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Psicologia

Psychology

RESENHA

Psicologia1 1 Jesuino, J.C. (2002), Psicologia. Coimbra: Quimera. 240p.

Psychology

Fausto Eduardo Menon Pinto

Psicólogo, Mestre em Educação. Rua Nova Aliança, 164, Novo Cambuí, 13093–630, Campinas, SP, Brasil. E–mail: <faustomenon@bol.com.br>

Nas últimas décadas, foi bastante visível o aumento expressivo na quantidade de publicação na literatura psicológica, em particular de textos introdutórios sobre essa área do saber, objetivando ajudar o aprendizado de alunos do ensino médio, do curso superior e até de pesquisadores experientes. Todas essas pessoas entretidas somente com a leitura de tópicos centrais em psicologia, tampouco requerendo uma dedicação aprofundada de conceitos teóricos mais específicos.

O pesquisador lusitano Jorge Correia Jesuino compila uma obra, cujo título é Psicologia, que pode ser descrita inicialmente como bem condensada com relação à escolha dos assuntos discutidos e também com uma escrita de simples compreensão. Ela está dividida em três capítulos temáticos, compreendendo cada um deles: 1) aspectos históricos da psicologia, 2) campos de atuação e 3) principais marcos contemporâneos.

No primeiro capítulo, o autor procura debater algumas informações referentes ao nascimento histórico da psicologia como ciência. Como ponto de partida, a fundação do primeiro laboratório de psicologia experimental, elaborado então pelo pesquisador alemão Wundt (1832–1920) em 1879. É esboçada uma série de conceitos que procederam a esse principal acontecimento, devendo–se, nesse entendimento, citar algumas perspectivas teóricas significativas: o Behaviorismo de John Watson, a Psicanálise de Sigmund Freud e a Psicogenética de Jean Piaget, entre tantos outros. No caso específico em questão, o capítulo traz um quadro bastante sintético de diferentes escolas psicológicas com uma coerência tanto histórica quanto teórico–conceitual, sem que, com isso, apesar da concisão textual, ocasione distorções nas idéias gerais extraídas de cada um desses pensadores.

Quanto ao segundo capítulo, discute–se o campo experimental da psicologia frente a tópicos temáticos. Logo na abertura, acompanham–se vários experimentos da psicologia experimental, com alusão a diferentes modelos behavioristas. Depois disso, o autor também procura dialogar, através da psicologia diferencial, a noção de personalidade, com o uso explicativo de traços e tipos humanos, somando–se a isso a definição clássica de inteligência nos parâmetros dos séculos XVIII e XIX, expandindo–a com a proposta genética de Jean Piaget (1896–1980), enquadrada em estruturas mentais nos estágios de desenvolvimento da inteligência.

No terceiro e último capítulo, divulgam–se os últimos avanços significativos na psicologia contemporânea. Em A revolução cognitiva, o autor faz um paralelo, sensível e muito atraente, entre os primeiros estudos da cognição humana que levavam apenas em consideração o comportamento observável e a inserção de conceitos atuais como o processamento de informação, as inteligências múltiplase outras mais. Em seguida, enumeram–se questionamentos sobre a profissão do psicólogo no mundo, assim como a sua identidade profissional, modelos de investigação, desenvolvimento de pesquisa e as principais tendências futuras de temas de estudos.

Para concluir, acredita–se que esse material possa ser muito favorável no aprendizado de alunos e de profissionais tanto de formação universitária em psicologia, quanto em saberes correlatos, tais como pedagogia e filosofia. Além disso, pode–se assegurar que é um livro aconselhado para aqueles que se iniciam no estudo da psicologia. Um ponto final, ainda a ser muito destacado, é que embora o livro seja importado, proveniente de um país europeu – Portugal –, isso parece não oferecer qualquer problema na leitura como um todo, uma vez que a língua escrita praticamente é similar à brasileira, parecida em alguns aspectos com aquela utilizada no dia–a–dia. De uma maneira ou de outra, trata–se de uma excelente obra de referência didática que pode estar presente em sala de aula a serviço direto do trabalho docente, a exemplo das disciplinas que exijam um conhecimento histórico básico da psicologia, e também nas estantes das bibliotecas, por ser de fácil consulta, muito prática e extremamente atual.

Recebido para publicação em 5 de novembro e aceito em 7 de dezembro de 2004.

  • 1
    Jesuino, J.C. (2002), Psicologia. Coimbra: Quimera. 240p.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Nov 2007
    • Data do Fascículo
      Mar 2005
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