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Pesquisas de implementação na área da primeira infância: revisão de escopo

Estudio de implementación en el área de la primera infancia: revisión de alcance

Resumo

Objetivo

Mapear sistematicamente as pesquisas de implementação com foco em intervenções voltadas ao desenvolvimento na primeira infância, suas principais características e estratégias de implementação.

Métodos

Uma revisão de escopo da literatura global foi planejada e executada conforme as recomendações do Instituto Joanna Briggs. A busca foi realizada em nove bases eletrônicas (PubMed, Scopus, Embase, Health System Evidence, Social Systems Evidence, Cochrane, ERIC e CINHAL e BVS), do início da indexação até agosto de 2021.

Resultados

As buscas mapearam 4.105 referências, sendo 2.805 únicas. Após triagem, 211 estudos foram lidos na íntegra e 82 incluídos. O setor saúde foi o mais frequente nas intervenções, seguido da educação e serviço social. Programas voltados ao desenvolvimento infantil e estratégias focadas na parentalidade, família, nutrição, foram principais intervenções. No total, 89,0% apresentaram as crianças como beneficiárias diretas das estratégias. A duração média das intervenções foi de 14,5 meses e 25,6% dos estudos fundamentaram sua metodologia em frameworks para analisar a implementação das intervenções. A metade analisou adaptações das intervenções ou programas, enquanto 29,3% citaram aspectos de equidade da implementação.

Conclusão

Esta revisão de escopo permitiu a análise de um conjunto de intervenções voltadas à primeira infância, demonstrando o potencial das pesquisas de implementação de programas de desenvolvimento da primeira infância, identificando estratégias mais adequadas aos contextos e o alcance dos objetivos pretendidos, a partir da incorporação dos desfechos de implementação.

Ciência da Implementação; Desenvolvimento infantil; Child health

Resumen

Objetivo

Mapear sistemáticamente los estudios de implementación con foco en intervenciones dirigidas al desarrollo en la primera infancia, sus principales características y estrategias de implementación.

Métodos

Se planificó y ejecutó una revisión de alcance de la literatura global de acuerdo con las recomendaciones del Instituto Joanna Briggs. La búsqueda se realizó en nueve bases electrónicas (PubMed, Scopus, Embase, Health System Evidence, Social Systems Evidence, Cochrane, ERIC y CINHAL y BVS), desde el comienzo de la indexación hasta agosto de 2021.

Resultados

Las búsquedas mapearon 4105 referencias, de las cuales 2805 eran únicas. Luego de la clasificación, se leyeron 211 estudios completos y se incluyeron 82. El sector de la salud fue el más frecuente en las intervenciones, seguido de educación y servicio social. Las principales intervenciones fueron programas dirigidos al desarrollo infantil y estrategias centradas en la parentalidad, familia y nutrición. En total, el 89,0 % presentó a los infantes como beneficiarios directos de las estrategias. La duración promedio de las intervenciones fue de 14,5 meses y el 25,6 % de los estudios fundamentaron su metodología en frameworks para analizar la implementación de las intervenciones. La mitad analizó adaptaciones de las intervenciones o programas, mientras que el 29,3 % citó aspectos de equidad de la implementación.

Conclusión

Esta revisión de alcance permitió el análisis de un conjunto de intervenciones dirigidas a la primera infancia, lo que demuestra el potencial de los estudios de implementación de programas de desarrollo de la primera infancia e identifica estrategias más adecuadas a los contextos y al cumplimiento de los objetivos pretendidos, a partir de la incorporación de los resultados de implementación.

Ciencia de la implementación; Desarrollo infantil; Salud Infantil

Abstract

Objective

To systematically map implementation research focusing on interventions aimed at early childhood development, its main characteristics and implementation strategies.

Methods

A scoping review of the global literature was planned and performed in accordance with recommendations of the Joanna Briggs Institute. The search was carried out in nine electronic databases (PubMed, Scopus, Embase, Health System Evidence, Social Systems Evidence, Cochrane, ERIC and CINHAL and VHL) from the beginning of indexing until August 2021.

Results

The searches mapped 4,105 references, 2,805 of which were unrepeated. After screening, 211 studies were read in full and 82 included. The health sector was the most frequent in interventions, followed by education and social services. Programs aimed at childhood development and strategies focused on parenting, family and nutrition were the main interventions. In total, 89.0% presented children as direct beneficiaries of the strategies. The average duration of interventions was 14.5 months and 25.6% of studies based their methodology on frameworks to analyze the implementation of interventions. Half analyzed adaptations of interventions or programs, while 29.3% cited equity aspects of implementation.

Conclusion

This scoping review allowed the analysis of a set of interventions aimed at early childhood, demonstrating the potential of implementation research on early childhood development programs, identifying more appropriate strategies to the contexts and the reach of intended objectives, based on incorporation of implementation outcomes.

Implementation science; Child development; Saúde da criança

Introdução

A primeira infância é definida no Brasil como o período que abrange os primeiros seis anos completos ou 72 meses de vida da criança.(11. Brasil. Lei 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União 9 mar. 2016.) Este período é considerado uma janela de oportunidades, já que ocorre um desenvolvimento intenso do cérebro, no qual as crianças são sensíveis e altamente responsivas às intervenções que podem melhorar a influência de fatores de risco externos.(22. Nores M, Fernandez C. Building capacity in health and education systems to deliver interventions that strengthen early child development. Ann N Y Acad Sci. 2018;1419(1):57–73.) Por isso, priorizar o desenvolvimento da primeira infância (DPI) é essencial na construção de sociedades saudáveis e produtivas onde as crianças possam sobreviver e prosperar, valores reconhecidos nas metas de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas.(33. Radner JM, Ferrer MJ, McMahon D, Shankar AH, Silver KL, Black CF. Practical considerations for transitioning early childhood interventions to scale: lessons from the Saving Brains portfolio. Ann N Y Acad Sci. 2018;1419(1):230–48.)

Globalmente, estima-se que 43% das crianças correm o risco de atraso no desenvolvimento devido à extrema pobreza e desnutrição crônica e pelo menos uma em cada três crianças não consegue alcançar sua plenitude física, cognitiva, psicológica e seu potencial socioemocional, devido a fatores de risco para o DPI.(44. Black MM, Walker SP, Fernald LC, Andersen CT, DiGirolamo AM, Lu C, et al.; Lancet Early Childhood Development Series Steering Committee. Early childhood development coming of age: science through the life course. Lancet. 2017;389(10064):77–90.,55. McCoy DC, Peet ED, Ezzati M, Danaei G, Black MM, Sudfeld CR, et al. Early Childhood Developmental Status in Low- and Middle-Income Countries: National, Regional, and Global Prevalence Estimates Using Predictive Modeling. PLoS Med. 2016;13(6):e1002034. Erratum in: PLoS Med. 2017;14 (1):e1002233.)

Para superar as barreiras para o pleno DPI o Nurturing Care Framework (NCF), da OMS, UNICEF e Banco Mundial, fornece um roteiro baseado em evidências de como as crianças se desenvolvem e quais políticas e intervenções melhoram precocemente o desenvolvimento infantil e propõe ações em cinco domínios (Boa Saúde, Nutrição Adequada, Aprendizagem Oportuna, Segurança e Proteção e Cuidados Responsivos), respondendo à Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes (2016–2030).(66. Britto PR, Lye SJ, Proulx K, Yousafzai AK, Matthews SG, Vaivada T, et al.; Early Childhood Development Interventions Review Group, for the Lancet Early Childhood Development Series Steering Committee. Nurturing care: promoting early childhood development. Lancet. 2017;389(10064):91–102.) No Brasil, políticas públicas como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, publicada em 2015(77. Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança: orientações para implementação. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.) e o Marco Legal da Primeira Infância, de 2016(11. Brasil. Lei 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União 9 mar. 2016.) priorizam a implementação de ações voltadas ao DPI, para além da sobrevivência das crianças.

Apesar de evidências consistentes sobre os tipos de intervenções eficazes na promoção do DPI, a qualidade dos programas é variável e o acesso a intervenções na primeira infância permanece baixo, especialmente entre as crianças mais vulneráveis socialmente que vivem em países de baixa e média renda. Há pouca compreensão sobre a melhor forma de realizar essas intervenções em toda a gama de setores existentes e na ampla diversidade de cenários possíveis. Por isso, para avançar no acesso a serviços eficazes e de qualidade, é necessário um maior foco nas pesquisas de implementação de intervenções que promovam o DPI.(88. Britto PR, Singh M, Dua T, Kaur R, Yousafzai AK. What implementation evidence matters: scaling-up nurturing interventions that promote early childhood development. Ann N Y Acad Sci. 2018;1419(1):5–16.)

A pesquisa de implementação aborda o desenvolvimento de estratégias para garantir que práticas informadas por evidências sejam implementadas com sucesso em diversos contextos e populações.(99. Proctor EK, Landsverk J, Aarons G, Chambers D, Glisson C, Mittman B. Implementation research in mental health services: an emerging science with conceptual, methodological, and training challenges. Adm Policy Ment Health. 2009;36(1):24–34.) Essa é uma ferramenta-chave para identificar e abordar grandes necessidades de âmbito social, comportamental, econômico ou de gestão, que impedem uma implementação efetiva de programas no “mundo real”, além de descobrir se os programas que estão sendo implementados terão o impacto pretendido ou não e o porquê.(1010. World Health Organization (WHO). ExpandNet. Nine steps for developing a scaling-up strategy. Geneva: WHO; 2010 [cited 2023 Mar 14]. Available from: https://apps.who.int/iris/handle/10665/44432
https://apps.who.int/iris/handle/10665/4...
) Especialistas na área da pesquisa de implementação de programas para o DPI têm se esforçado para identificar características da implementação que tornaram as intervenções eficazes e como expandir essas intervenções de maneira sustentável.(88. Britto PR, Singh M, Dua T, Kaur R, Yousafzai AK. What implementation evidence matters: scaling-up nurturing interventions that promote early childhood development. Ann N Y Acad Sci. 2018;1419(1):5–16.) Num contexto de ampliação de programas de DPI no Brasil, as pesquisas de implementação podem disponibilizar evidências para subsidiar sua implementação em larga escala. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi mapear sistematicamente pesquisas de implementação com foco em intervenções voltadas ao DPI, identificando as principais características das intervenções e da análise de implementação.

Métodos

Foi realizada uma revisão de escopo de acordo com os pressupostos metodológicos do Instituto Joanna Briggs.(1111. Peters M, Godfrey C, McInerney P, Munn Z, Trico A, Khalil H. Chapter 11: Scoping Reviews. In: Aromatis E, Munn Z, editors. JBI Manual for evidence synthesis. JBI; 2020.) Antes do início do estudo, a equipe desenvolveu e publicou um protocolo de pesquisa no repositório OSF (https://doi.org/10.17605/OSF.IO/TSV32). Tanto a escrita do protocolo, quanto do presente artigo foram orientadas pelo PRISMA-ScR.(1212. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA Extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR): checklist and Explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467–73.)A pergunta de pesquisa foi elaborada com base no acrônimo PCC (População: atores sociais na área da primeira infância; Conceito: pesquisas no campo da ciência da implementação; Contexto: intervenções, estratégias, programas e políticas voltadas para promoção do DPI). Dessa forma, a pesquisa foi baseada na seguinte pergunta: Quais pesquisas de implementação estão disponíveis cujo foco foi uma intervenção (estratégia/programa/política) voltada ao desenvolvimento na primeira infância?

Critérios de elegibilidade

Na população foram incluídos quaisquer atores sociais, como tomadores de decisão, formuladores de políticas, profissionais de diferentes setores (saúde, educação, assistência social, etc.) e cuidadores de crianças, sendo que foram excluídos atores fora da área da primeira infância. No conceito foram consideradas pesquisas na área da ciência da implementação, tendo como referencial a definição de ciência da implementação proposta por Peters et al.(1313. Peters DH, Adam T, Alonge O, Agyepong IA, Tran N. Republished research: Implementation research: what it is and how to do it: implementation research is a growing but not well understood field of health research that can contribute to more effective public health and clinical policies and programmes. This article provides a broad definition of implementation research and outlines key principles for how to do it. Br J Sports Med. 2014;48(8):731–6.) que é a investigação científica sobre questões relativas à implementação – o ato de levar a efeito uma intenção, que na pesquisa em saúde podem ser políticas, programas ou práticas individuais (coletivamente chamadas de intervenções). Em relação ao contexto, foram incluídas intervenções (estratégias, programas, políticas, etc.) voltadas à promoção do DPI (crianças de 0-6 anos completos ou 72 meses, segundo definição do Marco Legal da Primeira Infância).(11. Brasil. Lei 13.257, de 8 de março de 2016. Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. Diário Oficial da União 9 mar. 2016.) Foram excluídos estudos com intervenções voltadas à promoção do DPI de crianças com necessidades específicas, como crianças com deficiência, prematuros, crianças com transtorno do espectro autista (TEA) ou indivíduos com alguma patologia, porque entende-se que essa população possui características específicas com intervenções que atendessem às necessidades relacionadas à tratamentos e reabilitação, diferentes da promoção do DPI. Também foram excluídos trabalhos que apenas discutiam teorias/modelos da ciência da implementação, sem apresentar intervenções voltadas ao DPI.

Por fim, não houve restrição em relação ao desenho de estudo ou ano de publicação, tendo sido incluídos estudos primários e secundários (quantitativos, qualitativos e de métodos mistos) em português, inglês e espanhol. Relatórios técnicos de pesquisa também foram incluídos, porém não foram incluídas as teses, dissertações, livros e trabalhos de conclusão de curso, em virtude do grande volume de documentos recuperados e do tempo disponível para a realização da revisão.

Estratégia de busca

Para a construção da estratégia de busca foram mapeados os termos relacionados aos componentes da pergunta de pesquisa (PCC), incluindo descritores (DeCs, MeSH, Emtree), sinônimos e termos livres. Foi construída uma estratégia de busca para o PubMed, a qual foi validada por uma bibliotecária e posteriormente adaptada para BVS, Scopus, Embase, Health System Evidence, Social Systems Evidence, Cochrane, ERIC e CINHAL. Foram utilizados filtros para os idiomas inglês, espanhol e português, sem limitação da data de publicação. As buscas foram realizadas em 15/08/2021 e as estratégias podem ser consultadas no quadro 1.

Quadro 1
Resumos das estratégias de buscas realizadas nas bases de dados

Seleção e elegibilidade

O processo de triagem dos títulos e resumos foi realizado por dois revisores de maneira independente, e as divergências resolvidas por um terceiro revisor. Da mesma forma, os textos completos dos estudos incluídos foram avaliados por dois revisores de forma independente. Nessa etapa, porém, a resolução das divergências se deu por consenso na dupla de revisores. A plataforma Rayyan(1414. Ouzzani M, Hammady H, Fedorowicz Z, Elmagarmid A. Rayyan-a web and mobile app for systematic reviews. Syst Rev. 2016;5(1):210.)foi utilizada em ambas as etapas.

Extração dos dados

Para a extração dos dados foi construída uma planilha eletrônica, na qual foram coletadas as seguintes informações: (1) caracterização dos estudos, (2) intervenção para promoção do DPI, (3) estratégias de implementação, (4) desfechos de implementação e (5) contexto. Cada artigo foi extraído por um revisor e a extração foi checada por outro revisor de forma independente. As divergências foram solucionadas por consenso. Na análise dos dados, primeiramente os estudos foram descritos segundo ano de publicação (70’s, 90’s, 2000-2004, 2005-2009, 2010-2014, 2015-2019, 2020-2021), objetivos que foram apresentados (avaliar/analisar a implementação, avaliar os resultados dos programas e intervenções, identificar barreiras e facilitadores, compreender fenômenos, relatar experiências e revisar a literatura), podendo ter sido enquadrados em mais de um objetivo. Dos estudos que se propuseram a avaliar a implementação foram extraídos os aspectos da implementação especificados pelos autores, e posteriormente categorizados conforme Proctor et al.(1515. Proctor E, Silmere H, Raghavan R, Hovmand P, Aarons G, Bunger A, et al. Outcomes for implementation research: conceptual distinctions, measurement challenges, and research agenda. Adm Policy Ment Health. 2011;38(2):65–76.) (i.e., fidelidade, aceitabilidade, viabilidade , adequação, penetração, adoção, sustentabilidade, custo incremental, ou sem especificação). Também foram apresentados os delineamentos dos estudos, segundo classificação apresentada por seus autores.

Na sequência, as intervenções para promoção do DPI foram categorizadas conforme descrito pelos autores dos estudos quanto à natureza da intervenção (programas, estratégias ou não especificadas), ao objetivo (objetivo único ou mais de um objetivo) e forma de entrega (estratégia única, duas estratégias, mais de duas estratégias, ou não especificada pelo estudo). Outros aspectos analisados foram os sujeitos envolvidos na entrega (ator único, múltiplos atores); público-alvo (única população, mais de uma população alvo, sem descrição), incluindo público beneficiário da intervenção (crianças, outros, não especificado) e idade das crianças (0-36 meses, até 6 anos, não especificada a faixa etária da primeira infância); duração da intervenção (relacionado a duração total da intervenção em semanas, meses, anos ou relacionado faixa etária da criança); frequência da intervenção (relacionada a entrega diária, semanal, quinzenal, mensal, relacionada ao modo de entrega, combinação de frequências a depender da forma de entrega), setores envolvidos (saúde, educação, serviço social, intersetorial, não identificado) e país (classificados segundo os quatro grupos de renda propostos Banco Mundial no ano de 2020:(1616. World Bank. World Development Indicators: The World by Income and Region. World Bank; 2020 [cited 2023 Mar 14]. Available from: https://datatopics.worldbank.org/world-development-indicators/the-world-by-income-and-region.html%22%20/t%20%22xrefwindow%22
https://datatopics.worldbank.org/world-d...
) baixa, média-baixa, média-alta e alta; e abrangência (local, regional, nacional, mais de um nível, não descrito).

As estratégias de implementação identificadas foram categorizadas segundo a proposta do estudo Expert Recommendations for Implementing Change (ERIC)(1717. Waltz TJ, Powell BJ, Matthieu MM, Damschroder LJ, Chinman MJ, Smith JL, et al. Use of concept mapping to characterize relationships among implementation strategies and assess their feasibility and importance: results from the Expert Recommendations for Implementing Change (ERIC) study. Implement Sci. 2015;10(1):109.) e os desfechos de implementação de acordo com o Implementation Outcomes Framework.(1515. Proctor E, Silmere H, Raghavan R, Hovmand P, Aarons G, Bunger A, et al. Outcomes for implementation research: conceptual distinctions, measurement challenges, and research agenda. Adm Policy Ment Health. 2011;38(2):65–76.) A categorização das estratégias e desfechos de implementação foi conduzida por duas pesquisadoras de forma independente, sendo as divergências resolvidas por consenso. Por fim, dois aspectos do contexto foram mapeados: adaptações e equidade. Adaptações foram classificadas de acordo com o momento de implementação (prévia ou durante a implementação) e aspectos de equidade foram classificados conforme operacionalizado pelo PROGRESS-Plus.(1818. O’Neill J, Tabish H, Welch V, Petticrew M, Pottie K, Clarke M, et al. Applying an equity lens to interventions: using PROGRESS ensures consideration of socially stratifying factors to illuminate inequities in health. J Clin Epidemiol. 2014;67(1):56–64.)

As buscas nas bases eletrônicas retornaram 4.105 referências, das quais 2.805 eram únicas. Após triagem por títulos e resumos, 211 estudos foram lidos na íntegra e destes 82(33. Radner JM, Ferrer MJ, McMahon D, Shankar AH, Silver KL, Black CF. Practical considerations for transitioning early childhood interventions to scale: lessons from the Saving Brains portfolio. Ann N Y Acad Sci. 2018;1419(1):230–48.,1919. Álvarez M, Padilla S, Máiquez MA. Home and group-based implementation of the “growing Up Happily in the Family” program in at-risk psychosocial contexts. Interv Psicosoc. 2016;25(2):69–78.

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Quadro 2
Características gerais dos estudos incluídos

Figura 1
Fluxograma de seleção dos estudos

Resultados

Características dos estudos

As características gerais dos estudos estão apresentadas no quadro 2. O primeiro estudo identificado foi da década de 70, com a grande maioria tendo publicação entre 2015-2019 (46,3%; n = 38) e 2020-2021 (25,6%; n = 21). Em relação ao desenho, dos 11 estudos (13,4%) foram identificados pelos autores como estudos de implementação que incluíam a avaliação da eficácia/efetividade, enquanto sete (8,5%) foram identificados apenas como estudos de implementação. Outros desenhos frequentes foram os estudos de métodos mistos (18,3%; n = 15), qualitativos (15,9%; n = 13), de avaliação (13,4%; n = 11), estudos de revisão (7,3%; n = 6), descritivos e transversais (6,1%; n = 5), estudos de caso (3,7%; n = 3) e dois (2,4%) estudos piloto de implementação. Nove trabalhos não descreveram o desenho adotado (11%). Em referência aos objetivos, a maioria pretendeu analisar ou avaliar a implementação dos programas e intervenções em questão (36,6%; n = 30) e detalhar barreiras e facilitadores relevantes para o processo (29,3%; n = 24). Os demais trabalhos objetivaram relatar experiências de implementação (20,7%; n = 17), avaliar os resultados dos programas e intervenções (14,6%; n = 12), compreender intervenções ou fenômenos específicos relacionados a elas (9,8%; n = 8) e revisar a literatura (4,9%; n = 4).

Características das intervenções

A figura 2 descreve as características das intervenções estudadas apresentando os setores envolvidos, as intervenções abordadas, seus objetivos, público-alvo, beneficiários, abrangência, duração e países; a figura 3 descreve as estratégias e os desfechos de implementação.

Figura 2
Característica das intervenções

Figura 3
Estratégias e desfechos de implementação (Elaboração própria).

A maioria dos estudos (35,4%, n = 29) envolveu o setor saúde nas intervenções, seguido do setor educação (18,3%, n = 15) e do serviço social (1,2%, n = 1). Os outros (31,7%, n = 26) ocorreram em âmbito intersetorial ou desenvolveram etapas em diferentes setores. Quando as intervenções se referiam a programas, os mais abordados foram o Early Head Start e o Integrated Child Development Service (ICDS), ambos citados em cinco estudos. Na sequência, com duas citações cada, apareceram o Chile Crece Contigo e o Research on Integration of Nutrition, Early Childhood Development and WASH (RINEW). Os demais programas foram abordados em um único estudo. Em 22 trabalhos (26,8%), apenas a estratégia foi citada, sem referência a um programa específico. Destes, um descreveu duas estratégias, e dois não apresentaram descrição de programa ou estratégia. Em relação aos objetivos das intervenções, 67% (n = 55) dos estudos tinham um objetivo único, no qual destaca-se que 22% (n = 18) visavam o DPI e 15,6% (n = 13) eram voltadas à promoção da parentalidade. Em estudos que descreveram intervenções com mais de um objetivo (n = 25), salienta-se que em 16 as intervenções buscavam o DPI em associação a práticas de promoção da parentalidade (n = 7); desenvolvimento e apoio familiar (n = 3); nutrição (n = 2); promoção e condições de saúde (n = 1); implementação de serviços (n = 1); educação e aprendizagem (n = 1); e segurança infantil (n = 1). A população alvo foi principalmente as crianças (n = 12) e os cuidadores (n = 12). Dos 82 estudos, 73 (89,0%) apresentaram as crianças como beneficiárias diretas das estratégias, sete (8,6%) trouxeram como alvo dos benefícios outros sujeitos (gestantes/mães, cuidadores ou familiares). Os responsáveis pelas intervenções foram principalmente a equipe do projeto (n = 7), agentes comunitários de saúde (ACS) (n = 6), educadores (n = 6), gestores (n = 5), e profissionais de saúde, sem especificação da categoria (n = 5). A maioria dos estudos (n = 51) não apresentou dados sobre a duração das intervenções. Entretanto, dados de 16 estudos demonstraram duração média de 14,5 meses.

Características da análise de implementação

Alguns aspectos da análise de implementação das intervenções para o DPI são ressaltados a seguir: o uso de frameworks e seus objetivos, a análise das estratégias e desfechos de implementação e a identificação de adaptações e equidade na implementação das intervenções. Apenas um quarto dos estudos (25,6%) fundamentou sua metodologia em frameworks para analisar a implementação das intervenções. Nestes casos, a maior parte desenvolveu quadros próprios para apoiar o trabalho, com modelos lógicos e configurações distintas adequadas às necessidades específicas de uso. O quadro 3 descreve as principais modelagens e referenciais teóricos utilizados nos estudos e seus objetivos. Dos 82 estudos analisados, 12 relataram uma estratégia discreta de implementação: uso de estratégias avaliativas e iterativas (n = 2); adaptação e ajuste para o contexto (n = 1); desenvolvimento de relações das partes interessadas (n = 2); treinamento e capacitação das partes interessadas (n = 4); engajamento de usuários (n = 1) e mudanças de infraestrutura (n = 2). Os demais estudos relataram estratégias multifacetadas, sendo que as citadas com maior frequência foram treinamento e capacitação das partes interessadas (n = 58) seguida de uso de estratégias avaliativas e iterativas (n = 42); adaptação e ajuste para o contexto (n = 41); oferta de assistência interativa (n = 33) e desenvolvimento de relações entre as partes interessadas (n = 31). No Quadro 4 é possível identificar os desfechos analisados com maior frequência, segundo proposta de sistematização de Proctor et al.(1515. Proctor E, Silmere H, Raghavan R, Hovmand P, Aarons G, Bunger A, et al. Outcomes for implementation research: conceptual distinctions, measurement challenges, and research agenda. Adm Policy Ment Health. 2011;38(2):65–76.)Metade (n = 41; 50%) dos artigos analisaram adaptações das intervenções ou programas. Dentre as adaptações identificadas, 13 artigos relataram adaptações realizadas no desenho da intervenção ou programa antes de as ações serem iniciadas e outros 24 artigos discutiram alguns aspectos percebidos durante o processo de implementação. Aspectos de equidade relacionados à implementação foram citados em 24 estudos (29,3%). Em alguns casos, as preocupações com equidade foram relatadas sem detalhamento no momento de aumentar a escala da intervenção. As características mais frequentes para assegurar a equidade estavam relacionadas a elementos de raça, etnia e cultura (13,4%). Essas características se referem, por exemplo, à necessidade de ajustes linguísticos para tornar as ações culturalmente adequadas. Foram recorrentes menções à equidade nos contextos sob influência de aspectos socioeconômicos (8,5%), de gênero (6,1%), do local de moradia (6,1%), aspectos gerais (4,9%) e religiosos (1,2%) nas possibilidades de implementação (Quadro 4).

Quadro 3
Frameworks e modelos utilizados na análise de implementação de intervenções para o DPI entre os estudos selecionados
Quadro 4
Desfechos de implementação* analisados nos estudos selecionados

Discussão

O desafio de garantir que todas as crianças tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância até 2030 como parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável enfatiza a necessidade de fortalecer e expandir a implementação de programas de DPI.(100100. United Nations General Assembly. Resolution adopted by the General Assembly on 25 September 2015 - Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable Development. Seventieth session. A/RES/70/1; 2015.) Nesta revisão de escopo, identificamos o crescimento das publicações de pesquisas de implementação a partir de 2015, as quais podem orientar estratégias para superar as dificuldades do processo de implementação efetiva e a adaptação de intervenções para diferentes contextos. Todavia, houve pouca clareza na descrição dos objetivos e delineamento de pesquisa adotados em vários estudos, além da ausência de fundamentação em frameworks de implementação, o que pode reduzir a comparação entre achados e o aproveitamento dos resultados em outros contextos.(101101. Pinnock H, Barwick M, Carpenter CR, Eldridge S, Grandes G, Griffiths CJ, et al.; StaRI Group. Standards for Reporting Implementation Studies (StaRI) Statement. BMJ. 2017;356:i6795.)

A revisão de escopo permitiu a análise de um conjunto diversificado de intervenções voltadas à primeira infância. A maioria dos programas estudados se dedicaram à promoção do desenvolvimento infantil e parentalidade, com destaque para programas de visitas domiciliares e de integração de serviços voltados à primeira infância. Para compreender a implementação dos programas, é necessário que sejam relatados aspectos fundamentais da intervenção, como duração, frequência e modos de entrega, o que não foi observado com frequência nos estudos incluídos. Para este fim, tem-se recomendado a utilização de checklists como o TIDieR (Template for Intervention Description and Replication), que ajuda a aumentar a completude do relato sobre intervenções.(102102. Hoffmann TC, Glasziou PP, Boutron I, Milne R, Perera R, Moher D, et al. Better reporting of interventions: template for intervention description and replication (TIDieR) checklist and guide. BMJ. 2014;348 mar07 3:g1687.,103103. Yamato TP, Maher CG, Saragiotto BT, Catley MJ, Moseley AM. Rasch analysis suggested that items from the template for intervention description and replication (TIDieR) checklist can be summed to create a score. J Clin Epidemiol. 2018;101:28–34.)

O predomínio observado de intervenções no setor saúde, em detrimento de iniciativas intersetoriais, pode refletir desafios de implementação associados a estruturas de governança fragmentadas e falta de coordenação entre os setores uma vez que ações intersetoriais podem fornecer serviços com mais eficiência.(5757. Lucas JE, Richter LM, Daelmans B. Care for Child Development: an intervention in support of responsive caregiving and early child development. Child Care Health Dev. 2018;44(1):41–9.)

No processo de revisão, foi difícil definir e descrever as estratégias de implementação apenas com base no relato dos estudos. Optou-se por adotar a proposta de Waltz (2015),(1717. Waltz TJ, Powell BJ, Matthieu MM, Damschroder LJ, Chinman MJ, Smith JL, et al. Use of concept mapping to characterize relationships among implementation strategies and assess their feasibility and importance: results from the Expert Recommendations for Implementing Change (ERIC) study. Implement Sci. 2015;10(1):109.) proveniente do estudo ERIC, para a realização de um exercício de categorização das estratégias. A principal estratégia utilizada pelos programas foi o treinamento e capacitação das partes interessadas, envolvendo a condução de educação permanente para aqueles que entregam a intervenção, distribuição de materiais educativos e criação de espaços para aprendizagem colaborativa. O uso de estratégias avaliativas iterativas, como a identificação de barreiras e facilitadores, auditoria e feedback, e desenvolvimento de um plano formal de implementação também estiveram presentes em metade dos estudos. A baixa frequência de utilização de estratégias para o engajamento dos usuários, que é fundamental para o sucesso dos programas pode ser considerada uma lacuna.(109109. Odeny B. Closing the health equity gap: A role for implementation science? PLoS Med. 2021;18(9):e1003762.)

O exercício de classificação a partir do framework proposto por Proctor e colaboradores(1515. Proctor E, Silmere H, Raghavan R, Hovmand P, Aarons G, Bunger A, et al. Outcomes for implementation research: conceptual distinctions, measurement challenges, and research agenda. Adm Policy Ment Health. 2011;38(2):65–76.) ressaltou a fidelidade como o principal desfecho investigado nos estudos incluídos, refletindo uma preocupação em relação à qualidade dos programas. O uso de currículos ou manuais estruturados, o treinamento e supervisão dos envolvidos na entrega do programa, e as habilidades, motivação e aceitação dos profissionais/agentes de distribuição foram fatores associados à fidelidade dos programas.(9797. Yousafzai AK, Aboud F. Review of implementation processes for integrated nutrition and psychosocial stimulation interventions. Ann N Y Acad Sci. 2014;1308(1):33–45.) A aceitabilidade dos programas ou satisfação com a intervenção foi o segundo desfecho mais presente nos estudos, seguida da viabilidade e adequação das intervenções. Os desfechos de adoção (captação ou implementação inicial), assim como a penetração (grau de difusão e propagação) dos programas foram menos abordados nos estudos.

Dois aspectos relacionados à relevância do contexto de implementação foram destacados. Primeiro, como as adaptações (de início e durante o processo) são importantes para ajustar as intervenções às necessidades locais, sem perder de vista a qualidade.(105105. von Thiele Schwarz U, Aarons GA, Hasson H. The Value Equation: three complementary propositions for reconciling fidelity and adaptation in evidence-based practice implementation. BMC Health Serv Res. 2019;19(1):868.) Da mesma forma, para aumentar a escala das intervenções é necessário um planejamento padronizado e ao mesmo tempo flexível para seu sucesso em diferentes contextos.(106106. Wiltsey Stirman S, Baumann AA, Miller CJ. The FRAME: an expanded framework for reporting adaptations and modifications to evidence-based interventions. Implement Sci. 2019;14(1):58.,107107. Miller CJ, Barnett ML, Baumann AA, Gutner CA, Wiltsey-Stirman S. The FRAME-IS: a framework for documenting modifications to implementation strategies in healthcare. Implement Sci. 2021;16(1):36.) Assim, a avaliação do ambiente de expansão, a incorporação às práticas de trabalho existentes e a adaptação cultural são consideradas essenciais para garantir a qualidade da proposta mesmo em cenários difíceis e para potencializar os resultados positivos.(2828. Black MM, Pérez-Escamilla R, Rao SF. Integrating nutrition and child development interventions: scientific basis, evidence of impact, and implementation considerations. Adv Nutr. 2015;6(6):852–9.,3131. Cavallera V, Tomlinson M, Radner J, Coetzee B, Daelmans B, Hughes R, et al. Scaling early child development: what are the barriers and enablers? Arch Dis Child. 2019;104 Suppl 1:S43–50.,4848. Kavle JA, Ahoya B, Kiige L, Mwando R, Olwenyi F, Straubinger S, et al. Baby-Friendly Community Initiative-From national guidelines to implementation: A multisectoral platform for improving infant and young child feeding practices and integrated health services [N.PAG-N.PAG.]. Matern Child Nutr. 2019;15(Suppl 1 Suppl 1):e12747.,9595. Westerlund A, Garvare R, Nyström ME, Eurenius E, Lindkvist M, Ivarsson A. Managing the initiation and early implementation of health promotion interventions: a study of a parental support programme in primary care. Scand J Caring Sci. 2017;31(1):128–38.) Em segundo lugar, é preciso considerar na implementação aspectos relacionados à equidade para atingir os que estão sob maior risco de não alcançarem seu pleno desenvolvimento e que podem se beneficiar mais desses programas.(108108. Baumann AA, Cabassa LJ. Reframing implementation science to address inequities in healthcare delivery. BMC Health Serv Res. 2020 Mar;20(1):190.,109109. Odeny B. Closing the health equity gap: A role for implementation science? PLoS Med. 2021;18(9):e1003762.)

Apesar do volume elevado de publicações identificados e incluídos nesta revisão de escopo, 45% dos estudos foram conduzidos em países de alta renda. Logo, é urgente intensificar a agenda de pesquisas sobre o tema em outros contextos. Outras limitações enfrentadas durante a realização desta revisão foram as dificuldades de caracterização de desfechos e estratégias utilizadas, uma vez que por vezes não foram utilizados quadros de referências que facilitassem a classificação. Todavia, foi possível dirimir essa limitação com o apoio de frameworks consolidados.(1515. Proctor E, Silmere H, Raghavan R, Hovmand P, Aarons G, Bunger A, et al. Outcomes for implementation research: conceptual distinctions, measurement challenges, and research agenda. Adm Policy Ment Health. 2011;38(2):65–76.,1717. Waltz TJ, Powell BJ, Matthieu MM, Damschroder LJ, Chinman MJ, Smith JL, et al. Use of concept mapping to characterize relationships among implementation strategies and assess their feasibility and importance: results from the Expert Recommendations for Implementing Change (ERIC) study. Implement Sci. 2015;10(1):109.) Ademais, a revisão de escopo foi executada com alterações em relação ao protocolo inicial. Devido ao volume de referências identificadas, optou-se por não realizar a busca na literatura cinzenta e nas listas de referências de estudos incluídos, e por excluir protocolos de estudos na fase de seleção.(110110. Tabak RG, Khoong EC, Chambers DA, Brownson RC. Bridging research and practice: models for dissemination and implementation research. Am J Prev Med. 2012;43(3):337–50.)

Conclusão

Essa revisão mapeou sistematicamente as pesquisas de implementação, mostrando o potencial das mesmas para auxiliar na identificação de estratégias mais adequadas aos contextos dos programas para promoção do DPI, e de barreiras e facilitadores na sua implementação. Além disso, aponta, pela análise dos desfechos de implementação, para o alcance dos objetivos de cada um deles. Dado que em geral a implementação desses programas nem sempre é precedida de estudos de eficácia, a adoção de desenhos híbridos, com foco na implementação e nos resultados dos usuários é promissora. Portanto, a incorporação dos resultados de esforços de vários grupos de pesquisadores no campo da ciência da implementação na definição de conceitos, estratégias e desfechos a partir da proposição de frameworks é fundamental para “não começar do zero” e aprimorar tais ferramentas às necessidades dos contextos locais. Esperamos que o presente estudo auxilie a incorporação de elementos das pesquisas de implementação nos processos de planejamento, implementação e avaliação de programas voltados ao DPI no Brasil, contribuindo assim para o alcance de seus objetivos e sua sustentabilidade.

Agradecimentos

Agradecemos à Fundação Maria Cecília Souto Vidigal por ter financiado a elaboração desta revisão. Nosso agradecimento a Mabel Fernandes Figueiró, bibliotecária especialista em sínteses de evidências pelo apoio na construção e execução das buscas bibliográficas.

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Editor Associado Convidado (Avaliação pelos pares): Danila Cristina Paquier Sala (https://orcid.org/0000-0003-3723-6706). Escola Paulista de Enfermagem, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Jan 2024
  • Data do Fascículo
    Dez 2023

Histórico

  • Recebido
    27 Out 2022
  • Aceito
    31 Ago 2023
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