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Aspectos estruturais para a Diabetes Mellitus nas Unidades Básicas de Saúde em capitais brasileiras

RESUMO

Objetivou-se, neste artigo, analisar as condições estruturais de unidades de saúde e as diretrizes, os objetivos e as metas da gestão municipal relacionados com a qualidade desses serviços nas capitais segundo regiões brasileiras, tendo em vista a atenção às pessoas com Diabetes Mellitus. Para tanto, foram elaborados um modelo lógico e subdimensões/variáveis para direcionar a busca de dados no banco do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade da Atenção Primária à Saúde, do 3º ciclo. Análises descritivas foram realizadas das capitais por região do Brasil. Para análise documental, utilizaram-se os planos de saúde daqueles municípios que apresentaram percentual de inadequação maior que 50% para, no mínimo, quatro dimensões entre as sete analisadas neste estudo. O estudo revelou necessidade de adequação das condições estruturais das Unidades Básicas de Saúde para a maioria das capitais brasileiras em alguns dos aspectos analisados, com piores resultados para estrutura física e equipamentos. A partir da análise dos planos municipais de saúde, evidenciaram-se particularidades, potencialidades e fragilidades que merecem ser consideradas para definição da agenda e direcionamento das ações pela gestão em saúde. As condições de inadequação apontadas podem trazer impactos negativos na qualidade da atenção às pessoas com diabetes na Atenção Primária à Saúde.

PALAVRAS-CHAVES
Estrutura dos serviços; Avaliação em saúde; Atenção Primária à Saúde; Planejamento em saúde

ABSTRACT

The objective of this article is to analyze the structural conditions of health units and the guidelines, objectives/goals of municipal management related to the quality of those services in the capitals according to Brazilian regions, aimed at caring for persons suffering from Diabetes Mellitus. For that, a logical model and sub-dimensions/variables were developed to direct the search for data in the 3rd cycle of the Program for Improving Access and Quality of Primary Health Care. Descriptive analyzes of the capitals were performed by region of Brazil. For document analysis, we used the Health Plans of municipalities that presented a percentage of inadequacy greater than 50% for at least four dimensions among the seven analyzed in this study. The study revealed the need to adapt the structural conditions of Basic Health Units for most Brazilian capitals in some of the aspects analyzed, with worse results for physical structure and equipment. Based on the analysis of municipal health plans, particularities, strengths, and weaknesses were evidenced that deserve to be considered for defining the agenda and directing actions by health management. The identified conditions of inadequacy can have a negative impact on the quality of care for persons suffering from diabetes in Primary Health Care.

KEYWORDS
Service structure; Health assessment; Primary Health Care; Health planning

Introdução

A Diabetes Mellitus (DM), enquanto um problema de saúde pública, apresenta estimativa de prevalência de 9,2% na população adulta brasileira11 Muzy J, Campos MR, Emmerick I, et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de pesquisas. Cad. Saúde Pública. 2021 [acesso em 2023 mar 23]; (37):1-18. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00076120.
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. É considerada doença crônica multifatorial e grande responsável por hospitalizações devido a complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais22 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília, DF: MS; 2013. 160 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). [acesso em 2023 jun 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mel-litus_cab36.pdf.
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. Suas complicações aumentam os gastos do sistema de saúde, bem como impactam nos anos de vida perdidos por incapacidade e mortalidade. No Brasil, o manejo e a prevenção da diabetes e suas complicações ficam sob a responsabilidade, principalmente, da Atenção Primária à Saúde (APS), que se propõe a dispensar um cuidado integral, resolutivo e de alta qualidade com impacto na situação de saúde da população22 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília, DF: MS; 2013. 160 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). [acesso em 2023 jun 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mel-litus_cab36.pdf.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicac...
, 33 Noncommunicable Disease Risk Factor Collaboration. Worldwide trends in diabetes since 1980: a pooled analysis of 751 population-based studies with 4.4 million participants. Lancet. 2016; 387(10027):1513-30..

A APS, entendida como um conjunto de ações e serviços de cunho individual e coletivo que visa a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, caracteriza-se pelo acompanhamento de diferentes condições de saúde-doença-cuidado, devendo ser o principal centro integrador e de comunicação na Rede de Atenção à Saúde (RAS)44 Mendes EV. Comentários Sobre as Redes de Atenção à Saúde no SUS. Divulg. Saúde debate. 2014; (52):38-49.. Nesse sentido, a diabetes, enquanto doença crônica, deve encontrar nesse nível de atenção o cenário ideal para o cuidado longitudinal55 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 22 Set 2017..

Em 2011, com o propósito de avaliar a qualidade da APS, foi instituído o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB)66 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 1.654 de 19 de julho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) e o Incentivo Financeiro do PMAQ-AB, denominado Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável - PAB Variável. Diário Oficial da União. 19 Jul 2011., o qual tem em sua proposta a utilização da avaliação como parte do planejamento das ações para a melhoria da qualidade nos serviços de APS77 Lima JG, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde: resultados nacionais do PMAQ-AB. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(1):52-66. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S104.
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. A fim de conhecer a produção científica sobre a utilização de serviços de saúde na APS, foi realizado o levantamento de estudos em bases indexadas, nas quais foram selecionados 17 artigos. Destes, dez apresentavam abordagem nacional88 Mendes LV, Campos MR, CHAVES GC, et al Disponibilidade de medicamentos nas unidades básicas de saúde e fatores relacionados: uma abordagem transversal. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; (38):109-123. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S009.
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, 99 Tomasi E, Oliveira TF, Fernandes PAA, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 15(2):171-180. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200003.
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, 1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
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, 1111 Protasio APL, Gomes LB, Machado LS, et al. Satisfação do usuário da Atenção Básica em Saúde por regiões do Brasil: 1º ciclo de avaliação externa do PMAQ-AB. Ciênc. saúde coletiva. 2017. [acesso em 2023 mar 23]; 22(6):1829-1844. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017226.26472015.
https://doi.org/10.1590/1413-81232017226...
, 1212 Santos AF, Sobrinho DF, Araújo LL, et al. Incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação e qualidade na atenção básica em saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(5). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00172815.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0017281...
, 1313 Pocas KC, Freitas LRS, Duarte EC. Censo de estrutura da Atenção Primária à Saúde no Brasil (2012): estimativas de coberturas potenciais. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 26(2):275-284. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200005.
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, 1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, 1616 Guimarães WSG, Parente RCP, Guimarães TLF, et al. Acesso e qualidade da atenção pré-natal na Estratégia Saúde da Família: infraestrutura, cuidado e gestão. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(5). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00110417.
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, 1717 Chaves LA, Jorge AO, Cherchiglia ML, et al. Integração da atenção básica à rede assistencial: análise de componentes da avaliação externa do PMAQ-AB. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(2). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00201515.
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, inclusive com destaque a divisão regional brasileira, um trouxe enfoque municipal1818 Lima CA, Moreira KS, Costa GS, et al. Avaliação do processo de trabalho entre equipes de saúde da família de um município de Minas Gerais, Brasil. Trab. educ. saúde. 2019 [acesso em 2023 mar 23]; 17(1). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00187.
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e seis consideraram as realidades estaduais para análise1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
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, 2020 Viana IB, Moreira RS, Martelli PJL, et al. Avaliação da qualidade da assistência em saúde bucal na Atenção Primária à Saúde em Pernambuco, 2014. Epidemiol. Serv. Saúde. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 28(2). Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742019000200015.
https://doi.org/10.5123/S1679-4974201900...
, 2121 Baldani MH, Ribeiro AE, Gonçalves JRSN, et al. Processo de trabalho em saúde bucal na atenção básica: desigualdades intermunicipais evidenciadas pelo PMAQ-AB. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp1):145-162. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S110.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S11...
, 2222 Protasio APL, Silva PB, Lima EC, et al. Avaliação do sistema de referência e contrarreferência do estado da Paraíba segundo os profissionais da Atenção Básica no contexto do 1º ciclo de Avaliação Externa do PMAQ-AB. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):209-220. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S016.
https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S0...
, 2323 Caccia-bava MCGG, Martinez EZ, Pereira AMS, et al. Disponibilidade de medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais nas unidades de atenção básica do Estado de São Paulo: resultados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Ciênc. saúde coletiva. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 22(5):1651-1659. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.16722015.
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, 2424 Pereira Limão N, Ferreira Filho JCC, Protásio APL, et al. Equipamentos e insumos odontológicos e sua relação com as unidades da atenção primária à saúde Rev. bras. promoç. Saúde. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 29(1):84-92. Disponível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p84.
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. Destaca-se que tais produções concentraram-se nos anos de 2018 e 2017. Do conjunto dos estudos selecionados, a maioria deles utilizou os dados do 1º ciclo do PMAQ-AB, apenas um estudo fez comparação entre dois ciclos1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
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, enquanto os demais trabalharam com os dados do 2º ciclo.

Os estudos analisaram os seguintes elementos: infraestrutura88 Mendes LV, Campos MR, CHAVES GC, et al Disponibilidade de medicamentos nas unidades básicas de saúde e fatores relacionados: uma abordagem transversal. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; (38):109-123. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S009.
https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S0...
, 1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1313 Pocas KC, Freitas LRS, Duarte EC. Censo de estrutura da Atenção Primária à Saúde no Brasil (2012): estimativas de coberturas potenciais. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 26(2):275-284. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200005.
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, 1616 Guimarães WSG, Parente RCP, Guimarães TLF, et al. Acesso e qualidade da atenção pré-natal na Estratégia Saúde da Família: infraestrutura, cuidado e gestão. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(5). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00110417.
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, 1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
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, ambiência1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
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, acessibilidade1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
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, utilização2323 Caccia-bava MCGG, Martinez EZ, Pereira AMS, et al. Disponibilidade de medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais nas unidades de atenção básica do Estado de São Paulo: resultados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Ciênc. saúde coletiva. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 22(5):1651-1659. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.16722015.
https://doi.org/10.1590/1413-81232017225...
, disponibilidade de insumos99 Tomasi E, Oliveira TF, Fernandes PAA, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 15(2):171-180. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200003.
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, 1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
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, 2424 Pereira Limão N, Ferreira Filho JCC, Protásio APL, et al. Equipamentos e insumos odontológicos e sua relação com as unidades da atenção primária à saúde Rev. bras. promoç. Saúde. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 29(1):84-92. Disponível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p84.
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, equipamentos77 Lima JG, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde: resultados nacionais do PMAQ-AB. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(1):52-66. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S104.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S10...
, 88 Mendes LV, Campos MR, CHAVES GC, et al Disponibilidade de medicamentos nas unidades básicas de saúde e fatores relacionados: uma abordagem transversal. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; (38):109-123. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S009.
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, 99 Tomasi E, Oliveira TF, Fernandes PAA, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 15(2):171-180. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200003.
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, 1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
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, 1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
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, 2424 Pereira Limão N, Ferreira Filho JCC, Protásio APL, et al. Equipamentos e insumos odontológicos e sua relação com as unidades da atenção primária à saúde Rev. bras. promoç. Saúde. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 29(1):84-92. Disponível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p84.
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medicamentos88 Mendes LV, Campos MR, CHAVES GC, et al Disponibilidade de medicamentos nas unidades básicas de saúde e fatores relacionados: uma abordagem transversal. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; (38):109-123. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S009.
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, 1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, 2323 Caccia-bava MCGG, Martinez EZ, Pereira AMS, et al. Disponibilidade de medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais nas unidades de atenção básica do Estado de São Paulo: resultados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Ciênc. saúde coletiva. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 22(5):1651-1659. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017225.16722015.
https://doi.org/10.1590/1413-81232017225...
, fatores organizacionais1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, quantidade de profissionais e composição das equipes1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1313 Pocas KC, Freitas LRS, Duarte EC. Censo de estrutura da Atenção Primária à Saúde no Brasil (2012): estimativas de coberturas potenciais. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 26(2):275-284. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200005.
https://doi.org/10.5123/S1679-4974201700...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, processo de trabalho1010 Bousquat A, Giovanella L, Fausto MCR, et al. Tipologia da estrutura das unidades básicas de saúde brasileiras: os 5 R. Cad. Saúde Pública. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 33(8). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00037316.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0003731...
, 1111 Protasio APL, Gomes LB, Machado LS, et al. Satisfação do usuário da Atenção Básica em Saúde por regiões do Brasil: 1º ciclo de avaliação externa do PMAQ-AB. Ciênc. saúde coletiva. 2017. [acesso em 2023 mar 23]; 22(6):1829-1844. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232017226.26472015.
https://doi.org/10.1590/1413-81232017226...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, 1818 Lima CA, Moreira KS, Costa GS, et al. Avaliação do processo de trabalho entre equipes de saúde da família de um município de Minas Gerais, Brasil. Trab. educ. saúde. 2019 [acesso em 2023 mar 23]; 17(1). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00187.
https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol001...
, 2424 Pereira Limão N, Ferreira Filho JCC, Protásio APL, et al. Equipamentos e insumos odontológicos e sua relação com as unidades da atenção primária à saúde Rev. bras. promoç. Saúde. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 29(1):84-92. Disponível em: https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p84.
https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p8...
, gestão e oferta do cuidado1313 Pocas KC, Freitas LRS, Duarte EC. Censo de estrutura da Atenção Primária à Saúde no Brasil (2012): estimativas de coberturas potenciais. Epidemiol. Serv. Saúde. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 26(2):275-284. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200005.
https://doi.org/10.5123/S1679-4974201700...
, 1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
, tipologia das unidades relacionada com a disponibilidade de equipamentos, porte e condições sociais e econômicas dos municípios relacionados com a disponibilidade de medicamentos nas unidades1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
, articulação e assistência da rede e componentes do processo de trabalho1717 Chaves LA, Jorge AO, Cherchiglia ML, et al. Integração da atenção básica à rede assistencial: análise de componentes da avaliação externa do PMAQ-AB. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(2). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00201515.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0020151...
.

Em relação às condições traçadoras, apenas um estudo utilizou a diabetes1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
embora seja uma das principais condições sensíveis à atenção básica. Os autores abordam sobre a condição dos serviços no que tange à estrutura, como aspectos que podem refletir na qualidade da atenção aos indivíduos com diabetes1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
. Entretanto, a análise do acesso, da oferta e do uso de serviços de saúde necessita ser complementada com avaliações sobre a qualidade do cuidado ofertado. No campo da avaliação dos serviços de saúde, a estrutura é um dos componentes para a análise do desempenho destes, considerando-se que estruturas adequadas favorecem a oferta de serviços oportunos e de qualidade1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
. Nesse sentido, modelos lógicos, por se tratar de um esquema visual que apresenta como um programa deve ser implementado e quais os resultados são esperados, compõem a primeira etapa do planejamento de uma avaliação2525 Hartz ZMA, organizadora. Avaliação em saúde: dos modelos conceituais à prática na análise de implantação de programas. Rio de Janeiro: Fiocruz; 1997.

Os resultados das avaliações podem (e devem) servir para o direcionamento das ações para melhoria da qualidade dos serviços e, portanto, precisam constituir a agenda de compromissos da gestão. Assim, o plano de saúde constitui-se pelo conjunto de diretrizes, objetivos e metas da gestão para o desenvolvimento das ações ao longo do quadriênio, compondo a base das atividades e da programação de cada nível de gestão do SUS2626 Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. A Gestão do SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília, DF: CONASS; 2015.133 p..

O compromisso político é entendido como a responsabilidade da gestão pública municipal pelo desenvolvimento de estratégias que operacionalizem as políticas e os programas considerados prioritários para o município2727 Borges DB, Lacerda JT. Ações voltadas ao controle do Diabetes Mellitus na Atenção Básica: proposta de modelo avaliativo. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(116):162-178. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811613.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018116...
. Para que os princípios e as diretrizes do SUS sejam cumpridos, as estruturas administrativas e organizacionais das Secretarias Municipais de Saúde (SMS) devem ser entendidas como uma responsabilidade primária e intransferível dos gestores municipais e estar coerentes com o Plano Municipal de Saúde e a Programação Anual de Saúde2828 Teixeira CF. Enfoques metodológicos do planejamento em Saúde. In: Planejamento em saúde: conceitos, métodos e experiências. Salvador: EDUFBA; 2010. p. 17-32..

Diante da problemática sobre a utilização de serviços de saúde na APS e sua relação com a qualidade da atenção à saúde, este estudo tem por objetivo analisar as condições estruturais de unidades de saúde e as diretrizes, os objetivos as metas da gestão municipal relacionados com a qualidade desses serviços nas capitais segundo regiões brasileiras, tendo em vista a atenção às pessoas com DM.

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo2929 Triviños ANS. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. 14. Reimp. São Paulo: Atlas; 2006. 175 p. e de apreciação normativa para análise dos dados sobre as condições estruturais das unidades de saúde das capitais brasileiras para a qualidade da atenção às pessoas com DM, a partir dos dados do PMAQ-AB do ano de 2017.

A primeira etapa consistiu na busca e na revisão de normativas e referências publicadas no período de 2001 a 2019, para a construção do modelo lógico para atenção às pessoas com DM à luz do referencial de Donabedian3030 Donabedian A. Basic approaches to assessment: structure, process and outcome. In: Explorations in Quality Assessment and Monitoring. Ann Arbor, Michigan: Health Administration Press; 1980. p. 77-125., 3131 Donabedian A. Prioridades para el progreso em la avaluación y monitoreo de la atención. Salud Públ. México. 1993; 35(1):94-97.nos atributos de estrutura. Consideraram-se os modelos propostos por Borges, Lacerda2727 Borges DB, Lacerda JT. Ações voltadas ao controle do Diabetes Mellitus na Atenção Básica: proposta de modelo avaliativo. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(116):162-178. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811613.
https://doi.org/10.1590/0103-11042018116...
e Santos3232 Santos RSAF. Avaliação da implantação da Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis em um distrito sanitário do município de Recife – Pernambuco. [dissertação]. Recife: Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães; 2015., bem como os componentes da atenção à DM e as orientações presentes no ‘Caderno de Atenção Básica nº 36’ – ‘Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus’22 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília, DF: MS; 2013. 160 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). [acesso em 2023 jun 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mel-litus_cab36.pdf.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicac...
– e do ‘Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família’3333 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família. Brasília, DF: MS; 2008. 52 p., com detalhamento das variáveis da dimensão estrutural.

A segunda etapa consistiu na definição de uma matriz com sete dimensões de análise, as quais corresponderam aos aspectos a serem analisados, tais quais: 1) recursos humanos; 2) acessibilidade, sinalização externa; 3) organização e informação sobre oferta de ações e serviços; 4) estrutura física; 5) ambiência; 6) equipamentos, recursos materiais e insumos; e, 7) medicamentos. Para cada dimensão, foram identificadas variáveis e fontes de verificação conforme o instrumento do PMAQ-AB3434 Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) – Manual Instrutivo 3º Ciclo (2015 – 2017). Brasília, DF: MS; 2017.. Para a definição dos padrões e a qualificação de cada dimensão e/ou variável, procedeu-se à busca pelo referencial documental e/ou teórico para explicação e definição da qualificação/adequação para cada realidade analisada, pela anterior construção do modelo lógico.

Para caracterização das dimensões de estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) das capitais brasileiras, foram obtidos os dados sobre as condições estruturais das unidades de saúde a partir do banco de dados da avaliação externa do 3º ciclo do PMAQ-AB, disponibilizado pelo Ministério da Saúde de acesso público3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab...
. Para cada dimensão, foram selecionadas variáveis correspondentes a partir do acesso ao banco do PMAQ-AB.

Para este estudo, foi construído um banco de dados em que foram selecionados os resultados e as respectivas variáveis relacionadas com a estrutura das unidades de saúde referente às capitais brasileiras para atenção às pessoas com DM oriundas do ‘Módulo I do instrumento de avaliação externa – Observação na Unidade Básica de Saúde’, em que se avaliaram as condições de infraestrutura, materiais, insumos e medicamentos de UBS.

As variáveis foram categorizadas em adequadas, intermediárias e inadequadas de acordo com a criação de padrões de adequação, segundo as normativas vigentes, estabelecendo o conjunto de subvariáveis necessárias para atender ao padrão adequado por dimensão, tendo algumas dimensões o padrão intermediário com a presença de subvariáveis mínimas para atendê-las, e inadequado quando houver a ausência de um ou mais item necessário do padrão intermediário ou adequado.

Após organização desse banco e categorização das variáveis de interesse, foram obtidas as frequências absolutas e relativas por meio do programa Stata, versão 10.0.

Na terceira etapa, identificaram-se os municípios com percentual de inadequação maior que 50% para, no mínimo, quatro dimensões entre as sete analisadas neste estudo; em seguida, realizou-se análise documental, por meio dos Planos Municipais de Saúde (PMS), do quadriênio 2018-2021 desses municípios. Sete capitais atenderam a esse critério. Dos municípios selecionados, três planos não foram encontrados em buscas feitas nos sítios eletrônicos de acesso livre de cada município/capital. Desse modo, foram incluídos os municípios que tinham disponíveis em seus sítios institucionais o acesso livre ao respectivo PMS, sendo, portanto, excluídos aqueles cujos planos não foram identificados por essa busca.

Assim, seguiram para análise quatro PMS de três regiões brasileiras, a saber: capitais do Norte (N1, N2); capital do Nordeste (NE1); e capital do Centro-Oeste (CO1). A fim de considerar, para análise documental, ao menos uma capital por região, foram selecionadas uma capital da região Sudeste e outra da região Sul, que atendiam aos seguintes critérios: ao menos três dimensões com inadequação acima de 50%; e o maior percentual obtido a partir da média da soma dos valores dessas três dimensões. Por fim, foram selecionados para as regiões Sudeste e Sul, respectivamente, os municípios codificados como SE1 e S1.

Os achados dos seis PMS (PMS1... PMS6) foram sistematizados em uma matriz que explicita quais planos fizeram referência ao PMAQ-AB, aspectos da análise situacional sobre APS, particularmente sobre as unidades de saúde, e as diretrizes, os objetivos e as metas para cada município no quadriênio de 2018-2021.

Por se tratar de pesquisa com dados secundários do banco/PMAQ, de acesso público e acesso livre, disponível em plataforma do Ministério da Saúde, não foi preciso submeter o projeto de pesquisa ao Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Modelo lógico

O modelo lógico considerou as dimensões de gestão e do cuidado, com respectivos objetivos, ações e atividades que têm por resultado final/efeito: garantia de acesso e qualidade da atenção à saúde às pessoas com DM na APS, com redução da morbimortalidade e melhoria da qualidade de vida. Enquanto subdimensões da estrutura, definiram-se: espaço físico e disposição da estrutura física; ambiência e acessibilidade; organização e informação sobre oferta de ações e serviços; recursos humanos; equipamentos, materiais e insumos; e, medicamentos.

Figura 1
Modelo lógico de atenção às pessoas com DM na APS

Caracterização das dimensões de estrutura das Unidades Básicas de Saúde das capitais brasileiras

Os resultados seguem apresentados por dimensões da estrutura das 2.176 UBS das capitais avaliadas, conforme dados do 3º ciclo do PMAQ-AB do ano de 2017.

Sobre a dimensão ‘recursos humanos’, a maioria das capitais do País apresenta pessoa responsável pela gerência de suas UBS. No entanto, chama atenção que Porto Alegre, Cuiabá e Belém possuem um pequeno percentual (3,82%, 3,92%, 8,06% respectivamente) das unidades avaliadas que dispõem de gerência, têm-nos de modo exclusivo para essa função.

Também são poucas as capitais em que o profissional não se divide entre a gerência da UBS e o cuidado ao usuário. Destaque principalmente para as capitais da região Sudeste. Evidência é vista em Porto Alegre, em que, em aproximadamente 91% das suas unidades, o profissional que presta o cuidado é também responsável pela gerência da unidade.

Quanto à ‘acessibilidade’, observou-se que a maioria das unidades das capitais possui placa na fachada adequada com as especificações do Guia de Sinalização, porém não possui totem externo, faixa na parede da entrada e pintura com identificação na parede da entrada da UBS. Destaca-se a capital Goiânia com maiores percentuais desses três itens avaliados, respectivamente, 88,89%, 50,79% e 76,19%.

Sobre sinalização externa em que as variáveis complementam a dimensão da acessibilidade, esteve ausente, na maioria das unidades, corrimão nos locais não nivelados, apresentando a maior variação entre Porto Velho (0%) e Florianópolis (85,71%). Para a maioria das unidades das capitais, também estiveram ausentes piso tátil e portas internas adaptadas para cadeira de rodas, com destaque deste último para Rio de Janeiro com 80,20%.

Na dimensão ‘organização de informações sobre a oferta de ações e serviços’, os piores percentuais estiveram relacionados com o horário de funcionamento da unidade de saúde no que tange à manutenção das atividades no intervalo do almoço, com exceção da maioria das unidades das capitais do Sudeste e do Sul. Nesse aspecto, chama a atenção a capital Florianópolis com apenas 10% de suas unidades com presença desta variável.

Tabela 1 Frequência das variáveis de organização de informações sobre a oferta de ações e serviços de Unidades Básicas de Saúde das capitais brasileiras, agrupadas por região, 2017
O horário de funcionamento da unidade de saúde (Geral) A listagem (escopo) de ações/ofertas de serviços da equipe (Estratégico) A escala dos profissionais com nome e horários de trabalho (Geral) O telefone da ouvidoria do Ministério da Saúde ou da secretaria estadual ou municipal de saúde (Geral) Identificação de todos os profissionais (por ex.: crachás, uniformes, jaleco) (Geral) Horário fixo de funcionamento da UBS A UBS mantém todas as suas atividades no horário do almoço
Rg. Cap. Unid. aval. (N) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%)
N Belém 62 62,90 58,06 45,16 29,03 45,16 93,55 11,29
Boa Vista 34 76,47 85,29 97,06 94,12 73,53 97,06 17,65
Macapá 39 74,36 82,05 64,10 35,90 43,59 79,49 35,90
Manaus 188 65,43 90,96 63,30 75,00 54,26 89,89 79,79
Palmas 36 97,22 100,00 91,67 97,22 58,33 100,00 86,11
Porto Velho 35 31,43 89,31 20,00 14,29 22,86 60,00 51,43
Rio Branco 58 67,24 62,07 39,66 62,07 17,24 68,97 8,62
NE Aracaju 43 83,72 81,40 83,72 72,09 44,19 100,00 23,26
Fortaleza 93 40,86 49,96 49,46 35,48 21,51 51,61 47,31
João Pessoa 103 84,47 90,29 83,50 89,32 80,58 92,23 30,10
Maceió 41 73,17 78,05 78,05 73,17 29,27 85,37 41,46
Natal 42 97,62 90,48 92,86 69,05 61,90 100,00 23,81
Recife 126 21,43 23,81 34,92 43,65 15,87 50,00 4,76
Salvador 67 53,73 47,76 44,78 58,21 29,85 64,18 23,88
São Luís 49 93,88 87,76 91,84 81,63 65,31 95,92 38,78
Teresina 24 91,67 91,67 95,83 91,67 83,33 95,83 45,83
CO Brasília 76 34,21 35,53 44,74 21,05 53,95 80,26 55,26
Campo Grande 36 100,00 97,22 94,44 100,00 94,44 100,00 2,78
Cuiabá 51 62,75 45,10 76,47 52,94 31,37 86,27 9,80
Goiânia 63 92,06 96,83 95,24 95,24 74,60 93,65 93,65
SE Belo Horizonte 149 71,81 60,40 66,44 75,17 65,77 81,88 75,84
Rio de Janeiro 197 92,89 95,43 92,89 94,92 91,88 95,94 95,43
São Paulo 270 90,74 91,85 94,44 95,93 94,07 98,15 98,15
Vitória 23 65,22 60,87 73,91 60,87 73,91 86,96 82,61
S Curitiba 89 83,52 76,92 92,31 90,11 90,11 94,51 97,80
Florianópolis 47 95,92 89,80 87,76 93.88 87,76 95,92 10,20
Porto Alegre 132 85,50 89,31 90,84 87,79 90,84 98,47 32,82
  • Fonte: PMAQ-AB3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
    http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab...
    .
  • Na dimensão de ‘estrutura física’, muitas áreas estiveram ausentes na maioria das unidades, tais como área de fracionamento na farmácia, sala para curativo, inalação/nebulização, administração, local exclusivo para abrigo externo de resíduos sólidos. Quanto aos sanitários, houve um elevado número de unidades com presença de sanitário, com destaque para Palmas, Aracaju, Natal e Campo Grande com 100%; no entanto, houve uma diminuição acentuada quando é para pessoas com deficiência, apresentando o menor percentual em Recife com 17,46%.

    Tabela 2 Frequência das variáveis de estrutura física de Unidades Básicas de Saúde das capitais brasileiras, agrupadas por região, 2017
    Sanitário para usuário Sanitário para pessoa com deficiência Sala para recepção/espera Sala de vacina Área para dispensação de medicamentos Área de fracionamento Área para seguimento farmacoterapêutico Área para estocagem de medicamentos Disponibilidade de computador na farmácia Consultórios para atendimento clínico Sala para inalação/nebulização coletiva Sala para coleta de material para exames Sala para curativo Sala para procedimentos Sala para observação Sala a para administração e gerência Sala para atividades coletivas Depósito de Material de Limpeza Local exclusivo para abrigo externo de resíduos sólidos Área externa para embarque e desembarque de ambulância
    Rg. Cap. Unid. aval. (N) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%)
    N Belém 62 93,55 32,26 67,74 50,00 43,55 6,45 9,96 48,39 77,42 59,67 14,52 19,35 16,13 30,65 1,61 14,52 30,65 54,84 19,35 38,71
    Boa Vista 34 91,18 50,00 88,24 85,29 91,18 11,76 26,47 47,06 94,12 26,47 26,47 8,82 44,12 64,71 25,53 79,41 35,29 76,47 61,76 55,88
    Macapá 39 82,05 35,90 53,85 56,41 66,67 28,11 11,84 58,97 20,51 87,18 15,38 25,64 53,85 33,33 17,95 46,15 20,51 43,59 25,64 51,28
    Manaus 188 73,94 40,96 60,11 46,81 61,70 17,02 3,72 32,68 55,85 79,79 45,21 13,83 18,09 35,11 4,26 17,02 10,11 44,68 27,66 23,94
    Palmas 36 100,0 69,44 97,22 91,67 33,33 22,22 5,56 36,11 33,33 0 47,22 36,11 50,00 58,33 27,78 77,78 25,00 80,56 55,56 86,11
    Porto Velho 35 65,71 40,00 62,86 54,29 54,29 17,14 14,29 60,00 37,15 62,86 17,14 7,63 25,71 37,14 17,14 5 ,14 28,57 51,43 25,71 17,14
    Rio Branco 58 70,69 55,17 5*,62 63,79 63,79 13,79 3,45 20,69 8,62 56,9 27,59 6,90 6,90 25,86 8,62 50,00 39,66 55,17 37,93 25,86
    NE Aracaju 43 100,0 81,40 97,67 95,35 34,88 34,88 25,58 69,77 39,53 93,02 93,02 20,93 50,00 51,16 65,12 93,02 65,12 83,72 62,79 51,16
    Fortaleza 93 47,31 35,48 48,39 41,94 12,90 12,90 66,45 38,71 51,62 68,62 4,30 46,24 47,31 44,09 22,58 49,46 31,18 38,71 27,96 32,26
    João Pessoa 103 91,26 47,57 89,32 85,44 6,80 6,80 17,48 40,78 25,24 91,26 27,18 23,30 59,22 21,36 24,77 34,95 38,83 66,99 43,69 50,49
    Maceió 41 80,49 41.46 70,73 75,61 12,50 12,20 7,32 68,85 68,29 70,73 17,07 12,20 41,46 41,46 2,44 60,98 19,51 51,22 14,63 34,15
    Natal 42 100,0 78,57 73,81 88,10 21,43 21,43 28,57 80,95 85,71 19,05 59,52 16,67 90,48 69,05 9,52 90,48 69,05 69,05 78,57 54,76
    Recife 126 54,76 17,46 53,17 44,44 5,56 5,56 4,76 36,31 15,08 60,32 10,32 97,14 29,37 10,32 1,59 13,49 16,67 33,33 17,46 13,49
    Salvador 67 62,69 46,27 58,21 56,72 8,86 8,96 2,92 46,27 62,68 95,52 2,99 16,42 91,48 44,78 1,49 64,18 38,81 52,24 34,33 31,34
    São luís 49 95,92 55,10 89,80 87,76 32,65 32,65 18,37 79,59 2,04 83,67 55,10 14,29 71,43 42,86 6,12 83,67 40,82 71,43 46,94 36,73
    Teresina 24 95,83 83,33 79,17 83,33 33,33 33,33 20,83 62,50 50,00 20,8 54,17 75,00 58,33 45,83 4,17 70,83 66,67 70,83 50,00 79,17
    CO Brasília 76 89,47 51,32 67,11 28,95 11,89 22,37 11,84 56,58 47,38 18,42 26,32 34,21 38,16 23,68 13,16 40,79 39,47 64,47 43,22 59,21
    Campo Grande 36 100,0 69,44 97,22 88,89 27,78 27,78 27,78 88,89 91,67 22,22 86,11 50,00 80,56 55,56 41,67 91,67 69,44 91,67 63,89 75,00
    Cuiabá 51 86,27 70,33 76,47 76,47 21,57 33,33 21,57 74,51 68,63 21,57 58,82 50,98 43,14 33,33 19,61 15,69 31,37 66,67 43,14 43,14
    Goiânia 63 96,83 36,51 82,54 58,73 7,94 14,29 7,94 42,86 33,24 33,33 6,35 31,75 50,79 58,73 46,03 77,78 44,44 66,67 53,97 50,79
    SE Belo Horizonte 149 80,54 55,70 79,87 75,84 14,7 22,82 14,77 61,07 81,21 24,16 5,37 52,35 67,11 31,54 39,60 74,50 52,35 64,43 37,58 54,36
    Rio de Janeiro 197 95,94 74,62 93.91 86,29 70,05 13,20 70,05 95,43 95,95 11,17 19,80 72,08 89,34 70,05 59,39 89,85 77,16 89,85 66,50 87,31
    São 270 97,78 92,22 94,07 93,10 45,19 15,56 45,19 95,19 96,76 54,54 70,00 54,81 91,48 63,70 41,85 94,81 67,04 94,81 81,85 79,26
    Vitória 23 86,96 69,57 86,96 82,61 43,48 17,39 43,48 78,26 86,95 17,39 73,91 78,26 82,61 65,22 56,52 82,61 86,96 65,22 78,26 73,91
    S Curitiba 89 97,80 70,33 92,31 92,31 34,07 2,20 34,07 92,31 97,8 6,59 38,46 67,03 68,13 43,96 43,96 94,51 73,63 90,11 92,31 68,13
    Florianópolis 47 95,92 83,67 85,71 85,71 22,45 24,49 22,45 91,84 95,92 0 12,24 4,08 44,90 10,20 10,20 79,51 69,39 87,76 51,02 69,39
    Porto Alegre 132 99,65 51,91 95,42 81,68 9,92 4,58 9,92 72,52 58,88 3,82 24,43 7,63 38,93 15,27 15,27 32,82 45,04 73,28 70,23 51,15
  • Fonte: PMAQ-AB3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
    http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab...
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  • Na dimensão da ‘ambiência’, os aspectos pisos e paredes laváveis e privacidade dos usuários nos consultórios apresentaram os menores percentuais, correspondentes às capitais Rio Branco (24,14%) e Recife (25,40%).

    Quanto ao conjunto de ‘equipamentos, materiais e insumos’, houve ausência nos vários aspectos avaliados em parte das unidades de saúde da maioria das capitais (estetoscópios adulto, balanças antropométricas, réguas antropométricas, glicosímetros, kits de monofilamentos para teste de sensibilidade (estesiômetro), tiras reagentes de medida de glicemia), com ausência mais acentuada para geladeiras exclusivas para medicamentos na farmácia, cuja variação foi de 9,68% em Belém a 100% em Teresina.

    Tabela 3 Frequência das variáveis de materiais, equipamentos e insumos de Unidades Básicas de Saúde das capitais brasileiras, agrupadas por região, 2017
    Aparelhos de pressão adulto (em tamanho padrão) Estetoscópios adulto Balanças antropométricas de 150 ou 200 kg Balanças infantis Réguas antropométricas adulto Réguas antropométricas infantil Macas/mesa para exame clínico Geladeiras exclusivas para medicamentos na farmácia Glicosímetros Tiras reagentes de medida de glicemia Recipientes duros para descarte de perfurocortante Fita métrica
    Rg. Cap. Unid. aval. (N) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%) Sim (%)
    N Belém 62 96,77 96,77 88,71 82,26 90,32 83,87 95,16 9,68 80,65 83,87 93,55 93,55
    Boa Vista 34 100,00 100,00 100,00 97,06 100,00 94,15 100,00 91,18 100,00 100,00 100,00 88,24
    Macapá 39 97,44 97,44 89,74 92,31 92,31 94,37 94,37 30,77 89,74 56,41 84,62 84,62
    Manaus 188 99,47 99,47 93,62 98,4 93,62 82,45 79,26 22,87 97,87 89,89 94,15 90,43
    Palmas 36 100,00 100,00 100,00 97,22 100,00 100,00 100,00 30,56 100,00 100,00 100,00 97,22
    Porto Velho 35 100,00 97,14 65,71 85,71 100,00 85,71 100,00 82,86 74,13 34,29 62,86 51,14
    Rio Branco 58 100,00 100,00 74,14 94,83 98,28 85,71 98,28 58,62 98,28 63,79 72,41 100,00
    NE Aracaju 43 97,67 100,00 100,00 100,00 90,7 95,35 100,00 86,05 95,35 93,02 100,00 97,67
    Fortaleza 93 97,85 96,77 51,61 96,77 100,00 98,92 100,00 96,77 93,55 43,01 100,00 93,65
    João Pessoa 103 99,03 100,00 93,00 98,06 98,06 98,06 100,00 58,25 100,00 93,20 92,23 93,20
    Maceió 41 95,14 95,12 82,93 100,00 100,00 100,00 97,56 48,78 97,56 78,05 80,49 78,05
    Natal 42 100,00 100,00 100,00 100,00 97,62 97,62 100,00 92,86 95,24 97,62 92,86 90,48
    Recife 126 100,00 99,21 51,59 98,41 91,27 96,83 100,00 56,35 97,17 54,76 55,56 52,38
    Salvador 67 98,51 97,01 64,18 98,51 100,00 89,55 100,00 92,54 98,51 62,69 100,00 61,19
    São luís 49 100,00 95,92 89,80 100,00 93,88 91,84 97,96 69,39 100,00 93,98 100,00 83,67
    Teresina 24 100,00 100,00 91,67 100,00 95,83 100,00 100,00 100,00 100,00 95,83 100,00 87,50
    CO Brasília 76 96,05 98,68 90,79 95,74 73,68 95,74 100,00 56,58 96,05 80,26 81,58 71,05
    Campo Grande 36 100,00 100,00 9 ,22 97,22 86,11 100,00 100,00 91,67 100,00 97,22 100,00 97,22
    Cuiabá 51 98,04 98,04 84,31 98,04 66,67 66,67 100,00 92,16 96,08 78,43 68,63 80,39
    Goiânia 63 100,00 100,00 96,83 98,41 95, 24 98,41 100,00 33,33 100,00 95, 24 100,00 93,65
    SE Belo Horizonte 149 100,00 100,00 81,21 100,00 97,99 100,00 100,00 95,3 99,33 78,52 100,00 81,88
    Rio de Janeiro 197 100,00 100,00 96,45 100,00 65,48 100,00 99,49 98,48 100,00 96,45 100,00 95,94
    São Paulo 270 99,26 99,63 98,52 100,00 94,07 99,63 100,00 97,41 100,00 94,44 95,56 95,56
    Vitória 23 100,00 100,00 86,96 100,00 56,52 100,00 100,00 91,3 100,00 82,61 100,00 86,96
    S Curitiba 89 100,00 100,00 100,00 98,90 78,02 100,00 100,00 91,21 100,00 97,80 96,70 96,70
    Florianópolis 47 100,00 100,00 100,00 100,00 53,06 100,00 100,00 95,92 100,00 95,92 100,00 95,92
    Porto Alegre 132 100,00 100,00 98,47 98,47 58,78 100,00 98,47 96,18 100,00 98,47 100,00 98,47
  • Fonte: PMAQ-AB3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
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  • Na categoria de ‘medicamentos’, a maioria das capitais apresentou elevadas frequência para glibenclamida e metformina, e baixa frequência em suas unidades de saúde de ampolas de glicose 50%, medicamentos para urgência clínica, insulina NPH e insulina regular. Para estas últimas variáveis, destacam-se as capitais das regiões Sudeste e Sul com frequência acima de 90% para a maioria das capitais.

    Em síntese, considerando todas as capitais do Brasil, e o percentual de adequação, intermediário e inadequação de estrutura de UBS, todas as cidades avaliadas tiveram um percentual inferior a 25% das unidades de saúde adequadas que apresentaram todos os espaços para a dimensão ‘estrutura física’, apresentando o maior número de inadequação entre as dimensões analisadas. Em seguida, a ‘disponibilidade de equipamentos, materiais e insumos’ foi de até 25% em 22 capitais – Boa Vista, Macapá, Manaus, Palmas, Porto Velho, Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife, Salvador, São Luís, Teresina, Brasília, Cuiabá, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, Vitória, Florianópolis e Porto Alegre, configurando-se como a segunda dimensão mais inadequada – além da dimensão ‘organização de informações disponibilizadas para os usuários’.

    Tabela 4 Percentual de adequação das dimensões de análise de estrutura de Unidades Básicas de Saúde das capitais brasileiras, agrupadas por região, 2017
    Recursos Humanos Acessibilidade Organização e informações sobre a oferta de ações e serviços Estrutura física Ambiência Equipamentos Medicamentos
    Rg. Cap. Unid. aval. (N) AD (%) I (%) IN (%) AD (%) IN (%) AD (%) I (%) IN (%) AD (%) I (%) IN (%) AD (%) IN (%) AD (%) IN (%) AD (%) IN (%)
    N Belém 62 8,06 82,56 9.68 95,16 4,84 1,75 22,81 75,44 - - 100,0 22,58 77,42 100,00 - 10,81 89,19
    Boa Vista 34 35,29 64,71 - 100,00 - 6,25 59,38 34,38 - - 100,0 61,76 38,24 18,18 81,82 96,88 3,13
    Macapá 39 51,28 30,77 10.26 94,44 5,56 17,14 28,70 45,71 - 2,78 88,89 21,62 70,27 - 86,36 10,81 81,08
    Manaus 188 14,89 73,40 6.91 97,19 2,81 24,02 59,78 11,17 0,56 - 94,41 20,59 74,12 5,26 71,05 12,02 83,06
    Palmas 36 80,56 19,44 - 94,44 5,56 50,00 38,89 11,11 - - 100,0 72,22 27,78 5,56 94,44 64,29 35,71
    Porto Velho 35 31,43 34,29 - 95,35 4,65 3,03 45,45 15,15 - - 65,71 11,43 54,29 4,55 40,91 37,14 28,57
    Rio Branco 58 10,34 60,34 3.45 97,67 2,33 - 21,82 50,91 - - 74,14 15,79 57,89 48,28 - 52,73 20,00
    NE Aracaju 43 52,81 41,86 2.33 93,02 6,98 2,33 51,16 46,51 4,65 9,30 86,05 53,49 46,51 11,63 88,37 88,10 11,90
    Fortaleza 93 46,24 5,38 - 97,92 2,08 10,75 37,63 3,23 - 1,08 50,54 29,03 22,58 1,18 45,88 40,86 10,75
    João Pessoa 103 13,59 79,61 0.97 89,58 10,42 23,76 49,50 20,79 - - 94,17 57,58 36,36 4,82 87,95 19,64 69,64
    Maceió 41 73,17 9,76 2.44 100,00 - 34,15 43,90 34,15 - - 85,00 20,51 64,10 - 81,25 30,77 53,85
    Natal 42 40,48 59,52 - 80,95 19,05 9,52 52,38 38,10 - - 100,0 51,22 48,78 7,89 92,11 90,48 9,52
    Recife 126 15,08 22,22 18.25 100,00 - 44,07 7,63 0,85 - - 55,56 12,10 42,74 - 53,33 16,81 33,63
    Salvador 67 59,70 4,48 - 100,00 - 5,97 34,33 23,88 - - 64,18 13,43 50,75 2,99 61,19 43,94 19,7
    São luís 49 55,10 38,78 2.04 95 ,74 4,26 20,41 59,18 20,41 - 2,04 93,88 41,30 54,35 - 88,89 32,65 63,27
    Teresina 24 45,83 50,00 - 85,71 14,29 33,33 50,00 12,50 - - 95,83 45,83 50,00 - 94,74 50,00 45,83
    CO Brasília 76 46,05 42,11 5.26 94,37 5,63 - 60,61 31,82 - - 93,42 30,67 62,67 6,45 85,48 46,67 45,00
    Campo Grande 36 69,44 30,56 - 85,71 14,29 2,78 83,33 13,89 - 8,33 91,67 66,67 33,33 33,33 66,67 91,43 8,57
    Cuiabá 51 3,92 70,59 13.73 97,78 2,22 - 22,92 64,58 - - 88,24 18,00 70,00 - 53,85 62,00 26,00
    Goiânia 63 82,54 14,29 - 67,24 32,76 69,35 25,81 1, 61 - 3,23 93,55 32,26 64,52 16,13 80,65 8,82 85,29
    SE Belo Horizonte 149 75,84 6,04 - 90,98 9,02 40,27 38,93 2,68 - 1,34 80,54 31,54 50,34 10,74 71,14 75,84 6,04
    Rio de Janeiro 197 92,39 4,06 - 75,34 24,46 - 12,24 - 1,02 7,11 88,32 59,90 36,55 47,72 48,73 95,43 1,02
    São Paulo 270 95,19 2,96 0.37 70.94 29,06 83,58 14,55 0,37 2,96 13,33 82,22 51,85 46,67 18,59 79,93 8,24 90,26
    Vitória 23 82,61 4,35 - 85,00 15,00 39,13 47,83 8,70 8,70 13,04 65,22 52,17 34,78 4,35 82,61 82,61 4,35
    S Curitiba 89 57,14 39,56 1.10 97,75 2,25 60,23 37,50 - - 9,89 87,91 43,96 53,85 26,37 71,43 95,60 2,20
    Florianópolis 47 32,65 63,27 - 91,49 8,51 10,20 67,35 18,37 - - 95,92 69,39 26,53 16,33 79,59 93,88 2,04
    Porto Alegre 132 3,82 92,37 2.29 95,35 4,65 22,90 56,49 19,08 - 0,76 97,71 42,75 55,73 2,31 96,15 84,92 13,49
  • Fonte: PMAQ-AB3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
    http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab...
    .
  • AD=adequação; I=intermediário; IN=inadequação.
  • Diretrizes, objetivos e metas da gestão municipal relacionados com os aspectos de estrutura das unidades de saúde

    A partir da análise dos seis PMS do quadriênio 2018-2021 foram apresentados a referência do PMAQ e os conteúdos que se referem a: diretrizes, objetivos, ações, metas e programação relacionados com os elementos estruturais das unidades de saúde da APS.

    A referência sobre PMAQ-AB foi identificada nos planos de PMS2, PMS3 e PMS6. Sobre a análise situacional da APS, a cobertura mencionada foi de 47,36% em PMS1, 43,95% em PMS2, 45,21% em PMS3, 62,6% em PMS5 e 62,5% em PMS6. Sobre as condições estruturais das unidades, PMS2 refere unidades de saúde com infraestrutura inadequada, e PMS3 refere falta de insumos, equipamentos e medicamentos.

    Quantos aos objetivos e às metas assumidas nos planos de saúde analisados, destacam-se ampliação e reforma das unidades (PMS1, PMS2), expansão da rede com construção, ampliação, reforma e aparelhamento das unidades (PMS3, PMS5). Já o PMS6 apresenta a meta de qualificar a estrutura das unidades de APS e implantar horário de funcionamento estendido. Além disso, os PMS2, PMS3, PMS4 e PMS5 trazem questões relacionadas com a assistência farmacêutica e metas relativas ao abastecimento e ao acesso aos medicamentos.

    Discussão

    As evidências cotejadas pelo modelo lógico e banco de dados organizado a partir do PMAQ-AB destacaram que a adequação das condições estruturais das UBS das capitais brasileiras encontra-se majoritariamente abaixo de 50% para todas as dimensões de análise, exceto em acessibilidade, sendo que as dimensões de estrutura física e equipamentos obtiveram os mais baixos percentuais.

    Observaram-se diferenças nas condições estruturais das unidades de acordo com a região, com piores resultados para ambiência e medicamentos em capitais das regiões Norte e Nordeste. Esse resultado vai ao encontro dos achados na literatura sobre avaliação dos serviços de saúde de acordo com as regiões. Estudos mostraram desigualdades regionais em relação à estrutura das UBS, sendo que as regiões Norte e Nordeste apresentaram a maior precariedade nos serviços em relação a estrutura física, materiais e insumos99 Tomasi E, Oliveira TF, Fernandes PAA, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 15(2):171-180. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200003.
    https://doi.org/10.1590/S1519-3829201500...
    , 1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
    https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
    , 3636 Tomasi E, Cesar MADC, Neves RG, et al. Diabetes care in Brazil: Program to Improve Primary Care Access and Quality-PMAQ. J Ambul Care Manage. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 40(2):12-23. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1679-49742021000300015.
    https://doi.org/10.1590/S1679-4974202100...
    , 3737 Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, et al. Desempenho do PSF no Sul e no Nordeste do Brasil: avaliação institucional e epidemiológica da atenção básica à saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2006 [acesso em 2023 mar 23]; (11):669-81. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232006000300015.
    https://doi.org/10.1590/S1413-8123200600...
    . Considerando as regiões, houve diferenças significativas entre as capitais na maioria das dimensões, exceto em estrutura física na qual todas tiveram baixa adequação e acessibilidade, em que todas tiveram alta adequação.

    Sobre a dimensão de recursos humanos, a falta do gerente exercendo a atividade de forma exclusiva implica a multiplicidade de tarefas assumidas pelo profissional e, consequentemente, a efetividade do seu trabalho. Esse achado revela que o trabalhador, além de dedicar tempo para articular recursos e necessidades do serviço e para coordenar o processo de trabalho das equipes em acordo com os objetivos e as finalidades da APS, precisa desenvolver ações de caráter assistencial. Nesse contexto, organizar o tempo entre cuidar e gerenciar torna a dinâmica do trabalho complexa, na medida em que as atividades a serem desenvolvidas, na maioria das vezes, não são ações intercessoras e intercomplementares3838 Nunes LO, Castanheira ERL, Dias A, et al. Importância do gerenciamento local para uma atenção primária à saúde nos moldes de Alma-Ata. Rev Panam Salud Publica. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; (42):e175. Disponível em: https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.175.
    https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.175...
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    No que se refere à acessibilidade, as ausências de totem externo e de corrimão foram problemas encontrados nas unidades de saúde neste e em outro resultado3939 Martins KP, Costa TF, Fernandes MGM, et al. Estrutura interna de Unidades de Saúde da Família: acesso para as pessoas com deficiência. Ciênc. saúde coletiva. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 21(10):3153-3160. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-812320152110.20052016.
    https://doi.org/10.1590/1413-81232015211...
    . Quanto aos demais aspectos de acessibilidade analisados neste estudo, como piso tátil e adequações para cadeira de rodas, configuram-se como direitos fundamentais do acesso aos serviços de saúde, garantidos pela Constituição Federal, além de possibilitar um atendimento adequado ao público de DM, com sequelas e mobilidade restrita4040 Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; 1988..

    As dimensões estruturais são essenciais para garantir a acessibilidade dos usuários4141 Ribeiro JP, Mamede SN, Souza MR, et al. Acessibilidade aos serviços de saúde na Atenção Básica do estado de Goiás. Rev Eletr Enf. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 17(3):1-11., 4242 Garcia ACP, Andrade MAC, Contarato PC, et al. Ambiência na Estratégia Saúde da Família. Vigil Sanit Debate. 2015; 3(2):36-41.. Além da atenção às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, também prevista no campo de intervenção da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, estas são fundamentais para garantir acesso para os indivíduos com incapacidades decorrentes da DM3333 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família. Brasília, DF: MS; 2008. 52 p., 4343 Brasil. Presidência da República. Decreto nº 3.298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências. Diário Oficial da União. 20 Dez 1999..

    Quanto à organização e à informação sobre oferta de ações e serviços, os resultados demonstram fragilidades pela falta de funcionamento das unidades no horário de almoço e em horário flexíveis, corroboradas em outros estudos1515 Luz LA, Aquino R, Medina MG. Avaliação da qualidade da Atenção Pré-Natal no Brasil. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp2):111-126. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S208.
    https://doi.org/10.1590/0103-11042018S20...
    , 1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
    https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S0...
    . O funcionamento das unidades em horários alternativos pode representar a ampliação do acesso aos usuários impedidos de comparecer ao serviço em horário comercial e que poderiam se beneficiar de um atendimento em horários flexíveis, em especial, o atendimento à população masculina.

    De acordo com os dados da Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico4444 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2019. p. 132., as mulheres ainda representam o maior percentual de acometimento pela DM, embora o aumento da prevalência nos homens seja expressivo, representando 54% entre 2006 e 2018 para os homens e 28% para as mulheres. Esses dados chamam a atenção para a organização e a disponibilização de serviços, assim como para a sensibilização da população masculina sobre a necessidade de acompanhamento pelos serviços de saúde.

    Em relação à estrutura física, os resultados revelam que ainda persistem problemas nas unidades de saúde, como falta de sanitário para pessoa com deficiência, dispensação de medicamentos na unidade, áreas da farmácia, consultórios, sala para nebulização, sala para coleta, sala para curativo, procedimentos e observação. Estudo anterior na atenção às pessoas com diabetes nos Ciclos I e II do PMAQ-AB trouxe a baixa adequação nesse aspecto pelo conjunto de itens avaliados (consultório clínico, farmácia, recepção, sala de acolhimento e reunião)1414 Neves RG, Duro SMS, Muñiz J, et al. Estrutura das unidades básicas de saúde para atenção às pessoas com diabetes: Ciclos I e II do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade. Cad. Saúde Pública. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 34(4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00072317.
    https://doi.org/10.1590/0102-311X0007231...
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    Apesar dos resultados positivos e dos recursos investidos na APS advindos do PMAQ-AB e do Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), ainda há inadequação ou insuficiência de estrutura nas UBS, principalmente nos estados das regiões Norte e do Nordeste, possivelmente associadas ao baixo desenvolvimento econômico e à oferta de serviços. Em contraposição, as regiões Sul e Sudeste, mais desenvolvidas e com maior número de serviços, apresentam resultados mais satisfatórios quanto à infraestrutura4545 Brocardo D, Andrade CLT, Fausto MCR, et al. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf ): panorama nacional a partir de dados do PMAQ. Saúde debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp1):130-144. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S109.
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    Para que a atenção às pessoas com DM seja realizada de forma adequada, a gestão municipal da saúde deve garantir que as UBS possuam espaços físicos adequados de acordo com o ‘Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família’3333 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família. Brasília, DF: MS; 2008. 52 p. e com os elementos presentes no instrumento de avaliação externa do PMAQ-AB3434 Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) – Manual Instrutivo 3º Ciclo (2015 – 2017). Brasília, DF: MS; 2017..

    No que tange à ambiência, este estudo evidenciou a falta de acústica na maioria das unidades de saúde para evitar ruídos do ambiente externo e interno. O Ministério da Saúde adota o conceito de ambiência de forma ampla, como um espaço social, profissional e de relações interpessoais que possibilite atenção de forma resolutiva, humana e acolhedora, além de um ambiente saudável para o trabalho dos profissionais de saúde1919 Garcia ACP, Andrade MAC, Zandonade E, et al. Análise da organização da Atenção Básica no Espírito Santo: (des)velando cenários. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; 38(esp):221-236. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S017.
    https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S0...
    , 4646 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 21 Set 2017.. Outro estudo conclui que a ambiência é influenciada pela estrutura e pela interação estabelecida entre os profissionais de saúde4747 Cubas MR, Faoro NT, Moysés ST, et al. Avaliação da Atenção Primária à Saúde: validação de instrumento para análise de desempenho dos serviços. Saúde debate. 2017 [acesso em 2023 mar 23]; 41(113):471-485. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-1104201711310.
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    Sobre a disponibilidade de equipamentos, materiais e insumos, os achados revelam que há uma baixa adequação das unidades de saúde no conjunto de itens. Observou-se, por exemplo, a ausência de geladeiras exclusivas para medicamentos em muitas unidades, corroborando resultados de outro estudo4848 Nascimento RCRM, Álvares J, Guerra Junior AA, et al. Disponibilidade de medicamentos essenciais na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Rev Saude Publica. 2017; 51(supl2):10s.. Apenas unidades de saúde que disponham de todos os equipamentos, materiais e insumos avaliados podem cumprir integralmente a atenção às pessoas com diabetes, uma vez que a disponibilidade do conjunto de itens elencados pode ser considerada como situação ideal para o acompanhamento de saúde. Os resultados apontam uma variação importante entre capitais quanto à presença de tiras reagentes para glicemia capilar e do aparelho de pressão do adulto. De acordo com o ‘Caderno de Atenção Básica nº 36 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus’, esses elementos são essenciais para o monitoramento da glicemia e da pressão arterial, com vistas ao controle e à prevenção de complicações22 Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília, DF: MS; 2013. 160 p. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). [acesso em 2023 jun 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mel-litus_cab36.pdf.
    https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pu-blicac...
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    Quanto à disponibilidade de medicamentos, os resultados deste estudo expressam situação desfavorável para ampolas de glicose a 50%, medicações para urgência e insulinas. A baixa disponibilidade de insulina para atenção às pessoas com diabetes na APS também pode estar relacionada com financiamento e ausência de geladeiras para seu condicionamento88 Mendes LV, Campos MR, CHAVES GC, et al Disponibilidade de medicamentos nas unidades básicas de saúde e fatores relacionados: uma abordagem transversal. Saúde debate. 2014 [acesso em 2023 mar 23]; (38):109-123. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0103-1104.2014S009.
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    , 4848 Nascimento RCRM, Álvares J, Guerra Junior AA, et al. Disponibilidade de medicamentos essenciais na atenção primária do Sistema Único de Saúde. Rev Saude Publica. 2017; 51(supl2):10s.. Esses medicamentos são imprescindíveis para o cuidado às pessoas com diabetes e devem estar sempre disponíveis à população.

    O acesso a medicamentos e a garantia de tratamento medicamentoso adequado propiciam controle mais efetivo da DM, o que possibilita a redução da morbimortalidade e a melhoria da saúde e da qualidade de vida do usuário. Os medicamentos insulina humana NPH e insulina humana regular compõem o Grupo de Medicamentos de Hipertensão e Diabetes. Cabe ao Ministério da Saúde o financiamento e a aquisição, além da sua distribuição até os almoxarifados e Centrais de Abastecimento Farmacêutico Estaduais e do Distrito Federal. Compete às Secretarias Estaduais de Saúde a distribuição da insulina humana e da insulina humana regular aos municípios4949 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1555, de 30 de julho de 2013. Dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União. 30 Jul 2013..

    Embora as características estruturais de um serviço de saúde isoladamente não possam garantir a qualidade assistencial, é possível dizer que estruturas adequadas facilitam uma melhor atenção à saúde. A relação entre os elementos estruturais e operacionais dos serviços de saúde é capaz de produzir análises que não estão relacionadas com efeitos diretos na saúde da população, mas com a forma para obter os melhores resultados em saúde5050 Donabedian A. La investigación sobre la calidad de la atención médica. Salud Pública Mex. 1986; 28(3):324-327., 5151 Silva L, Formigli V. Avaliação em saúde: limites e perspectivas. Cad. Saúde Pública. 1994. [acesso em 2023 mar 23]; 10(1):80-91. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1994000100009.
    https://doi.org/10.1590/S0102-311X199400...
    , 5252 Giovanella L, Mendonça MHM, Fausto MCR, et al. A provisão emergencial de médicos pelo Programa Mais Médicos e a qualidade da estrutura das unidades básicas de saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2016 [acesso em 2023 mar 23]; 21(09):2697-2708. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.16052016.
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    Diante das dimensões e das respectivas variáveis aqui discutidas, as condições estruturais das unidades de saúde se constituem como problema relacionado com o serviço e o sistema de saúde; e, portanto, demandam iniciativas e compromisso dos gestores para a melhoria dessa situação. Nesse sentido, os planos de saúde devem considerar a análise situacional das condições de saúde das pessoas, bem como dos serviços de saúde para constituir as diretrizes, objetivos e metas que devem direcionar as ações da gestão no quadriênio.

    Sobre o conjunto dos seis PMS analisados, com representação de, ao menos, uma capital por região brasileira, pode-se constatar que metade não mencionou o PMAQ-AB, programa que propunha aprimoramento do acesso e da qualidade da APS, tendo em vista os critérios pactuados com os municípios para cada ciclo de avaliação3535 Brasil. Ministério da Saúde. Microdados da avaliação externa: Módulo I UBS. 2019. [acesso em 2023 mar 23]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/microdados_pmaq_cliclo3/modulo_I_ubs/UBS_Brasil.
    http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab...
    . Nesse sentido, a situação de saúde evidenciada com a avaliação do PMAQ-AB deve ser citada no capítulo de análise de situação nos planos de saúde, para, com base nisso, definirem-se as diretrizes, os objetivos e as metas voltados para melhoria do acesso e qualidade na APS.

    Sobre os elementos estruturais das unidades, os planos de saúde analisados pouco referiram sobre a ambiência, a gerência de serviços de saúde, o funcionamento e a informação sobre as unidades de saúde. Os planos destacaram a necessidade de reformas em unidades de saúde, inclusive com definição de objetivos e metas com estas relacionados. Também foi registrado, em dois planos, sobre a necessidade de equipar e reequipar as unidades. Há que destacar que tais aspectos são importantes para o acesso da população aos serviços públicos de saúde, influenciando diretamente sobre a qualidade da atenção prestada, de modo que circunda aspectos da estrutura e que repercute sobre os processos e resultados. Achados de outros estudos evidenciaram relações existentes entre estrutura, processo de trabalho e qualidade dos serviços da Estratégia Saúde da Família no País99 Tomasi E, Oliveira TF, Fernandes PAA, et al. Estrutura e processo de trabalho na prevenção do câncer de colo de útero na Atenção Básica à Saúde no Brasil: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade – PMAQ. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2015 [acesso em 2023 mar 23]; 15(2):171-180. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200003.
    https://doi.org/10.1590/S1519-3829201500...
    , 5353 Barcelos MRB, Lima RCD, Tomasi E, et al. Qualidade do rastreamento do câncer de colo uterino no Brasil: avaliação externa do PMAQ. Rev. Saúde Pública. 2017; 51(67)., 5454 Facchini LA, Tomasi E, Dilélio AS. Qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil: avanços, desafios e perspectivas. Saúde em debate. 2018 [acesso em 2023 mar 23]; 42(esp1):208-223. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018S114.
    https://doi.org/10.1590/0103-11042018S11...
    .

    Considerações finais

    A análise das condições estruturais de unidades de saúde nas capitais brasileiras mostrou a necessidade de adequação para a maioria delas em algum(ns) dos aspectos analisados, a fim de alcançar a qualidade na atenção às pessoas com DM.

    Este estudo revela aspectos das dimensões de estrutura das unidades de saúde das capitais brasileiras, o que evidencia as particularidades, as potencialidades e as fragilidades que merecem ser consideradas para definição da agenda e do direcionamento das ações pela gestão em saúde. Há que destacar, ainda, que as condições de inadequação apontadas podem trazer impactos negativos na qualidade da atenção às pessoas com diabetes na APS. As condições estruturais das unidades de saúde devem se constituir compromisso da gestão para melhoria do acesso e da qualidade dos serviços de saúde. Entretanto, foi sinalizado que muitos elementos relacionados com a estrutura das unidades, detalhados por meio de percentuais de adequação, ainda não têm destaque nos planos de saúde de capitais brasileiras, não se constituindo objetivo/meta a serem alcançados.

    Como limitações, pode-se citar a utilização de uso de dados secundários do PMAQ-AB. Ademais, as informações para avaliação da estrutura não correspondem ao total das unidades de saúde dos municípios, excluindo-se aquelas que não aderiram ao programa, além da indisponibilidade de alguns PMS para análise documental. Entretanto, essas limitações não reduzem a qualidade dos resultados apresentados, pois os dados obtidos a partir do programa são potentes para o diagnóstico das condições estruturais das unidades de saúde. Nesse sentido, destaca-se que a interrupção ou a falta de um programa de avaliação da qualidade dos serviços implica prejuízos tanto para o investimento em estrutura quanto para a indução de melhorias por meio da avaliação desses aspectos de forma institucionalizada.

    Este estudo, portanto, analisou as condições estruturais de unidades de saúde articulando-as com as diretrizes, os objetivos e as metas dispostos nos planos de saúde das capitais incluídas. Entretanto, novas investigações podem buscar: avaliar os fatores que interferem na qualidade da atenção ao indivíduo com DM; os aspectos que determinam a inadequação das condições estruturais das unidades; analisar a efetividade do cuidado ao paciente com DM; e a eficiência no uso dos recursos para a tomada de decisão dos gestores.

    • *
      Orcid (Open Researcher and Contributor ID).
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    Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Set 2023
    • Data do Fascículo
      Jul-Sep 2023

    Histórico

    • Recebido
      14 Jul 2022
    • Aceito
      19 Abr 2023
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