Acessibilidade / Reportar erro

Economias de escala e de escopo: desmistificando alguns aspectos da transição

Resumos

Nas duas últimas décadas, o mundo industrial assistiu a uma crescente fragmentação e segmentação dos seus mercados, especialmente para o setor de bens de consumo duráveis. O resultado consiste na crescente dificuldade para a exploração das economias de escala 'tradicionais' por meio de equipamento altamente especializado e a produção de bens padronizados. Daí a recente ênfase no conceito de economias de escopo. Entretanto, várias conclusões imprecisas são encontradas na literatura referentes à transição de economias de escala para economias de escopo. O propósito deste artigo é identificar algumas dessas conclusões e introduzir argumentos no sentido e organizar a discussão sobre o assunto

economias de escala; economias de escopo; mudança técnica


In the last two decades, the industrial world witnessed an intensifying fragmentation and segmentation of its markets, especially for the consumer durable goods. The upshot is the ever-increasing difficulty for the exploration of 'traditional' economies of scale by means of highly specialised equipment and production of standardised goods. Thus, the recent vogue of the concept of economies of scope. Nevertheless, various inaccurate conclusions in relation to the transition from economies of scale to economies of scope are found in the literature. The aim of this paper is to pinpoint some of these conclusions and try to introduce some arguments in order to organise the discussion on the subject

economies of scale; economies of scope; technical change


Economias de escala e de escopo: desmistificando alguns aspectos da transição

Cláudio SzwarcfiterI; Paulo Roberto T. DalcolII

IDoutorando do DEI/PUC-Rio

IIProfessor Associado, PhD. Departamento de Engenharia Industrial, PUC-Rio. Rua Marquês de S. Vicente, 225, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. E-mail prtd@rdc.puc-rio.br

RESUMO

Nas duas últimas décadas, o mundo industrial assistiu a uma crescente fragmentação e segmentação dos seus mercados, especialmente para o setor de bens de consumo duráveis. O resultado consiste na crescente dificuldade para a exploração das economias de escala 'tradicionais' por meio de equipamento altamente especializado e a produção de bens padronizados. Daí a recente ênfase no conceito de economias de escopo. Entretanto, várias conclusões imprecisas são encontradas na literatura referentes à transição de economias de escala para economias de escopo. O propósito deste artigo é identificar algumas dessas conclusões e introduzir argumentos no sentido e organizar a discussão sobre o assunto.

Palavras-chave: economias de escala, economias de escopo, mudança técnica.

ABSTRACT

In the last two decades, the industrial world witnessed an intensifying fragmentation and segmentation of its markets, especially for the consumer durable goods. The upshot is the ever-increasing difficulty for the exploration of 'traditional' economies of scale by means of highly specialised equipment and production of standardised goods. Thus, the recent vogue of the concept of economies of scope. Nevertheless, various inaccurate conclusions in relation to the transition from economies of scale to economies of scope are found in the literature. The aim of this paper is to pinpoint some of these conclusions and try to introduce some arguments in order to organise the discussion on the subject.

Keywords: economies of scale, economies of scope, technical change.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • ALCORTA, Ludovico. The impact of new technologies on scale in manufacturing industries: issues and evidence. World Development. Inglaterra, v. 22, no 5, p. 755-769, 1994.
  • CAIRNCROSS, Sir Alec Introduction to Economics. 5a edição. Londres, Butterworths, 1973.
  • CHANDLER, Jr., Alfred D. Scale and Scope: The Dynamics of Industrial Capitalism. EUA, Belknap / Harvard, 1990.
  • HAYES, R.H e WHEELWRIGHT, S.C. Restoring our Competitive Edge: Competing through Manufacturing. New York, Wiley, 1984.
  • KRAJEWSKI, L.J. e RITZMAN, L.P. Operations Management: Strategy and Analysis. 4Ş ed. EUA, Addison-Wesley, 1996.
  • PEREZ, Carlota. Microelectronics, long waves and structural change: new perspectives for developing countries. World Development. Inglaterra, v. 13, no 3, pp. 441-463, 1985.
  • PINDYCK, Robert S. e RUBINFELD, Daniel L. Microeconomics. 2a ed. EUA, Macmillan, 1992.
  • POSSAS, Maria Silvia. Concorrência e Competitividade: Notas Sobre Estratégia e Dinâmica Seletiva na Economia Capitalista. Tese de doutorado. UNICAMP, 1993.
  • SCHERER, F. M. Industrial Market Structure and Economic Performance. 2a ed. EUA, Houghton Mifílin, 1980.
  • SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção do Ponto de Vista da Engenharia de Produção. Porto Alegre, Bookman, 1996.
  • SZWARCFITER, Cláudio. Crise do Fordismo e Seus Desdobramentos na Organização da Produção: Um Estudo Exploratório. Dissertação de mestrado. PUC-Rio, 1995.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Out 2010
  • Data do Fascículo
    Dez 1997
Associação Brasileira de Engenharia de Produção Av. Prof. Almeida Prado, Travessa 2, 128 - 2º andar - Room 231, 05508-900 São Paulo - SP - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: production@editoracubo.com.br