Editorial
Recente avaliação internacional (1981-1995), feita pelo Prof. Gideon Czapski da Universidade Hebraica de Jerusalém, por solicitação do Ministério da Ciência e Tecnologia, mostrou que a produção científica brasileira dobrou neste período, aumentando de 0,43% para 0,8% sua participação na produção mundial. Este crescimento é 1,57 vezes maior do que a média do crescimento mundial. Das 24 áreas avaliadas, apenas 6 - Economia e Administração (189), Ciências da Computção (349), Direito (6), Ciências dos Materiais (810), Educação (64) e Pscicologia e Psiquiatria (298) - tiveram menos de 1000 publicações em revistas indexadas pelo Instituto de Informação em Ciência (ISI). Sem contabilizar as publicações de Bioquímica, computadas com as da área de Biologia, foram publicados 3580 trabalhos de Química. Além disto, nas Ciências dos Materiais, uma das 8 áreas cujo crescimento é 2 vezes maior do que a média mundial, a participação dos químicos é expressiva.
Quando se compara a produção científica brasileira de Química do período 81-89 com a do período 90-95, observa-se que o número de trabalhos dobrou de 170 para 340 por ano. Este crescimento pode, em parte, ser creditado ao PADCT, o que mostra que os químicos souberam utilizar os recursos que receberam deste programa. No entanto, a avaliação da ciência brasileira feita pelo Prof. Czapski deixa bem claro que esta, apesar do crescimento que teve nos últimos 15 anos, ainda é pouco expressiva no cenário mundial.
Fica a certeza de que se os recursos aumentarem para a área de Química serão bem aproveitados, nos tirando da desconfortável posição de 34º. no ranking mundial, incompatível com o porte da indústria química brasileira.
Angelo da Cunha Pinto
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
10 Set 2010 -
Data do Fascículo
1997
