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Maria Eduarda Mota Rocha (org.), Bourdieu à brasileira. Rio de Janeiro, Confraria do Vento, 2022, 388 pp.

Rocha, Maria Eduarda Mota. Bourdieu à brasileira. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2022. 388 pp

O livro Bourdieu à brasileira, de Maria Eduarda da Mota Rocha, constitui um trabalho fundamental para o debate em torno da recepção da obra de Pierre Bourdieu (1930-2002) no Brasil, algo que já tem sido feito por um conjunto de pesquisadores (Frota e Passiani, 2009FROTA, Wander Nunes & PASSIANI, Enio. (2009), “Entre caminhos e fronteiras: a gênese do conceito de ‘campo literário’ em Pierre Bourdieu e sua recepção no Brasil”. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, (34): 11-41.; Ortiz, 2013ORTIZ, Renato. (2013), “Nota sobre a recepção de Pierre Bourdieu no Brasil”. Sociologia & Antropologia, 3: 81-90.; Bortoluci, Jackson e Pinheiro, 2015BORTOLUCI, José Henrique; JACKSON, Luiz C. & PINHEIRO, Fernando A. (2015), “Contemporâneo clássico: a recepção de Pierre Bourdieu no Brasil”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 94: 217-254.; Campos e Szwako, 2020CAMPOS, Luiz Augusto & SZWAKO, José. (2020), “Biblioteca bourdieusiana ou como as ciências sociais brasileiras vêm se apropriando de Pierre Bourdieu (1999-2018)”. BIB-Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, (91): 1-25.; Miceli, 2021MICELI, Sergio. (2021), “A recepção de Pierre Bourdieu no Brasil: Circunstâncias e mediadores”. Sociologias Plurais, 7 (3): 14-27.; Oliveira e Silva, 2021OLIVEIRA, Amurabi & SILVA, Camila Ferreira. (2021), “A recepção de Pierre Bourdieu na Sociologia da Educação brasileira”. Cadernos de Pesquisa, 51: 1-17.; Rocha e Peters, 2020; Ferreira, 2022FERREIRA, Adir Luiz. (2022), “As marcas da sociologia de Bourdieu no Brasil: da chegada ao atual reconhecimento”. Revista de Sociología de la Educación-Rase, 15 (2): 201-224.; Rocha, 2022). Rocha é a organizadora e principal autora dessa obra, que conta ainda com colaborações de autores do Brasil e da França. Esse trabalho é fruto de uma pesquisa rigorosa realizada no Fundo de Arquivos Pierre Bourdieu, sediado na École Pratique de Hautes Études, focada, sobretudo, nas cartas trocadas entre Bourdieu e cientistas sociais brasileiros, que representam a proporção mais expressiva da correspondência que Bourdieu mantinha com intelectuais da América Latina1 1 É indicada nesta obra a existência de 433 cartas com autores latino-americanos, das quais 251 dizem respeito ao Brasil. , de modo que o foco deste trabalho recai, sobretudo, sobre o papel dos agentes que mediaram a recepção da obra de Bourdieu no Brasil. Encontra-se ainda em curso a organização da obra Bourdieu et les Amériques, que amplia o escopo da discussão2 2 Ambos os trabalhos se originam a partir da organização do evento promovido pela École des Hautes Études de l’Ámerique Latine em 2019, intitulado Bourdieu et les Amériques: une Internationale Scientifique. .

Uma das principais qualidades dessa obra é visibilizar o papel ativo que os pesquisadores brasileiros desempenharam na recepção de Bourdieu. Ainda que o país não tenha chegado a ocupar uma posição semelhante aos Estados Unidos, pode-se afirmar que foi um dos polos nodais no processo de circulação e transnacionalização de sua obra, ficando em uma posição intermediária entre os Estados Unidos e os demais países da América Latina. Embora Bourdieu nunca tenha visitado o Brasil, ou que não tenha supervisionado um número expressivo de pesquisadores em sua formação pós-graduada3 3 Bourdieu supervisionou o trabalho de formação pós-graduada de dois pesquisadores brasileiros: Aspásia Camargo, que concluiu em 1969 o mestrado na Universidade de Paris II sob sua supervisão, e Sérgio Miceli, que em 1978 defendeu a tese de doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales. , não significa que não haja mantido um intenso diálogo intelectual e formado uma rede de colaboradores.

O primeiro capítulo intitula-se “A fabricação internacional das ciências sociais: Bourdieu e as Américas”, de Amin Pérez e Franck Poupeau. Para os autores, o projeto “Bourdieu e as Américas” constitui “um ponto de partida para analisar, sob um ângulo próprio, a questão da globalização das ciências sociais” (p. 23). Eles ainda chamam a atenção de que a internacionalização da ciência em Bourdieu não é simplesmente exportar determinada sociologia, pois a dimensão internacional é constitutiva de sua obra, incluindo aí sua rede de colaboradores desde suas pesquisas na Argélia; ademais, deve-se considerar ainda as práticas existentes nos centros de pesquisa para formar jovens pesquisadores de diferentes nacionalidades, imbuídos de um espírito comparativo internacionalista.

Rocha é a autora principal dos cinco capítulos seguintes, sendo o primeiro deles “A internacional científica e o Bourdieu tupiniquim”. A autora destaca neste que o próprio autor buscou articular uma internacional científica, principalmente a partir da revista Actes de Recherche en Sciences Sociales, além dos espaços nos quais recebia pesquisadores internacionais, como o Centro de Sociologia Europeia e o Centro de Sociologia da Educação, contando ainda com a participação de membros de sua equipe francesa que atuavam como verdadeiros “emissários” de sua obra, como foi o caso de Monique de Saint Martin junto ao Brasil. Rocha menciona que a tônica da correspondência vai mudando ao longo do tempo, de modo que as cartas das décadas de 1970 e 1980 refletem relações duradouras com o sociólogo francês, ao passo que as da década de 1990 tendem a refletir contatos mais efêmeros.

A autora segue em “Uma travessia transatlântica: a primeira geração de mediadores e mediadoras da obra de Bourdieu no Brasil”, focando nos agentes que estiveram à frente do processo de mediação da obra de Bourdieu no Brasil. Ela também entrevistou alguns dos principais cientistas sociais que estiveram envolvidos nesta rede, além de incorporar outras fontes de pesquisa. Destacam-se prontamente nessa rede os nomes de Moacir Palmeira, que entra em contato com a obra de Bourdieu durante sua formação doutoral na França, sendo responsável pela tradução de seu primeiro texto no Brasil, “Campo intelectual e projeto criador”4 4 Este trabalho constava em um volume de 1966 da revista Les Temps Modernes, organizado por Jean Pouillon, que fora publicado integralmente no Brasil em 1968 por Palmeira, com o título de Problemas do estruturalismo. , bem como o de Sérgio Miceli, que em 1970 escreveu para Bourdieu propondo traduzir e organizar alguns de seus textos, formando a coletânea A economia das trocas simbólicas, publicada originalmente em 1974. Rocha demonstra o papel ativo que Bourdieu teve no processo de circulação de seus trabalhos, discutindo conceitos e ideias presentes nas apresentações escritas para sua obra, que estava sendo traduzida para o português. Paulatinamente outros agentes ingressaram nessa rede e assumiram também o papel de mediadores da obra de Bourdieu, como Renato Ortiz, Maria Andrea Loyola, Lygia Sigaud, José Sérgio Leite Lopes, Afrânio Garcia Júnior, dentre outros. Apesar do êxito da rede, Rocha também destaca as tensões que emergiam, como quando Bourdieu delegou a Moacir Palmeira a organização de uma reunião preparatória em São Paulo, e “O que é certo é que houve recusa do grupo do Museu de remeter antecipadamente o material, porque essa solicitação foi entendida como a explicitação de uma posição subalterna diante dos franceses, já que tal exigência não se colocava como exigência para os membros do Centro que iriam participar das discussões” (p. 73).

No capítulo seguinte, intitulado “Bourdieu e a sociologia da cultura no Brasil”, Rocha indica como o trabalho do sociólogo francês foi fundamental para a diversificação teórica no Brasil, especialmente na sociologia da cultura. Ainda que demarque a relevância dos trabalhos pioneiros de Roger Bastide e Antonio Candido na formação desse campo, ela enfatiza o papel decisivo que Miceli teve na introdução de uma perspectiva bourdieusiana na sociologia da cultura, o que se vinculava à própria trajetória de Miceli como tradutor e editor das obras de Bourdieu no Brasil, e também como orientando de doutorado, uma vez que sua tese foi fundamental para a legitimação da perspectiva bourdieusiana na sociologia da cultura brasileira. Um dado importante destacado por Rocha é que tanto Miceli ainda ocupava uma posição periférica no campo acadêmico brasileiro naquele momento como jovem professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, como também o próprio Bourdieu ainda não havia atingido o status que posteriormente alcançou ao se tornar professor do Collége de France5 5 Bourdieu tornou-se catedrático de sociologia no Collége de France em 1982, o que refletia o momento mais alto de sua consagração como acadêmico no campo intelectual francês (Oliveira e Silva, 2022). . A autora salienta que a legitimação desse campo se deu de forma concomitante à legitimação dos dois sociólogos em seus respectivos contextos, Pierre Bourdieu na França (e fora dela), e Sergio Miceli no Brasil, uma vez que apenas ingressou na Universidade de São Paulo (USP) em 1988, tendo sido o último a integrar o departamento de sociologia por convite. Também é na década de 1980 que Renato Ortiz organizou na coletânea Grandes cientistas sociais um volume dedicado a Bourdieu, escrevendo uma apresentação que teve um peso relevante na interpretação do autor no país.

Dedicando-se de forma mais atenta ao “ramo do Rio”, Rocha escreve “Bourdieu e a antropologia das classes dominadas no Museu Nacional do Rio de Janeiro”. É importante rememorar o conjunto de acontecimentos que estavam ocorrendo de forma concomitante: no mesmo ano em que saiu no Brasil o primeiro texto de Bourdieu também foi fundado o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional. Destacavam-se na primeira geração de pesquisadores desse programa aqueles que desenvolveram uma agenda de pesquisa no Nordeste brasileiro, conhecidos como “grupo da zona da mata”, para os quais a divisão disciplinar entre a sociologia e a antropologia não se colocava de forma intransponível. A tese de doutorado de Moacir Palmeira traz influências de Bourdieu, tendo sido pioneiro em aplicar alguns dos conceitos bourdieusianos para a compreensão do camponês na sociedade brasileira. Identificam-se três momentos distintos na relação que Bourdieu estabeleceu com o “grupo da zona da mata”: no primeiro, há o contato inicial principalmente através de Palmeira; no segundo, ocorrem a consolidação da parceria e a incorporação de novos pesquisadores do Museu Nacional; e, no terceiro, a partir de meados dos anos de 1980, passam a estabelecer relações mais duradouras com outros investigadores franceses parceiros de Bourdieu.

Em “Uma rede de cooperação franco-brasileira e seu ramo paulista”, Rocha demonstra o desenvolvimento de uma forma própria de socialização científica, para o qual as estadias nos centros de pesquisa franceses eram fundamentais. Para além de Miceli, Rocha sublinha o papel de Maria Andrea Loyola, assinalando como a incorporação de Bourdieu no núcleo de São Paulo não ocorreu exclusivamente através do Departamento de Sociologia da USP, em que pese sua relevância. O destaque nesse capítulo é para o fato de que, apesar de Miceli ser o pivô inicial do grupo de São Paulo, sua agenda no campo da sociologia da cultura exerceu-se de forma mais “solitária”, ao passo que seus colaboradores seguiram por outros campos, o que também contribuiu para a consolidação de Bourdieu nas ciências sociais brasileiras.

A última parte do livro volta-se não exclusivamente para a análise dos mediadores da obra de Bourdieu no Brasil, mas para seu impacto em alguns campos específicos, como no caso da educação, teoria social e estrutura social. Thiago Ponica Pontes, em “Sombras hermenêuticas de uma força viva: Pierre Bourdieu e o espaço da educação no Brasil”, retoma algumas questões já expostas nos capítulos anteriores, referentes ao papel dos primeiros mediadores da obra de Bourdieu no Brasil. Destaca como outros agentes passaram a ter um papel relevante na introdução de Bourdieu no campo educacional, como José Carlos Garcia Durand, então professor da FGV em São Paulo, que organizou com Lia Machado Zanotta a coletânea Educação e hegemonia de classe, publicada em 1979, que contava com dois artigos de Bourdieu. Pontes ainda ressalta a controversa recepção de A reprodução, publicada em 1975 no Brasil, que parecia contrastar com as “teorias críticas” de Paulo Freire. Há ainda um esforço em realçar os mediadores que assumiram um papel de destaque no campo educacional, como Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani, que organizaram a coletânea de textos de Bourdieu Escritos de educação, publicada em 1998, que colaborou para consolidar o sociólogo francês como um cânone na sociologia da educação brasileira.

Gabriel Peter, em “Bourdieu fora do lugar? dilemas na recepção de sua obra na teoria social brasileira”, realiza um esforço de aplicar a teoria bourdieusiana para a compreensão da circulação internacional de seu trabalho, situando sua recepção no Brasil na própria história da institucionalização das ciências sociais no país. Peters aprofunda o debate sobre o porquê de o grupo vinculado ao Museu Nacional ter alcançado um status menor enquanto divulgador da obra de Bourdieu no Brasil em comparação com o grupo paulista, o que em grande medida se vincularia ao fato de que o primeiro grupo focou mais na utilização criativa das ferramentas oriundas da obra de Bourdieu, que na sistemática divulgação de seu trabalho. O autor chama a atenção para o papel de Miceli, que “não apenas a utilizou [a teoria de Bourdieu] como ferramenta substantiva de pesquisa, mas dedicou-se a disponibilizar e apresentar as teses e conceitos teóricos de Bourdieu como um arcabouço autônomo” (p. 285). Destaca ainda como essas apropriações do sociólogo francês têm ocorrido por meio de autores brasileiros contemporâneos (tomando o caso de Jessé Souza) e de espaços institucionais (os Grupos de Trabalho da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais e da Sociedade Brasileira de Sociologia), demonstrando que não há apenas uma replicação de suas ferramentas teóricas, mas também uma utilização criativa, ainda que essas tensões entre teoria e empiria apareçam continuamente no debate sobre a recepção de sua obra.

No capítulo final, intitulado “A classe, a raça e a distinção: Bourdieu e o debate mais recente sobre estrutura social no Brasil”, Ana Rodrigues Cavalcanti Alves e Maria Eduarda da Mota Rocha partem da recepção da obra A distinção no Brasil, e da controvérsia acerca do texto “Sobre as artimanhas da razão imperialista”, escrito por Bourdieu e Loïc Wacquant, que incidiu sobre os estudos das relações raciais no Brasil. Apesar de A distinção ter sido publicada originalmente em 1979 na França, constituindo um dos trabalhos mais citados de Bourdieu, apenas em 2007 ocorreu sua publicação no Brasil, embora antes de sua tradução para o português já fosse uma obra que circulava intensamente nas ciências sociais brasileiras, representando uma referência fundamental para os estudos de classes sociais no Brasil, bem como da cultura. Por outro lado, a recepção de suas discussões sobre raça ocorreu de modo mais controverso, de modo que na correspondência analisada havia inclusive cartas de pesquisadores brasileiros que escreveram para Bourdieu não apenas discordando de sua posição, como indicando seu desconhecimento do acúmulo de produção sobre o tema na sociologia brasileira. De forma sintética, Bourdieu e Wacquant tomam os estudos sobre raça no Brasil como um exemplo do imperialismo cultural americano, secundarizando o próprio debate já existente no Brasil. Para Alves e Rocha, o modo como a obra de Bourdieu foi apropriada no Brasil reforçou a perspectiva dos pesquisadores que privilegiam a classe como categoria de análise das desigualdades sociais, e não a raça.

Bourdieu à brasileira constitui uma das obras de maior fôlego escritas nos últimos tempos sobre a recepção de Bourdieu, não apenas no contexto brasileiro. Há um esforço em produzir uma sociologia bourdieusiana da sociologia de Bourdieu no Brasil, visibilizando não apenas como determinados conceitos e categorias vão sendo apropriados nas ciências sociais brasileiras, mas como esse processo é produzido por agentes implicados a partir de relações pessoais e acadêmicas com Bourdieu. O livro ainda possui a grande qualidade de demarcar a posição intermediária que o Brasil teve e tem na circulação internacional da obra de Bourdieu, pois, embora não tenha ocupado a mesma proeminência que os Estados Unidos - país que Bourdieu visitou inúmeras vezes -, destacou-se entre os países latino-americanos, e dentro do Sul Global de uma forma mais ampla. Desse modo, Bourdieu à brasileira torna-se desde já uma obra fundamental para a compreensão da circulação da obra de Bourdieu para além do Norte Global, e especialmente na América Latina.

Referências Bibliográficas

  • BORTOLUCI, José Henrique; JACKSON, Luiz C. & PINHEIRO, Fernando A. (2015), “Contemporâneo clássico: a recepção de Pierre Bourdieu no Brasil”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 94: 217-254.
  • CAMPOS, Luiz Augusto & SZWAKO, José. (2020), “Biblioteca bourdieusiana ou como as ciências sociais brasileiras vêm se apropriando de Pierre Bourdieu (1999-2018)”. BIB-Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, (91): 1-25.
  • FERREIRA, Adir Luiz. (2022), “As marcas da sociologia de Bourdieu no Brasil: da chegada ao atual reconhecimento”. Revista de Sociología de la Educación-Rase, 15 (2): 201-224.
  • FROTA, Wander Nunes & PASSIANI, Enio. (2009), “Entre caminhos e fronteiras: a gênese do conceito de ‘campo literário’ em Pierre Bourdieu e sua recepção no Brasil”. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, (34): 11-41.
  • MICELI, Sergio. (2021), “A recepção de Pierre Bourdieu no Brasil: Circunstâncias e mediadores”. Sociologias Plurais, 7 (3): 14-27.
  • OLIVEIRA, Amurabi & SILVA, Camila Ferreira. (2021), “A recepção de Pierre Bourdieu na Sociologia da Educação brasileira”. Cadernos de Pesquisa, 51: 1-17.
  • OLIVEIRA, Amurabi & SILVA, Camila Ferreira. (2022), “Pierre Bourdieu, catedrático de sociologia no Collége de France”. Educação e Pesquisa, 48: 1-18. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248253814.
    » https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248253814.
  • ORTIZ, Renato. (2013), “Nota sobre a recepção de Pierre Bourdieu no Brasil”. Sociologia & Antropologia, 3: 81-90.
  • ROCHA, Maria Eduarda & PETERS, Gabriel. (2020), “Facetas de um Bourdieu tupiniquim: Momentos de sua recepção no Brasil”. BIB-Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, (91): 1-30. Disponível em https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/494.
    » https://bibanpocs.emnuvens.com.br/revista/article/view/494.
  • ROCHA, MARIA EDUARDA DA ROCHA. (2022), “UMA TRAVESSIA TRANSATLÂNTICA: A PRIMEIRA GERAÇÃO DE MEDIADORES E MEDIADORAS DA OBRA DE BOURDIEU NO BRASIL”. Tempo Social, 34 (1): 31-53.

Notas

  • 1
    É indicada nesta obra a existência de 433 cartas com autores latino-americanos, das quais 251 dizem respeito ao Brasil.
  • 2
    Ambos os trabalhos se originam a partir da organização do evento promovido pela École des Hautes Études de l’Ámerique Latine em 2019, intitulado Bourdieu et les Amériques: une Internationale Scientifique.
  • 3
    Bourdieu supervisionou o trabalho de formação pós-graduada de dois pesquisadores brasileiros: Aspásia Camargo, que concluiu em 1969 o mestrado na Universidade de Paris II sob sua supervisão, e Sérgio Miceli, que em 1978 defendeu a tese de doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales.
  • 4
    Este trabalho constava em um volume de 1966 da revista Les Temps Modernes, organizado por Jean Pouillon, que fora publicado integralmente no Brasil em 1968 por Palmeira, com o título de Problemas do estruturalismo.
  • 5
    Bourdieu tornou-se catedrático de sociologia no Collége de France em 1982, o que refletia o momento mais alto de sua consagração como acadêmico no campo intelectual francês (Oliveira e Silva, 2022).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2023
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2023

Histórico

  • Recebido
    14 Nov 2022
  • Aceito
    20 Mar 2023
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