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Editorial

Editorial

Com o número 35 completam-se as publicações do ano de 2006 da Paidéia, Cadernos de Psicologia e Educação; salienta-se, neste momento que, além de manter a revista no formato impresso, ela também continuará on-line na página ligada ao site da FFCLRP USP, mas haverá a colocação na página da Associação dos Editores Científicos da área da Psicologia, cumprindo-se ao mesmo tempo as normas de diagramação indicadas pelo Scielo, dado o fato de a revista ter sido por ele aceita. Tem-se como muito claro que de agora em diante haverá maior divulgação ainda dos trabalhos nela publicados; e, por outro lado, é certo que a manutenção do formato impresso, direcionado para o cumprimento das permutas com periódicos de diversas áreas (são mais de 90, pertencentes a cerca de 82 instituições diferentes, sendo as nacionais localizadas em 16 Estados da Federação e as internacionais em 2 outros países).

Esses avanços todos advêm de uma série de atuações; de um lado, sim, é a revista sempre em busca de melhoria, dos aspectos formais aos da qualidade do quê e como publica; de outro, crescem as exigências de especialidades, para que a editoração cumpra com suas metas e responda adequadamente ao trabalho de produção científica, nas áreas da Psicologia, da Educação e afins, que são cada vez mais diversificadas.

Outrossim, salienta-se o crescimento da demanda a que a Paidéia vem fazendo face; feito um levantamento do número de artigos submetidos por pesquisadores à apreciação da Comissão e Conselho Editorial da revista, para posteriormente serem encaminhados para os pareceristas Ad Hoc, verifica-se que houve um avanço acentuado na submissão de artigos, uma vez que em 2006 atingiu-se o pico de 87 artigos encaminhados a pareceristas, fora cerca de 12 devolvidos aos autores, por não se adequarem aos temas da revista e outros por estarem com uma redação fora dos critérios científicos; o alto índice de procura da revista tem levado a que se enfatizem as exigências no cumprimento das regras já sinalizadas para publicação, buscando-se manter um nível elevado de qualidade dos textos aceitos; existe uma diversidade grande dos assuntos abordados nas pesquisas empíricas e mesmo nos artigos voltados para revisões da literatura e análises teóricas, mas tem-se observado que eles claramente se ligam ao que está mais em estudo no momento, ou seja, são atualizadas. Uma análise das publicações dos últimos 3 anos põe em evidência que a média de autores em cada número é de cerca de 25; predomina a língua portuguesa, mas em cada um há pelo menos um artigo seja em inglês, francês, espanhol ou português de Portugal; houve também um crescimento no número de pesquisadores de diferentes Estados da Federação que submetem seus trabalhos; de 2004 em diante, aumentaram os artigos de Universidades da Bahia, do Espírito Santo, de Santa Catarina, do Distrito Federal, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Paraíba.

E, é importante que se assinale que se tem contado com uma grande disponibilidade dos pareceristas Ad Hoc. Outrossim, quando os artigos são devolvidos aos autores por não terem sido aprovados, é grande o número dos que reescrevem seguindo a sugestões dadas e resubmetem seu trabalho.

Esses avanços que se tem conseguido implantar levaram a revista a ser classificada como A Nacional, e a se manter assim, nas três últimas avaliações do Qualis da CAPES. Existe um grande esforço para se poder responder de forma adequada às demandas crescentes, dando visibilidade às pesquisas das áreas da Psicologia, Educação e afins (dentre estas a de Saúde tem se mostrado bem freqüente), visando contribuir para o avanço do conhecimento.

A seguir, caracterizam-se os 13 artigos que compõem o número 35, divididos em: Sessão Teórica, com três trabalhos, de Pesquisa Empírica com 8 artigos, mais um Estudo de caso e finalmente uma Resenha; verifica-se uma diversidade grande dos temas que eles abordam. Assim, o primeiro artigo, que tem três autores da Universidade de Brasília - Maria da Penha Nery, Liana Fortunato Costa e Maria Inês Gandolfo Conceição - fala do sociodrama como método de pesquisa qualitativa na área da Psicologia, tendo como objetivo propiciar a interação grupal como foco de investigação, salientando as questões de ordem ética. O segundo, que trabalha o tema da qualidade conjugal, tem como autores professores da PUC do Rio Grande do Sul, Clarice Mosmann e Adriana Wagner , e da PUC RJ, professora Terezinha Féres-Carneiro; este visa fazer uma revisão da literatura, com o objetivo de mapear o conceito de qualidade conjugal. Segue-se o artigo de Célia Regina Henriques, Terezinha Féres-Carneiro e Andréa Seixas Magalhães, todas da PUC RJ, sobre Trabalho e Família, focalizando as de camada média urbana, e analisando nelas a questão do prolongamento da coabitação de pais e filhos adultos. O próximo texto inicia a parte referente a pesquisas empíricas; trata-se do estudo que busca investigar a validade de uma medida de Inteligência Emocional, correlacionando-a com outras medidas de inteligência, personalidade e desempenho profissional. Na seqüência vem o artigo de Nermin Celen, da Maltepe University, Figen Cok da University of Ankara, ambos da Turquia, mais Harke Bosma e Zijsling Djurre da University of Groningen, na Holanda, em que os autores trabalharam o tema da evolução da tomada de decisões de forma autônoma por adolescentes turcos de 12 a 18 anos de idade. Depois, tem-se o artigo de Nicole Medeiros Guimarães, Sonia Regina Pasian e Valéria Barbieri, as três da USP RP, em que o Questionário Desiderativo foi aplicado a adolescentes, visando ter a Equação Simbólica como recurso terapêutico. O tema do próximo artigo analisa fatores de risco na adolescência no DF, sendo de autoria de Kátia Tarouquella Brasil, Paola Biasoli Alves, Deise Matos do Amparo, Kellen Cristine Frajorge, todas da Universidade Católica de Brasília. Segue-se um trabalho cujo objetivo ao analisar a relação Família e Escola, de autoria de Daniela de Figueiredo Ribeiro da Uni-FACED e Antonio dos Santos Andrade da USP RP, foi buscar compreender tal relação segundo a visão de pais de uma escola pública. A seguir, tem-se o relato de uma pesquisa cujos objetivos foram comparar o envolvimento de pais com filhos e o repertório de habilidades sociais e os problemas de comportamento da criança, tendo como autores Fabiana Cia, Renata Christian de Oliveira Pamplin e Zilda Aparecida Pereira Del Prete, todas da UFSCar. Segue-se a investigação de Lídia Natalia Dobrianskyj Weber, Gabrielle Ana Selig, Marcela Galvão Bernardi e Ana Paula Viezzer Salvador, da Universidade Federal do Paraná, sobre a transmissão intergeracional de estilos parentais. O próximo artigo, de Alberto Manuel Quintana, Paula Kegler, da UF Santa Maria (RS), Maúcha Sifuentes dos Santos da UFGRS e Luciana Diniz Lima da UNIFRA, objetivou direcionar para a compreensão como as equipes de saúde lidam com o tema da Morte, e as dificuldades que enfrentam. O 12º é um Estudo de Caso que trata do processo de resiliência no contexto de hospitalização, feito por Daniela Cristina Silva Bianchini da Universidade do Vale do Itajaí e Débora Dalbosco Dell'Aglio da UFRGS. Finalmente, tem-se a Resenha, feita sobre o livro "O fim do silêncio na Violência Familiar - Teoria e Prática" tendo sido elaborado por Ana Cláudia Wendt dos Santos e Carmem Leontina Ojeda Ocampo More da Universidade Federal de Santa Catarina.

Este número se encerra como os demais, com Notícias de Congressos, lista de Acessores Ad Hoc e Normas de Publicação.

Zélia Maria Mendes Biasoli-Alves

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Out 2007
  • Data do Fascículo
    Dez 2006
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