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Avaliação in vitro da microinfiltração na interface selante/esmalte sob a influência de contaminação, emprego de "primer" e tipo de selante

In vitro evaluation of sealant microleakage under the influence of contamination, use of primer and type of sealant

Resumos

Este estudo avaliou, in vitro, a microinfiltração na interface selante/esmalte sob a influência de contaminação do meio (saliva), emprego de "primer" (Tenure - Den-Mat) e tipo de selante (Concise Light Cured White Sealant - 3M; Fluroshield - Caulk/Dentsply). Os resultados foram obtidos a partir de medidas lineares, utilizando um sistema computadorizado de imagens digitalizadas (IMAGE PLUS). Pôde-se concluir que a contaminação salivar e a utilização de "primer" atuaram de maneira diversa nas diferentes etapas do procedimento clínico; os selantes comportaram-se de maneira semelhante quando submetidos às mesmas condições; o emprego do "primer" favoreceu o escoamento do selante Fluroshield (Caulk/Dentsply) nos sulcos e pôde ser observado maior número de bolhas com esse material.

Selantes de fossas e fissuras; Adesão dentária; Materiais dentários


This in vitro study investigated the effect of different types of sealants (Concise Light Cured White Sealant - 3M; Fluroshield - Caulk/Dentsply) and the use of primer (Tenure - Den-Mat) on the microleakage of saliva-contaminated enamel. Sealants were placed on 360 surfaces (occlusal, buccal and lingual) of extracted teeth free of caries. After being prepared according to each experimental group, they were thermocycled (5 and 55ºC) for 500 and 2.000 cycles. Then they were immersed in a silver nitrate solution (50%) and cut in longitudinal slices. The results were described in linear measurements (mm) by means of a digital-image analysis system. Contamination and use of primer had different influences when subjected to the different experimental conditions. Both sealants had the same influence on microleakage. Flow of Fluroshield into pit and fissures was improved by use of the primer, and a greater amount of bubbles could be observed in this material.

Pit and fissure sealants; Dental adhesion; Dental materials


Dentística

Avaliação in vitro da microinfiltração na interface selante/esmalte sob a influência de contaminação, emprego de "primer" e tipo de selante

In vitro evaluation of sealant microleakage under the influence of contamination, use of primer and type of sealant

Ana Lídia CIAMPONI* * Professora Doutora da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo ** Professor Titular da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de Michigan.

Robert Jon FEIGAL** * Professora Doutora da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo ** Professor Titular da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de Michigan.

José Fortunato Ferreira SANTOS*** *** Professor Titular de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

CIAMPONI, A. L.; FEIGAL, R. J.; SANTOS, J. F. F. Avaliação in vitro da microinfiltração na interface selante/esmalte sob a influência de contaminação, emprego de "primer" e tipo de selante. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 12, n. 2, p. 93-98, abr./jun. 1998.

Este estudo avaliou, in vitro, a microinfiltração na interface selante/esmalte sob a influência de contaminação do meio (saliva), emprego de "primer" (Tenure - Den-Mat) e tipo de selante (Concise Light Cured White Sealant - 3M; Fluroshield - Caulk/Dentsply). Os resultados foram obtidos a partir de medidas lineares, utilizando um sistema computadorizado de imagens digitalizadas (IMAGE PLUS). Pôde-se concluir que a contaminação salivar e a utilização de "primer" atuaram de maneira diversa nas diferentes etapas do procedimento clínico; os selantes comportaram-se de maneira semelhante quando submetidos às mesmas condições; o emprego do "primer" favoreceu o escoamento do selante Fluroshield (Caulk/Dentsply) nos sulcos e pôde ser observado maior número de bolhas com esse material.

UNITERMOS: Selantes de fossas e fissuras; Adesão dentária; Materiais dentários.

INTRODUÇÃO

O emprego dos selantes vem sendo considerado um dos métodos mais efetivos para prevenir o surgimento de lesões de cárie na superfície oclusal. Dados na literatura indicam que os molares permanentes em erupção são mais propensos ao desenvolvimento de cáries oclusais em função das condições favoráveis de acúmulo de placa5. Em crianças com alto risco à cárie, esperar que o dente erupcione a tal ponto que permita o isolamento ideal do campo operatório pode representar um risco maior para o desenvolvimento de cárie oclusal. Entretanto, a força adesiva das resinas poliméricas ao esmalte condicionado pode ser afetada adversamente pela presença de contaminação. Uma vez ocorrida, têm-se sugerido diferentes condutas, desde a secagem do campo até a remoção mecânica superficial do esmalte comprometido2. FEIGAL et al.9 (1993) têm proposto a utilização de "primers" e/ou adesivos sobre a superfície de esmalte contaminado previamente à aplicação dos selantes e os resultados têm sido encorajadores1,3. O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo in vitro para avaliar o efeito da contaminação salivar e do "primer" no processo de infiltração na interface selante/esmalte nas diversas etapas de aplicação de diferentes selantes.

MATERIAL E MÉTODOS

Um total de 160 dentes, extraídos e livres de cárie, foram coletados e mantidos em solução de azida de sódio a 0,4% em temperatura ambiente até o momento de serem utilizados. Desses dentes, 80% eram molares permanentes e 20%, pré-molares. Antes de serem preparados, os dentes foram lavados em água destilada e suas superfícies foram limpas com escova de Robinson. O preparo dos dentes foi realizado de acordo com a etapa experimental e o grupo em questão.

Etapa 1

Avaliação do efeito da contaminação e do emprego de "primer" sobre a microinfiltração nas diferentes etapas de aplicação dos selantes

Das 320 superfícies iniciais, foram utilizadas 300 nessa etapa experimental. Destas, 150 vestibulares e 150 linguais receberam selamento no terço médio no sentido mésio-distal. Cada grupo continha 20 superfícies, perfazendo um total de 15 grupos. Tivemos como variáveis a contaminação salivar e o emprego de "primer" (Tenure - Den-Mat). A contaminação foi executada em diferentes etapas, a saber: sem contaminação; contaminação antes do condicionamento ácido; durante o condicionamento ácido; após lavar; após secar; após emprego do "primer" e durante a polimerização do selante (Concise Light Cured White Sealant - 3M Dental Products). Em um determinado grupo, foi aplicado o selante funcionando como "primer".

Etapa 2

Avaliação do efeito da contaminação sobre a microinfiltração, penetração dos selantes e formação de bolhas utilizando dois selantes, associados ou não ao emprego de "primer"

As superfícies oclusais dos 160 dentes receberam selamento. Cada grupo era composto por 20 superfícies, perfazendo um total de 8 grupos. Tivemos como variáveis a contaminação salivar após o condicionamento ácido (secagem), o tipo de selante (Concise Light Cured White Sealant - 3M Dental Products; Fluroshield - Caulk/Dentsply) e a presença de "primer" (Tenure - Den-Mat).

A técnica de selamento seguia uma norma para todos os grupos. Durante a etapa de condicionamento ácido, foi empregado ácido fosfórico a 37% na forma gel (3M) por um período de 20 segundos; as superfícies eram então lavadas com jatos de água destilada por 20 segundos e secas com ar comprimido por mais 10 segundos. Caso a contaminação salivar fosse necessária, saliva humana, fresca, era coletada de um mesmo doador e colocada em um pote Dappen. Com auxílio de uma pipeta, 0,010 ml de saliva era ejetada e deixada sobre a superfície por 10 segundos. Quando o "primer" era empregado, este foi aplicado em 2 camadas com auxílio de um pincel e, posteriormente, o excesso do mesmo era removido com um leve jato de ar, para eliminar o solvente não evaporado. O selante era aplicado com a ponta de um aplicador de cimento hidróxido de cálcio (Duflex - 10110) sobre o terço médio das superfícies vestibular ou lingual em todo o sentido mésio-distal ou nos sulcos e fissuras oclusais e fotopolimerizado por 40 segundos. Os dentes foram mantidos em água destilada até que todos fossem preparados (aproximadamente 1 mês). As raízes dos dentes eram então removidas, as polpas coronárias, extirpadas, e as câmaras pulpares, vedadas com resina acrílica ortodôntica. Cada dente recebia uma identificação sob a base de resina acrílica de acordo com seu grupo. As amostras foram termocicladas em uma máquina de ciclagem convencional. As temperaturas da água em cada tanque eram mantidas a 5º e 55ºC. Os dentes eram submetidos por 30 segundos. alternadamente na água quente e fria, com tempo de transferência entre os banhos de 6 segundos Para as duas etapas experimentais, metade da amostra (10 dentes em cada grupo) sofreu 500 ciclos e o restante, 2000 ciclos. Após a termociclagem, os dentes foram colocados em um "becker" contendo solução aquosa de nitrato de prata (AgNO3) a 50% e mantidos no escuro por 2 horas. Depois, os mesmos foram lavados em água corrente e destilada por 1 minuto e colocados em outros "becker" contendo revelador fotográfico (Kodak Microdol - Kodak) por um período de 8 horas sob luz fluorescente. Após esse período, os dentes foram lavados em água destilada e estocados até serem cortados para posterior leitura. As coroas dos dentes foram seccionadas longitudinalmente em 4 fatias de aproximadamente 2 mm de espessura na direção vestíbulo-lingual, utilizando um micrótomo com disco de diamante de 11 cm e 320 grit em baixa rotação. Os valores de microinfiltração foram avaliados mediante um sistema de imagens digitalizadas, tendo um computador acoplado a um microscópio. A leitura dos resultados foi feita empregando o programa IMAGE PLUS, instalado no computador (Figura 1). Após a obtenção de uma imagem bem definida, as medidas foram feitas sem se saber a que grupo pertenciam. Era obtida uma medida linear, em milímetros, ao longo da interface selante/esmalte onde havia a difusão do corante. Foram feitas doze medições em cada superfície oclusal, vestibular e lingual. Após a avaliação da microinfiltração marginal, a penetração dos selantes nos sulcos e fissuras oclusais dos dentes foi avaliada, tendo como base a mesma imagem obtida para a avaliação da microinfiltração. Foram realizadas 6 medições para cada dente em função dos cortes anteriormente citados. A partir desses dados, selecionamos, dentre as situações observadas em cada sulco, aquela de maior ocorrência e estabelecemos esse valor geral para o determinado dente. A presença de bolhas foi avaliada utilizando as mesmas 6 imagens anteriormente citadas. Caso a presença de bolhas fosse constatada em pelo menos um dos cortes, consideramos a presença de bolha para o determinado dente.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para simplificar os resultados e permitir a avaliação estatística, foram calculadas as médias dos 12 valores para cada superfície, bem como a média geral das 20 superfícies para cada grupo. Optamos por trabalhar com as médias e não simplesmente com os piores resultados, pois poderíamos superestimar os valores de microinfiltração, já que não teríamos a habilidade em distinguir dentes com microinfiltração isolada daqueles com microinfiltração mais extensa ao redor de toda a margem. O método de mensurações de várias superfícies ao longo das margens do selante permite a avaliação mais realista do padrão de infiltração13. A sensibilidade e a reproducibilidade do método de avaliação para o mesmo examinador e inter-examinadores foram determinadas a partir de porcentagens de concordância, calculada em 97% intra-examinador e em 98% inter-examinadores, que são amplamente aceitáveis.

Etapa 1

Avaliação da microinfiltração

Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 1.

A análise estatística (ANOVA) demonstrou não haver diferença significante quando 500 ou 2.000 ciclos foram praticados; entretanto, pudemos observar que existem valores discretamente maiores de infiltração quando utilizamos 2.000 ciclos. Os resultados serão apresentados e discutidos considerando cada grupo independentemente do número de ciclos utilizado. Pode-se observar diferentes graus de microinfiltração entre os grupos, o que foi confirmado pela análise estatística (ANOVA) e pela comparação de Tukey 1%. Mesmo na ausência de "primer", observamos certo grau de microinfiltração (0,166 mm; média entre as situações de 500 e 2.000 ciclos, sem "primer"), valor maior que o reportado por ADDO; FEIGAL1 (1992), que foi zero, e menor ao observado por BOREM; FEIGAL3 (1994), de 0,31 mm. A situação na qual o "primer" teve efeito mais significativo sobre a microinfiltração foi quando a contaminação ocorreu após secarmos o dente. Enquanto o valor médio de microinfiltração sem emprego do "primer" foi de 0,924 mm (média entre 500 e 2.000 ciclos), com o emprego do mesmo, esse valor passou a ser de 0,250 mm. Isso ocorreu porque a presença de contaminação diminui a energia livre de superfície do esmalte obtida com o condicionamento ácido. A presença do "primer" parece restabelecer a energia superficial a valores adequados para que ocorra o escoamento do selante de forma satisfatória.

Etapa 2

Avaliação da microinfiltração

Deve ser destacado que, em alguns grupos, o selante foi totalmente perdido durante o procedimento de corte antes das mensurações. Para tornar viável a análise dos resultados, foram estabelecidos valores numéricos para essas perdas. Os valores estipulados foram definidos a partir da média da extensão do selante aplicado em 10 dentes molares e 10 pré-molares, nos quais o mesmo não havia sido perdido. O valor aferido para os molares foi de 2,42 mm e, para os pré-molares, o valor foi de 1,91 mm. Os resultados de microinfiltração encontram-se resumidos na Tabela 2. A partir desses dados, foi realizada a análise de variância (ANOVA). Para facilitar o entendimento do leitor, as médias encontradas em cada grupo serão agrupadas para estabelecermos a relação entre as variáveis: selante, contaminação, "primer" e ciclagem térmica. Os resultados da análise estatística demonstraram não haver diferença significante quando 500 ou 2.000 ciclos foram praticados. Portanto, consideraremos cada grupo independentemente do número de ciclos utilizado.

TABELA 2 - Média dos valores de microinfiltração (mm) considerando-se diferentes selantes e presença ou ausência de contaminação e de "primer".

O efeito que a ciclagem térmica traz para o comportamento do material resinoso tem sido bastante discutido4,14. Quando consideramos a ação dos diferentes selantes, não encontramos diferenças estatisticamente significantes quanto à microinfiltração ocorrida. Enquanto o selante Concise apresentou, em média, 0,604 mm de microinfiltração, o selante Fluroshield apresentou 0,610 mm. Entretanto, esses valores médios diferem bastante daqueles encontrados quando excluímos os grupos em que o selante foi totalmente perdido durante a termociclagem e o corte dos dentes. A diferença, pequena inicialmente, passou a ser maior quando da exclusão desses grupos (cerca de 22% maior). Como o fracasso dos selantes nesses casos está relacionado com a presença de contaminação e não às propriedades de cada selante, achamos por bem excluí-los da amostra para a avaliação dos mesmos e realizar nova análise de variância (Tabela 3). Mesmo nesse caso, não houve diferença estatisticamente significante relativamente ao desempenho dos dois materiais. Quando o emprego do "primer" foi associado ao selante, mesmo na ausência de contaminação, observamos redução na microinfiltração, pequena para o selante sem carga e maior para o selante com carga. Isso pode ter ocorrido em função das propriedades do "primer" que continha acetona e HEMA, alterando a reologia das resinas e auxiliando no umedecimento dos agentes resinosos sobre a superfície de esmalte condicionado e/ou removendo a contaminação residual no esmalte por evaporação (reação química de azeotropismo). Apesar dessa melhora, os resultados não foram considerados estatisticamente significantes, não só quando analisamos todos os grupos, mas também quando os grupos em que houve perda do selante foram excluídos. A literatura tem mostrado resultados controversos quanto ao efeito da aplicação do "primer" em superfícies de esmalte não contaminadas. Em algumas pesquisas, seu efeito foi benéfico3,7,8, em outras, neutro2 ou prejudicial11. Neste experimento, o efeito do "primer" foi mais acentuado para o selante com carga.

TABELA 3 - Análise de variância desprezando-se os grupos em que os selantes foram perdidos previamente às mensurações.

Avaliação da penetração dos selantes

Enquanto o selante Concise penetrou em toda a profundidade dos sulcos em 95% dos dentes sem haver presença de contaminação e "primer", o Fluroshield penetrou em 60% dos casos. Nas situações em que o "primer" foi aplicado e não havia contaminação, o selante Concise apresentou comportamento inferior à situação em que o "primer" não havia sido utilizado (penetração total em 70% dos casos). Para o Fluroshield, a ação do "primer" em superfícies não contaminadas favoreceu a penetração do mesmo (penetração total em 85% dos casos). Nas situações em que o selante e o "primer" foram aplicados sobre superfícies contaminadas, os dois selantes se comportaram de maneira semelhante àquela em que não havia presença de contaminação e de "primer". A profundidade de penetração é considerada, por alguns autores, fator importante na retenção do material a longo prazo.

Verificação da presença de bolhas

A presença de bolhas de ar está associada com eventual falha do material resinoso. O selante Concise apresentou bolhas em 9% dos dentes e o selante Fluroshield, em 22% dos dentes observados. Isso provavelmente tenha ocorrido pela maior viscosidade do selante Fluroshield, favorecendo o acúmulo de bolhas de ar.

CONCLUSÕES

De acordo com os resultados obtidos a partir da fase experimental, podemos concluir que:

  • A presença de contaminação salivar durante a aplicação dos selantes interferiu negativamente na microinfiltração.

  • A aplicação do "primer" demonstrou efeito significativo em eliminar essa microinfiltração;

  • A aplicação do "primer" foi mais eficaz na redução da microinfiltração quando a contaminação ocorreu após condicionamento ácido e secagem da superfície.

  • Os dois selantes apresentaram comportamento semelhante quanto à microinfiltração quando submetidos às mesmas condições de contaminação salivar e emprego de "primer".

  • A utilização do "primer" favoreceu a penetração do selante

    Fluroshield.

  • Esse mesmo selante apresentou maior número de bolhas que o

    Concise.

AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos ao CNPq, pelo suporte financeiro para execução desta pesquisa.

CIAMPONI, A. L.; FEIGAL, R. J.; SANTOS, J. F. F. In vitro evaluation of sealant microleakage under the influence of contamination, use of primer and type of sealant. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 12, n. 2, p. 93-98, abr./jun. 1998.

This in vitro study investigated the effect of different types of sealants (Concise Light Cured White Sealant - 3M; Fluroshield - Caulk/Dentsply) and the use of primer (Tenure - Den-Mat) on the microleakage of saliva-contaminated enamel. Sealants were placed on 360 surfaces (occlusal, buccal and lingual) of extracted teeth free of caries. After being prepared according to each experimental group, they were thermocycled (5 and 55ºC) for 500 and 2.000 cycles. Then they were immersed in a silver nitrate solution (50%) and cut in longitudinal slices. The results were described in linear measurements (mm) by means of a digital-image analysis system. Contamination and use of primer had different influences when subjected to the different experimental conditions. Both sealants had the same influence on microleakage. Flow of Fluroshield into pit and fissures was improved by use of the primer, and a greater amount of bubbles could be observed in this material.

UNITERMS: Pit and fissure sealants; Dental adhesion; Dental materials.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Recebido para publicação em 25/02/97

Aceito para publicação em 29/10/97

  • 1
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  • *
    Professora Doutora da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
    **
    Professor Titular da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de Michigan.
  • ***
    Professor Titular de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Out 1999
    • Data do Fascículo
      Abr 1998

    Histórico

    • Aceito
      29 Out 1997
    • Recebido
      25 Fev 1997
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