A matéria deste número de estudos avançados é vasta e diferenciada, não comportando esquemas simplificadores. O leitor encontrará desde reflexões sobre a Universidade na era eletrônica até um acura-
do ensaio sobre a “Precaução” que se deve ter no uso das inovações tecnocientíficas. De resto, o primado atual da tecnologia é um dos temas transversais que aproximam artigos sobre objetos tão variados.
O mesmo espírito anima o dossiê sobre Ambientalismo no conflito com interesses econômicos que promovem o desmatamento selvagem. Depois de um curto período de relativo controle, volta a ameaça antiecológica que atinge regiões inteiras da Amazônia e do Nordeste.
No contexto urbano verifica-se igual tensão entre os defensores de um estilo de moradia mais humano (“a cidade para as pessoas”, na expressão de Gehl, 2010GEHL, J. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2010.)1 1 Ver, nesta edicão, o artigo “Fim das utopias? A cidade de São Paulo e a discussão do urbanismo contemporâneo”, de Antonio Claudio Pinto da Fonseca e Carlos Guilherme Mota. e a violenta deterioração do espaço de que são exemplos e vítimas os bairros de baixa classe média e as favelas na periferia das grandes cidades.
Nos artigos sobre Saúde são contemplados aspectos da judicialização e da crescente medicalização da área.
A seção final, dedicada a resenhas, traz análises de nossa história cultural.
Que abra este número reflexões sobre a universidade, centradas em problemas cruciais vividos pela USP, é um sinal alvissareiro da vocação do IEA para repensar o Ensino Superior em um contexto renovador. O assunto, de todo modo, é polêmico, e a sua discussão deve enriquecer-se com o concurso de mais de um ponto de vista.
Referência
- GEHL, J. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2010.
Nota
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1
Ver, nesta edicão, o artigo “Fim das utopias? A cidade de São Paulo e a discussão do urbanismo contemporâneo”, de Antonio Claudio Pinto da Fonseca e Carlos Guilherme Mota.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Jan-Apr 2019
