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Aspectos biológicos, morfológicos e comportamentais de Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae)

Biological, morphological and behavioral aspects of Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae)

Resumos

O presente trabalho teve por objetivo estudar os aspectos biológicos, morfológicos e comportamentais de uma linhagem unipariental de Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae), sob condições controladas (25±1oC, 70±10% de UR e 12 horas de fotofase), tendo abóboras híbridas "cabotiá" como hospedeiro. Ninfas recém-eclodidas foram transferidas da criação massal para abóboras "cabotiá", devidamente higienizadas, dispostas em câmaras climatizadas. O período médio para fixação das ninfas móveis foi de 2,4±0,33 horas. A duração média do 1° e 2° estádios, após a fixação das ninfas, foi de 8,3±0,06 e 19,4±0,11 dias, respectivamente, totalizando fase ninfal média de 27,9±0,11 dias. Das ninfas que atingiram a fase adulta, 36 fêmeas foram acompanhadas diariamente até o final do ciclo. A duração média dos períodos pré-reprodutivo e reprodutivo foi de 17,3±0,18 e 68,2±4,33 dias, respectivamente. O número total médio de ninfas/fêmea foi 175,5±10,29 e o número médio de ninfas/fêmea/dia foi 2,7±0,11. A longevidade média das fêmeas foi 100,5±4,51 dias.

Cochonilha-de-carapaça; criação massal; biologia


The objective of this work was to study the biology, morphology and behavior of Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae) under controlled conditions (25±1°C, 70±10% R.H. and 12 hours of photophase), using "cabotiá" cucumber pumpkins as hosts. Nymphs of the 1st stage obtained of mass rearing (mother culture) were transfered to "cabotiá" pumpkins, properly cleaned and disposed in acclimatized cameras. The medium period for fixation of the nymphs was of 2.4±0.33 hours. The 1st and 2nd stages, after the fixation of the nymphs, lasted 8.3±0.06 and 19.4±0.11 days, respectively, totalizing a nymphal phase of 27.9±0.11 days. 36 females were observed daily until the end of the cycle. The pre-reproductive and reproductive periods lasted 17.3±0.18 and 68.2±4.33 days, respectively. The medium total number of nymphs/female was 175.5±10.29 and the medium number of nymphs/female/day was 2.7±0.11. The female's longevity was 100.5±4.51 days.

Oleander scale; mass rearing; biology


ARTIGOS CIENTÍFICOS

DEFESA FITOSSANITÁRIA

Aspectos biológicos, morfológicos e comportamentais de Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae)

Biological, morphological and behavioral aspects of Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae)

Kelly Cristina Gonçales RochaI; Ricardo Adaime da SilvaII,1 1 Autor para correspondência. ; Marcos Doniseti MichelottoIII; Antonio Carlos BusoliIV

ICurso de Mestrado em Entomologia Agrícola, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Universidade Estadual Paulista (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, São Paulo, Brasil. E-mail: kellycgr@yahoo.com.br

IIEmbrapa Amapá, Rodovia JK, km 5, 68903-000, Macapá, Amapá, Brasil. E-mail: adaime@cpafap.embrapa.br

IIIDoutorando em Entomologia Agrícola, FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. E-mail: mdmichelotto@yahoo.com.br

IVDepartamento de Fitossanidade, FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP, Brasil. E-mail: acbusoli@fcav.unesp.br

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo estudar os aspectos biológicos, morfológicos e comportamentais de uma linhagem unipariental de Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae), sob condições controladas (25±1oC, 70±10% de UR e 12 horas de fotofase), tendo abóboras híbridas “cabotiᔠcomo hospedeiro. Ninfas recém-eclodidas foram transferidas da criação massal para abóboras “cabotiá”, devidamente higienizadas, dispostas em câmaras climatizadas. O período médio para fixação das ninfas móveis foi de 2,4±0,33 horas. A duração média do 1° e 2° estádios, após a fixação das ninfas, foi de 8,3±0,06 e 19,4±0,11 dias, respectivamente, totalizando fase ninfal média de 27,9±0,11 dias. Das ninfas que atingiram a fase adulta, 36 fêmeas foram acompanhadas diariamente até o final do ciclo. A duração média dos períodos pré-reprodutivo e reprodutivo foi de 17,3±0,18 e 68,2±4,33 dias, respectivamente. O número total médio de ninfas/fêmea foi 175,5±10,29 e o número médio de ninfas/fêmea/dia foi 2,7±0,11. A longevidade média das fêmeas foi 100,5±4,51 dias.

Palavras-chave: Cochonilha-de-carapaça, criação massal, biologia

ABSTRACT

The objective of this work was to study the biology, morphology and behavior of Aspidiotus nerii Bouché, 1833 (Hemiptera: Diaspididae) under controlled conditions (25±1°C, 70±10% R.H. and 12 hours of photophase), using “cabotiᔠcucumber pumpkins as hosts. Nymphs of the 1st stage obtained of mass rearing (mother culture) were transfered to “cabotiᔠpumpkins, properly cleaned and disposed in acclimatized cameras. The medium period for fixation of the nymphs was of 2.4±0.33 hours. The 1st and 2nd stages, after the fixation of the nymphs, lasted 8.3±0.06 and 19.4±0.11 days, respectively, totalizing a nymphal phase of 27.9±0.11 days. 36 females were observed daily until the end of the cycle. The pre-reproductive and reproductive periods lasted 17.3±0.18 and 68.2±4.33 days, respectively. The medium total number of nymphs/female was 175.5±10.29 and the medium number of nymphs/female/day was 2.7±0.11. The female's longevity was 100.5±4.51 days.

Keys words: Oleander scale, mass rearing, biology.

INTRODUÇÃO

Aspidiotus nerii é uma espécie cosmopolita de cochonilha-de-carapaça, extremamente polífaga e pode se reproduzir de forma sexuada ou assexuada, nesse último caso por partenogênese telítoca (BEARDSLEY JÚNIOR & GONZALEZ, 1975). Apresenta formato circular, achatado, corpo com coloração amarelada e coberto por uma carapaça de cera, e, como outros diaspidídeos, na fase adulta não apresentam asas, pernas e olhos (ZIMMERMAN, 1948). Segundo NEUENSCHWANDER et al. (1977), a distribuição de A. nerii no interior das plantas mostra que a espécie prefere microclima protegido, sendo que as de linhagem unipariental e bipariental apresentam taxas diferentes de desenvolvimento em relação à temperatura (TOMKINS et al., 1997).

Atualmente, a cochonilha A. nerii, apesar de não ser considerada praga, encontra-se disseminada por algumas regiões do Brasil em diversos hospedeiros. SILVA et al. (1968) destacaram a sua presença em várias culturas, sem muita ênfase aos danos causados.

Trabalhos visando ao estudo da bioecologia de insetos em diversos hospedeiros buscam adequar qualidade e baixo custo com aumento da viabilidade dos insetos, fornecendo informações sobre a possibilidade de criação massal desses indivíduos para a utilização em projetos de controle biológico (GARCIA, 1991).

Os diaspidídeos desenvolvem-se facilmente em condições de laboratório, apresentam ciclo rápido e muitas gerações anuais (FLANDERS, 1951; DeBACH & WHITE, 1960; TASHIRO, 1966; ROSE, 1990). No Brasil, vários pesquisadores desenvolvem estudos com a criação massal de A. nerii para sustentar a criação de coccinelídeos predadores, como Pentilia egena Mulsant, 1850 (GUERREIRO, 2000) e Coccidophilus citricola Brèthes, 1905 (SILVA et al., 2003). BUSOLI et al. (2005) criaram com sucesso o predador Cybocephalus sp. (Coleoptera: Nitidulidae) sobre a mesma cochonilha. Tanto os coccinelídeos quanto o nitidulídeo se alimentam da cochonilha e depositam seus ovos sob as carapaças das mesmas. As cochonilhas que têm sido utilizadas são oriundas de uma linhagem uniparental de A. nerii, importada do USDA e da Estação Experimental de Lake Alfred, da Universidade da Flórida, Estados Unidos, pelo Prof. Dr. Harold Browning, no ano de 1992. Desde então, vem sendo criada nos laboratórios do Departamento de Fitossanidade da FCAV/Unesp.

Estudos bioecológicos dos insetos utilizados como alimentos alternativos na manutenção de uma criação massal de inimigos naturais, particularmente os predadores, são fundamentais. No caso de A. nerii, são poucas as informações existentes quanto à sua biologia, principalmente desta linhagem unipariental.

Este trabalho teve como objetivo estudar os aspectos biológicos, morfológicos e comportamentais de A. nerii, em condições de laboratório, tendo como substrato para a sua colonização, abóboras híbridas “cabotiá”, com vistas ao aprimoramento da criação massal de coccinelídeos e outros predadores e parasitoídes.

MATERIAL E MÉTODOS

O ensaio foi realizado no Laboratório de Bioecologia de Coccinellidae e Diaspididae do Departamento de Fitossanidade, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, em Jaboticabal, SP.

Uma linhagem uniparental da cochonilha A. nerii, proveniente da Flórida, EUA, foi mantida em criação massal, sobre abóboras híbridas japonesas “cabotiᔠ(Cucurbita moschata x C. maxima var. tetsukabuto), dispostas em estantes de aço. Os procedimentos utilizados foram semelhantes aos descritos por ROSE (1990), que consistem em dispor abóboras matrizes infestadas pela cochonilha na prateleira superior da estante e, nas prateleiras inferiores, são dispostas as abóboras a serem colonizadas. A colonização ocorre por ninfas de 1° estádio, móveis, que ao caminharem pela abóbora à procura de um local para sua fixação e alimentação, caem por gravidade sobre as abóboras das prateleiras inferiores, passando a colonizá-las. Foram utilizadas abóboras com diâmetro médio de 15cm, casca com leves reentrâncias, sem ferimentos e com pedúnculo de no mínimo 2cm. As abóboras foram lavadas com água e sabão, com o auxílio de uma esponja, e posteriormente mergulhadas em solução de hipoclorito de sódio (0,25%) por um minuto. Após secarem naturalmente, foram dispostas na estante, de acordo com a demanda por cochonilhas.

Para descrever os aspectos morfológicos e comportamentais de A. nerii, ninfas e adultos foram observados sob estereoscópio. No estudo dos aspectos biológicos, ninfas móveis de A. nerii, recém-eclodidas, foram transferidas, para as abóboras. Para a obtenção das ninfas recém-eclodidas, as carapaças de inúmeras cochonilhas adultas foram levantadas, com auxílio de um estilete e estereoscópio. Com um pincel de cerdas finas, umedecidas com água destilada, foram transferidas 15 ninfas para cada abóbora, em área de 12cm de diâmetro, demarcadas com cola “stick”, segundo metodologia de TOMKINS et al. (1997).

Após a realização das transferências individuais das ninfas recém-eclodidas, as abóboras foram mantidas em câmaras climatizadas, sob temperatura de 25±1°C, 70±10% de UR e 12 horas de fotofase. A cada 60 minutos, foi observado se as cochonilhas já haviam se fixado à abóbora, até que todas as ninfas se fixassem, registrando assim, a duração da fase móvel do 1o estádio ninfal.

Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado, com 60 repetições (ninfas) para a fase ninfal. As ninfas foram observadas diariamente, para registrar a duração dos estádios e da fase ninfal, além da viabilidade.

Para estudar os aspectos reprodutivos e a longevidade de A. nerii, foi necessária a demarcação de áreas circulares (3cm de diâmetro), com cola “stick”, em volta das fêmeas. Para tanto, algumas fêmeas precisaram ser removidas, dando espaço para as que seriam avaliadas até a morte (36 fêmeas), registrando-se a duração dos períodos pré-reprodutivo e reprodutivo, o número de ninfas produzidas e a longevidade. Diariamente, as ninfas produzidas eram contadas e removidas das áreas demarcadas, com auxílio de um estilete e estereoscópio.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aspectos morfológicos e comportamentais de A. nerii

A linhagem unipariental de A. nerii apresentou dois estádios ninfais, sendo o 1° estádio composto por duas formas distintas, uma móvel e uma posterior, de maior duração, fixa. A fase de ninfa móvel apresenta coloração amarela, com presença de antenas e pernas, as quais possibilitam seu caminhamento, tão logo saem da carapaça materna. Alguns indivíduos tendem a se fixar ao redor da carapaça materna e de outras cochonilhas adultas, formando colônias.

No 1° estádio, as ninfas fixam-se com a inserção dos estiletes no hospedeiro, neste caso a abóbora “cabotiá”. Após sua fixação, começam a produzir uma secreção cerosa sobre seu corpo, para impedir, provavelmente, o ressecamento e para garantir sua proteção. A quantidade de cera sobre a carapaça aumenta com o desenvolvimento da ninfa, tornando-se mais espessa e rígida, formando um halo amarelo ao redor da primeira carapaça. Ao findar o 1° estádio, a parte dorsal da exúvia é incorporada à face interna da carapaça.

No 2° estádio, as ninfas ainda apresentam coloração amarelada. Dorsalmente, visualiza-se uma nova banda em torno da carapaça do 1° estádio. A carapaça torna-se transparente ao seu redor, podendo observar o formato do corpo da ninfa, e, ao término desse estádio, a exúvia é incorporada da mesma forma descrita anteriormente, tornando a carapaça ainda mais rígida e maior. Nesse estádio a carapaça apresenta uma coloração pouco mais escura, voltando a sua cor amarelada no final do estádio com a contínua produção de cera até fim do desenvolvimento.

A fêmea permanece com sua cor amarelada, continua a secretar a cera para formação completa da carapaça, que se inicia a partir da última banda do 2° estádio, expandindo-se ao redor e além do corpo da mesma. A carapaça, constituída por todas as bandas de secreção, toma formato circular e convexo, apresentando uma extremidade que permanece livre, constituindo-se na única passagem para as ninfas abandonarem a carapaça materna.

A reprodução é ovovivípara, sendo que as ninfas recém-eclodidas abandonam a carapaça materna à procura de um local adequado para a fixação, sendo de preferência locais como reentrâncias e rugosidades para sua proteção.

Aspectos biológicos de A. nerii – Fase ninfal

A duração média da fase móvel do 1° estádio foi de 2,4±0,33 horas (Tabela 1). ANDRADE (2005) observou que ninfas de Chrysomphalus aonidum (Linnaeus, 1758) se fixaram após 0,8±0,08 horas, sobre o mesmo substrato e sob a mesma temperatura. Para Parlatoria cinerea Doane & Hadden, 1909 foram necessárias 5,6 horas, a 24°C, tendo laranjas como substrato (GRAVENA et al., 1993).

A fase fixa do 1° estádio apresentou duração média de 8,3±0,06 dias (Tabela 1), diferindo dos resultados de TOMKINS et al. (1997), que observaram para esta espécie de diaspidídeo uma duração média de 13 dias, na mesma temperatura, porém tendo batata como substrato. Resultados diversos foram obtidos com outras espécies de diaspidídeos, como os registrados por GRAVENA et al. (1993), para P. cinerea, na mesma temperatura, de 6,87±1,17 dias, em frutos de laranja; e por ANDRADE (2005), para C. aonidum, na mesma temperatura e substrato, de 5,5 dias.

O 2° estádio de A. nerii apresentou duração média de 19,4±0,11 dias (Tabela 1). Para a espécie C. aonidum, ANDRADE (2005) observou duração média de 8,3±0,07 dias para esse estádio. Deve-se considerar que C. aonidum apresenta três estádios ninfais, enquanto A. nerii apresenta apenas dois. Com relação à fase ninfal, todas as ninfas avaliadas atingiram a fase adulta, correspondendo a 100% de viabilidade (Tabela 1).

Aspectos biológicos de A. nerii – Fase adulta

A duração média do período pré-reprodutivo de A. nerii foi de 17,3±0,18 dias (Tabela 2). ANDRADE (2005) registrou período médio de 27,5±0,53 dias para C. aonidum, sob a mesma temperatura e substrato de criação. A. nerii apresentou um menor período pré-reprodutivo que C. aonidum, favorecendo criações massais de coccinelídeos predadores de diaspidídeos.

A duração média do período reprodutivo foi de 68,2±4,33 dias (Tabela 2), sendo mais longo que de outros diaspidídeos. PARRA & LOAYZA (2001) obtiveram período de 55,8 dias, a 25°C, para Selenaspidus articulatus (Morgan, 1889). ANDRADE (2005) registrou período reprodutivo de 36,0±5,65 dias para C. aonidum, sob mesma temperatura.

O número médio de ninfas produzidas por fêmea foi 175,5±10,29, representando 2,7±0,11 ninfas/fêmea/dia (Tabela 3). ANDRADE (2005) obteve 243,8±40,06 ninfas produzidas por fêmea de C. aonidum, a 25°C.

Com relação ao estudo da longevidade das fêmeas, observou-se média de 100,5±4,51 dias (Tabela 2). Estes dados são superiores aos registrados para C. aonidum, 65,1±6,28 dias, a 25°C (ANDRADE, 2005).

Aproximadamente 50% das ninfas são produzidas nos primeiros 30 dias de vida das fêmeas (Figura 1), sendo um fator favorável à criação massal para alimentar predadores, economizando tempo e espaço físico em laboratórios.


Em estudos de predação de A. nerii pelos adultos do coccinelídeo C. citricola, a 24°C, SILVA et al. (2003) observaram predação de 4,38±0,36 ninfas por dia e um total médio de 46,38 ninfas durante o seu desenvolvimentolarval, sendo 51,2% desse total no último estádio. Os adultos de C. citricola predam, diariamente, mais ninfas do que adultos da cochonilha A. nerii. Os mesmos autores citam, ainda, altos valores relacionados à viabilidade de C. citricola alimentado com A. nerii, e observram também que a longevidade média de fêmeas de C. citricola foi de 90,20±5,51 dias, mostrando boa relação entre a longevidade da cochonilha e a do predador.

CONCLUSÃO

Aspidiotus nerii criada em laboratório sobre abóboras “cabotiᔠapresenta excelente desenvolvimento, alta viabilidade ninfal, produz grande quantidade de ninfas por fêmea, favorecendo a sua utilização na criação massal de coccinelídeos predadores.

AGRADECIMENTO

À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa de Mestrado concedida ao primeiro autor. REFERÊNCIAS

Recebido para publicação 20.06.05

Aprovado em 28.09.05

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  • 1
    Autor para correspondência.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Mar 2006
    • Data do Fascículo
      Abr 2006

    Histórico

    • Aceito
      28 Set 2005
    • Recebido
      20 Jun 2005
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