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Cuidados com a pele adotados por gestantes assistidas em serviços públicos de saúde

Cuidados con la piel adoptados por gestantes atendidas en servicios públicos de salud

Skin Care adopted by pregnant women seen by public health services

Resumos

OBJETIVOS: Descrever os cuidados com a pele adotados por mulheres no período gestacional e identificar a adequação das práticas utilizadas. MÉTODOS: Estudo descritivo exploratório com participação de 124 gestantes atendidas em quatro unidades básicas de saúde da região Leste do Município de São Paulo. RESULTADOS: A maioria das gestantes afirmou cuidar da pele (74,2%), entretanto, constatou-se inadequação de várias práticas que podem contribuir no desencadeamento de alterações cutâneas; mais da metade das mulheres (56,5%) afirmou não ter recebido orientações acerca dos cuidados com a pele. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciaram a importância da inclusão da abordagem sobre os cuidados da pele nos programas de educação em saúde desenvolvidos em serviços que proporcionam atendimento à gestante.

Dermatologia; Gravidez; Pele; Cuidados de enfermagem


OBJETIVOS: Describir los cuidados con la piel adoptados por mujeres en el período gestacional e identificar la adecuación de las prácticas utilizadas. MÉTODOS: Estudio descriptivo exploratorio realizado con la participación de 124 gestantes atendidas en cuatro unidades básicas de salud de la región Este del Municipio de Sao Paulo. RESULTADOS: La mayoría de las gestantes afirmó cuidar la piel (74,2%), no obstante, se constató inadecuación de varias prácticas que pueden contribuir en la aparición de alteraciones cutáneas; más de la mitad de las mujeres (56,5%) afirmó no haber recibido orientaciones acerca de los cuidados con la piel. CONCLUSIONES: Los resultados evidenciaron la importancia de la inclusión de temas relativos al cuidado de la piel en los programas de educación en salud desarrollados en los servicios que proporcionan atención a la gestante.

Dermatologia; Embarazo; Piel; Cuidados de enfermería


OBJECTIVES: To describe skin care practices used by women during pregnancy and to determine if these practices are adequate. METHODS: A descriptive exploratory study with 124 pregnant women enrolled in four basic health units in the eastern region of São Paulo. RESULTS: Most of the women affirmed that they practiced skin care regimens (74.2%), however, several practices were found to be inadequate and could contribute to the onset of skin changes. More than half of these women (56.5%) noted that they had received guidance about skin care. CONCLUSIONS: The results showed the importance of including information related to skin care when developing health education services for pregnant women.

Dermatology; Pregnancy; Skin; Nursing care


ARTIGO ORIGINAL

Cuidados com a pele adotados por gestantes assistidas em serviços públicos de saúde* * Este texto faz parte da pesquisa "Cuidados com a pele adotados por gestantes de um serviço público da região leste do município de São Paulo", desenvolvida pela autora e apresentada à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil. .

Skin Care adopted by pregnant women seen by public health services

Cuidados con la piel adoptados por gestantes atendidas en servicios públicos de salud

Maristela Belletti Mutt Urasaki

Curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil

Autor Correspondente Autor Correspondente: Maristela Belletti Mutt Urasaki R. Arlindo Béttio, 1000 - Ermelino Matarazzo São Paulo - SP - Brasil CEP. 03828-000 E-mail: mari.urasaki@usp.br

RESUMO

OBJETIVOS: Descrever os cuidados com a pele adotados por mulheres no período gestacional e identificar a adequação das práticas utilizadas.

MÉTODOS: Estudo descritivo exploratório com participação de 124 gestantes atendidas em quatro unidades básicas de saúde da região Leste do Município de São Paulo.

RESULTADOS: A maioria das gestantes afirmou cuidar da pele (74,2%), entretanto, constatou-se inadequação de várias práticas que podem contribuir no desencadeamento de alterações cutâneas; mais da metade das mulheres (56,5%) afirmou não ter recebido orientações acerca dos cuidados com a pele.

CONCLUSÕES: Os resultados evidenciaram a importância da inclusão da abordagem sobre os cuidados da pele nos programas de educação em saúde desenvolvidos em serviços que proporcionam atendimento à gestante.

Descritores: Dermatologia; Gravidez; Pele; Cuidados de enfermagem

ABSTRACT

Objectives: To describe skin care practices used by women during pregnancy and to determine if these practices are adequate. Methods:

A descriptive exploratory study with 124 pregnant women enrolled in four basic health units in the eastern region of São Paulo. Results:

Most of the women affirmed that they practiced skin care regimens (74.2%), however, several practices were found to be inadequate and

could contribute to the onset of skin changes. More than half of these women (56.5%) noted that they had received guidance about skin

care. Conclusions: The results showed the importance of including information related to skin care when developing health education

services for pregnant women.

Keywords: Dermatology; Pregnancy; Skin; Nursing care

RESUMEN

Objetivos: Describir los cuidados con la piel adoptados por mujeres en el período gestacional e identificar la adecuación de las prácticas

utilizadas. Métodos: Estudio descriptivo exploratorio realizado con la participación de 124 gestantes atendidas en cuatro unidades básicas

de salud de la región Este del Municipio de Sao Paulo. Resultados: La mayoría de las gestantes afirmó cuidar la piel (74,2%), no obstante,

se constató inadecuación de varias prácticas que pueden contribuir en la aparición de alteraciones cutáneas; más de la mitad de las mujeres

(56,5%) afirmó no haber recibido orientaciones acerca de los cuidados con la piel. Conclusiones: Los resultados evidenciaron la importancia

de la inclusión de temas relativos al cuidado de la piel en los programas de educación en salud desarrollados en los servicios que proporcionan

atención a la gestante.

Descriptores: Dermatologia; Embarazo; Piel; Cuidados de enfermería

INTRODUÇÃO

Durante a gestação, ocorrem modificações que tornam a pele da mulher predisposta a ocorrências fisiológicas e patológicas, exigindo rigor nos cuidados, de modo que a forma e a função sejam preservadas.

Os achados dermatológicos mais frequentes no período gestacional são as alterações fisiológicas da pele, que são modificações e não são consideradas doenças pelos especialistas. As alterações pigmentares, do tecido conjuntivo (estrias), vasculares e dos pelos e unhas(1-5) fazem parte desse grupo. Outros autores incluem também a acne(6).

Dentre as alterações pigmentares, destacam-se as manchas que ocorrem em 75% das gestantes(7) e a hiperpigmentação que se manisfesta em 90% delas(8). As estrias afetam 90% das grávidas(5) e os microvasos atingem cerca de 40%(4). Por sua vez, a acne, é a principal causa de consulta dermatológica na população(9), abrangendo também as gestantes. Estas podem desenvolver o quadro pela primeira vez, como ter o agravamento de uma acne preexistente.

Uma combinação de fatores está associada ao desenvolvimento e incremento das alterações dermatológicas apontadas, entre eles, predisposição genética, fatores hormonais e estilo de vida(3-4,6-7). Este último componente agrega: sedentarismo, inadequação da alimentação e hidratação, exposição solar e cuidados tópicos.

O fato das alterações dermatológicas serem descritas como fisiológicas, não minimizam o desconforto sentido pelas mulheres(4). As ocorrências podem ser esteticamente significativas e comprometer a dimensão biológica, psicoemocional e social da gestante. Estudos evidenciam que problemas dermatológicos, incluindo os de baixa morbidade, provocam impacto na qualidade de vida das pessoas(10-11).

Nesse sentido, a adoção de medidas relativamente simples pode contribuir para a saúde e bem estar. No período gestacional, o ideal é adotar cuidados preventivos e evitar procedimentos e produtos de maior eficácia frente aos riscos à mãe e ao feto(2,12-13).

Diante do exposto, este estudo teve por objetivo descrever os cuidados com a pele adotados pela mulher no período gestacional e identificar a sua apropriação. Espera-se que este estudo contribua para despertar no profissional de saúde a necessidade de investimento educacional para problemas de baixa morbidade.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e exploratório realizado em quatro unidades básicas de saúde (UBS), pertencentes à Administração Regional da Penha, zona Leste do Município de São Paulo. O período de coleta de dados transcorreu entre os meses de março a julho de 2008.

Os sujeitos da pesquisa foram gestantes usuárias das unidades. Os critérios de inclusão adotados foram: ser maior de 18 anos, idade gestacional maior ou igual a 13 semanas e não apresentar problemas dermatológicos pré-existentes. O contato foi feito nas salas de espera das consultas de pré-natal, realizadas por enfermeiras e médicos, e a coleta foi realizada antes da consulta. A amostra estudada foi por conveniência, composta por 124 gestantes, decorrentes do tempo de coleta. Todas as gestantes que se encontravam presentes no local, no momento da coleta, foram convidadas a participar. Nãohouve recusa. Às gestantes, foi assegurado, anonimato quanto às informações prestadas. As participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê deÉtica em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (CEP/SMS 301/07).

Para a coleta de dados, foi usado um formulário, preenchido pela pesquisadora e por uma aluna de graduação treinada. O instrumento compôs-se de cinco domínios: caracterização da população, estilo de vida, cuidados com a pele e cabelos, autopercepção sobre cuidados com a pele e orientações recebidas por profissionais. As variáveis consideradas para estilo de vida foram: permanência prolongada na posição de pé, prática de atividade física programada, freqüência da atividade, exposição solar regular no período das 10 às 16 horas, tempo de exposição solar, alimentação e hidratação. As variáveis consideradas para cuidados com a pele e o cabelo foram: frequência da higiene corporal, temperatura da água no banho e tempo gasto no banho em minutos, tipo de sabonete, método de uso e áreas de uso direto, frequência da higiene dos cabelos, tipo do produto utilizado, hidratação tópica facial e corporal, tipo de produto usado, frequência do uso do protetor solar, fator utilizado e controle de peso. Para conhecer a temperatura da água no banho, foi usada uma escala de quatro níveis e aceita a menção dada pela gestante. Quanto ao método do uso de sabonetes, foram considerados o uso de esponjas, buchas e espuma.

Os dados coletados foram trabalhados e analisados utilizando-se a planilha eletrônica Excel (Microsoft).

RESULTADOS

As gestantes que compuseram a amostra tinham entre 18 e 41 anos, sendo a média de idade 26,5 anos. A escolaridade mais frequente foi o ensino médio completo, representada por 33% das gestantes. Apenas uma (0,8%) não frequentou a escola. Quanto à renda, 76 (63,3%) respondentes mencionaram receber menos de três salários mínimos. A idade gestacional ficou distribuída em: 57 (46%) mulheres no segundo trimestre e 67 (54%) no terceiro trimestre.

Os resultados sobre comportamento revelaram que do total de gestantes 62 (50%) afirmaram não permanecer mais que uma hora na posição em pé, outras 62 (50%) disseram manter atividade que exigia permanência em pé prolongada. Dessas, 11 (17%) mencionaram entre uma a duas horas ao dia, 17 ( 27,4%) de duas a quatro horas, 16 (25,8) de quatro a seis horas e 18 (29%) mais de seis horas ao dia.

Quanto à prática de atividade física programada, verificou-se que a grande maioria, 107 (86,3%), não realizava qualquer tipo de exercício físico e a minoria 17 (13,7%) o faz; dessas 15 (88,2 %) mulheres citaram caminhada, uma (5,9%) natação e uma (5,9%) o uso de bicicleta. A frequência da atividade física ficou distribuída em: 6 (35,3%) praticavam duas vezes por semana, duas (11,8%) três vezes por semana, 3 (17,6 %) cinco vezes por semana, uma (5,9%) seis vezes e 5 (29,4%) sete vezes por semana.

Os dados relativos à exposição solar regular durante o horário das 10 às 16 horas, o local e o tempo de exposição em 24 horas estão apresentados na Tabela 1.

A respeito dos cuidados diretos com a pele e cabelo, foram investigadas a frequência da higiene corporal e a temperatura da água, durante inverno e verão (Tabela 2).

Quanto ao tempo gasto no banho, 47 (37,9%) gestantes informaram permanecer mais de 15 minutos no chuveiro, 36 (29%) de 6 a 10 minutos, 22 (17,8 %) de 11 a 15 minutos, 14 (11,3%) de 3 a 5 minutos e 5 (4%) não souberam precisar. O tipo de sabonete usado pelas gestantes e o método de aplicação estão apresentados na Tabela 3.

Das gestantes que usaram sabonete direto sobre a pele, 80 (92,6%) mencionaram usar em todas as áreas do corpo. Outras 18 (22%) citaram usar em algumas áreas. Região axilar foi citada por 14 (17,1%), genitais 13 (15,9%), membros por 8 (9,8%), pescoço e face por 4 (4,9%), respectivamente, abdome por 5 (6,1%) e mão por uma (1,2%).

Em relação à higiene dos cabelos, constatou-se que no inverno 31 (25%) gestantes relataram fazer a higiene todos os dias, 39 (31,4%) em dias alternados, 40 (32,3%) duas vezes por semana e 14 (11,3%) uma vez na semana. No verão, os achados modificaram-se: 50 (40,3%) gestantes lavavam o cabelo diariamente, 40 (32,3%) em dias alternados, 28 (22,6%) duas vezes na semana e seis (4,8%) uma vez por semana. Para a totalidade das mulheres, o produto citado para a lavagem foi o xampu comum, isto é, os adquiridos em perfumarias e farmácias.

Quanto à hidratação facial, verificou-se que 57 (46%) gestantes informaram não fazer, 38 (30,6%) faziam de forma irregular e 29 (23,4%) regularmente. Destas, apenas uma (1,4%) usava produto recomendado por dermatologista; as demais 66 (98,5%), usavam cosméticos de perfumarias (loções, cremes e óleos). O número de gestantes que realizava a hidratação corporal foi maior; 111 (89,5 %) hidratavam com produto comum, duas (1,6%) com produto recomendado por dermatologista e 11 (8,9%) não o faziam. Vale ressaltar que as 11 gestantes que não usavam hidratante corporal, faziam uso de sabonete com pH alcalino.

Em relação ao uso de protetor solar, os dados obtidos foram: 90 (72,6%) gestantes afirmaram não fazer uso de protetores solar. Das 34 (27,4%) mulheres que afirmaram fazer uso, 29 (85,3%) passavam o produto separado de outros cosméticos e 5 (14,7%) usavam o protetor conjugado à maquiagem; 12 (35,3%) usavam diária e regularmente, 5 (14,7%) diariamente e com reaplicação, 10 (29,4%) de forma irregular e 7 (20,6%) só no lazer (praia e clube). Verificou-se ainda que o uso do produto nas estações do inverno e verão é diferente; 20 (58,8%) gestantes afirmaram não usar protetor solar durante o inverno. Os fatores de proteção solar mencionados pelas 34 gestantes são apresentados nos dados da Tabela 4 abaixo.

Sobre o controle de peso, as respostas das gestantes mostraram que 89 (71,8%) faziam o monitoramento: dessas 49 (55,1%) faziam-no mensalmente, 27 (30,3%) semanal, 7 (7,9%) quinzenal, 5 (5,6%) diariamente e uma (1,1%) fazia de forma irregular. As demais, 35 (28,2%) não faziam controle; dessas 16 encontravam-se no segundo trimestre de gravidez e 19, no terceiro.

A adoção de alimentação equilibrada isto é, consumo de refeições com baixa ingesta de gordura animal e carboidratos, diversidade de frutas, verduras e leguminosas, foi investigada. Do total de gestantes, 46 (37,1%) informaram manter hábito alimentar inadequado, 44 (35,5%) mudaram a alimentação para mais saudável após a gestação e 33 (26,6%) afirmaram sempre se preocupar com a qualidade da dieta: uma (0,8%) referiu ter muitas náuseas, não conseguindo se alimentar adequadamente.

A hidratação por via oral mencionada pelas participantes indicou que 27 (21,8%) ingeriam menos de um litro de líquido por dia, 69 (55,6%) de um a dois litros, 17 (13,7%) de dois a três litros e 11 (8,9%) mais de três litros.

As gestantes foram indagadas quanto à sua percepção sobre o investimento pessoal com sua pele. A maioria, 92 (74,2%), afirmou cuidar da pele. Destas 55 (59,8%) afirmaram cuidar não diariamente, 31(33,7%) regularmente uma vez ao dia e a minoria, 6 (6,5%), regularmente e mais de uma vez ao dia. Confirmaram não cuidar da pele 32 (25,8 %) gestantes.

A maioria (56%) afirmou não ter recebido, da equipe de saúde, orientações sobre cuidados com a pele durante a gestação e 54 (44%) disseram sim; destas, 32 (59,2%) citaram o médico, 9 (16,7%) a enfermeira, 8 (14,8%) o médico e a enfermeira, 2 (3,7%) o auxiliar de enfermagem, 1 (1,9%) o médico, a enfermeira e o auxiliar de enfermagem e 2 (3,7%) não souberam dizer qual foi o profissional.

DISCUSSÃO

As implicações dos resultados para a saúde e bemestar da gestante permeiam a discussão dos dados. Poucos estudos foram encontrados abordando as variáveis pesquisadas.

Neste estudo, 62 (50%) gestantes declararam permanecer por mais de uma hora na posição em pé; 18 (29%) delas por mais de seis horas ao dia. A permanência prolongada na posição em pé é mais um fator colaborador para dificultar o retorno venoso dos membros inferiores, propiciador de estase venosa, além da gestação. Se a mulher, anteriormente à gestação, já apresentava varizes os sintomas tendem a piorar após longos períodos em pé(14). Em um estudo sobre a prevalência de varizes, o autor encontrou associação com sexo feminino, lesão nas pernas e permanência na posição em pé por longo tempo(15).

Como medida preventiva para alterações vasculares, as mulheres devem ser orientadas a não ficar em pé durante longos períodos e fazer pequenas interrupções quer com exercícios ou com elevação das pernas e pés. Quando descansarem por períodos mais longos, devem ser aconselhadas a descansar sobre seu lado esquerdo, diminuindo, assim, a pressão sobre a veia cava inferior e as veias dos membros inferiores(14).

Em relação ao estilo de vida e prática de atividade física, os resultados vêm ao encontro de um problema do mundo moderno: o sedentarismo. Estudos epidemiológicos apontam que uma grande parcela da população não atinge as recomendações atuais quanto à prática de atividades físicas(16).

Os benefícios das atividades para a saúde estão amplamente evidenciados, sendo vários os objetivos para a gestação. Os de interesse dermatológico são: melhorar o controle ponderal e auxiliar no retorno venoso, fundamentais para a prevenção de estrias e alterações vasculares, respectivamente.

Ginecologistas e obstetras recomendam para gestantes exercícios de intensidade moderada voltados ao período gestacional, atividades centradas nas condições de saúde e experiência em praticar exercícios, além de considerar o interesse e necessidade da mesma. As atividades que vêm se destacando no período gestacional, são os exercícios leves na água, caminhada e bicicleta(17). Os resultados deste estudo sustentam esta última afirmação.

Quanto à exposição solar, os dados obtidos mostram que a maioria das gestantes esteve exposta à radiação Ultra Violeta B (UVB) em seu período mais forte e todas expostas à radiação Ultra Violeta A (UVA), variandosomente o tempo de exposição. É fundamental ressaltar a importância da radiação no desencadeamento e agravamento de manchas. Estudo recente que investigou a percepção da gestante sobre as mudanças ocorridas na pele, durante o período gestacional, encontrou a mancha como a alteração mais citada(18).

É sabido que a luz UVB é mais carcinogênica, não incide em níveis homogêneos durante todo o dia, é mais forte entre 10:00 h e 15:00 h e a luz UVA é estimuladora de melanina, responsável pelas alterações pigmentares; consegue ultrapassar a camada de ozônio praticamente durante o dia inteiro, persiste no inverno e em dias nublados, e é capaz de ultrapassar vidros, inclusive com películas protetoras(12,19).

A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que todas as medidas de proteção sejam adotadas quando houver exposição ao sol em razão da ação cumulativa dos raios solares: uso de chapéu, camisetas e protetor solar. As barracas de praia devem ser de algodão ou lona, porque esses tecidos absorvem 59% da radiação ultravioleta(19).

Sobre a higiene corporal os dados mostraram que a maior parte das mulheres tomava mais de um banho ao dia: banhos quentes e demorados, usava sabonete comum, em barra, diretamente sobre a pele e com pH alcalino. Todas essas práticas são desfavoráveis à pele.

A frequência elevada do banho pode ressecar a pele. Este sinal pode ser identificado por meio de descamação, vermelhidão, esfoliação e rachaduras. Indica-se avaliar o grau de ressecamento para determinar se os banhos frequentes são benéficos(20). Existem divergências a este respeito, alguns especialistas afirmam que a água não faz mal à pele, e sim o uso excessivo de sabonetes. O tema carece de evidências.

Os banhos quentes e demorados não são recomendados por reduzirem o manto lipídico. O uso de água muito quente ou quente pode contribuir para agravar e tornar a pele mais suscetível a agravos. O calor é um fator físico que contribui para os efeitos dos agentes químicos, como os sabonetes(21).

Nos casos de mais de um banho ao dia, a indicação é limitar o uso de sabonetes; ensaboar o corpo todo em apenas um dos banhos e nos demais ensaboar apenas axilas, genitais, regiões inguinais e pés(12).

O emprego repetido dos sabonetes pode alterar o pH da superfície cutânea(22). O banho com sabonete desencadeia um aumento no pH da pele que interfere na proteção fisiológica, manto ácido, provocando mudança na composição da flora bacteriana cutânea e na atividade das enzimas da epiderme. Outra consequência é a dissolução da gordura da superfície da epiderme que influencia nas condições de hidratação e predispõe à secura e à descamação da pele(23). O pH alcalino é o principal responsável pelo potencial irritante e desidratante da pele, além de propiciar o aumento do Propionibacterim acnes(24).

Um estudo avaliou o pH de 42 sabonetes destinados ao uso adulto, disponíveis no mercado brasileiro, incluindo apresentações em barra e em líquido. A maioria dos produtos em barra apresentou pH entre 9 e 10 e os líquidos pH menor do que 8(25). A literatura preconiza o uso de sabonetes com pH ácido, uma vez que não interferem tão intensamente na microflora cutânea e possuem menor potencial deletério, pois se aproximam do pH fisiológico que varia entre 4,2 a 5,9, dependendo da área do corpo aferida. Não foram encontrados estudos sobre o uso de buchas e esponjas; alguns dermatologistas reconhecem que a bucha também pode acabar com a suavidade da pele, quando usadadiariamente. É uma alternativa para limpar áreas mais ásperas e escuras como joelhos, cotovelos, pés e axilas. O problema é a fácil contaminação desses materiais.

Quanto à higiene dos cabelos, verificou-se neste estudo que a maioria das gestantes realizava a limpeza com frequência, sendo maior no verão. Não foram encontrados estudos sobre esta temática. Segundo os dermatologistas, a lavagem diária dos cabelos não interfere com os bulbos capilares e o produto utilizado deve ser selecionado com critério, deve ser seguro e não contribuir para a oleosidade da pele.

Em relação à hidratação facial e corporal, os resultados mostraram que a maioria das gestantes fazia hidratação: 67 (54%) facial e 113 (91,1%) corporal. A maior frequência da hidratação corporal pode ser compreendida em decorrência do crescimento abdominal, o risco de estrias e a veiculação de informações provenientes da mídia. Estes aspectos não foram explorados neste estudo.

O uso de cosméticos hidratantes constitui uma das mais importantes classes de produtos para preservar o manto hidrolipídico da pele, pois melhoram a condição da pele, aproximando-a de suas condições ideais, pois aumentam a quantidade de água no estrato córneo(26). A pele seca além de poder gerar desconforto, como decorrência da alteração do aspecto visual e sensorial da pele, também contribui para o surgimento de características como descamação, microfissuras e sangramentos(27).

A utilização inadequada dos produtos disponíveis no mercado pode contribuir para o surgimento deproblemas como acne e dermatite seborreica. É fundamental considerar que a gestante tem uma pele com maior fluxo sanguíneo e com poder de absorção maior. Especialistas recomendam produtos com menores riscos de alergia e absorção, que não contenham corantes e possuam fragrâncias suaves para proporcionar maior segurança.

A avaliação dos parâmetros reológicos, isto é, viscosidade do produto, ponto de fluidez, espalhabilidade e estabilidade físico-química, como fatores de seleção entre emulsões cosméticas semelhantes é de muita importância para se obter efeitos satisfatórios(28). Neste estudo, apenas três gestantes usaram produtos indicados por especialistas.

A boa hidratação da pele durante a gestação tem sido uma medida para a prevenção de estrias, ainda que não existam fórmulas milagrosas para evitá-las(2).

Os dados obtidos sobre o uso de protetor solar são preocupantes. A maioria, 90 (72,6%) gestantes, não fazia uso de protetor, uma minoria, 17 (13,7%) faz uso regularmente e apenas 5 (4%) faziam a reaplicação. Quanto ao fator de proteção, chama à atenção a baixíssima citação de uso no inverno e o desconhecimento do fator utilizado citado por algumas.

O sol associado à fotossensibilização decorrente das alterações hormonais na gestação torna imprescindível a indicação do uso de protetor solar. Pesquisadores demonstraram, em ensaio clínico de 12 meses, a eficácia do protetor solar de amplo espectro na prevenção do melasma em gestantes. Das 185 mulheres que completaram o estudo, apenas cinco novos casos foram constatados, uma ocorrência de 2,7%, dado inferior aos 53% anteriormente observados em outro estudo com população não protegida. Doze gestantes iniciaram o estudo com o melasma e oito obtiveram parcial clareamento das manchas com o uso do protetor(29). Outras pesquisas também confirmam o papel positivo da proteção solar na prevenção e tratamento do melasma. Todos os tipos de pele, em maior ou menor escala, estão sujeitos a alterações, por isso, precisam de uma proteção efetiva.

Existem no mercado produtos com fatores de proteção solar (FPS) variáveis. A partir do FPS 20, que protege a pele cerca de 95% dos raios UVB, os benefícios aumentam muito pouco e mesmo o mais alto índice não consegue bloquear totalmente a penetração dos raios UVB na epiderme. Os dermatologistas costumam recomendar FPS de 15 a 30, mais do que isso é muita química para pouca proteção(19). Para atividades ao ar livre como praia, piscinas, clubes o fator deve ser aumentado(12).

Os dermatologistas recomendam protetores com nível de proteção declarado para UVA e UVB; veículo adequado para a pele da gestante, menos comedogênicos, com menos substâncias químicas, menos alérgenos (corantes ou fragrâncias que possam irritar a pele) e que tenham eficácia de proteção contra eritema e pigmentação. A reaplicação é necessária a cada duas horas ou após imersão em água(12,19). Se as pessoas aplicassem os protetores solares de maneira uniforme e adequada não haveria necessidade de fatores de proteção solar superior a 15. A espessura de aplicação acordada internacionalmente é de 2 mg/cm2. Estudos têm mostrado que os consumidores aplicam-se normalmente entre 0,5 a 1,3 mg/cm2 menos que o recomendado(30).

Em relação ao controle de peso, neste estudo encontrou-se, número significativo de gestantes, 35 (28,2%) que não fizeram controle de peso até a data da coleta, inclusive no 3º trimestre de gestação.

Do ponto de vista dermatológico, o controle do peso é fundamental para a prevenção de estrias. Profissionais de saúde recomendam e mulheres têm usado óleos e suplementos vitamínicos para prevenir estrias gravídicas, entretanto, não há grandes ensaios clínicos, prospectivos que mostrem resultados animadores. As terapias, definitivamente, não provaram redução significativa do desenvolvimento de estrias(3-4,6). É consenso que a gestante deve seguir as recomendações obstétricas, para que não haja um aumento significativo e abrupto de peso durante os diversos períodos gestatórios, em especial, no último trimestre; esta é a medida principal na prevenção de estrias(9).

Quanto à alimentação e hidratação, os dados apontam que 46 (37%) declararam ter hábito alimentar inadequado e, apenas 28 (22,5%) das gestantes ingeriam mais de dois litros de líquido por dia. A inadequação alimentar representa risco para ganho de peso e estrias, e a baixa ingesta hídrica representa risco para ressecamento da pele.

O consumo energético é um importante determinante do ganho de peso durante a gestação que, por sua vez, é um dos fatores que sistematicamente vem apresentando associação positiva com a retenção de peso pós-parto e obesidade materna(31). O consumo de água é altamente recomendado, salvo as restrições hídricas, pois, além de não conter nenhuma caloria, melhora o funcionamento do organismo e hidrata a pele(19).

O fato de 70 (56%) gestantes afirmarem não terem recebido qualquer orientação sobre cuidados com a pele é de causar inquietação. O conhecimento possibilita melhores condições para as pessoas tomarem decisões conscientes e responsáveis Chama a atenção a baixa participação das enfermeiras no processo educativo, tendo em vista o cuidar como o cerne da profissão.

É pertinente refletir sobre a importância e necessidade de sensibilização e treinamento da equipe de saúde sobre os problemas considerados de baixa morbidade. Não há dúvidas de que há subvalorizaçao das alterações cutâneas enfrentadas pelas gestantes(4).

CONCLUSÕES

Os resultados evidenciaram a importância da inclusão da abordagem sobre cuidados com a pele nos programas de educação em saúde dos serviços que proporcionam atendimento à gestante. A equipe de saúde pautada nos princípios de prevenção de agravos deve comprometer-se em manter ou maximizar o nível de bem-estar das gestantes, atendendo às necessidades de saúde e evitando tratamentos posteriores mais intervencionistas. Os achados desta primeira exploração dão subsídios para o planejamento de ações mais plenas, possibilitando um cuidar eficaz para a mulher no ciclo gravídico-puerperal.

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Artigo recebido em 10/08/2009 e aprovado em 07/10/2010

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  • Autor Correspondente:
    Maristela Belletti Mutt Urasaki
    R. Arlindo Béttio, 1000 - Ermelino Matarazzo
    São Paulo - SP - Brasil CEP. 03828-000
    E-mail:
  • *
    Este texto faz parte da pesquisa "Cuidados com a pele adotados por gestantes de um serviço público da região leste do município de São Paulo", desenvolvida pela autora e apresentada à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP), Brasil. .
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Mar 2011
    • Data do Fascículo
      2011

    Histórico

    • Recebido
      10 Ago 2009
    • Aceito
      07 Out 2010
    Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo R. Napoleão de Barros, 754, 04024-002 São Paulo - SP/Brasil, Tel./Fax: (55 11) 5576 4430 - São Paulo - SP - Brazil
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