lateralidade direita e esquerda

O movimento de lateralidade direita registrado no arco gótico foi numericamente maior apenas nas crianças portadoras de arcos não espaçados no sexo masculino; na lateralidade esquerda, esse dado foi observado nas crianças do sexo feminino, portadoras de arcos não espaçados (Tabela 6).

Nota-se, de acordo com a Tabela 7, que os movimentos de lateralidade nas crianças com arcos espaçados foram maiores do que nas crianças com arcos não espaçados, independentemente do tipo de avaliação. Considerando os dois tipos de arco conjuntamente, os movimentos de lateralidade direita se apresentaram maiores que os da esquerda na avaliação com arco gótico, ocorrendo o inverso para a avaliação clínica. A análise de variância mostrou significância estatística em nível de 5% para o fator tipo de arco, sendo que os arcos espaçados apresentaram maior amplitude no movimento de lateralidade na avaliação clínica, independentemente do sexo e lado do movimento.

), desvio padrão da média (DPM) e variação entre o maior e o menor valor nos movimentos de lateralidade direita e esquerda para os quatro grupos e nos dois tipos de avaliação (mensurações em milímetros).GrupoAvaliaçãoLateralidade direitaLateralidade esquerdaDPMVDPMVGrupo IClínica8,910,477,36 -8,650,567,36 -10,60Arco gótico8,360,636,98 -10,207,960,675,72 -9,85Grupo IIClínica7,160,296,16 -7,837,830,567,00 -10,00Arco gótico7,710,546,23 -9,547,530,705,44 -9,29Grupo IIIClínica8,540,277,66 -9,188,570,247,83 -9,18Arco gótico8,070,397,12 -9,158,050,247,44 -8,73Grupo IVClínica7,830,606,66 -10,207,560,326,66 -8,66Arco gótico7,680,576,19 -8,827,600,406,74 -8,96
TABELA 6 - Média (

LadoAvaliaçãoDireitoEsquerdoClínicaArco góticoClínicaArco góticoArco espaçado8,738,228,618,01Arco não espaçado7,497,707,697,57Ambos8,117,968,157,79
TABELA 7 - Extensão dos movimentos de lateralidade direita e esquerda para ambos os sexos, tipos de arco e de avaliação (mensurações em milímetros).

DISCUSSÃO

Neste trabalho, a amostra foi selecionada de acordo com os critérios de normalidade, com o objetivo de que nenhum fator anatômico, funcional ou sistêmico desfavorável interferisse nos resultados, pois, na literatura, os poucos trabalhos referentes aos determinantes funcionais da oclusão decídua, em sua maioria, não levam em consideração os padrões morfológicos normais que a caracterizam.

INGERVALL12 (1970); AGERBERG1 (1974); BOOZER et al.4 (1984); BERNAL; TSAMTSOURIS3 (1986); VANDERAS29 (1992); YAMAMOTO; LUZ31 (1992); UONO et al.28 (1993), entre outros, afirmam que a redução nos limites dos movimentos pode ser sinal de disfunção, sendo que a capacidade de abertura bucal é um dos fatores indicativos dessas alterações. Sendo assim, avaliou-se a capacidade de abertura bucal neste trabalho, obtendo-se valores compatíveis com os trabalhos da literatura quando se considera a mesma faixa etária - valor mínimo de 39,30mm e máximo de 54mm - e a média para o total da amostra de 45,72mm. SHEPPARD; SHEPPARD22 (1965) obtiveram o valor de 42,4mm para 14 crianças de 3 a 5 anos e o de 46,2mm para as de 6 a 10 anos de idade. AGERBERG1 (1974) verificou a medida de 44,8mm em crianças de 6 anos de idade. De VIS et al.5 (1984) observaram que a maioria das crianças de 3 a 6 anos de idade que examinaram apresentou a amplitude da abertura bucal entre 35 e 45mm, enquanto BERNAL; TSAMTSOURIS3 (1986) obtiveram 46mm (± 4,6mm). ROTHENBERG20 (1991) obteve a média de 37,5mm para crianças de 4 anos de idade, 42,1mm para as de 5 anos e 41,8mm nas de 6 anos. Nos outros trabalhos, em faixas etárias maiores e em adultos, os valores foram sempre mais altos do que os acima citados, verificando-se que, a partir dos 6 anos de idade, os valores vão se tornando significativamente maiores, sendo que poderíamos aludir esse fato aos achados de SMITH24 (1985), o qual verificou que a altura condilar acima do plano oclusal pode ser um fator de influência na abertura mandibular.

GOHO; JONES8 (1991) verificaram que, das crianças que apresentaram sinais de disfunção, nenhuma apresentou valor menor que o estipulado (34mm). VANDERAS29 (1992) e SZENTPÉTERY25 (1993) também observaram falta de significância estatística nessa medida entre as crianças com e sem sinais clínicos de disfunção.

Quanto ao sexo, de acordo com a literatura e com os nossos resultados, verificamos que, em crianças menores de 6 anos, não há diferença entre masculino e feminino (INGERVALL12,1970; AGERBERG1, 1974; EGERMARK-ERIKSSON6, 1982; BERNAL; TSAMTSOURIS3, 1986; KONOMEN et al.14, 1987). Já BOOZER4 (1984); YAMAMOTO; LUZ31 (1992); SZENTPÉTERY25 (1993), ao examinarem adultos, verificaram diferenças significativas na capacidade de abertura bucal máxima entre o sexo feminino e o sexo masculino.

Numericamente, as crianças portadoras de arcos espaçados apresentaram capacidade de abertura bucal maior do que as com arcos dentários não espaçados. Quando se considera o sexo, esse valor se inverte para o masculino, embora, pela análise de variância, observemos que a interação desses fatores não mostrou diferença estatística, significando que a amplitude da abertura bucal não depende das variáveis analisadas. Considerou-se o tipo de arco por ser uma característica importante nos programas pré-ortodônticos.

Quanto ao método de avaliação da amplitude da abertura bucal, vários dispositivos são indicados, mas GOULET; CLARK9 (1990) mostraram que o uso da régua milimetrada já se tornou um método padrão no registro da amplitude da abertura bucal, mostrando alta reprodutibilidade com e entre vários investigadores. De acordo com UONO et al.28 (1993), não há diferença entre os métodos com pressão e sem pressão bidigital no momento de se fazer a mensuração, mas, devido à baixa faixa etária da amostra, adotou-se a pressão bidigital leve (YAMAMOTO; LUZ31, 1992) para se ter maior precisão nas mensurações.

Os movimentos no plano horizontal foram avaliados através do arco gótico, designado como "avaliação no arco gótico de Gysi", que é um método gráfico de registro de movimentos no plano horizontal, sendo simples e efetivo, pois qualquer alteração na definição dos traços é facilmente detectada, indicando alguma disfunção (MONGINI; CAPURSO15, 1982). Utilizou-se também a régua milimetrada, o que se designou na metodologia como "avaliação clínica". Em relação à faixa etária da nossa amostra, observamos que, para os movimentos no plano horizontal, faltam dados para comparações, sendo que INGERVAL13 (1972); AGERBERG1 (1974); BERNAL; TSAMTSOURIS3 (1986) consideraram que a realização desses movimentos em crianças se depara com dificuldades relacionadas à faixa etária pequena. No entanto, observamos que, após o devido treinamento da criança, esta realizou os movimentos adequadamente. Além disso, devido provavelmente às características morfológicas normais dos arcos dentários das crianças da amostra e à ausência de outros fatores determinantes de disfunção, a lateralidade direita não diferiu significativamente da esquerda e o movimento protrusivo mostrou-se simétrico, os côndilos atuando simultaneamente e de forma sincronizada, indo de acordo com os conceitos teóricos de PIEHSLINGER et al.19 (1993).

Os maiores valores para o movimento protrusivo máximo foram obtidos pela avaliação clínica com régua milimetrada. Observamos que a criança demonstrou certa dificuldade na realização desse movimento com os registros intra-orais, podendo-se atribuir a esse fator as diferenças numéricas encontradas entre ambos os tipos de avaliação.

INGERVALL12 (1970) encontrou o valor, em média, de 9-10mm, porém, em crianças de 10 anos de idade. AGERBERG1 (1974) obteve, para crianças de 6 anos, o valor de 8mm e KONOMEN et al.14 (1987) encontraram valores mais altos (10,7mm) em crianças de 10 a 16 anos de idade. Verificando a extensão máxima do movimento protrusivo em adultos, YAMAMOTO; LUZ31 (1992) encontraram valor de 9,0mm, diferindo muito pouco da nossa amostra, considerando a metodologia com régua milimetrada. Quanto às crianças que apresentavam ou não sinais clínicos de disfunção temporomandibular, VANDERAS29 (1992) verificou a média de 9,28mm e de 9,08mm, respectivamente, no movimento protrusivo, não havendo significância entre os grupos nessa medida, e considerou movimento protrusivo restrito quando menor que 5mm.

A análise de variância mostrou significância em nível de 5% para o fator tipo de avaliação, podendo-se inferir que as médias obtidas para a capacidade de protrusão máxima com régua milimetrada foram significativamente maiores que as obtidas no arco gótico. Quanto ao sexo, isso se aplica apenas ao masculino e, quanto ao tipo de arco, essa significância entre os tipos de avaliação ocorreu tanto nos espaçados como nos não espaçados. Portanto, na obtenção do valor da capacidade de protrusão máxima, não há diferença no mesmo tipo de avaliação quando se considera o sexo e o tipo de arco. Apenas há diferença quando se considera o fator tipo de avaliação. Assim como os autores apresentados, não observamos diferenças significativas entre os sexos quando consideramos isoladamente o tipo de avaliação. Quanto aos dois tipos de avaliação, consideramos que ambos os métodos são consistentes, mas a avaliação com a régua milimetrada apresentou maior facilidade na obtenção da amplitude do movimento protrusivo.

Observamos maior extensão no movimento de lateralidade de ambos os lados para as crianças portadoras de arcos espaçados, independentemente do tipo de avaliação, sendo esse dado estatisticamente significante em nível de 5% pelos resultados apresentados pela análise de variância, comprovado pelo teste de Tukey. Sendo assim, as crianças portadoras de arcos espaçados apresentaram a extensão dos movimentos de lateralidade direita e esquerda maior do que as crianças com arcos não espaçados. Quando se fez a interação com o fator sexo, observou-se que esses dados eram referentes ao sexo masculino nas mensurações com régua milimetrada.

Observamos que as amplitudes obtidas na nossa amostra, em ambos os tipos de avaliação, se aproximam das de AGERBERG1 (1974), que encontrou o valor de 8mm em crianças de 6 anos de idade. Pelos resultados de outros autores, comparando-os com os deste trabalho, verificamos que a criança apresenta amplos movimentos de lateralidade, sendo que, em idades pouco mais avançadas do que as da nossa amostra, sua amplitude se compara às dos movimentos laterais em adultos. Isso pode ser explicado pelos achados de WICKWIRE et al.30 (1981), que verificaram que o padrão mastigatório já está estabelecido na criança na fase da dentição decídua completa.

Na nossa metodologia, realizamos a indução do movimento lateral na avaliação com o registro em cera, pois, de acordo com TUPAC27 (1978), esse tipo de procedimento favorece o deslocamento lateral, sendo que se pode controlar a magnitude e direção do movimento desejado, ajudando na parada do movimento no momento e no local desejado. Além disso, temos que considerar que a faixa etária da amostra foi um fator indicativo na indução do movimento. Quando se realizaram esses movimentos utilizando-se os registros intra-orais para obtenção dos arcos góticos, a criança foi apenas verbalmente instruída para movimentar a mandíbula para os lados, sendo que os resultados mostraram diferenças estatísticas quando comparados com a avaliação clínica.

Considerando-se que a oclusão decídua encontra-se em um estado contínuo de mudanças, adaptando-se aos padrões funcionais de crescimento e desenvolvimento (THUROW26, 1977), os determinantes funcionais podem e devem ser estabelecidos, para se elucidar o desenvolvimento do sistema estomatognático. Podemos considerar ainda que o estudo da oclusão funcional na fase da dentadura decídua é de extrema importância, sendo que os resultados obtidos podem servir de embasamento para a manutenção, a interceptação e a recuperação morfológica e funcional do sistema estomatognático da criança, quando este apresentar-se alterado, assegurando o seu desenvolvimento adequado e o da oclusão permanente.

CONCLUSÕES

A média da capacidade de abertura máxima foi de 45,72mm, não havendo diferença estatisticamente significante entre sexos, tipos de arco ou na interação sexo/tipo de arco.

A média da capacidade de protrusão máxima, na avaliação clínica com régua milimetrada, foi de 8,34mm; na avaliação no arco gótico, foi de 7,25mm. Houve diferença estatisticamente significante em nível de 5% entre os dois tipos de avaliação, tipo de arco e nos fatores avaliação/sexo. Assim, verificamos que a avaliação clínica apresentou médias significativamente maiores do que no arco gótico em ambos os tipos de arco e no sexo masculino com arcos não espaçados.

As médias do movimento de lateralidade máxima na avaliação clínica com régua milimetrada foram de 8,11mm para o lado direito e 8,15mm para o lado esquerdo e, na avaliação com arco gótico, 7,96mm para o lado direito e 7,79mm para o lado esquerdo. Houve diferença estatisticamente significante em nível de 5% para o fator tipo de arco, sendo que os arcos espaçados apresentaram maior amplitude no movimento de lateralidade na avaliação clínica, independentemente do sexo e lado do movimento.

GAVIÃO, M. B. D. et al. Functional analysis of occlusion in deciduous dentition: an evaluation of mandibular movements. Rev Odontol Univ São Paulo, v.11, p.61-69, 1997. Suplemento.

Deciduous occlusion of 20 leukoderm children, 3.5 to 5.5 years old was analyzed from a functional viewpoint establishing maximal mandibular opening, maximal protrusion, and maximal lateral movements, in relation to sex, arch types, and movement records, using a millimeter ruler, gothic arch tracing and comparative microscope showing that the maximal opening capacity was 45.72 mm, without significant statistical differences among the variables. The mean values for the maximal protrusion were 8.34 mm for a millimeter ruler measuring and 7.25 mm for the gothic arch, with significant statistical differences at a level of 5% in the two evaluations, and in the interaction of evaluation/arch type, and evaluation/sex. The mean values for the maximal lateral movements were 8.11 mm for the right side and 8.15 mm for the left, with a millimeter ruler and by the gothic arch, 7.96 mm and 7.99mm with significant statistical differences at a level of 5% for the arch type. Thus the functional determinants of deciduous occlusion can be established serving as a base for maintenance, interception, morphological and functional restoration of the stomatognathic system when it is altered ensuring suitable development, including that of the permanent occlusion.

UNITERMS: Dental occlusion; Dental arch; Mandibular movements.

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Recebido para publicação em 21/11/96

Aceito para publicação em 22/08/97

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  • * Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.
    Professora Assistente do Departamento de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.
    ** Professor Associado da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
    *** Professor Livre-Docente do Departamento de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da UNICAMP.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Jan 2000
    • Data do Fascículo
      1997

    Histórico

    • Recebido
      21 Nov 1996
    • Aceito
      22 Ago 1997
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