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Educação de crianças: idéias numa revista católica brasileira (1935 a 1988)

Resumos

Este estudo objetivou descrever elementos do ideário de educação de crianças ao longo do século XX no Brasil, através da análise de um veículo de comunicação escrita selecionado em função de sua temática, e da regularidade de sua publicação. O material selecionado foi a revista Família Cristã referente ao período de 1935 a 1988, cujos artigos foram analisados qualitativamente; os dados evidenciaram que a evolução na concepção de educação, ao longo das seis últimas décadas, traça um caminho que vai: a) de um enfoque moral (décadas de 30 a 50) a uma abordagem psicológica (décadas de 70 a 80), que diz que educar é levar ao amadurecimento e equilíbrio emocional; b) de uma ênfase no controle exercido sobre o comportamento (décadas de 30 a 50) para o exercido sobre a subjetividade (década de 80); c) da valorização da sabedoria popular (décadas de 30 e 40) à fala do especialista (década de 50 em diante).

educação de crianças; ideário; sabedoria popular; controle de subjetividade


This study had as an objective to describe childrearing concepts during the XX century in Brasil, through the content analyses of some magazines, chosen by their subjects and publication regularity. It was selected as material the magazine "Família Cristã", covering the period of 1935 until 1988; their articles were submited to qualitative analyses; the results showed that the evolution in education ideas, through the six decades, designs a picture that moves: a) from a moral (30 to 50 decades) to a psychological approach (70/80) that considers education as emotional maturity and equilibrium; b) from an emphasis in behavior control (30 to 50 decades) to subjectivity control (80 decade); from folk wisdom (30 and 40 decades) to the specialist speech (50 decade until nowadays).

childrearing; ideas; folk wisdom; subjectivity control


Educação de crianças: idéias numa revista católica brasileira (1935 a 1988)

Regina Helena Lima Caldana; Zélia Maria Mendes Biasoli-Alves

Docentes do Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rib. Preto - USP

RESUMO

Este estudo objetivou descrever elementos do ideário de educação de crianças ao longo do século XX no Brasil, através da análise de um veículo de comunicação escrita selecionado em função de sua temática, e da regularidade de sua publicação. O material selecionado foi a revista Família Cristã referente ao período de 1935 a 1988, cujos artigos foram analisados qualitativamente; os dados evidenciaram que a evolução na concepção de educação, ao longo das seis últimas décadas, traça um caminho que vai: a) de um enfoque moral (décadas de 30 a 50) a uma abordagem psicológica (décadas de 70 a 80), que diz que educar é levar ao amadurecimento e equilíbrio emocional; b) de uma ênfase no controle exercido sobre o comportamento (décadas de 30 a 50) para o exercido sobre a subjetividade (década de 80); c) da valorização da sabedoria popular (décadas de 30 e 40) à fala do especialista (década de 50 em diante).

Palavras-chave: educação de crianças - ideário - sabedoria popular - controle de subjetividade.

ABSTRACT

This study had as an objective to describe childrearing concepts during the XX century in Brasil, through the content analyses of some magazines, chosen by their subjects and publication regularity. It was selected as material the magazine "Família Cristã", covering the period of 1935 until 1988; their articles were submited to qualitative analyses; the results showed that the evolution in education ideas, through the six decades, designs a picture that moves: a) from a moral (30 to 50 decades) to a psychological approach (70/80) that considers education as emotional maturity and equilibrium; b) from an emphasis in behavior control (30 to 50 decades) to subjectivity control (80 decade); from folk wisdom (30 and 40 decades) to the specialist speech (50 decade until nowadays).

Key-words: childrearing - ideas - folk wisdom - subjectivity control.

INTRODUÇÃO

No momento atual, aparece como pensamento dominante a preocupação com o desenvolvimento do indivíduo ao longo de toda sua vida, no intuito de procurar realizar suas potencialidades, e com a estimulação de idiossincrasias através de uma moralidade individualista e de curtição (Postman, 1982).

Esses são, de fato, valores colocados em um ideário compatível com as sociedades modernas, e resultam de um processo de alterações profundas ao longo do tempo, que sempre se refletiram no tipo de contato mantido entre adultos e crianças.

Aries (1981) no seu clássico "A história social da família e da criança", mostra como, ao final da Idade Média, deu-se o surgimento da consciência da particularidade da infância e da necessidade de um cuidado específico com sua educação.

Nesse processo, os educadores (em sua maioria ligados à Igreja Católica) desempenharam um papel fundamental ao estender a duração da infância ao período determinado pelo ciclo escolar, trazendo a necessidade da utilização de técnicas pedagógicas e disciplinares específicas para o cuidado da criança.

No Brasil é principalmente por influência dos higienistas, com o auxilio das práticas introduzidas pelos jesuítas em seus colégios, que, ao longo do século XIX, a criança começa a receber cuidados e atenção especiais, assumindo uma posição de importância ao ser visualizada como o "futuro cidadão" (Costa, 1983).

O século XX, pautado pela urbanização e industrialização, com a ênfase no desenvolvimento tecnológico e no individualismo, engendrará um modelo de contato adulto-criança que passa a incluir a expressão de afeto, a proximidade e igualdade entre indivíduos de gerações diferentes, a flexibilidade das regras e a comunicação (racional) como técnica disciplinar (Biasoli-Alves e Caldana, 1990).

No entanto, esse modelo não é adotado de forma uniforme, sem contradições. Para Nogueira (1962), ao invés de ocorrer propriamente a suplantaçao dos processos "tradicionais" de controle do comportamento infantil pelos "modernos", rompe-se a antiga uniformidade de atitudes e pontos de vista dos adultos quanto à maneira adequada de tratar as crianças, inexistindo um padrão comum para sua educação.

Dentro desse contexto, esse trabalho pretende contribuir para o aprofundamento e detalhamento da análise do processo de alterações das concepções que norteiam as atitudes assumidas na educação de crianças ao longo deste século no Brasil, através da análise das orientações fornecidas por um veículo de comunicação escrita.

MATERIAL

Para levar a efeito a análise proposta, selecionou-se um material da imprensa voltado para o público leigo, que cobrisse o máximo de tempo possível dentro do século XX, acompanhando portanto as transformações ocorridas ao longo do período.

Buscou-se um material homogêneo em sua estrutura, que permitisse clareza na percepção das permanências ou alterações ocorridas (Prandi, 1975), e chegou-se à revista Família Cristã.

Esta revista é publicada no Brasil pelas Irmãs e Padres Paulinos, pertencentes a Ordem dos Paulinos1 1 É importante ressaltar que mesmo sendo ligada à Igreja Católica a revista pode fornecer dados tanto referentes às idéias veiculadas pela própria Igreja, que reconhecidamente tem um papel importante na formação cultural e moral do povo brasileiro (HOORNAERT, 1977 apud LEERS, 1987), como referentes a idéias cuia origem estende-se a outras esferas, mas que são incorporadas por ela em função de sua capacidade ae "aggiornamento", como vários autores apontam (Prandi, 1975; Ribeiro, 1987) e nossa análise corrabora. , criada na Itália em 1915 com a finalidade específica de anunciar o Evangelho através dos meios de comunicação, considerados fundamentais no desenvolvimento futuro. A ordem veio para o Brasil em 1930 e em 1935 fundou a Revista Família Cristã, cujo objetivo sempre foi o de "atender à família", indo ao encontro de suas necessidades. De periodicidade mensal, a revista vem sendo publicada regularmente até hoje.

Em termos de conteúdo, a Revista Família Cristã de início teve como preocupação central a divulgação de orientações religiosas, e gradualmente passou a incorporar conteúdos secularizados, com frequência apoiados nas "ciências" tais como Psicologia e Pedagogia. Sempre voltada para a família, manteve ao longo do tempo a preocupação em fornecer orientações sobre a educação infantil. Sua distribuição se faz principalmente através de assinatura (90% da tiragem), e se estende a todos os estados do país, sendo que os estados do sul e sudeste são os maiores consumidores, com predomínio do Estado de São Paulo (25% da tiragem).

Em termos da tiragem, as informações disponíveis são de que a Revista mantinha em 1936 aproximadamente quatro mil assinantes; após um crescimento paulatino, ela teve seu melhor período entre 1978 e 1980 com 205 mil assinantes, e sofreu um declínio, mantendo-se em torno de 160-170 mil exemplares nos últimos cinco anos.

O total de leitores no entanto, não é dado diretamente pela tiragem pois a revista circula, a partir dos assinantes, em Paróquias, grupo de jovens, encontro de casais, cursilhos de cristandade ou outros movimentos, e ainda informalmente entre familiares, amigos e vizinhos.

ANÁLISE

Foram analisadas as revistas publicadas durante um ano a cada intervalo de cinco, tomando-se 1988 como ponto de referência para essa contagem. Foram incluídas ainda as edições do número inicial de propaganda (1934), do primeiro ano de publicação (1935) e das edições comemorativas dos 25 a 50 anos de existência da revista (1959 e 1984). O conjunto composto reuniu um total de 176 números e abrangeu um período de cinco décadas e meia2 2 Essa seleção foi efetuada considerando-se que os doze números correspondentes a um ano permitiriam caracterizá-lo e que o intervalo de quatro anos possibilitaria o acompanhamento das transformações ocorridas (Prandi, 1975). .

Foi efetuada uma análise qualitativa do conteúdo. Ela partiu de uma primeira leitura geral das revistas, que permitiu um mapeamento das direções das mudanças ocorridas ao longo do período, e evidenciou os pontos a serem focalizados na análise. Uma segunda leitura, mais aprofundada e acompanhada de observações apoiadas na literatura, serviu de base à síntese e sistematização do material.

Na redação final optou-se pela descrição das revistas dos anos de 1935, 1959 e 1988, considerados porta-vozes de momentos significativos das mudanças identificadas.

OS RESULTADOS E SUA CONTEXTUALIZAÇÀO

No ano de 1935, o modelo identificado centra-se na autoridade inquestionável do adulto sobre a criança. Nele há uma aproximação com o ideário da moralidade religiosa, descrita por Newson & Newson (1974) como vigorando nos países de fala inglesa até fins do século passado, pelo recurso ao controle absoluto, a obediência cega e a punição pelos erros como uma simples retribuição ao "mal" gerado pelo "pecado".

As orientações sobre a educação da criança, responsabilidade da mulher, enfatizam portanto predominantemente a autoridade, e se acompanham de todas as instruções práticas para que ela se afetive. Os artigos da revista arrolam e assinalam todos os elementos importantes para que se venha a ter uma criança submissa, bem socializada, católica praticante, portadora de uma fé ardente e fervorosa nas suas orações, que seriam: a) necessidade de consistência (em todos os níveis), b) presença de afeto e sua manipulação como forma de controle, c) exigência elevadas mas adaptadas às possibilidades das crianças, d) manutenção da distância física, e) ausência de diálogos e explicações à criança e f) punição a ser invariavelmente aplicada quando da falta ou desobediência.

Essa postura se acompanha da consideração de que a criança deve ser purificada por ser portadora em potencial do mal, de que é um ser incompleto. O castigo aparece como mera retribuição ao seu "mau comportamento", numa visão restritiva do que seria educar e que não inclui a preocupação com uma evolução. Sem dúvida, está-se face a uma composição de elementos característica de épocas muito anteriores ao nosso século (Kauffman, 1981), quando predominava a interpretação religiosa do desvio do comportamento como possessão demoníaca.

Neste sentido observa-se aquilo que Snyders (1984) chama de "uma certa rudeza" na visão de criança dentro da tradição católica, traduzida no convite às mortificações e sacrifícios, bem como na visão de que o ideal seria o abandono do estado infantil precocemente (já na própria infância).

Em 1959, o conjunto de idéias sofre uma rotação de vários graus no seu foco, salientando-se em primeiro lugar a presença das orientações "técnicas" -ligadas à Puericultura e à Psicologia em detrimento da "Sabedoria Popular". Pode-se relacionar essa presença ao grande impulso e divulgação dos estudos sobre desenvolvimento infantil (Newson e Newson, op. cit., Ruttter, 1975), à influência norte-americana (puericultura e dimensão "técnica") e às atividades de educadores e das escolas normais que estão em franco desenvolvimento neste período entre nós (Soares, 1979).

Dir-se-ia existirem duas vertentes nas orientações: a que pressupõe uma caracterização do universo infantil e tem como pano de fundo as necessidades da criança, e outra que se preocupa com seu processo de desenvolvimento, segundo um referencial no qual a moralidade está submetida ao que é natural e portanto fundamental para uma evolução saudável, conforme o descrito por Newson & Newson (op. cit.).

O contato adulto-criança volta-se então para o conhecimento do mundo infantil, visto e respeitado (até onde a época o permite) na sua especificidade. Deve ser mantida a alegria, a espontaneidade e o bem-estar, há uma inversão de sentido em relação ao período anterior, e a infância se transforma num momento idílico, de muita inocência e pureza. Consequentemente ser adulto implica em ter adquirido vícios e "pecados"; só quando se é como as crianças é que se é feliz e bom ao mesmo tempo.

O modelo proposto - à exceção da exortação à vigilância sobre a criança quanto à sua sexualidade - é próximo daquele que os estudos psicológicos das décadas seguintes vieram definir como o mais adequado para o seu desenvolvimento. Baumrind (1965) o define como "autoritativo", pela composição que traz entre a presença e afeto e a necessidade de limites, e exigência branda e a comunicação frequente, o que significa ao mesmo tempo a concessão de condições para um relacionamento saudável. Em outros termos, a criança seria educada com brandura e carinho, mas contida por limites firmes; seria estimulada no seu desenvolvimento, ainda que de acordo com as metas propostas pelos adultos, embutidas nas oportunidades a ela oferecidas.

Há também uma ênfase na preocupação com a escolarização, reflexo do processo de urbanização que ocorre nesta época, onde ela ocupa um lugar importante, Agora se está frente a um discurso que estende a necessidade do segundo agente socializador para a maioria da população, e que gera, por outro lado, exigência de desempenho e competição, trazendo tarefas adicionais: produzir uma criança competente, que "brilhe", que ascenda socialmente, elevando-se ao nível cultural de origem.

Observa-se ainda que o conteúdo da revista ligado à educação acompanhou o processo de industrialização e o surgimento da sociedade de consumo de então, como por exemplo na valorização e atenção concedidas ao brinquedo, que é visto como fazendo parte do cotidiano da criança.

Em 1988, acompanhando o "boom" da Psicologia e da Psicanálise, o conteúdo veiculado pela revista coloca grande parte de seu foco no subjetivo, e a vida emocional das pessoas é posta em questão o tempo todo. São oferecidas informações diversificadas, mas sem que elas se apresentem com coerência ou estrutura.

A nível de relação adulto-criança, essas características se repetem e se intensificam pela ausência quase completa de orientações práticas de conduta, equivalendo ao momento da moralidade individualista e de curtição, descrita por Newson & Newson (op. cit.), que prima por oferecer uma gama de possibilidades de ação sem priorizar nenhuma e deixando sempre ao encargo de cada um, a opção pela "forma que achar melhor".

A ênfase recai no caráter indeterminado do processo de educação, que deve ser constantemente criado e recriado, ainda que seus objetivos mantenham uma dupla vertente; de um lado, existem as intenções de forjar o vir-a-ser da criança, numa equivalência estabelecida entre educar (socializar) e promover a saúde emocional (cujo parâmetro é a maturidade),e do outro, há ênfase nos aspectos dessa maturidade que coincidem com os valores humanos adotados pela Igreja: o altruísmo, o "saber dividir" com o outro seu tempo, seu afeto, seu saber.

As orientações continuam a frizar a necessidade do diálogo, do afeto, da compreensão do universo infantil, ao lado do estabelecimento de limites e da desaprovação das punições, em conjunto análogo ao que se tem encontrado em entrevistas com mães (Dias da Silva, 1986; Caldana, 1989).

Permanece em essência semelhante nos três períodos, embora sob roupagens diferentes, a culpabilização dos adultos. Em 1935, ela é reafirmada de modo expresso, usada como elemento de pressão para que ele exerça seu papel adequadamente, um instrumento por excelência. Contrapõe-se a esse duna o oferecimento de um referencial claro, preciso, objetivo e detalhado, um guia único que propicia terreno firme em que pisar.

Em 1959, a responsabilidade dos adultos é um pouco menos enfatizada. Os conceitos e as informações são dirigidos num tom de ensino, de transmissão de informações e quase se supõe que não as tenha - por isso a exigência é menor.

Em 1988, a "culpa" vem travestida de "responsabilidade" e da necessidade de oferecimento de condições ótimas para o desenvolvimento da criança. Isso se torna extremamente crítico se analisado no contexto em que se insere; não há um referencial teórico claro e único, as informações fornecidas são abstratas e fragmentadas, e a revista identifica educar (socializar) a propiciar saúde mental (aspectos distintos, como observa Costa, 1984), ficando nas mãos dos adultos uma tarefa cujo êxito efetivamente não depende de sua intenção.

O caminho percorrido pelas orientações em educação segue, de 1935 a 1988, algumas direções: a) inicia uma abordagem moral, onde "educar é conseguir que a criança se comporte bem", e chega ao enfoque psicológico em que "educar é levar ao amadurecimento e equilíbrio emocional"; b) previa antigamente o controle do comportamento e hoje enfatiza o controle da subjetividade3 3 Num sentido análogo ao apontado por Nicolaci-da-Costa (1987) em relação às pedagogias modernas frente às tradicionais. , pois se por um lado cada vez mais considera-se fundamental oferecer liberdade à criança, por outro esta é valorizada nos seus aspectos exteriores e mais imediatos, direcionando-se os esforços em colocar a subjetividade à tona e normatizá-la, o que cria restrições de outra ordem; c) paralelamente, o conjunto de valores e das práticas na primeira metade do século vinham diretamente da "sabedoria popular" e atualmente saem da fala dos especialistas, colocados como os verdadeiros portadores do "saber", quando, segundo Chauí (1989), o que se procura oferecer é somente a ilusão de participar do saber - aspecto tanto tanto mais grave quanto mais se culpabiliza os adultos ao mesmo tempo em que sua "ignorância" é reafirmada, como bem o nota Lasch (1991).

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    É importante ressaltar que mesmo sendo ligada à Igreja Católica a revista pode fornecer dados tanto referentes às idéias veiculadas pela própria Igreja, que reconhecidamente tem um papel importante na formação cultural e moral do povo brasileiro (HOORNAERT, 1977 apud LEERS, 1987), como referentes a idéias cuia origem estende-se a outras esferas, mas que são incorporadas por ela em função de sua capacidade ae "aggiornamento", como vários autores apontam (Prandi, 1975; Ribeiro, 1987) e nossa análise corrabora.
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    Essa seleção foi efetuada considerando-se que os doze números correspondentes a um ano permitiriam caracterizá-lo e que o intervalo de quatro anos possibilitaria o acompanhamento das transformações ocorridas (Prandi, 1975).
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    Num sentido análogo ao apontado por Nicolaci-da-Costa (1987) em relação às pedagogias modernas frente às tradicionais.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Abr 2012
    • Data do Fascículo
      Jul 1993
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