Acessibilidade / Reportar erro

Clima urbano e saúde: uma revisão sistematizada da literatura recente

Resumos

Foi feita revisão sistematizada de 67 artigos sobre o tema Clima Urbano e Saúde a partir de busca nas plataformas Web of Science e Pub Med. Os artigos foram organizados por data de publicação, país de realização do estudo, por temas: metodologias; evidências de riscos à saúde por estresse térmico e por doenças infecciosas relacionadas ao clima; mitigação dos extremos do clima urbano por vegetação e outras formas; cobenefícios e articulações políticas.

Clima urbano; Bioclimatologia; Biometeorologia; Ilha de calor urbana


A systematized review of 67 articles on urban climate and health was carried out from searches in the Web of Science and PubMed platforms. The articles were organized by date of publication, by the country where the study was undertaken and by subject: methods; evidences of health risks from thermal stress and climate-related infectious diseases; mitigation of extreme urban climate conditions through vegetation and other means; co-benefits and political articulations.

Urban climate; Bioclimatology; Biometeorology; Urban heat island


Introdução

O estudo da relação entre clima e saúde é muito antigo e, ao mesmo tempo, bastante atual. Já a relação entre clima urbano e saúde é mais recente, pois o estudo das alterações climáticas causadas pela urbanização ganhou impulso com uma urbanização mais vigorosa, a partir de meados do século XX, e com a ampliação do tamanho das cidades. Efeitos do espaço urbano nos componentes do clima, como temperatura, umidade, radiação e vento têm sido bem documentados no mundo.

A bioclimatologia aplicada às cidades relaciona-se com influência do clima urbano no conforto e na saúde. É relevante o estudo das relações do clima com a saúde, sobretudo em perspectiva das mudanças climáticas globais e na previsão de seus prováveis efeitos e vulnerabilidades (Silva; Ribeiro; Santana, 2014).

Do ponto de vista da saúde, o ambiente térmico, em áreas urbanas, apresenta forte relação entre a termorregulação e a regulação circulatória, que levam à sobrecarga do organismo e ao comprometimento da saúde, até mesmo à morte (ibidem).

A compreensão do clima urbano, em diversas partes do mundo, deve servir para planejamento das cidades e adoção de medidas protetoras da saúde.

Estima-se que, em 2045, cerca de dois bilhões de pessoas a mais buscarão as cidades para morar (The World Bank, 2016THE WORLD BANK. Urban Development. Disponível em: <http://www.worldbank.org/en/topic/urbandevelopment/overview>. Acesso em: 12 fev. 2016.
http://www.worldbank.org/en/topic/urband...
). A urbanização afeta o microclima e grandes cidades têm enorme responsabilidade no aquecimento global, visto que as metrópoles consomem 75% da energia produzida no mundo e emitem 70% de CO2 (C40cities). A infraestrutura para suprir as demandas das cidades tem provocado alterações na cobertura do solo, com vegetação sendo substituída por ruas, estacionamentos, edificações e moradias. Como resultado, a temperatura do ar das regiões mais pavimentadas cria ilhas de calor, que possuem variabilidade no decorrer do dia e dependem da cobertura do solo e do tempo de exposição à radiação. As ilhas de calor alteram características físicas do ar em contato com a superfície, alterando a magnitude do calor sensível e calor latente, fluxos de momentum e massa, propriedades óticas, altura e características da camada limite. Essas alterações impactam na dispersão dos poluentes, na intensidade e desenvolvimento de tempestades e em outros processos químicos e físicos do ambiente urbano, ainda não quantificados apropriadamente (Khan; Simpson, 2001KHAN, S. M.; SIMPSON, R.W. Effect of a heat island on the meteorology of a complex urban airshed. Boundary Layer Meteorology, v.1, n.100, p.487-506, 2001.). As ilhas de calor também potencializam o impacto das ondas de calor, podendo provocar adoecimento e mortes em indivíduos mais vulneráveis, como crianças, idosos e doentes crônicos. O Center for Diseases Control and Prevention (CDCCDC - CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Heat-Related Deaths - United States, 1999-2003. 2004. Morbidity and Mortality Weekly Report. Disponível em: < http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm5529a2.htm>. Acesso em 19 jan 2016.
http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml...
) registrou que no período de 1979 a 2003, a exposição ao calor excessivo contribuiu para 3.442 mortes prematuras nos Estados Unidos (CDC, 2016).

A maior cidade da América do Sul, São Paulo, já apresenta alteração na série histórica de precipitação, temperatura e ventos. Utilizando dados meteorológicos de 1950 a 2000, Dufek e Ambrizzi (2008)DUFEK, A. S.; AMBRIZZI, T. Precipitation variability in São Paulo State, Brazil. Theor Appl Climatology, v.93, p.167-78, 2008. constataram que as precipitações acima de 20 mm por dia estão ficando mais frequentes no verão. Segundo o INMET (2010)INMET. Boletim mensal de dezembro 2010, divulgado por e-mail aos usuários. 2010. as maiores chuvas ocorridas em 24 horas começaram na década de 1980. Utilizando longa série de dados diários de precipitação (1948-2009) do INMET, verificou-se que chuvas mais intensas estão ocorrendo com mais frequência nesta década. Mesmo quando as chuvas são em menor volume, a impermeabilização do solo interfere na absorção de água e favorece o aumento das enchentes. Por outro lado, segundo relatório climático da estação do IAG (2010)IAG: Estação Meteorológica. 2010 Disponível em: <http://www.estacao.iag.usp.br/Boletins/2010_vs2.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2011.
http://www.estacao.iag.usp.br/Boletins/2...
, a quantidade de dias sem chuva está aumentando. O padrão de chuva na cidade está se alterando, sugerindo influência da mudança climática global no regime de chuvas (Xavier et al., 1994XAVIER, T. M. B. S.; XAVIER, A. F. S.; SILVA DIAS, M.A.F. Evolução da precipitação diária num ambiente urbano: O Caso da Cidade de São Paulo. Rev. Bras. Meteor., v.9, n.1, p.44-53, 1994. ). Pode-se inferir que grandes cidades recebem influências das mudanças climáticas e microclimáticas.

Enchentes de verão em São Paulo provocam caos urbano, perdas de produtividade, prejuízos econômicos. Além disso, estudo feito por Coelho-Zanotti e Massad (2012)COELHO-ZANOTTI, M. S. S.; MASSAD, E. The impact of climate on Leptospirosis in São Paulo, Brazil. International Journal of Biometeorology, v.56, p.233-41, 2012. mostrou que, depois de exposição à água contaminada de uma enchente, moradores têm risco de adoecer por leptospirose (Figura 1). Uma chuva de 100 mm, depois de 14 dias da ocorrência da enchente, predispõe um acréscimo de aproximadamente 150% nas internações por leptospirose. Alguns vetores também dependem de chuvas e alta temperatura para proliferarem e trasmitirem doenças, por exemplo, o Aedes aegypti, principal vetor dos vírus da dengue, chikungunya e zika.

Evento de umidade relativa do ar abaixo de 30%, em agosto de 2010, com duração de 11 dias, só havia ocorrido antes em 1999, desde o início das medições meteorológicas feitas pelo INMET em 1943 (INMET, 2010). Durante esse evento atípico, dados de Autopsia do Serviço de Verificação de Óbitos (SVOC) indicaram maior mortalidade de idosos por doenças cardiovasculares na cidade associada a baixa umidade relativa do ar, independente da influência dos poluentes.

Figura 1
- Aumento de internações por leptospirose na cidade de São Paulo de acordo com o volume de precipitação diária.

Devido à importância das cidades, foi formado, em 2005, o C40, Grupo de Liderança das Grandes Cidades pelo Clima, que reúne 40 maiores metrópoles do planeta (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba são cidades-membro), para discutir e unir forças no combate ao aquecimento global. Em 2011, pela primeira vez o evento foi sediado na América do Sul, e o Comitê Gestor Internacional acatou sugestão de São Paulo de incorporar Saúde Humana na pauta do evento (Saldiva et al., 2011SALDIVA , P. H. N. et al. Meio Ambiente e Sáude: O desafio das metrópoles. São Paulo: Ex-Libris Comunicação Integrada, 2010. ). A Prefeitura do Município de São Paulo estruturou sua Política Municipal sobre Mudança do Clima, Lei n.14.933/09.

A prática baseada em evidências, desde os anos 1990, tem ganhado relevância crescente em processos decisórios e auxiliado na busca de ações promotoras da saúde e bem-estar e de prevenção de adoecimento e morte.

As revisões de literatura são importantes na sistematização de dados que propiciem evidências científicas. O objetivo do presente manuscrito foi registrar e organizar as evidências mais recentes encontradas sobre os efeitos à saúde de fenômenos climáticos em áreas urbanas.

Métodos

Foi feita revisão sistematizada (Grant; Booth, 2009GRANT, M. J.; BOOTH, A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, v.26, p.91-108, 2009.) dos artigos encontrados por busca nas plataformas Web of Science e PubMed, em janeiro de 2016. A plataforma unificada e multidisciplinar Web of Science inclui periódicos científicos de alta qualidade, de todo mundo, com indexação no JCR - Journal of Citation Reports. A PubMed foca sobretudo estudos da área médica. A busca usou as palavras-chave URBAN CLIMATE e HEALTH combinadas, no título ou nos tópicos. Foram encontrados 80 artigos na Web of Science e 15 na PubMed, dos quais 67 foram incluídos nesta revisão. Artigos descartados, o foram por tratarem de efeitos da temperatura em plantas, de poluição atmosférica isolada, de ventilação interna, ou de tecnologias. A revisão sistematizada almeja sistematizar o conhecimento sobre o tema e se baseia na busca, em uma ou mais plataformas; na organização de forma sistematizada dos conteúdos dos artigos obtidos; e na análise dos resultados.

Resultados

A classificação de artigos, por ano de publicação (Figura 2), indicou um crescimento em pesquisas sobre o tema Clima urbano e saúde, sobretudo a partir de 2011, possivelmente após chamadas feitas por associações de saúde para incorporação do tema das mudanças climáticas de forma mais robusta na Agenda de Pesquisa da Saúde.

Figura 2
- Ano de publicação dos artigos selecionados com os termos Urban Climate e Health.

Verifica-se que os estudos não se concentram em países do Hemisfério Norte (Figura 3), onde haviam proliferado no século XX. Há, nos últimos anos, uma preocupação com cidades tropicais e subtropicais e em países em desenvolvimento, onde o processo de urbanização tem se intensificado. É provável que a incorporação de novas áreas nos estudos tenha se dado por incentivo e chamada da Organização Meteorológica Mundial. O Brasil lidera em número de trabalhos, seguido da Alemanha, que tem longa tradição em estudos de Clima Urbano. Países asiáticos, africanos e do Leste Europeu aparecem na agenda.

Figura 3
- Países onde se localizam as cidades dos estudos sobre Clima Urbano e Saúde.

Quadro 1
- Temas e resultados principais dos artigos revisados

A organização dos artigos publicados por temas nos permitiu fazer algumas análises.

A primeira categoria de tema criada foi a de artigos que se referiam à necessidade de estudos, ferramentas e métodos de pesquisa. Foram incluídos nessa categoria os artigos mais antigos da série, que clamavam por pesquisas em biometeorologia e/ou bioclimatologia urbana e, sobretudo, por pesquisas em cidades tropicais. A partir daquela época, surgiram artigos que discutem uso de metodologias e ferramentas na concretização de pesquisas nesse tema, em diferentes cidades do mundo. A busca de novos métodos e tecnologias de pesquisa continua atualmente, com instrumentos mais sofisticados e baseados em evidências já obtidas em estudos anteriores.

A segunda categoria de tema foi a de artigos que mostram evidências de efeitos do clima na saúde. Foi dividida em duas subcategorias: uma de efeitos diretos de elementos do clima, sobretudo estresse térmico, às vezes associado à poluição. Dos efeitos registrados em diferentes cidades, depreende-se que não há um padrão homogêneo de formação de ilha de calor, nem de efeitos à saúde de oscilações térmicas. Às vezes estresse de frio se sobrepõe, mas, na maioria das cidades, as ondas de calor têm representado risco à saúde de grupos populacionais mais vulneráveis: idosos, crianças, doentes crônicos, pessoas que habitam bairros precários; a outra subcategoria foi a de estudos que tratam de doenças infecciosas, em que há um vetor que se beneficia de condições do clima urbano e amplia o risco de doenças. Interessante, que aparecem artigos recentes tratando de "velhas" doenças, como malária, cólera etc.

A terceira categoria de tema foi a de artigos que tratam de medidas mitigadoras. Sobressaem, largamente, formas de arborização para amenizar as temperaturas e reduzir riscos de temperaturas extremas. Aparecem, também, mais recentemente, propostas de controle da poluição atmosférica, baseando-se em formas tradicionais tecnológicas, mas, principalmente, de substituição do uso de veículos por formas de mobilidade ativa e ecologicamente sadia.

Por fim, a quarta categoria é a que enfatiza a existência de cobenefícios do controle de extremos do clima ao ambiente e à saúde e a necessidade de articulações entre grupos sociais, políticos e cientistas para enfrentamento dos problemas do clima e delineamento de políticas com maior chance de sucesso.

Referências

  • ABBATE, G. et al. Evaluation of remote sensing data for urban planning. 2nd GRSS/ISPRS Joint Workshop on Remote Sensing and Data Fusion over urban Areas. Berlin, Germany, 2003. p.201-5.
  • BAMBRICK, H. J. et al. Climate change and health in the urban environment: adaptation opportunities in Australian Cities. Asia-Pacific Journal of Public Health, v.23, n.2, p.67S-79S, 2011.
  • BAMBRICK, H. J.; MONCADA, S.; BRIGUGLIO, M. Climate change and health vulnerability in informal urban settlements in the Ethiopian Rift Valley. Environmental Research Letters, v.10, n.5, 2015.
  • BURKART, M. et al. Modification of Heat-related mortality in an elderly urban population by vegetation (urban green) and proximity to water (urban blue): evidence from Lisbon, Portugal. Environmental Health Perspective. 2015.
  • C40 CITIES. Disponível em: <http://www.c40cities.org>. Acesso em: 20 jan. 2016.
    » http://www.c40cities.org
  • CDC - CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Heat-Related Deaths - United States, 1999-2003. 2004. Morbidity and Mortality Weekly Report. Disponível em: < http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm5529a2.htm>. Acesso em 19 jan 2016.
    » http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/mm5529a2.htm
  • CHEN, D. et al. Urban vegetation for reducing heat related mortality. Environmental Pollution. v.192, p.275-84, 2014.
  • CHUNG, Y. et al. Mortality related to extreme temperature for 15 cities in northeast Asia. Epidemiology, v.26, n.2, p.255-62, 2015.
  • CINFUENTES, L. et al. Assessing the health benefits of urban air pollution reductions associated with climate change mitigation (2000-2020): Santiago, São Paulo, Mexico City and New York City. Environmental Health Perspectives, v.109, n.3, p.419-25, 2001.
  • COBURN, J. Cities, climate change and urban heat island mitigation: localizing Global Environmental Science. Urban Studies, v.46, n.2, p.413-27, 2009.
  • COELHO-ZANOTTI, M. S. S.; MASSAD, E. The impact of climate on Leptospirosis in São Paulo, Brazil. International Journal of Biometeorology, v.56, p.233-41, 2012.
  • COUTTS, A. M.; BERINGER, J.; TAPPER, N.J. Investigating the climatic impact of urban planning strategies through the use of regional climate modeling: a case study for Melbourne, Australia. International Journal of Climatology, v.28, n.14, p.1943-57, 2008.
  • DE NAZELLE, A. et al. Transportation, air pollution and physical activities: an integrated health risk assessment programme of Climate Change and Urban Polities (TAPAS). Epidemiology, v.20, n.6, p.S155-S156, 2009.
  • DEMUZERE, M. et al. Mitigating and adapting to climate change: multi-functional and multi-scale assessment of green urban infrastructure. J Environmental Management, v.146, p.107-15, 2014.
  • DUFEK, A. S.; AMBRIZZI, T. Precipitation variability in São Paulo State, Brazil. Theor Appl Climatology, v.93, p.167-78, 2008.
  • FALLMAN, J.; EMEIS, S.; SUPPAN, P. Mitigation of urban heat stress - a modeling case study for the area of Stuttgart. ERDE, v.144, n.3-4, p.202-16, 2013.
  • FRIEL, S. et al. Urban Health Inequities and the Added Pressure of Climate Change: an action oriented research agenda. Journal of Urban Health, v.88, n.5, p.886-95, 2011.
  • GABRIEL, K. M. A.; ENDLICHER, W.R. Urban and rural mortality rates during heat waves in Berlin and Brandenburg, Germany. Environmental Pollution, v.159, n.8-9, p.2044-50, 2011.
  • GEE, O. K. et al. Monitoring the effects of land use/land cover changes and heat island generation. Earth resources and environmental remote sensing/GIS applications IV, v.8893, 2013.
  • GOLDEN, J. S. et al. A biometeorology study of climate and heat-related morbidity in Phoenix from 2001 to 2006. International Journal of Biometeorology, v.52, p.471-80, 2008.
  • GRANT, M. J.; BOOTH, A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, v.26, p.91-108, 2009.
  • HANSEN, A. et al. Transmission of haemorrhagic fever with renal syndrome in China and the role of climate factors: a review. Int. Journal of Infectious Diseases, v.33, p. 212-18, 2015.
  • IAG: Estação Meteorológica. 2010 Disponível em: <http://www.estacao.iag.usp.br/Boletins/2010_vs2.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2011.
    » http://www.estacao.iag.usp.br/Boletins/2010_vs2.pdf
  • IMAI, C. et al. Tropical Influenza and weather variability among children in an urban low-income population in Bangladesh. Global health Action, v.7, p.a, 2014.
  • INMET. Boletim mensal de dezembro 2010, divulgado por e-mail aos usuários. 2010.
  • JACK, D. W.; KINNEY, P.L. Health co-benefits of climate mitigation in urban areas. Current opinion in Environmental Sustainability, v.2, n.3, p.172-7, 2010.
  • JENDRITZKY, G. Selected Questions of Topical Interest in Human Bioclimatology. International Journal of Biometeorology, v.35, p.139-50, 1991.
  • JOCHNER, S. et al. Using phenology to assess urban heat islands in tropical and temperate regions. International Journal of Climatology, v.33, p.3141-51, 2013.
  • KHAN, S. M.; SIMPSON, R.W. Effect of a heat island on the meteorology of a complex urban airshed. Boundary Layer Meteorology, v.1, n.100, p.487-506, 2001.
  • KATZSCHNER, L. Urban Climate strategies against future heat stress conditions. Resilient cities: cities and adaptation to Climate change - proceedings of the global Forum 2010. ICLEI, Bonn, v.1, p.79-89, 2011.
  • KEARNS, A. Climate adaptation engineering: a new direction for environmental science, engineering and technology in urban environments. International Journal of Sustainable Development and World Ecology, v.18, n.3, p.201-9, 2011.
  • KEUNE, H. et al. A Healthy turn in urban climate polities: European city workshop proposes health indicators as polity integrators. Environmental Health, v.11, supplement 1, 2012.
  • KIESEL, K.; VUCKOVIC, M.; MANDAVI, A. The extent and implications of the urban heat island phenomenon in Central European region. Contribution to Building Physics. 2nd European Symposium on Building Physics, Vienna, 2013. p.415-19.
  • KIM, C. T. et al. Heat-attributable deaths between 1992 and 2009 in Seoul, South Korea. Plos One, v.18, n.10(2), 2015.
  • KIM, H.; HA, J. S.; PARK, J. High temperature, heat index, and mortality in 6 major cities in South Korea. Archives of Environmental and Occupational Health, v.61, n.6, p.265-70, 2006.
  • KIM, K. R. et al. Biometeorological Climate impact assessment system for building-scale impact assessment of heat-stress related mortality. ERDE, v.145, n.1-2, p.62-79, 2014.
  • KNOWLTON, K. et al. Evaluating global climate change impacts on local health across a diverse urban region. Epidemiology, v.15, n.4, p.S100-S100, 2004.
  • LARSEN, L. Urban Climate and adaptation strategies. Frontiers in Ecology and the Environment, v.13, n.9, p.486-92, 2015.
  • LENZHOLZER, S.; BROWN, R.D. Climate-responsive landscape architecture design education. Journal of Cleaner Production, v.61, p.89-99, 2013.
  • LOMBARDO, M. A.; FREITAS, M.K. Urban Climate change in central area of São Paulo using high resolution satellite imagery. PROCEEDINGS OF THE 4TH WSEAS INTERNATIONAL CONFERENCE ON REMOTE SENSING. Venice, Italy. 2008. p.26-30.
  • MADRIGANO, J. et al. Temperature, ozone, and mortality in urban and non-urban counties in the northeastern United States. Environmental Health, v.14, n.3, p.a, 2015.
  • MAKHELOUF, A. The effect of green spaces on urban climate and pollution. Iranian Journal of Environmental Health Science & Engineering, v.6, n.1, p.35-40, 2009.
  • MATZARAKIS, A; MAYER, H. The extreme heat-wave in Athens in July 1987 from point-of-view of Human Biometeorology. Atmospheric Environment Part B - Urban Atmosphere, v.25, n.2, p.203-11, 1991.
  • MAVROGIANNI, A. et al. The comfort, energy and health implications of London's Heat island. Building Services Engineering & Technology, v.32, n.1, p.35-52, 2011.
  • MUNSLOW, B.; O´DEMPSEY, T. Globalization and Climate change in Asia: the urban health impact. Third World Quarterly, v.31, n.8, p.1339-56, 2010.
  • MUNYULI, M. B. T. et al. The potential Financial costs of Climate Change on Health of Urban and Rural Citizens: a case study of Vibrio cholera infections at Bakavu Towns, South Kivu Province, Eastern of Democratic Republic of Congo. Iranian Journal of Public Health, v.42, n.7, p.707-25, 2013.
  • NDETTO, E. L.; MATZARAKIS, A. Urban atmospheric environment and human biometeorological studies in Dar es Salaam, Tanzania. Air Quality Atmosphere and Health, v.8, n.2, p.175-91, 2015.
  • NIDZGORSKA-LENCEWICZ, J. Variability of Human-Biometeorological Conditions in Gdansk. Polish Journal of Environmental Studies, v.21, n.1, p.215-26, 2015.
  • OKE, T. R.; TAESLER, R.; OLSSON, L.E. The Tropical Urban Climate Experiment (TRUCE). Energy and Buildings, v.15, n.1-2, p.67-73, 1991.
  • OYEKALE, A. S.; ADESANYA, Y.A. Climate change and urban children's health: a case study of Ibadan South West local government, Nigeria. Life Science Journal-Acta Zhengzhou University Overseas Edition, v.9, n.3, p.894-9, 2012.
  • PITMAN, S. D.; DANIELS, C. B.; ELY, M.E. Green infrastructure as life support: urban nature and climate change. Transactions of the Royal Society of South Australia, v.139, n.1, p.97-112, 2015.
  • POLÍTICA DE MUDANÇA DO CLIMA no Município de São Paulo, instituída pela Lei n.14.933/09. Disponível em: <http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=06062009L%20149330000%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20&secr=30&depto=0&descr_tipo=LEI>. Acesso em: 30 jul. 2010.
    » http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=06062009L%20149330000%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20&secr=30&depto=0&descr_tipo=LEI
  • PROUST, K. et al. Human health and climate change: leverage points for adaptation in urban environments. International Journal of Environmental Research and Public Health, v.9, n.6, p.2134-58, 2012.
  • REVI, A. Climate change risk: an adaptation and mitigation agenda for Indian cities. Environment and Urbanization, v.20, n.1, p.207-29, 2008.
  • ROCHLIN, I. et al. Climate change and the range expansion of the Asian tiger mosquito (Aedes Albopictus) in Northeasthern USA: implications for public health practitioners. Plos One, v.8, n.4, 2013.
  • SAILOR, D. J. et al. Development of a national anthropogenic heating database with an extrapolation for international cities. Atmospheric Environment, v.118, p.7-18, 2015.
  • SALDIVA , P. H. N. et al. Meio Ambiente e Sáude: O desafio das metrópoles. São Paulo: Ex-Libris Comunicação Integrada, 2010.
  • SALDIVA , P. H. N. et al. Carta de Recomendações em Saúde São Paulo, C40 2011. São Paulo, 2011.
  • SANTAMOURIS, M. Regulating the damaged thermostat of the cities-Status, impacts and mitigation challenges. Energy and Buildings, v.91, p.43-56, 2015.
  • SCHERER, D. et al. Quantification of heat-stress related mortality hazard, vulnerability and risk in Berlin, Germany. ERDE, v.144, n.3-4, p.238-59, 2013.
  • SCOVRONICK, N.; LLOYD, S. J.; KOVATS, R.S. Climate and health in informal urban settlements. Environment and Urbanization, v.27, n.2, p.657-78, 2015.
  • SHEFFIELD, P. E.; ZARCADOOLAS, C. Health care provider perceptions of climate- related health risks in a low-income urban community. Annals of Behavioral Medicine, v.41, Suppl. 1, p.S115-A115, 2011.
  • SILVA, E. N.; RIBEIRO, H.; SANTANA, P. Clima e saúde em contextos urbanos: uma revisão da literatura. Biblio 3w, v.XIX, 2014. Disponível em : <http://www.ub.edu/geocrit/b3w-1092.htm>.
    » http://www.ub.edu/geocrit/b3w-1092.htm
  • SRIVASTAVA, H. C. et al. Malaria in seasonal migrant population in Southern Gujarat, India. Trop. Biomed, v.28, n.3, p.638-45, 2011.
  • STRUCHINER, C. J. et al. Increasing Dengue Incidence in Singapore over past 40 years: population growth, climate and mobility. Plos One, v.10, n.8, p.a, 2015.
  • TAESLER, R. The Bioclimate in Temperate and Northern Cities. International Journal of Biometeorology, v.35, n.3, p.161-8, 1991.
  • THE WORLD BANK. Urban Development. Disponível em: <http://www.worldbank.org/en/topic/urbandevelopment/overview>. Acesso em: 12 fev. 2016.
    » http://www.worldbank.org/en/topic/urbandevelopment/overview
  • VANOS, J.K. Children's health and vulnerability in outdoor microclimates: A comprehensive review. Environment International, v.76, p.1-15, 2015.
  • VANOS, J. K. et al. Hot play grounds and children´s health: a multiscale analysis of surface temperatures in Arizona, USA. Landscape and Urban Planning, v.146, p.29-42, 2016.
  • VIEGAS, C. V. et al. Urban Land Planning: the role of Master Plan in influencing local temperatures. CITIES, v.35, p.1-13, 2013.
  • VLACHOKOSTAS, C. et al. Synergies between environmental pressures in the urban climate: combined air quality and noise exposure assessment in Thessaloniki, Greece. Global Nest Journal, v.15, n.2, p.209-17, 2013.
  • WALMERS, F. Effects of Vegetation on Urban Climate and Buildings. Energy and Buildings, v.15, n.3-4, p.507-14, 1991.
  • WOODCOCK, J. et al. Health and Climate Change 2. Public Health benefits of strategies to reduce greenhouse-gas emissions: urban land transport. Lancet, v.374, n. 9705, p.1930-43, 2009.
  • XAVIER, T. M. B. S.; XAVIER, A. F. S.; SILVA DIAS, M.A.F. Evolução da precipitação diária num ambiente urbano: O Caso da Cidade de São Paulo. Rev. Bras. Meteor., v.9, n.1, p.44-53, 1994.
  • ZORAN, M. et al. Satellite remote sensing image based-analysis of effects due to urbanization on climate and health. Earth Resources and Environmental Remote Sensing/GIS Applications IV, Dresden, v.8893, 2013.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Apr 2016

Histórico

  • Recebido
    22 Fev 2016
  • Aceito
    15 Mar 2016
Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo Rua da Reitoria,109 - Cidade Universitária, 05508-900 São Paulo SP - Brasil, Tel: (55 11) 3091-1675/3091-1676, Fax: (55 11) 3091-4306 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: estudosavancados@usp.br