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Catadoras de caranguejo e saberes tradicionais na conservação de manguezais da Amazônia brasileira

Crab pickers and traditional knowledge in the conservation of brazilian Amazonian mangroves

Resumos

A catação de caranguejo (Ucides cordatus) desenvolvida por mulheres caboclas em áreas do litoral norte da região amazônica, precisamente no nordeste paraense, possibilita a análise da problemática ambiental e relações de gênero a partir de uma abordagem antropológica sobre uma parcela da população tradicional amazônica. Quanto à questão ambiental, é tratada em termos de conservação, manejo e conhecimento de recursos ambientais. Evidenciou-se que a pesca desenvolvida nas áreas de manguezais na vila de Guarajubal é feita artesanalmente e direcionada à captura e beneficiamento do caranguejo, com o trabalho decisivo das mulheres a partir da maior demanda nos centros urbanos próximos. O trabalho das catadoras lhes possibilita manifestarem-se em relação aos problemas ambientais, ainda que no contexto local.

catadoras; pesca; ecofeminismo; Guarajubal


The crab (Ucides cordatus) picking, done by cabocla women in Northeast Pará of the North Coastal Amazon Region, permits the analysis of the environmental question and of gender relations from an anthropological approach on a specific Amazonian traditional population. The environmental question is dealt with in terms of conservation, handling and knowledge about environmental resources. Evidence shows that crab picking is an artisan activity developed in mangrove swamp areas near the town of Guarajubal in which catching and doing product betterment of the crab are women's work, stimulated by the growing demand from nearby urban centers. The work of the catadoras (pickers) allows them to manifest their opinions in relation to the environmental problems, albeit in the local context.

Catadoras; Fish; Ecofeminism; Guarajubal


DOSSIÊ

Catadoras de caranguejo e saberes tradicionais na conservação de manguezais da Amazônia brasileira

Crab pickers and traditional knowledge in the conservation of brazilian Amazonian mangroves

Denise Machado

Universidade Federal do Pará

RESUMO

A catação de caranguejo (Ucides cordatus) desenvolvida por mulheres caboclas em áreas do litoral norte da região amazônica, precisamente no nordeste paraense, possibilita a análise da problemática ambiental e relações de gênero a partir de uma abordagem antropológica sobre uma parcela da população tradicional amazônica. Quanto à questão ambiental, é tratada em termos de conservação, manejo e conhecimento de recursos ambientais. Evidenciou-se que a pesca desenvolvida nas áreas de manguezais na vila de Guarajubal é feita artesanalmente e direcionada à captura e beneficiamento do caranguejo, com o trabalho decisivo das mulheres a partir da maior demanda nos centros urbanos próximos. O trabalho das catadoras lhes possibilita manifestarem-se em relação aos problemas ambientais, ainda que no contexto local.

Palavras-chave: catadoras; pesca, ecofeminismo, Guarajubal.

ABSTRACT

The crab (Ucides cordatus) picking, done by cabocla women in Northeast Pará of the North Coastal Amazon Region, permits the analysis of the environmental question and of gender relations from an anthropological approach on a specific Amazonian traditional population. The environmental question is dealt with in terms of conservation, handling and knowledge about environmental resources. Evidence shows that crab picking is an artisan activity developed in mangrove swamp areas near the town of Guarajubal in which catching and doing product betterment of the crab are women's work, stimulated by the growing demand from nearby urban centers. The work of the catadoras (pickers) allows them to manifest their opinions in relation to the environmental problems, albeit in the local context.

Key words: Catadoras; Fish; Ecofeminism; Guarajubal.

Introdução

A questão ambiental tem sido uma preocupação constante nos dias atuais, pois problemas de poluição, degradação ambiental e pobreza permeiam as relações sociais em nível regional e mundial. A preocupação simultânea envolvendo o ambiente e as problemáticas de gênero, de trabalho e de educação vem sendo uma decorrência da complexidade dessa questão. A mulher é um indivíduo de extrema importância na questão ambiental por estar extremamente ligada ao manejo de recursos vitais para o grupo doméstico do qual faz parte.1 1 Vandana SHIVA, 1993. Esses recursos ambientais (hídricos, agrícolas e silvícolas) são de uma abrangência ímpar e dizem respeito tanto às plantas medicinais e às utilizadas na alimentação quanto à forma como são controladas em sua utilização pela mulher.

No entender de Davidson,2 2 Joan DAVIDSON, 1993. em países em desenvolvimento, é difícil definir onde o ambiente começa e termina para a mulher, pois todas as atividades de desenvolvimento de algum modo afetam seu espaço. As mulheres em geral, mas especialmente aquelas das sociedades com características tradicionais, desenvolvem múltiplas atividades durante o dia e no começo da noite.

Conforme verificado em Guarajubal,3 3 A vila de Guarajubal faz parte, política e administrativamente, do município de Marapanim. Sua origem está inserida no contexto de expansão de catequização de indígenas por ordens religiosas jesuítas, presentes na região desde o século XVII (Antônio CONCEIÇÃO, 1995). e também em outras populações amazônicas,4 4 Ligia SIMONIAN, 2000. as mulheres se envolvem em uma série de outras tarefas que não aquelas voltadas, necessariamente, à produção de renda. Assim, cabem a elas as atividades ligadas aos cuidados com a saúde dos membros da família, cuidado com a criação de animais em seus quintais, com a roça, transporte de água, lenha e de produtos dos roçados, dentre outras. Muitos desses fazeres se encontram intimamente relacionados ao ambiente em que vivem, o que é mediatizado por suas próprias culturas e sociedades.

Os procedimentos metodológicos deste estudo tiveram como referência a perspectiva de produção antropológica,5 5 Este artigo foi produzido a partir da pesquisa realizada no Mestrado em Antropologia Social/UFPA, no período 19982000. As pessoas da vila pesquisada sabiam das intenções da investigação e aceitaram contribuir com o estudo. Do mesmo modo, permitiram serem identificadas no texto por mim elaborado e não demonstraram resistência quanto a isso. Ao longo da pesquisa foram apresentadas versões parciais do texto aos informantes. Como a pesquisa foi realizada em três etapas (1998: survey; 1999: ida mensal a campo finais de semana e feriados prolongados; 2000: permanência em campo dois meses), houve várias oportunidades de diálogo com essas pessoas. Isso deu segurança ao que estava para ser produzido e garantiu a "autoridade etnográfica" na apresentação do texto final. notadamente no âmbito dos estudos de Ecologia Humana e de gênero. O levantamento da bibliografia e da documentação pertinente foi feito nas cidades de Belém e Marapanim. No campo a observação participante baseou-se na utilização de conversas informais, entrevistas não dirigidas, registros fotográficos e questionários.

As variáveis pesquisadas dizem respeito aos aspectos históricos, econômicos e culturais de Guarajubal. Foram privilegiados os aspectos ligados ao manejo das áreas de manguezais e os impactos da atividade econômica de produção e comercialização de massa de caranguejo nesse ecossistema. A coleta de dados sobre a história e a literatura oral referentes aos ecossistemas presentes na região foi desenvolvida a partir de perspectiva que privilegia a caracterização segundo categorias locais. Dessa maneira, a coleta de dados se espelhou na perspectiva da etnoecologia, bem como em ecofolque6 6 Estudo integral do correlacionamento do comportamento humano com fatores ambientais. Permite explicações sobre todos os fatores que constituem os complexos componentes culturais do folclore (Antônio SILVA, 1991). e história oral por privilegiarem categorias e formas de classificação locais. Essas abordagens permitem que se dê importância a dimensões que poderiam ser esquecidas devido aos preconceitos culturais do pesquisador. Além disso, tais técnicas permitem que se vá descobrindo gradativamente as estruturas lógicas referentes à percepção sobre o ambiente físico e social.

Mulheres e atividades de catação

Apesar de as mulheres desenvolverem múltiplas tarefas, o trabalho feminino é invisibilizado e considerado de menor relevância para a sociedade a que pertencem. No caso de ser uma mulher cabocla é comum que haja mais um motivo para sua depreciação, pois essa população tradicional amazônica tem sido discriminada por diferentes espaços e segmentos sociais. Quando essa mulher cabocla é identificada como pescadora a situação se torna mais complexa, na medida em que o trabalho na pesca é pouco considerado pelo poder público e pela própria academia, o que por certo acarreta o esquecimento desse setor em relação a outras atividades desenvolvidas por essa população tradicional.

Em meio a essa situação de pouca visibilidade dos caboclos há, ainda, a desconsideração do trabalho feminino em áreas de manguezais. Nessas áreas as mulheres coletam moluscos e crustáceos, mas esse trabalho é pouco valorizado entre os próprios pescadores porque não está ligado diretamente à captura de peixe em alto-mar.

Em Guarajubal essa visão é decorrente da própria formação de pescadores que privilegia a aprendizagem do saber ligado à pesca apenas aos homens, cabendo à mulher outras atividades produtivas. Nessa vila a identidade masculina é construída a partir do aprendizado ligado à pesca, e quando um homem não sabe pescar ele tem dificuldades em ser valorizado e considerado importante, mesmo que desenvolva outras tarefas. Quando uma mulher pesca, ela o faz desenvolvendo a chamada pesca pequena, ou pesca da beira.

O caranguejo é relevante economicamente para a vila de Guarajubal devido à produção e comercialização de sua massa, garantindo obtenção de renda para os moradores, principalmente para um grande número de mulheres dessa localidade. Entretanto, tal trabalho não é reconhecido como relevante pelos habitantes locais que vêem na pesca do peixe uma atividade mais importante. Todavia, a pesca quando é tratada em seu sentido amplo permite a visualização dos trabalhos de mulheres e crianças na captura de espécies aquáticas que não se restringem aos peixes.

O conhecimento tradicional que as mulheres possuem sobre seu ambiente é essencial para preservação das espécies, principalmente em países cuja economia depende de recursos biológicos. Segundo Woortmann,7 7 Ellen WOORTMANN, 1992. à mulher cabe a socialização através da aprendizagem de saberes ligados ao cultivo da terra e aos cuidados da casa. Mesmo assim, e em especial quando se trata da Amazônia, muito pouco tem sido feito pelo Estado, agências financiadoras, organizações não-governamentais (ONGs) e pelas próprias populações tradicionais, no sentido de utilizar esses saberes no desenvolvimento local e sustentável.8 8 SIMONIAN, 1998. Nessa perspectiva, a relação entre mulheres, gênero, meio ambiente e desenvolvimento é não só permanente como muito estreita.

A comercialização da carne de caranguejo (Ucides cordatus) na vila de Guarajubal tem causado impactos ambientais que poderão acarretar a degradação completa dos manguezais dessa região. Localizada a 117 km da capital do estado do Pará, no Norte do Brasil, Guarajubal tem como principal atividade produtiva o processo de catação desenvolvido pelas mulheres.

A partir do levantamento feito em campo, sabe-se que a catação de caranguejo foi introduzida no local há aproximadamente 17 anos, através de um senhor conhecido como "Paulo Sarará". E, pelo que foi relatado por uma catadora de nome Ana Lúcia, 39 anos, as pessoas de Guarajubal sempre cataram caranguejo, todavia somente para o próprio consumo. Essa situação foi alterada com a vinda do Sr. Paulo, quando a catação passou a ser feita com fins comerciais.

As mulheres catadoras de caranguejo não têm o reconhecimento da importância de seu trabalho, nem tampouco são reconhecidos pelo poder público os seus saberes tradicionais na conservação de manguezais. Conseqüentemente, as ações governamentais ligadas ao desenvolvimento da região norte do estado do Pará carecem de participação dessas mulheres na formulação de uma agenda que inclua os seus saberes sobre manejo menos impactante.

Mulheres caboclas e a conservação de manguezais da Amazônia brasileira

A produção de massa de caranguejo exige conhecimento da técnica de catação e envolve conhecimentos tradicionais sobre o caranguejo, o mangal, o rio, as marés. Portanto, é importante conhecer todo o ecossistema ligado de forma direta ou indireta à vida desse crustáceo. Nessa atividade estão inter-relacionados os saberes locais sobre o ambiente e os valores e crenças da população humana que ora habita na região de Guarajubal.

Há diversos tipos de caranguejo e os habitantes de Guarajubal os classificam em seis grupos: Caranguejo-Uçá, Manicujá, Maraquanim, Aratu, Sarará Patrona e Guaiamun. O grupo composto pelo tipo de caranguejo Uçá (Ucides cordatus) é mais comum e é por eles tido como normal; o segundo grupo é o do caranguejo Manicujá e foge um pouco do padrão, pois, ao contrário do Uçá, possui as duas patas com tamanho semelhante.

A fêmea do caranguejo não é tirada do mangal e, quando isso eventualmente ocorre, é motivo de lamentação pelo tirador. A captura da fêmea (denominada localmente como condessa) é proibida por lei e também não é feita pelos tiradores porque reconhecem que para cada fêmea ovada haverá centenas, ou até milhares de caranguejo no futuro no mangal. Segundo relato do tirador Chavoca, "Do verão passado para esse verão a diminuição é de 100%. Antes eu tirava 60 a 70 caranguejos numa manhã, hoje tiro 35. Ontem mesmo tirei só 29". Tal relato demonstra a preocupação em manter o equilíbrio das áreas de manguezais.

A produção da massa propriamente dita tem início com o cozimento do caranguejo em pequenas fogueiras a lenha. Após o cozimento a carne do caranguejo é retirada a partir de leves batidas com pequenos pedaços de madeira sobre o animal, cuja casca será separada da carne. É necessária certa habilidade e destreza para que a casca não seja triturada e misturada à carne ou que esta não seja esmagada com batidas, o que causaria uma perda na qualidade do produto. Posteriormente, a massa é armazenada em sacos plásticos para venda.

O controle e destino no orçamento doméstico do dinheiro recebido pela massa de caranguejo produzida é estabelecido pelas catadoras, para compra principalmente de comida: pão, carne e frango. Na medida do possível, o dinheiro é direcionado para compra de material escolar de seus filhos ou roupas. Portanto, prioritariamente para atender às necessidades das famílias.

A cadeia de produção e comercialização da massa de caranguejo presente em Guarajubal mostra, segundo Sena,9 9 Ana Laura SENA, 1999. o embrião da estruturação de uma integração da vila com a economia capitalista, ainda que rudimentar, pois os moradores são os proprietários dos meios de produção com os quais trabalham e detêm o conhecimento do saber relacionado a todo o processo produtivo.

A produção de massa de caranguejo, bem como sua inserção ao mercado, conta com uma relativa especialização de tarefas realizadas segundo idade, sexo e estado civil das pessoas ligadas a esse tipo de trabalho. A atividade de catação é fundamental no beneficiamento da carne de caranguejo, garantindo a comercialização e seu consumo nos municípios de Castanhal e Belém capital do estado do Pará.

No que tange à utilização de áreas de manguezais, as mulheres caboclas de Guarajubal consideram que o sobreuso dos recursos dos manguezais trará o esgotamento dos mesmos. Motta considera que uma das causas desse sobreuso de recursos naturais é a situação de empobrecimento, pois no seu entendimento "[...] população empobrecida pode ser levada ao sobreuso destes recursos naturais e do ambiente em geral, minando as próprias bases para um desenvolvimento sustentável a longo prazo".10 10 MOTTA, 1999, p. 37. É possível que em Guarajubal a situação de pobreza se agrave e venha a se tornar um dos fatores relacionados à degradação ambiental.

É consenso entre as catadoras de caranguejo de Guarajubal que o aumento do número de caranguejos tirados do mangue é a principal causa da diminuição do tamanho e número populacional desse crustáceo na região de Marapanim. Embora haja reconhecimento de que a intensidade crescente da coleta de caranguejo trará impactos a suas vidas, essas mulheres convivem com a reduzida consideração de seu trabalho e de seus saberes tradicionais sobre as atividades ligadas às dinâmicas dos manguezais.

Notas conclusivas

O consumo de crustáceos, e de outros componentes da fauna de manguezais, faz parte da dieta alimentar dos habitantes de regiões litorâneas e de manguezais desde tempos remotos. O caranguejo destaca-se principalmente como fonte de alimento, compondo a culinária de habitantes de vilas e cidades próximas ou distantes da região litorânea do Pará.

Na vila de Guarajubal e em outras com características tradicionais caboclas da região amazônica, homens e mulheres são explorados diante das crescentes demandas de consumo, como é o caso da procura pela massa de caranguejo. Essa demanda crescente motiva as pessoas de Guarajubal a capturar um número cada vez maior desse crustáceo, acarretando com isso alterações ambientais irreversíveis num futuro próximo. Mesmo sabedores dessa situação, o poder público não age efetivamente diante das reivindicações de tiradores e catadoras.

A degradação ambiental é uma ameaça constante em Guarajubal, pois, apesar de os moradores se preocuparem em tirar apenas o caranguejo-macho do mangal, deixando a fêmea (condessa) e os caranguejos menores para procriação e crescimento, essa pode ser uma atitude a ser extinta num futuro próximo. Os impactos da produção de massa de caranguejo, através do beneficiamento da carne desse crustáceo, tornaram-se intensos e negativos, pois, quando a população local passou a ser motivada por demandas de mercado, a extração passou a tender para a insustentabilidade.

Porém, catadoras e tiradores de Guarajubal reconhecem que a captura desse crustáceo ainda em tamanho impróprio ao consumo humano manifesta-se ainda de forma incipiente, e com a implantação do período de defeso vislumbra-se o impedimento do sobreuso dos recursos dos manguezais, o que poderá viabilizar em Marapanim, e na região litoral paraense, a sustentabilidade dessa atividade.

Por fim, a problemática envolvendo gênero e meio ambiente se revela como da maior importância, embora ainda requeira maiores pesquisas e políticas públicas específicas. Nessa direção, no que diz respeito ao reconhecimento da participação das mulheres na conservação de áreas de manguezais, há todo um campo a ser explorado e trabalhado, tanto na Amazônia como em outras áreas.

  • CONCEIÇÃO, Antônio Azevedo. Marapanim: reconstituição histório-cultural, mística e chistosa Belém: Grafinorte, 1995.
  • DAVIDSON, Joan. "Women's Relationship with the Enviroment." In: WEINSTEIN, Rachel, HEDLEY, Rachel, and DAVIDSON, Joan (eds). Women and the Environment Oxford: Oxfam, 1993. p. 9-12.
  • MOTTA, Jair Pereira. As áreas agrícolas do município de Maracanã: um estudo sobre as condições ambientais 1999. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Sociais), Universidade Federal do Pará, Castanhal, PA.
  • SENA, Ana Laura. dos Santos. Relatório de viagem de campo ao vilarejo de Guarajubal/Pará Belém: UFPA/NAEA, 1999. Digitado.
  • SHIVA, Vandana. "Women's Indigenous Knowledge and Biodiversity." In: MIES, Maria, and SHIVA, Vandana (eds.). Eco-feminism. Halifax, Nova Scotia: Fernwood Publications, 1993. p. 164-173.
  • SILVA, Antônio Bordalo da. "Introdução ao estudo do folclore amazônico". In: NASCIMENTO, Bráulio (Org). Estudos de folclore em homenagem a Manuel Diegues Júnior Maceió: Instituto Arnon de Mello, 1991. p. 21-28. (Série Antropologia e Folclore).
  • SIMONIAN, Ligia Terezinha Lopes. Mujer y desarrollo en la Amazonia brasileña In: JORNADAS AMAZONICAS, 7., 1998, Puyo, Equador. Analles... Puyo, Equador, 1998.
  • ______. Mulheres do rio Aripuanã (AM): memórias, situação atual e esperanças quanto ao futuro Manaus: SECULT-AM, 2000. Mimeo.
  • WOORTMANN, Ellen F. "Da complementaridade à dependência: espaço, tempo e gênero em 'comunidades pesqueiras' do Nordeste". Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 18, p. 41-60, 1992.
  • 1
    Vandana SHIVA, 1993.
  • 2
    Joan DAVIDSON, 1993.
  • 3
    A vila de Guarajubal faz parte, política e administrativamente, do município de Marapanim. Sua origem está inserida no contexto de expansão de catequização de indígenas por ordens religiosas jesuítas, presentes na região desde o século XVII (Antônio CONCEIÇÃO, 1995).
  • 4
    Ligia SIMONIAN, 2000.
  • 5
    Este artigo foi produzido a partir da pesquisa realizada no Mestrado em Antropologia Social/UFPA, no período 19982000. As pessoas da vila pesquisada sabiam das intenções da investigação e aceitaram contribuir com o estudo. Do mesmo modo, permitiram serem identificadas no texto por mim elaborado e não demonstraram resistência quanto a isso. Ao longo da pesquisa foram apresentadas versões parciais do texto aos informantes. Como a pesquisa foi realizada em três etapas (1998:
    survey; 1999: ida mensal a campo finais de semana e feriados prolongados; 2000: permanência em campo dois meses), houve várias oportunidades de diálogo com essas pessoas. Isso deu segurança ao que estava para ser produzido e garantiu a "autoridade etnográfica" na apresentação do texto final.
  • 6
    Estudo integral do correlacionamento do comportamento humano com fatores ambientais. Permite explicações sobre todos os fatores que constituem os complexos componentes culturais do folclore (Antônio SILVA, 1991).
  • 7
    Ellen WOORTMANN, 1992.
  • 8
    SIMONIAN, 1998.
  • 9
    Ana Laura SENA, 1999.
  • 10
    MOTTA, 1999, p. 37.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Nov 2007
    • Data do Fascículo
      Ago 2007
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