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Estresse dos profissionais enfermeiros que atuam na unidade de terapia intensiva

Resumos

OBJETIVO: Avaliar o estresse no ambiente de trabalho dos profissionais enfermeiros dentro das Unidades de Terapia Intensiva e identificar os agentes estressores associados ao desencadeamento do estresse segundo a Escala Bianchi de Estresse. MÉTODOS: Estudo transversal, desenvolvido com 22 enfermeiros da unidade de terapia intensiva de um hospital público pediátrico. RESULTADOS: Enfermeiro da UTI, apesar de sua completa e efetiva atuação frente à instabilidade do estado do paciente, as condições externas a essa situação são mais estressantes. CONCLUSÃO: Os enfermeiros apresentaram maiores índices de estresse nas atividades relacionadas às condições de trabalho para o desempenho das atividades e relacionadas à administração de pessoal.

Avaliação em enfermagem; Estresse psicológico; Esgotamento profissional; Unidade de terapia intensiva


OBJECTIVE: Evaluate stress in the work environment of professional nurses inside Intensive Care Units and identify the stressing agents associated to the triggering of stress, according to the Bianchi Stress Scale. METHODS: Cross-sectional study developed with 22 nurses at the intensive therapy unit of a public pediatric hospital. RESULTS: Despite the complete and effective performance of ICU nurses in face of the patient's instability, the conditions external to this situation are more stressing. CONCLUSION: The nurses have presented higher stress levels in the activities related to work conditions to perform activities and those related to personnel administration.

Nursing assessment; Stress, psychological; Burnout, professional; Intensive care units


ARTIGO ORIGINAL

Estresse dos profissionais enfermeiros que atuam na unidade de terapia intensiva

Paula França MonteI; Francisca Elisângela Teixeira LimaII; Fernanda Macedo de Oliveira NevesII; Rita Mônica Borges StudartI; Rodrigo Tavares DantasII

IUniversidade de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

IIUniversidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

Autor correspondente Autor correspondente: Fernanda Macedo de Oliveira Neves Av. da Universidade, 2853, Fortaleza, CE, Brasil. CEP: 60020-181 fepinhal@ig.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o estresse no ambiente de trabalho dos profissionais enfermeiros dentro das Unidades de Terapia Intensiva e identificar os agentes estressores associados ao desencadeamento do estresse segundo a Escala Bianchi de Estresse.

MÉTODOS: Estudo transversal, desenvolvido com 22 enfermeiros da unidade de terapia intensiva de um hospital público pediátrico.

RESULTADOS: Enfermeiro da UTI, apesar de sua completa e efetiva atuação frente à instabilidade do estado do paciente, as condições externas a essa situação são mais estressantes.

CONCLUSÃO: Os enfermeiros apresentaram maiores índices de estresse nas atividades relacionadas às condições de trabalho para o desempenho das atividades e relacionadas à administração de pessoal.

Descritores: Avaliação em enfermagem; Estresse psicológico/etiologia; Esgotamento profissional/etiologia; Unidade de terapia intensiva

ABSTRACT

OBJECTIVE: Evaluate stress in the work environment of professional nurses inside Intensive Care Units and identify the stressing agents associated to the triggering of stress, according to the Bianchi Stress Scale.

METHODS: Cross-sectional study developed with 22 nurses at the intensive therapy unit of a public pediatric hospital.

RESULTS: Despite the complete and effective performance of ICU nurses in face of the patient's instability, the conditions external to this situation are more stressing.

CONCLUSION: The nurses have presented higher stress levels in the activities related to work conditions to perform activities and those related to personnel administration.

Keywords: Nursing assessment; Stress, psychological/etiology; Burnout, professional/etiology; Intensive care units

Introdução

O estresse no ambiente de trabalho é um problema atual que apresenta riscos para a saúde mental. O primeiro pesquisador a realizar experiências que comprovassem a ligação entre a emoção e desencadeamento de reação neuro-endócrina, foi Selye, por essa razão, é visto como o Pai da teoria de Stress.(1) Após essa fase, de estudos sobre o estresse biológico, surgiram as pesquisas voltadas à associação entre emoção e liberação de hormônios responsáveis pelo surgimento de sintomas físicos e comportamentais.(2)

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% da população mundial é afetada pelo estresse, tomando proporções de uma epidemia global.(3) De forma semelhante o estresse ocupacional na área da saúde está associado às situações específicas como problemas de relacionamento, ambiguidade e conflito de funções, dupla jornada de trabalho e casa, pressões exercidas pelos superiores de acordo com a percepção do indivíduo e alterações que sofre dentro do contexto de sua atividade. Essas situações podem ser fontes importantes de estresse.(4)

A unidade de terapia intensiva é percebida pela equipe que nela atua, assim como por pacientes e familiares, como um dos ambientes mais agressivos, tensos e traumatizantes do hospital. Dentre os fatores presentes no ambiente de terapia intensiva que geram estresse na equipe, encontram-se: pouco preparo para lidar com a constante presença de mortes, frequentes situações de emergência, falta de pessoal e material, ruído constante das aparelhagens, despreparo para lidar com as frequentes mudanças do arsenal tecnológico, sofrimento dos familiares, grau de responsabilidade em tomadas de decisão, conflito no relacionamento entre os profissionais, dentre outros.(5)

Qualidade de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde, é a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema e valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.(6)

A qualidade de vida do indivíduo vem sendo comprometida - profissional, social e biologicamente - em razão de fatores que ocasionam o estresse. O estresse é, na maioria das vezes, visto como um fator negativo, que gera prejuízos no desempenho do ser humano. Porém, é importante salientar que o estresse, em certo nível, torna-se necessário ao organismo, já que colaboram com o bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas, como o crescimento e a criatividade.(7)

Bianchi desenvolveu a Escala Bianchi de Stress para avaliar o nível de estresse do enfermeiro hospitalar no desempenho básico de suas atividades. Esta escala é auto-aplicável, composta por domínios compostos por atividades envolvendo a assistência e o gerenciamento do cuidado. Com sua utilização, pode-se verificar o domínio mais estressante para o grupo de enfermeiros ou para cada indivíduo e também avaliar as atividades mais estressantes naquela instituição.(2)

O objetivo deste estudo é avaliar o estresse no ambiente de trabalho dos enfermeiros na unidade de terapia intensiva e identificar os agentes estressores associados ao desencadeamento do estresse.

Métodos

Estudo transversal realizado na unidade de terapia intensiva de um hospital público de atenção terciária, que atende criança e adolescentes de até 18 anos de idade, situado na cidade de Fortaleza, região nordeste do Brasil.

A amostra foi constituída por 22 enfermeiros da unidade de terapia intensiva que desenvolviam suas atividades profissionais neste local por mais de seis meses. A coleta de dados ocorreu em abril e maio de 2011. Para tanto foi utilizada a Escala Bianchi de Estresse (EBS), a qual é um instrumento auto-aplicável e consta de duas partes:

1) Dados de caracterização da população: itens para caracterizar o respondente, ou seja, sexo, faixa etária, cargo, unidade a que pertence que necessariamente neste estudo foi a Unidade de Terapia Intensiva, tempo de formação, curso de pós-graduação e tempo em que trabalha na unidade.

2) Estressores na atuação do enfermeiro, com 51 itens usando a escala do tipo Likert, com variação de um a sete, sendo determinado o valor um como o "pouco desgastado"; o valor quatro como "valor médio" e o valor sete como altamente desgastante". O valor zero foi reservado para os casos do enfermeiro não executar a atividade abordada.

A escala está constituída por 51 itens, abrangendo a atuação do enfermeiro hospitalar, e na sua análise são agrupados em seis domínios, a saber: relacionamento com outras unidades e supervisores (A); funcionamento adequado da unidade (B); administração de pessoal (C); assistência de enfermagem prestada ao paciente (D); coordenação das atividades (E) e condições de trabalho (F).

Esse questionário foi validado, em trabalho anterior por Bianchi.(8) Para o presente estudo, foi realizado alpha de Cronbach e apresentou um total de 0,8595 para todos os itens e para cada domínio, os coeficientes variam de 0,7305 a 0,9419, confirmando a confiabilidade do instrumento.

Os estressores foram divididos em seis áreas, a saber: relacionamento com outras unidades e superiores (nove situações); atividades relacionadas ao funcionamento adequado da unidade (seis situações); atividades relacionadas à administração de pessoal (seis situações); assistência de enfermagem prestada ao paciente (quinze situações); coordenação das atividades da unidade (oito situações); condições de trabalho para o desempenho das atividades do enfermeiro (sete situações).

Para a análise dos dados, padronizou-se os escores, pois a soma total dos valores atribuídos pelo enfermeiro, em cada área, não é diretamente aplicável devido ao número diferente de cada situação em cada área e pela possibilidade de cada enfermeiro assinalar um certo número de respostas com zero, correspondentes à não-realização dessa atividade pelo enfermeiro.

Para cada área, a somatória dos pontos de cada estressor é dividida pelo total de respondentes, subtraindo a quantidade de respondentes que assinalaram zero (não se aplica), obtendo-se o escore para cada estressor.

Para calcular o escore de cada área, somou-se o escore de cada estressor englobando na área determinada e dividindo-se pelo total de situações que compunham, perfazendo o escore padronizado para a área.

Os escores totais e parciais por aérea, após serem calculados, foram classificados em níveis de estresse, segundo as categorias: baixo nível de estresse (< 3,0); médio nível de estresse (3,1 a 4,0); alerta para alto nível de estresse (4,1 a 5,9); alto nível de estresse (> 6,0).

Os dados foram computados usando-se o software: Microsoft Office Excel para gerenciamento do banco de dados, e o Statistical Pachage for the Social Science (SPSS) for Windows versão 16.0, para a execução dos cálculos estatísticos, elaboração e edição de gráficos e na elaboração das tabelas.

A amostra foi caracterizada em quadros e tabelas com frequências relativas (percentuais) e absolutas (n) das classes de cada nível qualitativo. Para variáveis quantitativas foram utilizadas médias e medianas para resumir as informações, e desvios -padrão, mínimo e máximo para indicar a variabilidade dos dados.

O desenvolvimento do estudo atendeu às normas éticas nacionais e internacionais de pesquisa envolvendo seres humanos.

Resultados

No que se refere às características sociodemográficas, o sexo feminino representa 90,9% dos entrevistados, a faixa etária predominantemente é de 20 a 30 anos, sendo que 91% tinha idade inferior a 50 anos. A maioria tinha uma média de dois a cinco anos de trabalho no setor da UTI (Tabela 1). Avaliação do estresse dos enfermeiros da UTI (Quadro 1).


No domínio Relacionamento com outras unidades e superiores constatou-se médio ou muito desgaste com os seguintes percentuais: centro cirúrgico (59%), centro de materiais (72,7%), almoxarifado (59%), admissão / alta de paciente (45,4%), comunicação com superiores de enfermagem (50%) e com administração superior (72,7%).

Em relação ao domínio Atividades relacionadas ao funcionamento adequado da unidade, detectou-se também como médio ou muito desgastante os seguintes aspectos: Controle do material a ser usado (81,8%), Controle de equipamento (68,2%), Solicitação de revisão e conserto de equipamento

Estresse dos profissionais enfermeiros que atuam na unidade de terapia intensiva (72,7%), Levantamento de qualidade de material existente na unidade (72,7%).

Para domínio atividades relacionadas à administração de pessoal, tem-se os seguintes dados: Controlar a equipe de enfermagem (81,8%), Realizar a distribuição de funcionários (63,6%), Supervisionar as atividades da equipe (90,9%), Realizar treinamento (86,3%), Avaliar o desempenho do funcionário (81,8%) e Elaborar a escala mensal de funcionários (36,4%).

No domínio assistência de enfermagem prestada ao paciente percebeu-se um nível médio ou elevado de desgaste apontado pelos enfermeiros entrevistados em Atender às necessidades dos familiares (100%), Orientar o paciente para o autocuidado (68%), Orientar os familiares para cuidar do paciente (90,9%), Supervisionar o cuidado de enfermagem prestado (90,9%), Atender às emergências da unidade (95%), Enfrentar a morte do paciente (90,9%), Orientar familiares de paciente crítico (90,9%).

Quanto ao domínio coordenação das atividades da unidade verificou-se médio ou muito desgaste com os seguintes percentuais: Controlar a qualidade do cuidado (90,9%), Coordenar as atividades (90,9%).

Para o domínio condições de trabalho para o desempenho das atividades do enfermeiro, averiguou-se como médio ou muito desgastante os respectivos itens: O ambiente físico da unidade (81,8%) Nível de barulho da unidade (100%), Realizar atividades burocráticas (77%), Realizar atividades com tempo mínimo disponível (95%).

Discussão

Os achados desse estudo mostraram que a maioria dos enfermeiros considera as atividades desempenhadas na unidade de terapia intensiva como desgastantes, condizendo com um estudo que afirma que a unidade de terapia intensiva possui características, as quais qualificariam os enfermeiros desse setor, se não como os mais estressados tão quanto estressados como enfermeiros da emergência.(9)

A unidade de terapia intensiva é um setor de atendimento a pacientes críticos, assistidos ininterruptamente, no qual o profissional vivencia uma ansiedade diante das emergências da unidade, da morte do paciente, favorecendo o estresse. O enfermeiro assume uma postura de alerta constante devido às características próprias da rotina de serviço desse setor.

As tentativas de melhoria do trabalho na unidade de terapia intensiva são importantes, fatores como o aumento do número de funcionários, a estrutura física permitindo o acesso rápido aos materiais e equipamentos nos casos de emergência e por último, formas de amenizar o nível de barulho da unidade.

Um estudo corrobora ao afirmar que alguns aspectos são considerados estressores fortes, tais como: realizar tarefas com tempo mínimo disponível, atender aos familiares de pacientes críticos, atenderem às necessidades dos familiares e enfrentar a morte.(10) A pesquisa teve também como ponto mais estressante o domínio que fala sobre condições de trabalho para o desempenho das atividades do enfermeiro seguido do domínio atividades relacionadas à administração de pessoal e domínio coordenação das atividades da unidade em ordem decrescente, a qual condiz com o estudo atual, pois o predomínio de pontos estressantes foram os domínios condições de trabalho para o desempenho das atividades do enfermeiro, Atividades relacionadas à administração de pessoal e Assistência de enfermagem prestada ao paciente.

A partir deste estudo os enfermeiros poderão reconhecer os fatores estressores mediante a aplicação da escala de Bianchi, podendo ainda dar uma visão à própria instituição hospitalar quanto aos estressores que a mesma gera em seus funcionários.

O enfermeiro é um profissional com condições estressantes de trabalho e presta assistência em setores considerados desgastantes como a unidade de terapia intensiva, tanto pela carga de trabalho como pela especificidade das tarefas. Existe a constante presença de óbitos, frequentes situações de emergência, controle de material utilizado e equipamentos, atender as necessidades dos familiares, realizar atividades com tempo mínimo disponível, falta de pessoal e material, ruído constante dos aparelhos, o sofrimento e angústia dos familiares.

O profissional enfermeiro precisa conhecer e compreender as diversas situações que surgem diante de um internamento dentro da unidade de terapia intensiva, e não se deter somente à cura ou cuidados paliativos do paciente sem se dar conta que por trás daquela pessoa existem várias outras que estão envolvidas e sofrendo com a situação.

Na unidade de terapia intensiva, o enfermeiro deve ter condições mínimas de material e pessoal para se dedicar à prestar uma assistência efetiva e eficaz diante das intercorrências, que são muito comuns nesse setor.

Espera-se que este estudo possa contribuir para a sensibilização dos gestores e profissionais da saúde que atuam em UTI para criarem estratégias para minimizar os fatores estressantes e melhorar a assistência de enfermagem, proporcionando assim um ambiente de trabalho humanizado e acolhedor para os profissionais, os pacientes e seus familiares.

Conclusão

Os enfermeiros apresentaram maiores índices de estresse nas atividades relacionadas às condições de trabalho para o desempenho das atividades e relacionadas à administração de pessoal.

Colaborações

Monte PF e Lima FET contribuíram com a concepção do projeto, análise e interpretação dos dados; Neves FMO e Studart RMB colaboraram com a revisão crítica relevante do conteúdo intelectual. Dantas RT participou da versão final do trabalho a ser publicada.

Submetido 23 de Agosto de 2013

Aceito 14 de Outubro de 2013

Conflitos de interesse: não há conflito de interesses a declarar.

  • 1. Selye, H. The stress of life. New York: Mc Graw Hill; 1956. xvi.
  • 2. Bianchi ER. Escala Bianchi de Stress. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(Esp):1055-62.
  • 3. Cavalheiro AM, Moura Junior DF, Lopes AC. Estresse de enfermeiros com atuação em unidade de terapia intensiva. Rev Latinoam Enferm. 2008;16(1):29-35.
  • 4. Pafaro RC, Martino MM. Estudo do estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas. Rev Esc Enferm USP. 2004; 38(2):152-60.
  • 5. Coronetti A, Nascimento ER, Barra DC, Martin JJ. O estresse da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva: o enfermeiro como mediador. ACM Arq Catarin Med. 2011;35(4):36-43.
  • 6. Rocha CS, Fritsch R. Qualidade de vida no trabalho e ergonomia. Serv Social & Sociedade. 2002; 23(69):53-72.
  • 7. Delboni TH. Vencendo o stress. São Paulo: Makron Books; 1997.
  • 8. Bianchi ER. Estresse entre enfermeiros hospitalares [tese]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 1999.
  • 9. Batista KM, Bianchi ER. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. Rev Latinoam Enferm. 2006;14(4):534-9.
  • 10. Stacciarini J, Tróccoli B. O Estresse na Atividade Ocupacional do Enfermeiro. Rev Latinoam Enferm. 2001;9(2):17-25.
  • Autor correspondente:

    Fernanda Macedo de Oliveira Neves
    Av. da Universidade, 2853, Fortaleza,
    CE, Brasil. CEP: 60020-181
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      13 Jan 2014
    • Data do Fascículo
      2013

    Histórico

    • Recebido
      23 Ago 2013
    • Aceito
      14 Out 2013
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