Acessibilidade / Reportar erro

LUTAS E IMAGINÁRIO CAMPONÊS

Resumos

O artigo busca dar uma visão do universo imaginário do campesinato da chamada “fronteira agrícola” na Amazônia Oriental brasileira. Migrantes após sucessivas expulsões de suas terras, esses camponeses não só carregam consigo seus mitos e lendas, mas criam novos na tentativa de explicação de seu mundo cotidiano. Nesse último sentido é que a autora encara as versões recolhidas na área da Pré-Amazônia Maranhense sobre a chamada “Guerrilha do Araguaia”, movimento que opôs militantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e as forças de repressão do período de governo militar, no início da década de 1970.

imaginário camponês; Amazônia,; mitos; lendas; guerrilha do Araguaia


This article tries to give an outline of the peasant imaginary universe of the so called “rural frontier” of Brazilian Oriental Amazonia. Being migrants after a series of expulsions from their land, these peasants take with them their mythes and legends, creating new ones when they need explanations about their everyday world. It is in this last sense that the author sees the versions about the “Araguaia Guerrilla”, collected in the Pré-Amazônia Maranhense area, an armed struggle that opposed militants of the Partido Comunista do Brasil (PC do B) and the Brazilian army of the military government period at the beginning of the 1970 years.

peasant imaginary; Amazonia; myths; legends; “Araguaia Guerilla”


Texto completo disponível em PDF.

  • 1
    Entrevista concedida em Santa Inês, Maranhão, janeiro de 1988.
  • 2
    Sinônimo de informante policial.
  • 3
    Entrevista concedida no povoado de Sampaio, município de Augustinópolis, Goiás, 1984.
  • 4
    Citado na Revista História Imediata nº 1, p. 56, Ed. Alfa-Omega, 1978.
  • 5
    Entrevista realizada no povoado do Espírito Santo do município de S. João do Araguaia, maio de 1983.
  • 6
    Entrevista realizada no Centro dos Mulatos, município de S. Sebastião do Tocantins, junho de 1985.
  • 7
    Entrevista em Marabá, maio de 1983.
  • 8
    Entrevista no povoado do Espírito Santo, município de S. João do Araguaia, maio de 1983.
  • 9
    Idem.
  • 10
    Entrevista realizada em Marabá, maio de 1983.
  • 11
    Conforme entrevistas realizadas em Santa Inês e Alcântara, Maranhão, janeiro de 1988.
  • 12
    Conforme entrevista realizada no Centro dos Mulatos, junho de 1985.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

  • BAILLY, Antoine S. L’imaginaire spatial. Plaidoyer pour la géographie des représentations. Espaces Temps, 40-41:53, 1989.
  • CONCEIÇÃO, Manoel da. Essa terra é nossa Petrópolis, Vozes, 1980.
  • DURAND, Gilbert. Les structures anthropologiques de l’imaginaire Paris, Bordas, 1969.
  • LANOUZIÈRE, J. Genèse et histoire. Topique, 29: 59-84, 1982.
  • LACOSTE-DUJARDIN, C. La rélation d’enquête. Hérodote , 8: 21-44, 1977.
  • MAFFESOLI, M. L’espace de la socialité. In: Espaces et imaginaire Grenoble, Presses Universitaires de Grenoble,1979.
  • SADER, Regina. Espaço e luta no Bico do Papagaio Tese de doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1987.
  • ______. Migração e violência na Pré-Amazônia Maranhense. Terra Livre, nº 6, 1989.
  • STOMMA, L. Campagnes insolites. Paysannerie polonaise et mithes européens Paris, Verdier, 1986.
  • VANSINA, Jan. De la tradition orale Tervuen (Belgique), Musée Royal de l’Afrique Centrale, 1961.
  • ZUMTHOR, Paul. Poesia, tradição e esquecimento. Folhetim, nº 622, 17 dez. 1988, p. 2-5.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 1990

Histórico

  • Recebido
    Set 1989
Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, 05508-010, São Paulo - SP, Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: temposoc@edu.usp.br