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Leishmaniose visceral (Calazar): cinco casos em cães de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Visceral Leishmaniasis (kala-azar): five cases in dogs in Santa Maria, Rio Grande do Sul, South Brazil

Resumos

Leishmaniose visceral foi diagnosticada no exame pós-morte de cinco cães da região de Santa Maria, RS. Todos os animais mostraram sinais de doença crônica com icterícia, anorexia, vômito, febre intermitente e emaciaçâo. Os achados macroscópicos à necropsia foram de gastrenterite hemorrágica, pneumonia intersticial e esplenomegalia. Histologicamente foram detectadas formas livres e intracelulares de Leishmania spp em macrófagos e células endoteliais em todos os tecidos investigados. Estudos epidemiológicos, realizados na região onde a maioria dos casos ocorreu, foram negativos para a detecção do agente e do vetor biológico.

leishmaniose visceral; cães; Leishmania spp; calazar


Five canine cases of visceral leishmaniasis were diagnosed. All five dogs presented with icterus, intermitent fever, vomition, anorexia and emaciation. The most prominent gross lesions were hemorrhagic gastroenteritis, interstitial pneumonia and splenomegaly. In tissue sections, free and intracellular forms of Leishmania spp were depicted in macrophages and endothelial cells of all organs scanned. Epidemiological survey to detect either the agent or the sandfly was negative.

visceral leishmaniasis; kala-azar; dogs; Leishmania spp


LEISHMANIOSE VISCERAL (calazar). CINCO CASOS EM CÃES DE SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

VISCERAL LEISHMANIASIS (kala-azar). FIVE CASES IN DOGS IN SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL, SOUTH BRAZIL

Emersson Augusto Pocai1 1 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Bolsista PIBIC. Luciano Frozza1 1 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Bolsista PIBIC. Selwyn Arlington Headley2 1 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Bolsista PIBIC. Dominguita Lühers Graça3 1 Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Bolsista PIBIC.

- RELATO DE CASO -

RESUMO

Leishmaniose visceral foi diagnosticada no exame pós-morte de cinco cães da região de Santa Maria, RS. Todos os animais mostraram sinais de doença crônica com icterícia, anorexia, vômito, febre intermitente e emaciaçâo. Os achados macroscópicos à necropsia foram de gastrenterite hemorrágica, pneumonia intersticial e esplenomegalia. Histologicamente foram detectadas formas livres e intracelulares de Leishmania spp em macrófagos e células endoteliais em todos os tecidos investigados. Estudos epidemiológicos, realizados na região onde a maioria dos casos ocorreu, foram negativos para a detecção do agente e do vetor biológico.

Palavras-chave: leishmaniose visceral, cães, Leishmania spp, calazar.

SUMMARY

Five canine cases of visceral leishmaniasis were diagnosed. All five dogs presented with icterus, intermitent fever, vomition, anorexia and emaciation. The most prominent gross lesions were hemorrhagic gastroenteritis, interstitial pneumonia and splenomegaly. In tissue sections, free and intracellular forms of Leishmania spp were depicted in macrophages and endothelial cells of all organs scanned. Epidemiological survey to detect either the agent or the sandfly was negative.

Key words: visceral leishmaniasis, kala-azar, dogs, Leishmania spp.

INTRODUÇÃO

A leishmaniose visceral é uma doença causada por um protozoário dimórfico Trypanosomatidae do complexo Leishmania donovani, que, nas formas amastigotas, parasita o sistema fagocítico-mononuclear de mamíferos, incluindo o homem (ANTOINE, 1995, MEREDITH et al, 1995), e células APCs (apresentadoras de antígenos) potenciais como células de Langerhans, dendríticas e granulócitos (ANTOINE, 1995). É uma zooantroponose transmitida por vetores artrópodes dos gêneros Lutzomia e Phlebotomum (GARDINER et al., 1988). A doença, também conhecida como calazar, é transmitida pela picada do mosquito, sendo o cão o principal reservatório doméstico do protozoário, juntamente com roedores domésticos e canídeos silvestres. Outros meios de transmissão, como transfusão de sangue, não têm importância epidemiológica .

A enfermidade está confinada às áreas endêmicas que incluem regiões da Europa, países do Mediterrâneo, Oriente Médio, África, América Central e do Sul. No Brasil, são relatados casos, freqüentemente, em cães e humanos no Sudeste (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997, VARGAS, 1995). Nos últimos anos, a doença vem aumentando de prevalência em número de casos e dispersão geográfica ( SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997). Pode, ainda, ser encontrada em cães em todas as partes do mundo, desde que esses animais tenham transitado por áreas endêmicas.

A partir da ingestão da forma amastigota pelo mosquito, o protozoário prolifera por fissão binária no intestino do inseto e se transforma em flagelado-promastigote metacíclico, que é introduzido no hospedeiro pela picada (BINHAZIM, 1992). No hospedeiro, a forma promastigota é englobada por histiócitos: dentro destes, os protozoários perdem o flagelo e sofrem fissão binária, originando formas amastigotas nos fagolisossomos da célula hospedeira, onde alguns são liberados para infectar outras células; outros, juntamente com os histiócitos, são ingeridos por insetos através da picada (GARDINER, 1988).

A leishmaniose visceral começa como uma lesão de pele primária, não ulcerante, que pode não ser detectada. As lesões estabelecidas consistem de áreas alopécicas com descamação, principalmente sobre articulações e dobras da pele. Nos casos em que há ulcerações, elas são vistas na pele do focinho, orelhas e mucosas oral e nasal. Após um período de incubação, que varia de 3 a 5 meses em média, como relatado por MICHALIK & RIBEIRO (1997 - Informação pessoal), os parasitas podem ser encontrados no fígado, baço, medula óssea e linfonodos, onde os macrófagos abrigam grandes números de formas amastigotas, resultando no alargamento e mal funcionamento dos órgãos o que, geralmente, deixa sequelas. Os estágios iniciais da doença podem não ser reconhecidos em cães, mas casos avançados apresentam quase sempre alterações nos principais órgãos. Diferenças nos achados clínicos podem variar, dependendo da ocorrência geográfica e dos órgãos mais afetados. Normalmente, o cão é apresentado com sinais de doença crônica, com perda de peso, linfadenopatia e anemia; pode apre- sentar anorexia e letargia, mostrar epistaxe e dor ou fraqueza em um ou mais membros (CHAPMAN & HANSON, 1984).

HUSS & ETTINGER (1992) afirmam que 90% dos pacientes não tratados morrem como resultado de enfraquecimento progressivo, sendo a morte decorrente de transtornos hemorrágicos ou infecções secundárias. Existe um relato de tamponamento cardíaco causado pela colonização do pericárdio em um cão com leishmaniose visceral, que manifestava sinais clínicos de doença crônica, com perda de apetite, dispneia e dermatose alopécica (FOW et al., 1993).

No homem, o período de incubação varia de 2 a 6 meses, mas pode chegar a vários anos. A doença pode permanecer oculta por longos períodos até que ocorra imunossupressão (endógena ou exógena), o que resulta na multiplicação e ampla disseminação do parasita (SWENSON et al., 1988). Em alguns pacientes pode se observar uma lesão primária (leishmanioma), meses antes do aparecimento dos sinais clínicos. A doença apresenta curso crônico nas áreas endêmicas, mas pessoas provenientes de lugares indenes, que se infectam, podem manifestar uma instalação aguda. A febre é prolongada e irregular. Alguns pacientes apresentam tosse, diarréia e quadro de infecções recorrentes. A enfermidade se caracteriza por esplenomegalia e, posteriormente, hepatomegalia. Em algumas regiões, a linfadenopatia é comum (África, Mediterrâneo). Também são detectados anemia com leucopenia, edema, aumento de pigmentação da pele e emagrecimento. Petéquias e hemorragias de mucosas são freqüentes. Infecções secundárias são comuns. Em pacientes não tratados a mortalidade é bastante alta. A intensidade da sintomatologia varia de acordo com o grau de resistência do hospedeiro (ACHA & SZYFRES. 1986). Na atualidade, a infecção em humanos adquire nova dimensão como oportunista, devido à sua associação com infecção pelo HIV (DEDET et al., 1995).

Na leishmaniose visceral, o melhor método diagnóstico é a identificação microscópica dos parasitas por aspirados de baço, medula óssea , linfonodos e esfregaços de sangue (MEREDITH et al., 1995), ou sua detecção por PCR nos mesmos tecidos (LASKAY et al, 1995; MEREDITH et al, 1995). Nos cortes histológicos, as formas amastigotas são reconhecidas pela sua forma esférica a ovóide, medindo 2-5mm e contendo um núcleo arredondado, e um quinetoplasto alongado (GARDINER et al, 1988). Pode-se, também, utilizar cultivo em meios específicos (MEREDITH et al, 1995). Existem várias provas sorológicas, como Imunofluorescência e ELISA (FERRER et al, 1995; MEREDITH et al., 1995). Os meios usados como diagnóstico para a leishmaniose humana podem ser empregados para o diagnóstico em animais.

Não há tratamento específico para a espécie canina e um número significativo dos animais tratados não respondem adequadamente ao tratamento. Por se tratar de doença com potencial zoonótico, a melhor política é o sacrifício dos animais doentes para evitar que veiculem a doença. Apesar disso, para cães tem sido sugerido o uso de antimonato de meglumina como droga de eleição (FONT et al., 1993) ou ainda o estibogluconato de sódio (CHAPMAN & HANSON, 1984: SHERDING, 1994). Atualmente, é recomendado o uso de alopurinol oral (LESTER & KENYON, 1996). Existem várias considerações quanto ao tratamento dos cães. Uma delas é que as drogas são muito tóxicas, mas, mesmo assim, várias aplicações são necessárias. Os efeitos colaterais incluem cardiotoxicidade e nefro- toxicidade.

O tratamento utilizado em humanos são os antimoniais pentavalentes ou compostos de diamidina pentamidina (ACHA & SZYFRES, 1986) e estibogluconato de sódio (FAHAL et al.., 1995). No Brasil, os antimoniais pentavalentes (Glucantime e Pentostan) são distribuídos gratuitamente pelo Ministério da Saúde (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997).

Controle de vetores, através do uso de inseticidas com efeito residual nas casas e arredores, tem sido de valor na profilaxia da doença humana em regiões urbanas. Nas regiões onde a infecção é de origem zoonótica, uma medida importante é a eliminação de reservatórios domésticos e, se possível, silvestres. A proteção individual é obtida com o uso de repelentes nas partes expostas do corpo, principalmente ao entardecer (ACHA & SZYFRES, 1986).

RELATO DOS CASOS

O primeiro diagnóstico de leishmaniose visceral canina, em Santa Maria, data de 1985. Houve mais casos esporádicos, a maioria na região de Itaara, na serra, ao norte da cidade de Santa Maria (FROZZA, et al., 1994). Dados de identificação dos cães afetados e de necropsia são apresentados nas Tabelas l e 2 . Os sinais clínicos mais marcantes foram icterícia, anorexia, vômito, emaciação, febre intermitente, linfadenopatia, esplenomegalia e hematúria.

Histologicamente, as lesões mais freqüentes foram gastrenterite hemorrágica aguda, pneumonia intersticial, miocardite não supurativa aguda, às vezes acompanhada de pericardite, nefrite intersticial linfoplasmocitária, num caso com ocorrência concomitante de pielonefrite e cistite crônicas. Foi observada hiperplasia linforreticular dos órgãos linfóides, que, muitas vezes, também mostraram áreas de hemorragia de extensão variável. Formas livres e intracelulares em macrófagos e células endoteliais de protozoário, morfologicamente compatível com Leishmania donovani, foram detectadas em todos os tecidos pesquisados (Figura l). A confirmação do diagnóstico foi feita pelo Dr. J.P. Dubey do United States Department of Agriculture, USA, através de técnicas imuno-histoquímicas. Estudos histoquímicos (metenamina-prata e tricrômico de Masson) em tecidos renais incluídos em parafina revelaram discreto espessamento das membranas glomerulares e tubulares (FROZZA et al., 1995).


Levantamento epidemiológico, na região de Itaara, revelou a presença de mini-zoos. Animais silvestres e cães do maior dos mini-zoos foram amostrados (sangue, medula óssea e linfonodo poplíteo) para pesquisa do protozoário com resultados negativos. A procura do vetor flebótomo também teve resultados negativos.

DISCUSSÃO

O diagnóstico de leishmaniose visceral na região sul do país é raro e sugere extensão a partir de focos endêmicos de outras regiões do país, de cães (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997) ou humanos (VARGAS, 1995). Os casos relatados foram diagnosticados através de histopatologia e imunohistoquímica realizadas após necropsia dos animais no Centro de Diagnóstico Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria. A detecção do parasita foi feita em células da linhagem macrofágica, embora ele também possa parasitar fibroblastos em lesões cutâneas (HERVAS-RODRÍGUEZ et al., 1996), que não ocorreram nos casos aqui relatados. A ocorrência de depósitos imunes em membranas glomerulares é sinal adicional sugestivo da doença (BENDERITTER et al., 1988) e foram detectados nos animais positivos, através da metenemina-prata e do tricrômico de Masson.

O diagnóstico nas regiões endêmicas é feito por testes sorológicos. A experiência mostra, contudo, que muitos animais, apesar de infectados, permanecem soronegativos (FERRER et al., 1995). Nos casos aqui descritos, o diagnóstico foi pós-morte e baseado nas lesões encontradas em muitos tecidos e órgãos. O diagnóstico clínico preconiza testes parasitológicos e imunológicos (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997), mas, nestes casos, não foram realizados por não ter sido suspeitada a doença, numa área, até então, indene.

Sabe-se que, embora existam medicamentos em uso para tratamento da doença em cães, a cura completa não é usual (FERRER et al., 1995), motivo pelo qual, uma vez feito diagnóstico clínico, muitos autores recomendam a eutanásia dos animais. A medida, embora drástica, visa a evitar que tratamentos empíricos nos cães soropositivos possam selecionar cepas resistentes de Leishmania spp. (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997).

A ocorrência de casos esporádicos de leishmaniose visceral canina sugere a existência de reservatório do parasita e do vetor artrópode na região de Santa Maria, tanto na cidade quanto na serra, ao norte da mesma. A detecção do reservatório não foi possível, apesar das colheitas de sangue, medula óssea e linfonodo poplíteo feitas de cães e animais silvestres na região da serra, onde três dos casos ocorreram (POCAI & GRAÇA, 1996). Embora o isolamento do patógeno seja difícil, recuperação de amastigotes de Leishmania donovani tem sido relatada de um caso humano e de macacos esquilos em Brasília (MARDSEN, 1994). Assim, a doença ocorre em áreas urbanas e áreas rurais. No surto relatado aqui, três dos cães eram provenientes da serra e dois do centro da cidade; diferente de casos relatados na Bahia, onde a leishmaniose visceral é doença eminentemente urbana (SANTOS et al., 1993).

Tem sido observado que os casos caninos, geralmente, precedem os casos humanos, já que os cães são os principais reservatórios domésticos e fundamentais para a manutenção do ciclo da doença (SANTA ROSA & OLIVEIRA, 1997). Isso não significa que, obrigatoriamente, a doença em humanos e cães obedeça a uma distribuição espacial paralela (PARANHOS-SILVA et al., 1996). Na região de Santa Maria não têm havido, até o momento, relatos de casos de leishmaniose visceral humana, fato que sugere interrupção do ciclo do parasita ou da doença em ponto crítico para sua sobrevivência/ continuidade.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à FAPERGS e aos Técnicos Sérgio Perez da Silva e Sérgio Augusto Ribeiro do Setor de Patologia Veterinária do Departamento de Patologia da UFSM. Informe pessoal: MICHALIK, M.S.M., RIBEIRO, V.M. Departamento de Parasitologia. ICB da UFMG.

2 Mestrando do PPG em Medicina Veterinária, UFSM, Bolsista CAPES.

3 Professora Titular de Patologia Animal do Departamento de Patologia, UFSM, 97105-900, Santa Maria, RS. Pesquisadora do CNPq. dlgraca@lince.hcv.ufsm.br. Autor para correspondência.

Recebido para publicação em 12.12.97. Aprovado em 18.03.98

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  • 1
    Acadêmico de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria ( UFSM ), Bolsista PIBIC.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Out 2007
    • Data do Fascículo
      Set 1998

    Histórico

    • Recebido
      12 Dez 1997
    • Aceito
      18 Mar 1998
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