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EM MEIO AOS CAMINHOS, ALGUMAS PEDRAS: apontamentos sobre Ruy Fausto e a política

FAUSTO, Ruy. Caminhos da esquerda: elementos para uma reconstrução. São Paulo: Companhia das letras, 2017. 209

Originário de um artigo publicado na revista Piauí – que teve grande repercussão, devido, entre outras coisas, ao debate com o economista Samuel Pessoa –, o livro Caminhos da esquerda: elementos para uma reconstrução , do filósofo Ruy Fausto, nos traz para o olho do furacão teórico e político pelo qual passa a esquerda brasileira e mundial. Com cinco capítulos, dois apêndices de resposta às indagações críticas de Pessoa, introdução e conclusão, Fausto pretende fazer tanto uma incursão pelo que chama de patologias da esquerda, passando por suas crises e possibilidades de superação – que poderiam apontar para elementos (programáticos e filosóficos) essenciais para sua reconstrução como esquerda autêntica ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. ) – quanto uma crítica aos discursos e teorizações veiculados pela direita e extrema-direita. 1 1 O ânimo crítico e debatedor endereçado à direita é algo que pode ser encontrado em boa parte da obra de Fausto. É o caso de textos como Sobre o raciocínio político de Oliveiros S. Ferreira ( Fausto; Schwarz, 1967 ), em que polemiza contra o autor direitista e possuidor de um pensamento ambíguo.

Não podemos perder de vista o fato de que a preocupação de Fausto com a política e a esquerda pode ser encontrada desde os seus primeiros textos ( Fausto, 1967FAUSTO, R. A revolução brasileira de Caio Prado Jr. Teoria e prática, São Paulo, v. 1, n. 2, 1967. ) como em seu artigo crítico a Caio Prado Jr. (2014)PRADO JÚNIOR, C. A revolução brasileira: a questão agrária no Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 2014. 463 p. e seu livro A revolução brasileira. Contudo, à época, o ponto de vista do filósofo uspiano mirava a defesa da luta armada como essencial às mudanças estruturais do Brasil, e agora seu ponto de fuga coaduna com o desenvolvimento e aperfeiçoamento das democracias representativas ocidentais ( Fausto, 2013FAUSTO, R. Na sequência do meu texto “Esquerda/ Direita: em busca dos fundamentos e reflexões críticas” e do seu postcriptum (como uma resposta a Vladimir Safatle). Revista fevereiro, São Paulo, v. 6, n. 1, abr./maio, 2013. ). Todavia é possível ver, no trabalho de Fausto, uma linha de continuidade mais profunda, em que a política aparece como momento essencial da constituição de uma “humanidade humana”, lembrando que os sujeitos fazem a história, embora a façam de acordo com condições dadas materialmente ( Fausto, 1987FAUSTO, R. Marx: lógica e política. São Paulo: Editora brasiliense, 1987. Tomo 1, 247 p. ). Desta feita, Fausto acabava por colocar na ordem do dia um movimento tríplice de diferenciação: diferenciava-se de certa vertente do marxismo, a qual tomava a política como mero epifenômeno da economia; lograva criticar o althusserianismo em voga, apontando as aporias aparentadas com o positivismo, criadas pela sua leitura de Marx quanto à lógica, à história e à política; e afastava-se da leitura fortemente ontológica dos textos marxianos colocada em prática por Giannotti (1980)GIANNOTTI, J. A. Contra Althusser. In: GIANNOTTI, J. A. Exercícios de Filosofia. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Cebrap, 1980. p. 85-103. . Não obstante, mesmo se diferenciando desse último, partilhava com ele os métodos e técnicas intelectuais da filosofia universitária francesa – procedimento um tanto comum em meio ao chamado Seminário d’ O capital –, gestando uma espécie de marxismo filosófico e aberto ( Arantes, 1994ARANTES, P. Um departamento francês de ultramar: estudos sobre a formação da cultura filosófica uspiana (umas experiências nos anos 60). São Paulo: Paz e Terra, 1994. 316 p. ), bastante produtivo em meio ao acanhado cenário intelectual nacional e que, de certa forma, o acompanha até hoje em seus escritos, mesmo que depois tenha feito críticas à política colocada na ordem do dia a partir de Marx ( Fausto, 2007FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. ).

Voltando-nos mais detidamente para o livro, é necessário ter em mente que as reflexões do filósofo uspiano têm, como pano de fundo, o que chama de ofensiva da direita e da extrema direita no Brasil e no mundo, cujas raízes seriam econômicas e políticas. Nessa ofensiva, as manifestações mais claras seriam a eleição de Donald Trump nos EUA – considerada pelo autor como elemento de maior gravidade, pois constitui ponta de lança de um governo paleoconservador do qual nunca tivemos notícias antes – e as votações expressivas e ganhos eleitorais de populistas de direita e partidos radicais direitistas na Áustria, na Holanda e na França, para ficarmos com alguns. Naquela, sua aparição e concretização mais clara, ocorreu o processo de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Tais avanços direitistas são atribuídos pelo autor aos fracassos e derrotas de certa esquerda pelo mundo, como aquelas da crise do comunismo de caserna, da social-democracia – irreconhecível como força contestatória do capitalismo – e dos populismos e semipopulismos, à la Hugo Chaves (Venezuela) e Cristina Kirchner (Argentina). Contudo o filósofo uspiano não perde de vista a resistência oferecida pela esquerda a essa situação, com o surgimento de novas organizações independentes, à maneira do já derrotado partido esquerdista grego Syriza e o partido-movimento Podemos, sediado na Espanha, ou mesmo a campanha em torno da candidatura social-democrata de Bernie Sanders, cujo programa causou um tremor sensível no meio político conservador estadunidense, ligados, de um modo ou de outro, aos movimentos antissistema como Nuit Debout, Ocuppy Wall Street e os Indignados espanhóis, bem como às mobilizações em prol das lutas de minorias (antirracista, anti-lgbtofobia etc.) e feministas, que, em geral, engrossam a fileira de demandas de esquerda. Além disso, assiste-se à feitura de uma série de obras contrárias à marcha do capitalismo contemporâneo na Alemanha, na França e na Inglaterra, algo que se manifesta nas obras de Axel Honneth, Christian Laval, Pierre Dardot, Rancière etc.

É bom lembrar que o livro em tela é galvanizado por um ponto de vista efetivamente crítico, portanto mais negativo, como o próprio autor alerta nas primeiras páginas. Contudo, não deixa de lado desenvolvimentos com ares mais programáticos, até porque o fato de privilegiar a crítica de ilusões e erros, por mais que não conte com a definição mais clara de objetivos a serem atingidos, permitiria o enfrentamento mais sistemático e efetivo contra as encarnações quiméricas da esquerda mundial e nacional, as quais serão apresentadas adiante. Nesse bojo, o ponto de fuga político de nosso autor, grosso modo , seria constituído por um projeto próximo ao que era conhecido como “socialista” no século XIX. À primeira vista, esse projeto seria por demais difuso, mas contaria com princípios, ou melhor, pressupostos filosóficos e práticos, os quais deveriam ser postos historicamente pela esquerda que leva à sério seu nome e anseios, quais sejam: o antitotalitarismo e também o antiautoritarismo, logo, um programa radicalmente democrático; o anticapitalismo; o caráter republicano, afastando-se da corrupção e das facilidades na administração do bem público; e, por fim, de modo bastante atualizado, o ecologismo. Constitui um projeto estranho ao comunismo, pois, tendo em vista os pontos anteriormente elencados, ele não pretende abolir o Estado, a propriedade privada, e nem mesmo todo o capital, com base numa neutralização extensiva e intensiva do grande capital. Dessa feita, em lugar do capitalismo, deveria se constituir uma sociedade radicalmente democrática, possuidora de uma organização econômica cooperativista, a qual substituiria o Estado, a iniciativa privada, e se utilizaria, por vezes, de capitais não hegemônicos. Tal programa seria inviável de ser colocado em prática no curto prazo, de forma que o que se pretendia, imediatamente, era implantação ou reimplantação de um Estado de Bem-estar, ameaçado de desmonte em todos os quadrantes. Porém, antes de adentrar mais detidamente no desenvolvimento dessas características, é preciso dar dois passos atrás, a fim de dar um para frente, ou seja: precisamos mostrar como o autor expõe as doenças que acometem a esquerda. 2 2 Linhas do raciocínio desenvolvido neste livro acerca da esquerda e sua crítica já poderiam ser vislumbradas em artigos reunidos em obras anteriores ( Fausto, 2007 , 2009 , 2014 ).

Fausto lança como hipótese explicativa sobre as enfermidades enfrentadas pela esquerda o fato de que, por razões e formas distintas, vivenciou-se, nos “últimos cem anos, um período de alienação radical do projeto de esquerda em relação ao que ela representou na origem, e deveria continuar representando” ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , p. 15). Tal projeto era assentado numa ideia de que a sociedade burguesa civilizada não cumpriu, na prática, as promessas de seu discurso, pois ele era baseado principalmente nas ideias de autonomia, liberdade, igualdade e fraternidade, e essas ideias se encontram encalacradas e em potência nas sociedades modernas, de sorte que sua realização se tornaria possível a partir de uma crítica imanente da sociedade em questão. Contudo o autor se afasta de boa parte da esquerda, a qual, segundo ele, não resiste à tentação de tomar a história como um progresso sucessivo e unilinear, de modo que Fausto prefere uma filosofia complexificada, a qual veria, no âmbito histórico, tanto linhas claras de progresso histórico e civilizatório quanto de regressão bárbara.

Voltando ao assunto, seguindo o nosso autor, três seriam as patologias que assolam a esquerda no mundo e no Brasil: o totalitarismo igualitarista, o reformismo adesista e o populismo. O primeiro se originou a partir de uma tendência da esquerda russa no início do século XX, experimentou uma hegemonia em meio à esquerda mundial a partir da segunda década do mesmo século, e se manifesta ainda como stalinismo, trotskismo, maoísmo e castrismo, presentes atualmente na esquerda europeia, no pensamento de Slavoj Zizek e Alain Badiou. No Brasil, teria sua atuação nas frações estudantis dos partidos como Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e Partido da Causa Operária (PCO), e em frações do Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o autor, o temor de parte da esquerda de se livrar do totalitarismo vem do medo de se isolar da história, ou seja, de perder suas bases reais. Mas, segundo Fausto (2017)FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , isso é uma ilusão, dado que a esquerda sempre representou ideias de ruptura.

Outra patologia que já assolou a esquerda no Brasil, mas hoje seria apenas um apanágio direitista, é o reformismo adesista – tendência que se formou em torno do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso –, caracterizado pela adesão ao sistema político-econômico vigente e pela ideia de que não haveria alternativa ao liberalismo econômico. Para nosso autor, a mudança da esquerda para direita dessa tendência seria explicada por uma enganosa consciência da necessidade de ser coerente ou fiel à sua classe, enquanto, para eles mesmos, isso seria a expressão de sua própria maturidade.

Por fim, o populismo é a última patologia da esquerda citada pelo autor, representada principalmente pelo PT. É constituída por uma “liderança carismática autoritária, uma política que une, ao menos na aparência, interesses de classes mais ou menos antagônicos e certo laxismo na administração da riqueza pública” ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , p. 29). Ainda que não tenha os três elementos reunidos, o autor acredita que dá pra ser chamado de populismo, desde que tenha os outros bem marcados, como é o caso do PT, para o qual faltaria o autoritarismo, mas sobraria carisma, aliança de classes e laxismo. O PT logrou colocar em prática políticas positivas, como a diminuição expressiva da pobreza e o aumento real do salário mínimo. Mas, ligados a isso, vieram não só uma política de aliança de classes, mas também o uso abusivo da máquina do Estado em benefício próprio, o que conduziu a esquerda brasileira a um impasse que “não paga o preço de parte dos resultados obtidos pela sua política redistributiva” ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , p. 31), já que a ela saiu desmoralizada e a direita levantou a cabeça.

Apesar de todo o interesse e a necessidade de uma análise crítica da esquerda, dois elementos não deixam de chamar a atenção. Em primeiro lugar, vê-se que uma mesma categoria pode subsumir os elementos mais díspares, como é o caso do totalitarismo, no qual estão presentes Mao Tsé-Tung, Badiou, partes do PT e frações do movimento estudantil, em especial a uspiana. Por mais que Fausto possa argumentar que a lógica na qual imantam sua prática seja totalitária, não deixa de ser heuristicamente enfraquecedor manifestações políticas tão diferentes serem colocadas sob a mesma égide categorial. Isso pode levar mesmo ao comprometimento de uma compreensão mais apurada das possibilidades políticas progressistas presentes na realidade, dado que, com essas lentes, poderíamos condenar, de maneira acrítica, movimentos como o da ocupação de escolas por parte dos secundaristas e o das ocupações de moradias sem função social alguma, nas cidades brasileiras – essenciais, salvo engano, para o alargamento da democracia e da civilidade no Brasil (Cf. Medeiros et al., 2016MEDEIROS, J. et al. Escolas de luta. São Paulo: Veneta, 2016. 336 p. ) (Cf. Boulos, 2014BOULOS, G. Por que ocupamos? uma introdução à luta dos sem-teto. São Paulo: Scortecci, 2014. 100 p. ), pois eles poderiam promover “ocupações em séries, ‘cadeiraços’ e outros abusos” ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , p. 23). 3 3 Com essa colocação, não queremos nem deslegitimar uma crítica mais geral ao autoritarismo e ao totalitarismo ainda bastante presente na esquerda, nem queremos simetrizar movimentos sociais tão dispares. Apenas apontamos que uma moldura por demais formal pode levar a consequências problemáticas do ponto de vista intelectual e político. Em segundo lugar, em consonância com o elemento anterior, poderíamos elencar um problema de gênese categorial, visto que Fausto, ao que parece, parte de uma categoria formal e, a partir daí, passa a classificar movimentos e forças políticas presentes na esquerda em geral, pendendo para uma lógica formal e positiva, a qual perderia de vista justamente a complexidade e a concretude propiciadas pela dialética e sua crítica imanente (Cf. Marx, 1974MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos. In: GIANNOTTI, J. A. (Org.). Manuscritos econômicos-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril, 1974. p. 7-55. ). Outro desdobramento disso pode ser também sentido nas análises de Fausto sobre o Brasil, deixando de lado determinações essenciais do cenário nacional, colocando em tela uma visão abstrata sobre o período de Lula e Dilma, conhecido como lulismo e das raízes do processo de impeachment , o qual colocou fim aos governos petistas (Cf. Singer, 2018SINGER, A. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das letras, 2018. 389 p. ), legando uma visão fragmentada sobre o tema, caro à esquerda brasileira.

Ligado à crítica anterior, é preciso notar que uma questão sensível no texto de Fausto gira em torno dos limites da política na esquerda. De acordo com o filósofo uspiano ( Fausto, 2017FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. ), Gramsci seria um autor superado para se pensar a contemporaneidade, visto que não havia teorizado o totalitarismo de esquerda, e apenas a noção gramsciana de hegemonia seria produtiva, desde que entendida na chave do consenso e da disputa de perspectiva política. Porém, parece-nos que o programa de esquerda e a crítica, ambos ideados por Fausto, carecem de uma visão mais complexa sobre a política, pois, em meio à efetivação de seu programa, conflitos de grande repercussão e consequências entre grupos e classes necessariamente se dariam, dado que interesses e estruturas sociais demasiado arraigados seriam alterados. Algo que as ideias de Fausto parecem não abarcar, enfatizando por demais as dimensões consensuais da democracia e do político. Nesse bojo, algumas lições do marxista sardo (Cf. Gramsci, 2014GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere: Maquiavel – notas sobre o Estado e a política. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2014. v. 3, 431 p. ) parecem se afigurar como interessantes, até porque abririam para a esquerda, de maneira bastante sugestiva, uma noção do político baseada num nexo indissociável e fundamental entre consenso e coerção, ou o exercício do poder político e a condição de legitimidade desse poder, sem o qual, quiçá, os caminhos de uma nova esquerda possam ser trilhados.

REFERÊNCIAS

  • ARANTES, P. Um departamento francês de ultramar: estudos sobre a formação da cultura filosófica uspiana (umas experiências nos anos 60). São Paulo: Paz e Terra, 1994. 316 p.
  • ARANTES, P. Zero à esquerda. São Paulo: Conrad, 2007. 306p.
  • ARANTES, P. O novo tempo do mundo e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014. 460 p.
  • BOULOS, G. Por que ocupamos? uma introdução à luta dos sem-teto. São Paulo: Scortecci, 2014. 100 p.
  • FAUSTO, R. A revolução brasileira de Caio Prado Jr. Teoria e prática, São Paulo, v. 1, n. 2, 1967.
  • FAUSTO, R. Marx: lógica e política. São Paulo: Editora brasiliense, 1987. Tomo 1, 247 p.
  • FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p.
  • FAUSTO, R. Outro dia: intervenções, entrevistas, outros tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. 312 p.
  • FAUSTO, R. Na sequência do meu texto “Esquerda/ Direita: em busca dos fundamentos e reflexões críticas” e do seu postcriptum (como uma resposta a Vladimir Safatle). Revista fevereiro, São Paulo, v. 6, n. 1, abr./maio, 2013.
  • FAUSTO, R. A esquerda encapuçada. Revista Piauí, São Paulo, 1º dez. 2014.
  • FAUSTO, R.; SCHWARZ, R. Sobre o raciocínio político de Oliveiros S. Ferreira. Teoria e Prática, São Paulo, v. 1, n. 1, 1967.
  • GIANNOTTI, J. A. Contra Althusser. In: GIANNOTTI, J. A. Exercícios de Filosofia. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Cebrap, 1980. p. 85-103.
  • GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere: Maquiavel – notas sobre o Estado e a política. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2014. v. 3, 431 p.
  • MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos. In: GIANNOTTI, J. A. (Org.). Manuscritos econômicos-filosóficos e outros textos escolhidos. São Paulo: Abril, 1974. p. 7-55.
  • MEDEIROS, J. et al. Escolas de luta. São Paulo: Veneta, 2016. 336 p.
  • PRADO JÚNIOR, C. A revolução brasileira: a questão agrária no Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 2014. 463 p.
  • SINGER, A. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das letras, 2018. 389 p.
  • 1
    O ânimo crítico e debatedor endereçado à direita é algo que pode ser encontrado em boa parte da obra de Fausto. É o caso de textos como Sobre o raciocínio político de Oliveiros S. Ferreira ( Fausto; Schwarz, 1967FAUSTO, R.; SCHWARZ, R. Sobre o raciocínio político de Oliveiros S. Ferreira. Teoria e Prática, São Paulo, v. 1, n. 1, 1967. ), em que polemiza contra o autor direitista e possuidor de um pensamento ambíguo.
  • 2
    Linhas do raciocínio desenvolvido neste livro acerca da esquerda e sua crítica já poderiam ser vislumbradas em artigos reunidos em obras anteriores ( Fausto, 2007FAUSTO, R. A esquerda difícil: em torno do paradigma e dos destinos das revoluções no século XX e alguns outros temas. São Paulo: Perspectiva, 2007. 356 p. , 2009FAUSTO, R. Outro dia: intervenções, entrevistas, outros tempos. São Paulo: Perspectiva, 2009. 312 p. , 2014FAUSTO, R. A esquerda encapuçada. Revista Piauí, São Paulo, 1º dez. 2014. ).
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    Com essa colocação, não queremos nem deslegitimar uma crítica mais geral ao autoritarismo e ao totalitarismo ainda bastante presente na esquerda, nem queremos simetrizar movimentos sociais tão dispares. Apenas apontamos que uma moldura por demais formal pode levar a consequências problemáticas do ponto de vista intelectual e político.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jun 2019
  • Data do Fascículo
    Jan-Apr 2019

Histórico

  • Recebido
    28 Dez 2017
  • Aceito
    30 Jan 2019
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