Acessibilidade / Reportar erro

Expressão Facial Como Acesso À Consciência do Recém-Nascido

Resumos

Este artigo propõe uma reflexão a respeito do uso de movimentos expressivos como indicadores de estados subjetivos no bebê recém-nascido, a partir de registros de reações a estímulos nociceptivos e a estímulos olfativos e gustativos. A análise dessas reações (choro e expressões faciais de agrado e desagrado) evidencia sintonia com o ambiente e variabilidade individual - duas condições implicadas no sentido de consciência como "awareness"- e exclui a possibilidade de uma interpretação desses movimentos como reações reflexas. Considerando-se o bebê como ser social e altamente comunicativo, estas evidências permitem admitir uma correspondência estreita entre movimentos expressivos e estados internos, um pressuposto comum às teorias de emoção.

Expressões faciais; Consciência; Recém-nascido; Percepção; Diferenças individuais


This paper considers the use of expressive movements as indicators of subjective states in the newborn baby. Records of newborns’ reactions to nociceptive and to olfactory and gustatory stimuli (cry and facial expressions of pleasure and displeasure) are analysed as evidences of syntony with the environment and individual variability - two conditions implied in the meaning of consciousness as "awareness" - and exclude the interpretation of these movements as reflex reactions. Since the baby is recognized as a social and an intensely communicative being, these evidences allow the admission of a strict correspondence between expressive movements and internal states, a common assumption of emotion theories.

Facial expressions; Consciousness; Neonates; Perception; Individual differences


EXPRESSÃO FACIAL COMO ACESSO À CONSCIÊNCIA DO RECÉM-NASCIDO

Niélsy Helena Puglia Bergamasco

Instituto de Psicologia - USP

Este artigo propõe uma reflexão a respeito do uso de movimentos expressivos como indicadores de estados subjetivos no bebê recém-nascido, a partir de registros de reações a estímulos nociceptivos e a estímulos olfativos e gustativos. A análise dessas reações (choro e expressões faciais de agrado e desagrado) evidencia sintonia com o ambiente e variabilidade individual – duas condições implicadas no sentido de consciência como "awareness"– e exclui a possibilidade de uma interpretação desses movimentos como reações reflexas. Considerando-se o bebê como ser social e altamente comunicativo, estas evidências permitem admitir uma correspondência estreita entre movimentos expressivos e estados internos, um pressuposto comum às teorias de emoção.

Descritores: Expressões faciais. Consciência. Recém-nascido. Percepção. Diferenças individuais.

A literatura reconhece os movimentos faciais como um dos indicadores de consciência, ao lado de outros movimentos expressivos, reações fisiológicas e relatos verbais (Engelmann, 1991). Em termos metodológicos esta colocação torna-se especialmente relevante para o estudo de organismos não verbais, como é o caso de bebês e crianças pequenas.

Inúmeros estudos têm demonstrado a existência de um vocabulário facial inato, pan-humano, de sinais emocionais: ao expressar as emoções básicas de tristeza, alegria, nojo, raiva e medo, a face humana fala uma linguagem universal (Ekman, 1973; Ekman & Friesen, 1975; Ekman, Sorenson & Friesen, 1969). Desde o período perinatal registros obtidos em diferentes tipos de estudos mostram que os bebês são capazes de produzir quase todas as expressões faciais de emoção características do adulto, e esses movimentos são automaticamente percebidos como emocionais pelo ambiente social (Trevarthen, 1979). Nesse sentido pode-se dizer que o bebê é um comunicador inato, um requisito compreensível dada a sua condição de ser biologicamente social (Carvalho, 1989, 1992).

A evidência de eficácia comunicativa implica, por si só, a presença de atributos usualmente relacionados à consciência, como a intencionalidade e a percepção de si mesmo? Segundo Trevarthen (1979), a resposta é positiva. Para se comunicar o bebê precisa ser capaz de exibir pelo menos os rudimentos de consciência ("consciousness") individual e de intencionalidade – o que Trevarthen chama de subjetividade – e de ajustar a sua subjetividade à subjetividade dos outros – intersubjetividade. Os bebês apresentam também comportamentos muito diferenciados em relação a coisas e a pessoas, mostrando que essas duas classes de objetos são distintas em sua consciência ("awareness"). Neste contexto, é útil a distinção feita por Ades (1993) entre esses dois significados de consciência, que a língua portuguesa, diferentemente da inglesa, não discrimina:" consciousness" ou consciência em sentido estrito, em geral inferida a partir de relato verbal, e "awareness" que indica um estado de atenção, um" dar-se conta" de algo, evidenciando uma sintonia com o ambiente. Este último sentido permite abordar o fenômeno "consciência" em organismos não-verbais, inclusive animais não-humanos (Ades, 1995). É neste sentido que o conceito de consciência será utilizado aqui. Em termos evolutivos, o gesto comunicativo é originalmente uma reação a um estímulo, evidenciada no comportamento, sob a forma de reações fisiológicas, posturais ou faciais que, dado um contexto social, podem ser tratados como expressões de subjetividade – percepções, emoções, preferências– sem implicação necessária de intencionalidade.

Entre todas as manifestações de subjetividade, as mais básicas, compartilhadas por todas as espécies animais, são o prazer e o desprazer. Dessas manifestações a dor é uma das mais intensas, mais conspícuas e mais relevantes em termos de valor adaptativo e, nas espécies em que ocorre cuidado intraespecífico, também em termos de eficácia comunicativa. Nosso primeiro argumento a respeito do uso de movimentos expressivos como acesso a estados subjetivos do recém-nascido é a análise de suas reações a estímulos nociceptivos.

Registro das reações de bebês a estímulos nociceptivos

As teorias de emoção assumem que há uma correspondência entre expressão emocional e sentimentos e estados afetivos (Izard, 1977). No entanto, ainda há controvérsia sobre a existência efetiva da sensação de dor no recém-nascido, mesmo na presença de reações expressivas de desconforto, como choro, movimentos faciais, posturais ou alterações fisiológicas, sendo mais comuns as teses de que o recém-nascido não sente dor ou não tem memória para a dor (Anand, Carr & Hickey, 1987; Porter, 1989).

O argumento tradicional alegado em defesa dessas teses é a incompleta mielinização do sistema nervoso ao nascimento (Anand, Carr & Hickey, 1987). A descoberta, posteriomente, de dois tipos de receptores nociceptivos – os mecanoreceptores, moderadamente mielinizados, e os polimodais, não mielinizados – reduz a força desse argumento, uma vez que está demonstrado que ambos conduzem informação ao cerébro, embora com velocidades diferentes: os primeiros levam rapidamente a informação da dor aguda e localizada, enquanto no segundo caso é conduzida lentamente a informação relativa à dor prolongada e difusa (Anand & Carr, 1989).

Além disso, estudos com crianças pequenas demonstraram, desde a década de setenta, que já aos três meses de idade estão presentes expressões faciais e outros movimentos expressivos indicadores de sensação de dor (Grunau, Johnston & Craig, 1990; Izard, Hembree, Dougherty & Spizzirri, 1983; Izard, Hembree & Huebner, 1987).

Partindo desse pressuposto – de que expressões faciais e outros movimentos expressivos podem ser tomados como indicadores de estados internos, no caso a sensação de dor – registramos as reações de 60 recém-nascidos em duas situações de rotina hospitalar: injeção intramuscular de vitamina K, entre 10 e 30 minutos após o nascimento, e o teste de fenilcitonúria (lancetamento e pressão no calcanhar) realizado entre 48 e 72 horas de vida (Delevati, 1993; Delevati & Bergamasco, 1994).

A análise dos movimentos faciais e do choro demonstrou um padrão consistente de resposta associado à estimulação nociceptiva em ambos os procedimentos. O padrão de movimentos faciais encontrado contém todos os componentes definidos na literatura como indicadores de dor (Grunau & Craig, 1987; Grunau, Johnston & Craig, 1990; Guinsburg, 1993).

Este tipo de resultado não implica que a experiência subjetiva de dor do recém-nascido seja semelhante à experiência de crianças mais velhas e adultos (Anand, Carr & Hickey, 1987), mas indica claramente a ocorrência de um estado subjetivo particular e reconhecível, em sintonia com o ambiente.

Todos os bebês choraram nos dois procedimentos. Como apontam Lester & Boukydis (1992), o choro de dor pode ser diferenciado de choros provocados por outros tipos de situações, o que tem levado ao uso da resposta de choro como medida de dor e como evidência de que recém-nascidos experienciam dor. É interessante apontar, neste contexto, o fato de que cerca de um terço de nossa amostra chorou também em reação a procedimentos aparentemente menos invasivos como a desinfecção do calcanhar com algodão umidificado e mesmo a manipulação e imobilização da perna para a injeção. Isto sugere um gradiente de desprazer/desconforto que deveria ser investigado através de estímulos potencialmente desagradáveis, mas menos estressantes. Os resultados relatados a seguir constituem uma abordagem preliminar a essa questão através da análise do valor hedônico de estímulos químicos para recém-nascidos.

Estimulação química e valor hedônico

O paladar e o olfato, assim como todas as modalidades sensoriais, exercem um papel de informação quanto ao ambiente, mas têm também uma outra qualidade específica, possivelmente ligada ao caráter filogeneticamente arcaico destes canais sensoriais: a retenção afetiva da informação. Toda sensação neste domínio provoca simultaneamente a identificação do estímulo e uma reação emocional a seu respeito. Esta reação emocional, primária, situa-se em um contínuo bipolar que se estende do agradável ao desagradável e que tem, muito provavelmente, um papel não negligenciável na aprendizagem posterior das condutas (Chiva, 1983).

Tendo focalizado originalmente a funcionalidade dos sistemas sensoriais de olfato e gustação e a capacidade de discriminação entre estímulos químicos em recém-nascidos (Bergamasco & Beraldo, 1990b), deparamo-nos com a questão do valor hedônico destes estímulos e do papel potencial das reações observadas – movimentos faciais – como indicadores de estados internos de prazer e desprazer. Na exposição que se segue serão apresentados alguns dados relevantes para uma reflexão sobre expressões faciais como uma via de acesso à consciência do recém-nascido, com o significado delimitado acima.

Registro das reações de bebês a estímulos químicos

Os dados que subsidiam esta reflexão foram obtidos através de registro em vídeo de movimentos faciais de recém-nascidos saudáveis e a termo a estímulos gustativos (N= 15) e olfativos (N=16), apresentados aos bebês entre 10 e 72 horas de vida (média de 43 horas).

Os estímulos gustativos utilizados eram soluções aquosas de sacarose (25%) para o sabor doce, ácido cítrico (2,5%) para o azedo e sulfato de quinino (0,25%) para o amargo. Como estímulo neutro e de comparação utilizou-se água destilada (Bergamasco & Beraldo, 1990b).

Os estímulos olfativos eram substâncias líquidas com aromas artificiais de alimentos: baunilha, morango, chocolate, mel, leite, manga, peixe, alho e cebola (Bergamasco & Beraldo, 1990a), apresentados, por aproximadamente 15 segundos, em tuchos de papel filtro embebidos com a substância aromática.

A análise dos movimentos faciais com base nas categorias mais freqüentes de resposta a cada estímulo gustativo permitiu a definição de um padrão de reação para cada modalidade de sabor. Esta análise mostrou que as expressões faciais eliciadas por esses estímulos não são tão estereotipadas como é usualmente sugerido na literatura (Rosenstein & Oster, 1988; Steiner, 1977, 1979). Há uma considerável sobreposição de acões faciais discretas, assim como da configuração total da face eliciada pelos diferentes sabores. Além disso, embora se possa identificar reações típicas para cada sabor, são aparentes as diferenças individuais com relação à intensidade das reações indicadas pelo número de movimentos faciais e pela duração total da resposta (Bergamasco, 1994; Bergamasco & Beraldo, 1993).

O registro das expressões em resposta a esses mesmos estímulos e aos estímulos olfativos permitiu também estudar o caráter hedônico dessas respostas, através de avaliações de juízes treinados, utilizando uma escala de 5 pontos.

O valor hedônico está entre os principais atributos psicológicos relacionados aos estímulos químicos (Schmidt & Beauchamp, 1988). As habilidades do adulto na discriminação de odores e sabores com base no valor hedônico já está bem estabelecida, já que o relato verbal é consensualmente aceito como medida de preferência, aceitação ou rejeição e prazer. A literatura é, no entanto, bastante controvertida em relação a esta habilidade em neonatos e crianças pequenas. Alguns autores, como Engen (1988), argumentam que o valor hedônico, pelo menos no caso de odores, é adquirido, afirmando que "não há nenhuma evidência de uma escala perceptual hedônica, nem qualquer evidência de palavras que denotem tal conhecimento, mesmo em crianças de 3 anos de idade." (Engen, 1988, p.90). Por outro lado, Schmidt e Beauchamp (1988) demonstraram que a obtenção deste tipo de evidência depende crucialmente da metodologia utilizada: trabalhando com crianças de 9 meses, estes autores tomam, como indicadores de preferências e aversões, a freqüência e duração de manipulação, pela criança, de objetos odorizados. Estas e outras medidas permitem inferir a capacidade da criança em detectar estímulos químicos e atribuir-lhes valor hedônico, embora a ausência de resposta não indique se há um fracasso na detecção ou indiferença hedônica ao estímulo.

No caso de recém-nascidos, respostas manipulativas também não podem ser utilizadas, restando como alternativas os movimentos corporais, expressivos e fisiológicos. Há ainda alguma controvérsia quanto ao uso de expressões faciais como indicadores de reações hedônicas, por se tratar de uma medida indireta, necessariamente mediada pela avaliação de juízes (Cowart, 1981). Nossos dados utilizando este tipo de medida revelaram-se, no entanto, muito consistentes. Juízes treinados, utilizando critérios pré-definidos referentes à presença de determinados movimentos faciais, em procedimento duplo-cego,1 1 Procedimento duplo-cego consiste na aplicação de estímulos sem que o aplicador tenha conhecimento de qual estímulo está sendo apresentado, e posterior classificação das reações sem que os juízes tenham conhecimento do estímulo que as provocou. mostraram alto grau de concordância ao avaliar os movimentos faciais de recém-nascidos como respostas a estímulos agradáveis, desagradáveis e neutros. Além disso, observadores leigos de várias faixas etárias (crianças, adolescentes e adultos com e sem filhos) concordaram consistentemente, entre si e com os juízes treinados, ao avaliarem em termos hedônicos as expressões faciais dos bebês em resposta a estímulos gustativos e olfativos (Bergamasco, Lima & Krusnauska, 1992).

Dor, Desprazer, Prazer: Consciência?

"Não há nada que seja tão transparente e tão claro quanto o fato de termos consciência (...) Este aspecto indubitável de estar consciente de fez com que, durante muito tempo, a Psicologia se definisse como a ciência dos fenômenos conscientes e tornou natural que, ao considerar os animais como objeto de pesquisa, fosse efetuada a tentativa de entender-lhes a consciência ..." (Ades, 1995, p.39). No entanto, como diz o mesmo autor, o que está em jogo não é a consciência do pesquisador a respeito do comportamento do seu sujeito, mas sim a do próprio sujeito: é o ponto de vista deste que deve ser levado em conta, a partir do conhecimento prévio a seu respeito.

Será justificável, a partir da evidência de movimentos expressivos, pressupor consciência ("awareness") em recém-nascidos? O conhecimento atual sobre o recém-nascido permite identificá-lo como um organismo altricial2 2 Denomina-se altricial o organismo que, ao nascer, depende de cuidados parentais para a sua sobrevivência, em oposição ao organismo precoce, que apresenta locomoção e um grau maior de autonomia logo após o nascimento. do ponto de vista motor, mas extremamente precoce do ponto de vista senso-perceptual e comunicativo (Papousek & Bornstein, 1992). O bebê humano nasce equipado para uma interação funcional com o ambiente social, que mediará sua relação com o mundo (Carvalho, 1988).

É portanto essencial, do ponto de vista adaptativo, que o bebê compartilhe seus estados internos com seus parceiros sociais (Trevarthen, 1977, 1979). É plenamente justificável admitir uma correspondência estreita entre movimentos expressivos e estados subjetivos, já que a comunicação a respeito desses estados é fundamental para a sobrevivência do bebê. Como já foi apontado, é desnecessário pressupor uma intencionalidade semelhante à experienciada pela consciência adulta. O sentido de consciência como "awareness" implica, basicamente, uma sintonia com o ambiente e uma variabilidade individual – tal como evidenciadas pelos nossos dados– que excluem a possibilidade de uma interpretação desses movimentos como reações reflexas.

Agradecimentos

A Profa. Dra. Ana Maria Almeida Carvalho, pelas sugestões e comentários em relação ao manuscrito.

Ao CNPq, pelo subsídio sob a forma de bolsa de pesquisa.

BERGAMASCO, N.H.P. Facial Expression as an Access to Newborn’s Consciousness. Psicologia USP, São Paulo, v.8, n.2, p.275-286, 1997.

Abstract: This paper considers the use of expressive movements as indicators of subjective states in the newborn baby. Records of newborns’ reactions to nociceptive and to olfactory and gustatory stimuli (cry and facial expressions of pleasure and displeasure) are analysed as evidences of syntony with the environment and individual variability – two conditions implied in the meaning of consciousness as "awareness" – and exclude the interpretation of these movements as reflex reactions. Since the baby is recognized as a social and an intensely communicative being, these evidences allow the admission of a strict correspondence between expressive movements and internal states, a common assumption of emotion theories.

Index terms: Facial expressions. Consciousness. Neonates. Perception. Individual differences.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADES, C. Uma consciência animal? [Trabalho apresentado no Simpósio "Consciência" na 45. Reunião Anual da SBPC., Recife, Pernambuco, 1993.]

ADES, C. Reflexões acerca da consciência animal. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 13., Pirassununga, São Paulo, 1995. Anais de Etologia. Pirassununga, Sociedade Brasileira de Etologia / Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, 1995. p.39-54.

ANAND, K.J.S.; CARR, D.B. The neuroanatomy, neurophysiology, and neurochemistry of pain, stress, and analgesia in newborns and children. Pediatric Clinics of North America, v.36, n.4, p.795-822, 1989.

ANAND, K.J.S.; CARR, D.B.; HICKEY, P.R. Randomized trial of high-dose sufentanil anesthesia in neonates undergoing cardiac surgery: hormonal and hemodynamic stress responses. Anesthesiology, v.67, 1987. [Abstract]

BERGAMASCO, N.H.P. Individual Differences in human neonates. In: MEETING OF THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR COMPARATIVE PSYCHOLOGY, 7., São Paulo, 1994. Program & Abstracts. São Paulo, Sociedade Internacional de Psicologia Comparativa / Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 1994. p.40-1.

BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Chemical Perception: individual differences in neonates. In: BIENNIAL MEETINGS OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 12., Recife, Pernambuco, 1993. Abstracts. Recife, 1993. p.12.

BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Comparação de respostas de recém-nascidos e adultos à estímulos olfativos. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 8., Natal, Rio Grande do Norte, 1990. Resumos. Natal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1990a. p.30.

BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Facial expressions of neonate infants in response to gustatory stimuli. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v.23, n.3/4, p.245-9, 1990b.

BERGAMASCO, N.H.P.; LIMA, A.; KRUSNAUSKA, I. Facial expressions as communicative acts in neonates. In: EUROPEAN CONFERENCE ON DEVELOPMENTAL PSYCHOLOGY OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 5., Seville, Spain, 1992. Abstracts. Seville, 1992. p.243.

CARVALHO, A.M.A. Etologia das relações mãe-criança no ser humano. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 6., Florianópolis, Santa Catarina, 1988. Anais. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 1988. p.39-45.

CARVALHO, A.M.A. O lugar do biológico na psicologia: o ponto de vista da etologia. Biotemas, v.2, n.2, p.81-92, 1989.

CARVALHO, A.M.A. Seletividade e vínculo na interação entre crianças. São Paulo, 1992. 97p. Tese (Livre-Docência) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.

CHIVA, M. Goût et communication non verbale chez le jeune enfant. Enfance, n.1/2, p.53-64, 1983.

COWART, B.J. Development of taste perception in humans: sensitivity and preference throughout the life span. Psychological Bulletin, v.90, n.1, p.43-73, 1981.

DELEVATI, N.M. Dor no recém-nascido: análise dos movimentos faciais e do choro em resposta a estímulos nociceptivos. São Paulo, 1993. 97p. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.

DELEVATI, N.M.; BERGAMASCO, N.H.P. Pain in the neonate: facial movements and crying analysis in response to nociceptive stimuli. In: BIENNIAL MEETINGS OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 13., Amsterdam, Holland, 1994. Abstracts. Amsterdam, 1994. p.169.

EKMAN, P. Darwin and facial expression: a century of research in review. New York, Academic Press, 1973.

EKMAN, P.; FRIESEN, W. Unmaking the face: a guide to recognizing emotions from facial clues. Englewood Clifffs, NJ, Prentice Hall, 1975.

EKMAN, P.; SORENSON, E.; FRIESEN, W. Pan-cultural elements in facial displays of emotions. Science, v.164, p.86-8, 1969.

ENGELMANN, A. A possibilidade do estudo científico da consciência. São Paulo, 1991. 156p. Tese (Livre-Docência) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.

ENGEN, T. The acquisition of odour hedonics. In: VAN TOLLER, S.; DODD, G.H., eds. Perfumery: the psychology and biology of fragrance. New York, Chapman and Hall, 1988.

GRUNAU, R.V.E.; GRAIG, K.D. Pain expression in neonates: facial action. Pain, v.28, n.3, p.395-410, 1987.

GRUNAU, R.V.E.; JOHNSTON, C.C.; CRAIG, K.D. Neonat facial and crying responses to invasive and non-invasive procedures. Pain, v.42, p.295-305, 1990.

GUINSBURG, R. Dor no recém-nascido prematuro, intubado e ventilado: avaliação multidimensional e resposta à analgesia com fentanil. São Paulo, 1993. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina.

IZARD, C.E. Human emotions. New York, Plenum Press, 1977.

IZARD. C.E.; HEMBREE, E.A.; DOUGHERTY, L.M.; SPIZZIRRI, C.C. Changes in facial expressions of 2-to 19-months-old infants following acute pain. Developmental Psychology, v.19, n.3, p.418-26, 1983.

IZARD, C.E.; HEMBREE, E.A.; HUEBNER, R. Infants’ emotion expressions to acute pain: developmental change and stability of individual differences. Developmental Psychology, v.23, n.1, p.105-13, 1987.

LESTER, B.M.; BOUKYDIS, C.F.Z. No language but a cry. In: PAPOUSEK, H.; JÜRGENS, U.; PAPOUSEK, M., eds. Nonverbal vocal communication: comparative and developmental approaches. Cambridge, Cambridge University Press, 1992. p.145-73.

PAPOUSEK, H.; BORNSTEIN, M.H. Didactic interactions: intuitive parental support of vocal and verbal development in human infants. In: PAPOUSEK, H.; JÜRGENS, U.; PAPOUSEK, M., eds. Nonverbal vocal communication: comparative and developmental approaches. Cambridge, Cambridge University Press, 1992. p.209-29.

PORTER, F. Pain in the newborn. Clinics in Perinatology, v.16, n.2, p.549-64, 1989.

ROSENSTEIN, D.; OSTER, H. Differencial facial responses to four basic tastes in newborns. Child Development, v.59, n.6, p.1555-68, 1988.

SCHMIDT, H.; BEAUCHAMP, G.K. Adult-like odor preference patterns in 9-month-old infants. [Poster presented at AChemS 12, Sarasota, Florida, 1990.]

SCHMIDT, H.; BEAUCHAMP, G.K. Adult-like odor preferences and aversions in three-year-old children. Child Development, v.59, n.4, p.1136-43, 1988.

STEINER, J.E. Facial expressions of the neonate infant indicating the hedonic of food-related chemical stimuli. In: WEIFFENBACH, J.M., ed. Taste and devlopment: the genesis of sweet preference. Bethesda, MD, NIH-DEW, 1977. p.173-89.

STEINER, J.E. Human facial expression in response to taste and smell stimulation. Advances in Child Development and Behavior, v.13, p.257-95, 1979.

TREVARTHEN, C. Communication and cooperation in early infancy: a description of primary intersubjectivity. In: BULLOWA, M., ed. Before speech: the beginning of interpersonal communication. Cambridge, Cambridge University Press, 1979. p.321-47.

TREVARTHEN, C. Descriptive analyses of infant communicative behaviour. In: SCHAFFER, H.R., org. Studies in mother-infant interaction. New York, Academic Press, 1977. p.227-69.

  • ADES, C. Reflexőes acerca da conscięncia animal. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 13., Pirassununga, Săo Paulo, 1995. Anais de Etologia Pirassununga, Sociedade Brasileira de Etologia / Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de Săo Paulo, 1995. p.39-54.
  • ANAND, K.J.S.; CARR, D.B. The neuroanatomy, neurophysiology, and neurochemistry of pain, stress, and analgesia in newborns and children. Pediatric Clinics of North America, v.36, n.4, p.795-822, 1989.
  • BERGAMASCO, N.H.P. Individual Differences in human neonates. In: MEETING OF THE INTERNATIONAL SOCIETY FOR COMPARATIVE PSYCHOLOGY, 7., Săo Paulo, 1994. Program & Abstracts Săo Paulo, Sociedade Internacional de Psicologia Comparativa / Instituto de Psicologia da Universidade de Săo Paulo, 1994. p.40-1.
  • BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Chemical Perception: individual differences in neonates. In: BIENNIAL MEETINGS OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 12., Recife, Pernambuco, 1993. Abstracts Recife, 1993. p.12.
  • BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Comparaçăo de respostas de recém-nascidos e adultos ŕ estímulos olfativos. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 8., Natal, Rio Grande do Norte, 1990. Resumos Natal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1990a. p.30.
  • BERGAMASCO, N.H.P.; BERALDO, K.E.A. Facial expressions of neonate infants in response to gustatory stimuli. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v.23, n.3/4, p.245-9, 1990b.
  • BERGAMASCO, N.H.P.; LIMA, A.; KRUSNAUSKA, I. Facial expressions as communicative acts in neonates. In: EUROPEAN CONFERENCE ON DEVELOPMENTAL PSYCHOLOGY OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 5., Seville, Spain, 1992. Abstracts Seville, 1992. p.243.
  • CARVALHO, A.M.A. Etologia das relaçőes măe-criança no ser humano. In: ENCONTRO ANUAL DE ETOLOGIA, 6., Florianópolis, Santa Catarina, 1988. Anais. Florianópolis, Universidade Federal de Santa Catarina, 1988. p.39-45.
  • CARVALHO, A.M.A. O lugar do biológico na psicologia: o ponto de vista da etologia. Biotemas, v.2, n.2, p.81-92, 1989.
  • CARVALHO, A.M.A. Seletividade e vínculo na interaçăo entre crianças. Săo Paulo, 1992. 97p. Tese (Livre-Docęncia) - Instituto de Psicologia, Universidade de Săo Paulo.
  • CHIVA, M. Goűt et communication non verbale chez le jeune enfant. Enfance, n.1/2, p.53-64, 1983.
  • COWART, B.J. Development of taste perception in humans: sensitivity and preference throughout the life span. Psychological Bulletin, v.90, n.1, p.43-73, 1981.
  • DELEVATI, N.M. Dor no recém-nascido: análise dos movimentos faciais e do choro em resposta a estímulos nociceptivos. Săo Paulo, 1993. 97p. Dissertaçăo (Mestrado) - Instituto de Psicologia, Universidade de Săo Paulo.
  • DELEVATI, N.M.; BERGAMASCO, N.H.P. Pain in the neonate: facial movements and crying analysis in response to nociceptive stimuli. In: BIENNIAL MEETINGS OF INTERNATIONAL SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIORAL DEVELOPMENT, 13., Amsterdam, Holland, 1994. Abstracts Amsterdam, 1994. p.169.
  • EKMAN, P. Darwin and facial expression: a century of research in review. New York, Academic Press, 1973.
  • EKMAN, P.; FRIESEN, W. Unmaking the face: a guide to recognizing emotions from facial clues. Englewood Clifffs, NJ, Prentice Hall, 1975.
  • EKMAN, P.; SORENSON, E.; FRIESEN, W. Pan-cultural elements in facial displays of emotions. Science, v.164, p.86-8, 1969.
  • ENGELMANN, A. A possibilidade do estudo científico da conscięncia Săo Paulo, 1991. 156p. Tese (Livre-Docęncia) - Instituto de Psicologia, Universidade de Săo Paulo.
  • ENGEN, T. The acquisition of odour hedonics. In: VAN TOLLER, S.; DODD, G.H., eds. Perfumery: the psychology and biology of fragrance. New York, Chapman and Hall, 1988.
  • GRUNAU, R.V.E.; GRAIG, K.D. Pain expression in neonates: facial action. Pain, v.28, n.3, p.395-410, 1987.
  • GRUNAU, R.V.E.; JOHNSTON, C.C.; CRAIG, K.D. Neonat facial and crying responses to invasive and non-invasive procedures. Pain, v.42, p.295-305, 1990.
  • GUINSBURG, R. Dor no recém-nascido prematuro, intubado e ventilado: avaliaçăo multidimensional e resposta ŕ analgesia com fentanil. Săo Paulo, 1993. Tese (Doutorado) - Escola Paulista de Medicina.
  • IZARD, C.E. Human emotions New York, Plenum Press, 1977.
  • IZARD. C.E.; HEMBREE, E.A.; DOUGHERTY, L.M.; SPIZZIRRI, C.C. Changes in facial expressions of 2-to 19-months-old infants following acute pain. Developmental Psychology, v.19, n.3, p.418-26, 1983.
  • IZARD, C.E.; HEMBREE, E.A.; HUEBNER, R. Infants emotion expressions to acute pain: developmental change and stability of individual differences. Developmental Psychology, v.23, n.1, p.105-13, 1987.
  • LESTER, B.M.; BOUKYDIS, C.F.Z. No language but a cry. In: PAPOUSEK, H.; JÜRGENS, U.; PAPOUSEK, M., eds. Nonverbal vocal communication: comparative and developmental approaches. Cambridge, Cambridge University Press, 1992. p.145-73.
  • PAPOUSEK, H.; BORNSTEIN, M.H. Didactic interactions: intuitive parental support of vocal and verbal development in human infants. In: PAPOUSEK, H.; JÜRGENS, U.; PAPOUSEK, M., eds. Nonverbal vocal communication: comparative and developmental approaches. Cambridge, Cambridge University Press, 1992. p.209-29.
  • PORTER, F. Pain in the newborn. Clinics in Perinatology, v.16, n.2, p.549-64, 1989.
  • ROSENSTEIN, D.; OSTER, H. Differencial facial responses to four basic tastes in newborns. Child Development, v.59, n.6, p.1555-68, 1988.
  • SCHMIDT, H.; BEAUCHAMP, G.K. Adult-like odor preferences and aversions in three-year-old children. Child Development, v.59, n.4, p.1136-43, 1988.
  • STEINER, J.E. Facial expressions of the neonate infant indicating the hedonic of food-related chemical stimuli. In: WEIFFENBACH, J.M., ed. Taste and devlopment: the genesis of sweet preference. Bethesda, MD, NIH-DEW, 1977. p.173-89.
  • STEINER, J.E. Human facial expression in response to taste and smell stimulation. Advances in Child Development and Behavior, v.13, p.257-95, 1979.
  • TREVARTHEN, C. Communication and cooperation in early infancy: a description of primary intersubjectivity. In: BULLOWA, M., ed. Before speech: the beginning of interpersonal communication. Cambridge, Cambridge University Press, 1979. p.321-47.
  • TREVARTHEN, C. Descriptive analyses of infant communicative behaviour. In: SCHAFFER, H.R., org. Studies in mother-infant interaction. New York, Academic Press, 1977. p.227-69.
  • 1
    Procedimento duplo-cego consiste na aplicação de estímulos sem que o aplicador tenha conhecimento de qual estímulo está sendo apresentado, e posterior classificação das reações sem que os juízes tenham conhecimento do estímulo que as provocou.
  • 2
    Denomina-se altricial o organismo que, ao nascer, depende de cuidados parentais para a sua sobrevivência, em oposição ao organismo precoce, que apresenta locomoção e um grau maior de autonomia logo após o nascimento.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      25 Nov 1998
    • Data do Fascículo
      1997
    Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo Av. Prof. Mello Moraes, 1721 - Bloco A, sala 202, Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, 05508-900 São Paulo SP - Brazil - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: revpsico@usp.br