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Psico-Oncologia: atuação do psicólogo no Hospital de Câncer de Barretos

Psico-oncología: el psicólogo en el Hospital del Cáncer de Barretos

Psycho-oncology: the psychologist in the Barretos Cancer Hospital

La psycho-oncologie: le psychologue à L' Hôspital des Cancers de Barretos

Resumos

A Psico-Oncologia surgiu a partir da necessidade do acompanhamento psicológico ao paciente com câncer, a sua família e à equipe que o acompanha. O papel do psicólogo em oncologia propõe o apoio psicossocial e psicoterapêutico diante do impacto do diagnóstico e de suas consequências e mostra a possibilidade de auxílio para melhor enfrentamento e qualidade de vida do doente e de seus familiares. O objetivo deste relato consiste em descrever a atuação desenvolvida por psicólogos do Serviço de Psicologia do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII - SP, uma instituição médica especializada em oncologia.

Serviço Hospitalar de Oncologia; Psico-oncologia; Equipe de Assistência ao Paciente


La Psico-oncología surgió de la necesidad del acompañamiento psicológico al paciente con cáncer, su familia y el personal que lo acompaña. El papel del psicólogo en oncología ofrece apoyo psicosocial y psicoterapéutico contra el impacto del diagnostico y sus consecuencias, y muestra la posibilidad de una ayuda a un mejor afrontamiento y calidad de vida de los pacientes y sus familias. El propósito de este informe es describir el papel desarrollado por psicólogos del Servicio de Psicología del Hospital de Cáncer de Barretos/Fundación Pio XII - SP - Brasil, una institución médica especializada en oncología.

Servicio de Oncología del Hospital; Psico-oncología; Personal de Atención al Paciente


Psycho-oncology arose from the need of psychological intervention for patients with cancer, their families and medical staff. The role of the psychologist in this field is to provide psychosocial support and psychotherapy in face of the impact of the diagnosis and its aftermath. It aims at facilitating better coping and quality of life for patients and their families. The objective of this report is to describe the actions developed by the psychologists of the Department of Psychology at the Barretos Cancer Hospital/ Pio XII Foundation - SP, a medical institution specialized in oncology.

Oncology Service; Hospital; Psycho-oncology; Patient Care Team


La psycho-oncologie aborde la nécessité de l`accompagnemente psychique des patients avec le cancer, sa famille et l'équipe qui lui accompagnent. Le rôle du psychologue qui travaille dans le service d'oncologie propose un appui psychosocial et psychothérapeutique devant l'impacte de la diagnostique et ses consequences, et montre la possibilité d'une aide pour le meilheur affaire face à la qualité de la vie du pacient et de ses familliers. L'object de ce rapport c'est la description de la performance du psycologue de l'Hôpital des Cancers de Barretos - Fondaction Pio XII - São Paulo - Brésil, une institution médicale specialisée en oncologie.

Service hospitalier de l'oncologie; Psycho-oncologie; Equipe d'assistance au patient


ARTIGOS ORIGINAIS

Psico-Oncologia: atuação do psicólogo no Hospital de Câncer de Barretos11 Agradecemos ao Núcleo de Apoio ao Pesquisador do Hospital de Câncer de Barretos/ Fundação Pio XII e à psicóloga Tatiane Botton (Unidade de Jales), o auxílio na finalização do artigo.

Psycho-oncology: The psychologist in the Barretos Cancer Hospital

La psycho-oncologie: le psychologue à L' Hôspital des Cancers de Barretos

Psico-oncología: el psicólogo en el Hospital del Cáncer de Barretos

Camila Saliba Soubhia Scannavino; Daniela Batista Sorato; Manuela Polidoro Lima; Anna Helena Junqueira Franco; Mariana Paschoal Martins; Joel Carlos Morais Júnior; Priscila Regina Torres Bueno; Fabiana Faria Rezende; Nelson Iguimar Valério

RESUMO

A Psico-Oncologia surgiu a partir da necessidade do acompanhamento psicológico ao paciente com câncer, a sua família e à equipe que o acompanha. O papel do psicólogo em oncologia propõe o apoio psicossocial e psicoterapêutico diante do impacto do diagnóstico e de suas consequências e mostra a possibilidade de auxílio para melhor enfrentamento e qualidade de vida do doente e de seus familiares. O objetivo deste relato consiste em descrever a atuação desenvolvida por psicólogos do Serviço de Psicologia do Hospital de Câncer de Barretos/Fundação Pio XII - SP, uma instituição médica especializada em oncologia.

Palavras-chave: Serviço Hospitalar de Oncologia. Psico-oncologia. Equipe de Assistência ao Paciente.

ABSTRACT

Psycho-oncology arose from the need of psychological intervention for patients with cancer, their families and medical staff. The role of the psychologist in this field is to provide psychosocial support and psychotherapy in face of the impact of the diagnosis and its aftermath. It aims at facilitating better coping and quality of life for patients and their families. The objective of this report is to describe the actions developed by the psychologists of the Department of Psychology at the Barretos Cancer Hospital/ Pio XII Foundation - SP, a medical institution specialized in oncology.

Keywords: Oncology Service. Hospital. Psycho-oncology. Patient Care Team.

RÉSUMÉ

La psycho-oncologie aborde la nécessité de l`accompagnemente psychique des patients avec le cancer, sa famille et l'équipe qui lui accompagnent. Le rôle du psychologue qui travaille dans le service d'oncologie propose un appui psychosocial et psychothérapeutique devant l'impacte de la diagnostique et ses consequences, et montre la possibilité d'une aide pour le meilheur affaire face à la qualité de la vie du pacient et de ses familliers. L'object de ce rapport c'est la description de la performance du psycologue de l'Hôpital des Cancers de Barretos - Fondaction Pio XII - São Paulo - Brésil, une institution médicale specialisée en oncologie.

Mots-clés: Service hospitalier de l'oncologie. Psycho-oncologie. Equipe d'assistance au patient.

RESUMEN

La Psico-oncología surgió de la necesidad del acompañamiento psicológico al paciente con cáncer, su familia y el personal que lo acompaña. El papel del psicólogo en oncología ofrece apoyo psicosocial y psicoterapéutico contra el impacto del diagnostico y sus consecuencias, y muestra la posibilidad de una ayuda a un mejor afrontamiento y calidad de vida de los pacientes y sus familias. El propósito de este informe es describir el papel desarrollado por psicólogos del Servicio de Psicología del Hospital de Cáncer de Barretos/Fundación Pio XII - SP - Brasil, una institución médica especializada en oncología.

Palabras clave: Servicio de Oncología del Hospital. Psico-oncología. Personal de Atención al Paciente.

Introdução

A doença crônica pode produzir consequências como dor, desconforto, baixa autoestima, incerteza quanto ao futuro, ideias suicidas, medos, pânico, transtornos gerais e específicos de conduta, dificuldades no relacionamento familiar e interpessoal, ansiedade, depressão, entre outros (Evans, 2006; Kersting et al., 2004; King et al., 2006; Miyazaki, Domingos, & Valerio, 2006; Valerio, 2003). O sofrimento emocional associado a essas doenças, se ignorado, pode acarretar redução significativa na qualidade de vida do paciente e de seus familiares e afetar de forma negativa a adesão aos tratamentos de reabilitação (Baptista & Dias, 2010; Corring, 2002; Dellve, Samuelsson, Tallborn, & Hallberg, 2006; King et al., 2006; Miyazaki, Domingos, Caballo, & Valerio, 2001).

Para pesquisadores da área, pacientes com diagnóstico de câncer apresentam tendências à depressão quando comparados com a população saudável (Linden et al., 2009), e, como esta pode interferir nos resultados do processo de tratamento, deve ser precocemente avaliada e tratada (Satin, Linden, & Phillips, 2009).

Segundo Lourenção, Santos Jr. e Luiz (2010), os estressores que se associam ao diagnóstico e ao tratamento do câncer acarretam perdas importantes na qualidade de vida dos indivíduos e implicam a necessidade de um ajustamento psicossocial dos pacientes e seus familiares, além de demandarem intervenções psicoterapêuticas especializadas. Para esses autores:

Nas últimas décadas, psicólogos da saúde vêm integrando equipes médicas como facilitadores na identificação dos medos, dúvidas e expectativas do paciente, bem como na comunicação mais eficiente entre médico/paciente. Além disso, contribuem no desenvolvimento de estratégias de prevenção e de intervenção com cuidadores de pacientes frente às perdas, muitas vezes, irreversíveis, determinadas pela doença. (p. 47)

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o câncer infantil acomete cerca de cem a cada milhão de crianças (Instituto Nacional do Câncer [INCA], 2010). Por suas características e necessidades de tratamentos agressivos e longos, essa doença age sobre os mais diversos âmbitos da vida dos pacientes, bem como das pessoas a eles relacionadas, fazendo com que o campo da pediatria oncológica vá além dos aspectos estritamente médicos (Bearison & Mulhern, 1994; Herman & Miyazaki, 2007; Lourenção et al., 2010). As implicações psicológicas têm constituído posição importante nos serviços especializados, devido ao fato da enfermidade ser concebida como grave e crônica (Carvalho, 2008).

No atendimento de indivíduos com alguma enfermidade crônica, tal como câncer, as funções do psicólogo devem: favorecer a adaptação dos limites, das mudanças impostos pela doença e da adesão ao tratamento; auxiliar no manejo da dor e do estresse associados à doença e aos procedimentos necessários; auxiliar na tomada de decisões; preparar o paciente para a realização de procedimentos invasivos dolorosos, e, enfrentamento de possíveis consequências dos mesmos; promover melhoria da qualidade de vida; auxiliar a aquisição de novas habilidades ou retomada de habilidades preexistentes; e revisão de valores para o retorno à vida profissional, familiar e social ou para o final da vida (Bianchin, 2003; Glanz, Rimer & Lewis, 2002; Herman, 2007; Herman & Miyazaki, 2007; Miyazaki, Domingos, Valerio, Santos, & Rosa, 2002).

A Psico-Oncologia consiste na interface entre a psicologia e a oncologia. São abordadas questões psicossociais que envolvem também o adoecimento acarretado pelo câncer. Utilizam-se estratégias de intervenção que possam ajudar o paciente e seus familiares no enfrentamento e na aceitação de uma nova realidade, promovendo, assim, melhorias na qualidade de vida (Vianna et al., 2011).

O Hospital de Câncer de Barretos - Fundação Pio XII e o Serviço de Psicologia

A Fundação Pio XII, instituída em 1967, consiste em um núcleo de ensino, pesquisa e serviços especializados para tratamento do câncer. Por se tratar de um hospital com alta complexidade para o tratamento de neoplasias, recebe grande demanda de pacientes provenientes de todos os estados brasileiros. Os atendimentos são oferecidos prioritariamente via Sistema Único de Saúde (SUS). Neste artigo é descrita a atuação dos psicólogos das seguintes unidades:

  • Unidade de Barretos (SP): são oferecidos diversos serviços, tais como, atendimento ambulatorial, quimioterapia, radioterapia, internação, atendimento emergencial, pequenas e grandes cirurgias e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, há um Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), com laboratórios de biologia molecular, telemedicina para realização de videoconferências, biblioteca e salas de estudos. O hospital também dispõe de 13 alojamentos destinados a abrigar pacientes e acompanhantes quando necessário. No momento, a unidade contempla a atuação de seis psicólogos assistenciais e um psicólogo coordenador de Projetos de Pesquisa em Psicologia e Humanização do Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP).

  • Unidade Hospital São Judas Tadeu (Barretos - SP): destinada ao atendimento (ambulatorial/internação) de pacientes em Cuidados Paliativos e Clínica de Dor. A equipe multidisciplinar nessa unidade é composta por dois psicólogos.

  • Unidade de Jales (SP): oferece atendimentos ambulatoriais, laboratoriais, programas de prevenção, radioterapia, radiologia, pequenas cirurgias e quimioterapia. Uma psicóloga é responsável pelos atendimentos psicológicos.

Na Tabela 1 são demonstradas a orientação teórica, especialidades médicas atendidas com a inserção do psicólogo e as atividades desenvolvidas pelos profissionais da Psicologia.

Unidade de Barretos (SP)

Ambulatório e Internação de Especialidades Oncológicas

São realizados atendimentos psicológicos ambulatoriais a pacientes encaminhados pelos médicos ou por uma equipe multiprofissional. Além das solicitações formais, realizadas pelos diversos profissionais, o paciente e/ou seus acompanhantes também podem requisitar o acompanhamento psicológico por meio de abordagem direta dos psicólogos responsáveis.

Os serviços prestados pelos psicólogos são realizados, em sua maioria, de forma individual nos consultórios. Durante o período de internação, o psicólogo responsável pela especialidade médica executa atendimentos no leito ou em local reservado, de acordo com as condições do paciente e/ou cuidador. Os atendimentos direcionados aos cuidadores ocorrem mediante solicitação médica e/ou da equipe multiprofissional.

Atualmente, a equipe não utiliza instrumentos específicos de avaliação de depressão e/ou ansiedade. No momento da primeira avaliação, os psicólogos procuram seguir um roteiro de entrevista desenvolvida pelo próprio departamento, que busca uma anamnese mais completa, avaliando o motivo da solicitação de atendimento, os aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais do paciente, coleta dos dados de identificação e antecedentes psiquiátricos do mesmo e/ou de seus familiares.

Na Tabela 2 são sintetizados os procedimentos psicológicos realizados em algumas especialidades da instituição:

Grupos

O trabalho grupal realizado na instituição segue a abordagem psicoeducativa. Os grupos visam o oferecimento de informações e orientações pertinentes a cada especialidade médica atendida e enfocam dúvidas sobre o tratamento e possíveis intercorrências, mitos e crenças errôneas sobre o adoecimento e a terapêutica. As reuniões nesse formato permitem abranger um maior número de pessoas, fator de significativa importância em um contexto de alta demanda provenientes do serviço de saúde. Cada grupo possui seu público-alvo e objetivos definidos. Alguns são conduzidos pelo psicólogo do setor, enquanto outros são coordenados pelos demais membros da equipe multiprofissional, como, por exemplo, o grupo "Papo Furado", destinado aos laringectomizados, coordenado por uma fonoaudióloga. Na Tabela 3 são descritos os grupos realizados pelos profissionais de psicologia do Hospital de Câncer de Barretos e, na Figura 1, é apresentado o número de atendimentos realizados em grupo, em comparação com os atendimentos individuais em 2011.


Transplante de Medula Óssea (TMO)

O Transplante de Medula Óssea (TMO) constitui-se como alternativa no tratamento de diversas doenças hematológicas e autoimunes, quando não há bom prognóstico oferecido pelos tratamentos convencionais. Entretanto, a ansiedade é ainda maior, uma vez que, após o impacto do diagnóstico, o paciente deve decidir junto de seus familiares pela escolha do procedimento (Torrano-Massetti, Oliveira, Santos, Voltarelli, & Simões, 2000).

Como resultados do transplante, podem ocorrer várias mudanças em relação à dinâmica familiar, como o comprometimento da autonomia, controle pessoal do paciente e a iminência de morte. Diante dessas condições, há a necessidade de um suporte psicológico individual e de grupos de apoio. As atividades desenvolvidas no departamento de TMO são: atendimento ambulatorial pré-TMO, atendimento na internação do TMO, atendimento ambulatorial pós-TMO, grupo de apoio e orientação do TMO (GAOTMO), grupo de apoio aos cuidadores do TMO e grupo de apoio aos colaboradores do TMO.

Neurocirurgia

O paciente oncológico neurocirúrgico geralmente permanece por um tempo prolongado no hospital e, devido ao quadro fisiológico, as alterações de humor podem ser desenvolvidas, mudanças de comportamento e limitações psicomotoras, entre outros sintomas. Dessa forma, os pacientes necessitam de compreensão, apoio e suporte para enfrentar as dificuldades do tratamento e a longa permanência no hospital.

Na instituição-foco do presente trabalho, a equipe da neurocirurgia é composta por médicos, enfermeira, psicóloga, nutricionista, fonoaudióloga e fisioterapeuta, sendo que o trabalho é realizado de forma multidisciplinar e dinâmico. A realização de reuniões semanais, com o objetivo de discutir sobre o estado clínico e prognóstico dos pacientes internados na unidade, auxilia no aprendizado de todos os profissionais e na troca de experiências, pois todos os participantes expõem sua avaliação sobre cada paciente e, no final, discute-se a melhor a conduta individualizada. Dentro dessa equipe, a psicologia tem papel fundamental no tratamento e na reabilitação dos pacientes.

Unidade de Terapia Intensiva (UTI)

O Hospital de Câncer de Barretos dispõe de uma UTI com capacidade total de 20 leitos e estrutura física que facilita a humanização desse espaço.

A sala de acolhimento é um ambiente utilizado pela psicóloga para realizar o acompanhamento psicológico necessário aos acompanhantes de pacientes internados na Unidade e acompanhantes que estejam vivenciando o óbito de seu familiar, que nessas ocasiões, a notícia é comunicada pela equipe médica, assessorada pela Enfermagem e Psicologia. O psicólogo também auxilia no acolhimento de crianças e adolescentes que querem estar com pacientes internados na UTI, dando suporte psicológico necessário para o enfrentamento do adoecer.

O Grupo Acolher é coordenado pela psicóloga da UTI e a atividade acontece semanalmente, na própria sala de espera da UTI. Tem como objetivo acolher familiares e acompanhantes dos pacientes internados nesse local, proporcionar troca de experiências e informações, além de ser um espaço para a expressão de sentimentos e estímulo à participação ativa da família no processo saúde/doença.

O grupo também esclarece aos acompanhantes sobre a rotina diária da UTI, mantendo-os informados sobre a situação atual que estão vivenciando. Em alguns encontros, os demais membros da equipe multidisciplinar (nutricionista, fisioterapeutas, enfermeiros e médicos) são convidados a participar do grupo, assim como profissionais da Ouvidoria do hospital, com o objetivo de esclarecer dúvidas dos participantes.

Todas essas estratégias favorecem a redução de angústia e ansiedade dos acompanhantes, pois proporcionam espaço de escuta para eles. Além disso, a troca de vivências entre os acompanhantes leva-os a compreenderem que muitas pessoas compartilham de sentimentos e dificuldades semelhantes, e faz diminuir o nível de estresse, refletindo de maneira direta no cuidado do paciente e no relacionamento com toda a equipe.

Pediatria

O Departamento de Pediatria da Fundação Pio XII caracteriza-se por sua coesão e união da abordagem e cuidado das crianças e de suas famílias. Nesse contexto, a Psicologia ganha destaque ao focalizar cuidado integral e qualidade de vida durante o tratamento do câncer, tendo, por isso, espaço garantido para desenvolver um trabalho sério e dedicado. No departamento, todos os trabalhos são realizados em conjunto pela equipe multidisciplinar, que proporciona à família mais segurança e credibilidade em relação à equipe responsável pela criança.

O acompanhamento psicológico na pediatria tem como objetivo compreender as necessidades das crianças, de seus familiares e também da equipe, que podem contar com grupos específicos para as dificuldades apresentadas. São desenvolvidos grupos como o de apoio à família da criança com câncer (GRAFA), com finalidade de acolher e orientar angústias, dúvidas e tristezas dos consulentes; e, Grupo de Apoio à Equipe de Pediatria (GAEP), onde os profissionais integrantes contam com um espaço de acolhimento diante de suas frustrações e conquistas profissionais. E, mais recentemente, foi instituído o grupo ACOLHER, o qual contempla as demandas de pais cujos filhos faleceram na Instituição, com o objetivo de oferecer um cuidado integral às famílias enlutadas.

No ambulatório da Instituição são atendidos e avaliados psicologicamente todos os casos novos de crianças com câncer, para auxiliar a família na obtenção de informações e compreender o diagnóstico, tratamento e os cuidados necessários. Durante o período de internação, o acompanhamento é constante e tem a finalidade de fornecer habilidades para o enfrentamento de problemas específicos do sistema de saúde, bem como reduzir crenças disfuncionais em relação à doença e ao tratamento. Para contemplar as intervenções, o Departamento de Pediatria dispõe de duas brinquedotecas, ambientes lúdicos e adequados às crianças de todas as idades que proporcionam condições terapêuticas favoráveis.

Orientação aos colaboradores

Com os colaboradores (funcionários) da instituição, a atuação é destinada à orientação para dificuldades de relacionamento profissional, além de demanda pessoal, como transtornos de humor e de ansiedade, dificuldades no relacionamento interpessoal e familiar. Nessa intervenção, o psicólogo procura esclarecer ao colaborador as questões éticas do atendimento, falando sobre o sigilo e sobre a neutralidade, na tentativa do funcionário poder sentir-se a vontade para falar sobre o que deseja, mesmo que esteja diante de um colega de trabalho, profissional da mesma instituição.

Treinamentos com equipes multiprofissionais também são realizados a fim de aperfeiçoar o trabalho da Psicologia aos colaboradores.

Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP)

A pesquisa, no campo da Psicologia, tem o intuito de produzir conhecimentos resultantes de atividades fundamentadas e colaborar para a melhoria da atuação. Segundo pesquisadores da área, a atividade da pesquisa em Psicologia Hospitalar e Psicologia da Saúde devem ser associadas à assistência de pacientes e à formação de novos profissionais (Cruces, 2008; Miyazaki et al., 2001; Miyazaki et al., 2006).

Procurando seguir tais apontamentos da literatura, o referido hospital possui um Núcleo de Apoio ao Pesquisador (NAP), formado por diversos profissionais relacionados à pesquisa, entre eles, um psicólogo coordenador de Projetos na área Humanização e Psicologia.

As atribuições do cargo incluem o auxílio na elaboração de projetos de pesquisa, estruturação e gerenciamento de banco de dados, auxílio e elaboração dos instrumentos para coleta de dados, gestão de projetos que recebem auxílio dos órgãos de fomento à pesquisa, promoção e palestras, aulas e cursos. Na Tabela 4 é demonstrada a produção desenvolvida e em andamento, que envolve o Serviço de Psicologia:

Unidade Hospital São Judas Tadeu

Os pacientes passam por uma triagem realizada pela Enfermagem, assim que chegam ao ambulatório da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de Barretos. Aguardam na sala de espera para a consulta médica e avaliação dos demais profissionais da equipe, geralmente acompanhados por familiares ou por algum outro cuidador.

O papel do psicólogo, no primeiro momento no atendimento ambulatorial é acolher e estabelecer vínculo; familiarizar pacientes e cuidadores ao 'novo; e, esclarecer dúvidas sobre o novo ambiente de tratamento, a fim de evitar comportamentos mal-adaptativos e pensamentos distorcidos, favorecendo assim, a desmistificação de conceitos errôneos sobre o tratamento, proporcionando bem-estar psicológico e condições para enfrentar melhor o processo de adoecimento. No segundo momento, faz-se necessário identificar, trabalhar, diagnosticar e propor melhorias às demandas de cada paciente (avaliações, esclarecimentos, orientações e psicoterapia). Caso haja necessidade de intervenção psiquiátrica, o paciente é encaminhado ao serviço da cidade de origem.

As famílias também passam por diversos estágios, coincidentes ou não com os vividos pelos pacientes. Por esse motivo, podem ocorrer problemas de comunicação, isolamento social e confusão nos papéis familiares. Em cuidados paliativos, os cuidadores devem ser acolhidos, para que haja a possibilidade dos mesmos elaborarem sensações de impotência diante do sofrimento e da dor do outro (e de si próprios), além de suporte emocional por ocasião do falecimento de familiares. Pode-se oferecer atendimento psicológico nas modalidades individual ou grupal, para o acolhimento das dificuldades emocionais, promovendo o alívio da angústia e o reforço das estratégias de enfrentamento e orientações para a busca de recursos e de apoio (Kelly, McClement, & Chochinov,2006).

Assistência Domiciliar em Cuidados Paliativos

O Hospital de Câncer de Barretos conta hoje com o Programa de Assistência Domiciliar semanal aos pacientes que residem no município, e que devido às limitações e conformidades estão impossibilitados de ter acesso à instituição. O pedido ou a indicação para o atendimento psicológico domiciliar, na Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de Barretos, pode ser feito pelo próprio paciente, por seus familiares, pelo médico ou pela equipe de saúde que o assiste. A partir disso, o psicólogo deve proceder a uma avaliação, identificando as necessidades no atendimento.

A equipe fixa é composta por médico, enfermeiro, psicólogo, farmacêutico, nutricionista, assistente social e assistente humanitário. Entretanto, quando são identificadas necessidades de avaliações de outras áreas além destas, podem ser solicitados terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, musicoterapeuta e fonoaudióloga, ampliando-se o grupo de profissionais para essas situações específicas.

Segundo a OMS, a assistência em Cuidado Paliativo prevê o acompanhamento do paciente e familiar também no processo de luto, buscando acolher a família mesmo após a morte (World Health Organization [WHO], 2002). Dessa forma, é importante que a equipe e a família realizem um "fechamento" desse processo. A equipe de Assistência Domiciliar do Hospital de Câncer de Barretos apresenta essa preocupação com os familiares. Após o óbito (até dois meses após o falecimento) do paciente, é realizado suporte a familiares, por meio da Visita Pós-Óbito realizada por toda a equipe que acompanhou o doente e criou vínculo com a família.

Na instituição, foco do presente artigo, quando o psicólogo, juntamente com a equipe, sinaliza que algum membro da família enlutada apresenta-se com sinais e/ou sintomas que podem dificultar a elaboração do luto ou o seu 'término', é proposta uma avaliação ambulatorial desse com o psicólogo. Se necessário, é encaminhado ao departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da cidade de Barretos para colaborar com o reestabelecimento do indivíduo e da homeostase familiar.

Unidade de Jales

Os atendimentos da Psicologia na unidade abrangem todos os setores do hospital (ambulatório, oncologia clínica, radioterapia, diagnóstico por imagem, pequenas cirurgias/endoscopia), sendo a maior demanda, aos atendimentos na oncologia clínica, seguida pelo ambulatório. A maioria desses encaminhamentos se dá pela equipe médica, podendo ocorrer também via Serviço Social, Ouvidoria e pela equipe multiprofissional como um todo, além da procura pelo próprio paciente ou acompanhante.

Todos os atendimentos são individuais, e no momento, ainda não dispõe de atendimentos grupais. A maior parte da demanda subjetiva dos pacientes está relacionada à doença, ao seu tratamento e às consequências no cotidiano. Também são oferecidos atendimentos para os acompanhantes e colaboradores da Instituição. Em relação aos primeiros, procura-se trabalhar especificamente com aqueles que possuem alguma queixa relacionada ao cuidado com o paciente e interferências na vida do cuidador e/ou outros aspectos ligados à doença e ao tratamento. Já no atendimento aos colaboradores, o foco consiste nas dificuldades ou nos problemas relacionados ao trabalho na instituição. Caso a demanda seja proveniente de outra questão, é realizado um acolhimento e se recomenda a procura de um acompanhamento psicológico externo.

Trabalho da Psico-Oncologia em outras Instituições

Acredita-se ser relevante citar o trabalho desenvolvido em outros serviços de referência no tratamento oncológico e que contam com a psico-oncologia no auxílio do tratamento de seus pacientes. Assim, é possível perceber a importância dessa área no tratamento do paciente oncológico e a importância de ampliar sua demanda de estudo e pesquisa.

  • Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP - São Paulo): o Serviço de Psicologia Hospitalar do ICESP atua nas diferentes unidades da instituição, representando uma interface entre a Psicologia e a Oncologia. O funcionamento do serviço é caracterizado pelo contato contínuo com os demais setores, pela presença constante nas unidades e serviços e pela participação nas atividades diárias, assumindo caráter preventivo, diagnóstico e terapêutico. A Psicologia Hospitalar atua também no Serviço de Reabilitação, auxiliando o paciente a lidar com sua nova realidade e adequação de expectativas, ponderando o impacto da doença em seu humor e sua afetividade e daqueles que o cercam.

  • Instituto Nacional de Câncer (INCA - Rio de Janeiro): Nesse serviço, os psicólogos estão distribuídos em cada unidade do instituto e também são responsáveis pelo trabalho em ensino e pesquisa.

Portanto, o acompanhamento psicológico não pode ser visto como uma "muleta", mas como uma forma de fortalecer o paciente para buscar seus próprios recursos em lidar com a situação.

Considerações Finais

Considera-se que as informações, orientações e intervenções psicoterapêuticas fornecidas aos clientes (pacientes, familiares e colaboradores) nos atendimentos individuais e/ou grupais, têm extrema importância. Ao compreenderem e trabalharem clínica, social e psicologicamente a origem de seus sintomas, os mesmos apresentam melhorias significativas na redução do estresse, nos equilíbrios do humor e da ansiedade e na qualidade de vida. Sugere-se que tal abordagem permite-lhes lidar com as mudanças e estratégias de maneira mais tranquila e adequada às condições que se encontram.

Diante da complexidade e variabilidade dos problemas decorrentes do tratamento oncológico, reconhecidos em diversos estudos bibliográficos, é relevante considerar não somente os aspectos clínicos, mas também os sociais, psicológicos, espirituais e econômicos associados ao câncer. A partir da interdisciplinaridade, em que diferentes profissionais estabelecem uma relação recíproca entre si e com os pacientes, há o favorecimento de intervenções técnicas e humanizadas no cuidado do mesmo, visando à reabilitação integral, condição identificada no Hospital de Câncer de Barretos.

Na referida instituição, a presença do psicólogo e suas formas de atuação, fundamentadas e evidenciadas cientificamente, são valorizadas pelos demais profissionais de diferentes áreas do conhecimento, visto o número de solicitações realizadas aos psicólogos.

A atuação em equipes multidisciplinares tem alcançado resultados efetivos e relevantes na população-alvo de atendimento. Isso se torna visível por meio da própria observação do profissional psicólogo que acompanha o paciente e seus familiares, durante as etapas do tratamento e, dessa forma, percebe a estabilização do humor e a criação de estratégias de enfrentamento adequadas.

Atualmente o Departamento de Psicologia não possui uma ferramenta que auxilie na avaliação da eficácia do atendimento ou instrumento de avaliação do estado emocional do paciente (antes e depois), porém o relato de profissionais que mantém contato frequente com eles, também indica que, na maioria das vezes, a intervenção psicológica auxilia no equilíbrio emocional do paciente e no enfrentamento da doença.

Os próprios pacientes oferecem feedback positivo aos profissionais por meio de autorrelatos verbais e escritos, utilizando um instrumento de avaliação desenvolvido pelo serviço de Ouvidoria Hospitalar, e de lembranças entregues aos psicólogos, como forma de agradecimento pelo trabalho desempenhado.

Entretanto, mais pesquisas na área são recomendadas, com o objetivo de se avaliar, de forma sistematizada, o impacto das intervenções psicológicas, sejam elas individuais, grupais ou destinadas a familiares/cuidadores.

Além disso, sugere-se a importância de pesquisas futuras, no sentido de que os resultados obtidos possam apontar o perfil da demanda atendida pelos psicólogos, levantar as principais demandas e/ou distúrbios que ocorrem na população de pacientes oncológicos, e mensurar dados relacionados à equipe, tais como síndrome de bournout, depressão, ansiedade, dentre outros.

Assim, o desenvolvimento de estudos na área da Psicologia da Saúde em um hospital oncológico, pode aprimorar as intervenções realizadas na assistência, bem como apontar necessidades ligadas ao ensino e gerenciamento das atividades do psicólogo nesse contexto.

Recebido: 31/05/2012

Aceito: 10/01/2013

Camila Saliba Soubhia Scannavino, especialista em psicologia clínica e hospitalar. Endereço para correspondência: Alameda Groelandia número 96 cep- 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: camila.scannavino@yahoo.com.br

Daniela Batista Sorato, especialista em Psico-oncologia, mestre em ciências da saúde pelo Hospital de Câncer de Barretos, Fundação Pio XII. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: danibspsico@yahoo.com.br

Manuela Polidoro Lima, especialista em psicologia hospitalar e neuropsicologia, mestranda em Oncologia. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: manupl@ibest.com.br

Anna Helena Junqueira Franco, mestre em psicologia da saúde. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: lancahelena@hotmail.com

Mariana Paschoal Martins, especialista em psicologia hospitalar. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: maripmart@yahoo.com.br

Joel Carlos Morais Júnior, especialista em psico-oncologia. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: leoj1980@hotmail.com

Priscila Regina Torres Bueno, mestranda em Psiquiatria pela FMUSP. Endereço para correspondência: Hospital do Coração, Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147, Bairro Paraíso. CEP: 04004-030. São Paulo, SP. Endereço eletrônico: pripribueno@hotmail.com

Fabiana Faria Rezende, mestre em psicologia da saúde. Endereço para correspondência: Rua Antenor Duarte Villela, 1331. Bairro Dr. Paulo Prata. CEP: 14780-000. Barretos, SP. Endereço eletrônico: psicologia@hcancerbarretos.com.br

Nelson Iguimar Valério, doutor em psicologia da saúde. Endereço para correspondência: Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416. Vila São Pedro. CEP: 15090-000. São José do Rio Preto, SP. Endereço eletrônico: nelsonvalerio@famerp.br

  • Baptista, M. N., & Dias, R. R. (2010). Psicologia hospitalar: teoria aplicações e casos clínicos (2a ed. rev. e ampl.). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.
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    Agradecemos ao Núcleo de Apoio ao Pesquisador do Hospital de Câncer de Barretos/ Fundação Pio XII e à psicóloga Tatiane Botton (Unidade de Jales), o auxílio na finalização do artigo.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Maio 2013
    • Data do Fascículo
      Abr 2013

    Histórico

    • Recebido
      31 Maio 2012
    • Aceito
      10 Jan 2013
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