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Editorial

EDITORIAL

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Caros leitores, é com muita satisfação que informamos que Psicologia USP foi classificada na última avaliação WebQualis da CAPES como periódico A2 na área de Psicologia. Esta conquista é fruto do trabalho incessante de toda a sua equipe editorial e técnica e, especialmente, da enorme dedicação da professora Ana Maria Loffredo, que há pouco deixou o cargo de editora, após quase 10 anos à frente do periódico.

É necessário, além disso, destacar o apoio que sempre recebemos da Biblioteca Dante Moreira Leita, na figura de sua diretora, Maria Imaculada Sampaio, e o trabalho fundamental desenvolvido por sua equipe, especialmente pelas bibliotecárias Angélica Paulovic Sabadini e Maria Marta Nascimento. Também devemos agradecimento especial à diretoria do Instituto de Psicologia da USP, que há anos vem apoiando de maneira incondicional o trabalho da Comissão Executiva, e ao dedicado trabalho realizado por Gérson da Silva Mercês e Rosiani Pereira da Silva na preparação dos originais. Em nome da equipe editorial do periódico, agradecemos também pelo apoio de toda a comunidade de colaboradores, autores e pareceristas que contribuíram para a qualidade do periódico ao longo de seus 23 anos.

Esta conquista foi obtida, em grande medida, em virtude da coerência com que sua equipe editorial sempre procurou seguir aos princípios editoriais que embasam sua existência. Uma expressão de tais princípios pode ser encontrada no conjunto de textos que compõe este número, que tem início com dois artigos, Religiosidade e Espiritualidade em Oncologia: Concepções de Profissionais da Saúde e Psico-oncologia: atuação do psicólogo no Hospital de Câncer de Barretos, que discutem, sob diferentes perspectivas, o tema fundamental da atuação do psicólogo nos serviços de saúde. Em seguida, o artigo A perspectiva evolucionista sobre relações românticas discute um tema clássico da Psicologia Social, apresentando recentes pesquisas na área que permitem defender tanto a necessidade da permanência da integração teórica neste tema de estudo quanto a relação entre tal integração e a importância desses estudos para a intervenção clínica.

Os demais trabalhos apresentam contribuições teóricas e conceituais a diversas leituras da psicanálise. O artigo Psicanálise e a escrita de emancipação: Discussão entre Deleuze e Joel Birman aponta intercessões e diferenças entre as obras de Deleuze e de Birman, o qual, ao retomar o tema clássico do feminino na tradição psicanalítica, ao mesmo tempo propõe novas formas de entender o desamparo e permite um pensamento original sobre o sujeito da diferença. Os dois próximos artigos recaem nas discussões a respeito das contribuições teórico-conceituais das reflexões lacanianas. Também dedicado ao tema da feminilidade, o artigo A feminilidade como uma posição de sujeito: uma abordagem lacaniana estabelece aproximações e distinções entre as obras de Freud e Lacan na forma como abordam este assunto, e o artigo Sexuação, desejo e gozo lança reflexões sobre a conhecida afirmação lacaniana "a relação sexual não existe", por meio da discussão de suas fórmulas quânticas da sexuação. O artigo Ampliação winnicottiana da noção freudiana de inconsciente discute desenvolvimentos da noção de inconsciente que têm como base a reflexão sobre a noção freudiana de recalque originário e que implicam a existência de processos inconscientes cuja origem encontra-se em um momento em que não existe ainda o recalque como mecanismo de defesa. E, por fim, o artigo Na outra cena da representação: considerações ferenczianas sobre o trauma discute como, para o autor húngaro, o potencial estruturante ou desestruturante do trauma não devia ser tomado como predicado do próprio trauma, mas como movimento do psiquismo, em que o atributo "estruturante" não pode ser tomado como inteiramente apartado do atributo "desestruturante".

Desejamos a todos uma ótima leitura.

Gustavo Martineli Massola

Editor

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Maio 2013
  • Data do Fascículo
    Abr 2013
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