USO DE QUESTIONÁRIO ONLINE E DIVULGAÇÃO VIRTUAL COMO ESTRATÉGIA DE COLETA DE DADOS EM ESTUDOS CIENTÍFICOS

RESUMO

Este estudo teve como objetivo descrever o uso de questionário online e sua divulgação virtual como estratégia de coleta de dados na Alemanha. O questionário online foi elaborado com uma plataforma virtual, criando um link que foi divulgado em ambientes virtuais. Participaram 100 indivíduos alemães com Espinha Bífida; 149 pessoas visitaram o link, dessas 83 oriundas de fóruns virtuais, 27 e-mails, 26 redes sociais, dez do site da associação da espinha bífida alemã e três do site da universidade. Com 55,7% dos participantes, o meio de divulgação mais ágil para captação foi o fórum virtual. Sugere-se que esse modo de coleta de dados seja utilizado para pesquisas futuras, envolvendo diversos países, devido à rapidez, economia, bom aproveitamento de respostas e por permitir ultrapassar a barreira linguística. Políticas públicas que apoiem o acesso da população à internet são necessárias, para que esses estudos sejam realizados com êxito.

DESCRITORES:
Internet; Coleta de dados; Pesquisa; Questionários; Disrafismo espinal

ABSTRACT

This study describes the use of online questionnaires and their virtual dissemination as a data collection strategy in Germany. The online questionnaire was elaborated using a virtual platform, creating a link that was disseminated in virtual environments. Participants were 100 Germans with Spina Bifida; 149 people visited the link, 83 of them coming from virtual forums, 27 from emails, 26 from social networks, ten from the German association of spina bifida site and three from the university website. With 55.7% of the participants, the virtual forum was the most agile dissemination medium to capture the data. This data collection mode should be used in future research, involving different countries, due to the speed, saving, good use of answers and help to overcome the language barrier. Public policies that support people's access to the Internet are necessary, so that these studies can be conducted successfully.

DESCRIPTORS:
Internet; Data collection; Research; Questionnaires; Spinal dysraphism

RESUMEN

Este estudio describe el uso de un cuestionario online y su divulgación virtual como una estrategia de recolección de datos. El instrumento online fue desarrollado utilizando una plataforma virtual, creando un link que se publicó en ambientes virtuales. Participaron 100 alemanes con Espina Bífida. 149 personas tuvieron acceso al link, 83 oriundos de foros virtuales, 27 de correos electrónicos, 26 de redes sociales, 10 provenientes de la asociación alemana de espina bífida y 3 del website de la universidad. Con el 55,7% de los participantes, el medio de divulgación más ágil para la captura fue el foro virtual. Se sugiere que este método sea utilizado para investigaciones futuras que involucren varios países, esto debido a la velocidad, la economía, el buen uso de respuestas y por permitir a superar la barrera del idioma. Se requieren políticas públicas que apoyen el acceso de las personas a Internet, para que estos estudios se realicen con éxito.

DESCRIPTORES:
Internet; Recolección de datos; Investigación; Cuestionarios; Disrafia espinal

INTRODUÇÃO

A descrição dos procedimentos metodológicos adotados pelos pesquisadores constitui um tema relevante, uma vez que revelam estratégias geradoras de conhecimento baseado em evidências científicas, assim como possibilitam a reflexão sobre as facilidades e fragilidades de cada estratégia metodológica utilizada em diferentes contextos e regiões. A coleta de dados sistemática desempenha um papel fundamental para a qualidade e o tempo do estudo científico, tornando-se um tema de interesse para os pesquisadores.¹

As abordagens tradicionais de coleta de informações dos participantes da pesquisa, como entrevistas presenciais, telefone e questionários impressos, nem sempre conseguem gerar resultados rápidos e com custos economicamente viáveis, além de não acompanharem a tendência tecnológica e dinâmica das populações.² Um exemplo são as taxas de participação em estudos epidemiológicos que diminuíram gradualmente ao longo das últimas décadas, com quedas ainda mais nítidas nos últimos anos.^3-4 Entre as razões sugeridas para a queda das taxas de respostas estão a diminuição geral do voluntariado, maiores demandas de participação em pesquisas e o uso do telefone celular.^1,4

Com o acesso crescente à internet em todo o mundo, as pesquisas com o uso do ambiente virtual mostram-se como uma tendência atual para a coleta de dados, preferida pela maioria dos sujeitos dos estudos.^1,4-7 Embora, os grupos etários mais jovens continuem a ter a maior taxa de uso da internet, a adesão de pessoas de faixas etárias mais avançadas a esta ferramenta tem aumentando nos últimos anos.⁸

Dessa maneira, a utilização da internet, como recurso auxiliar de troca e disseminação de informações, possibilita a melhoria e a agilidade do processo de pesquisa. Além de permitir ao pesquisador o contato rápido e preciso com os indivíduos participantes do estudo.⁹

Na Alemanha, cerca de 85% dos domicílios possuem acesso à internet. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) Nielsen Online 2012, quando considerado todos os locais para conexão incluindo domicílios, trabalho, escolas e lan houses, o número de usuários no Brasil atinge 94,2 milhões de brasileiros, o que corresponde a pouco menos de 50% da população brasileira.¹⁰ Considerando esses dados e na direção de aumentar o uso e acesso da internet, equiparando com países como a Alemanha, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) tem como objetivo, nos próximos anos, proporcionar acesso a internet de baixo custo e alta velocidade a 88% da população brasileira.¹¹

Esse crescente uso da internet em todas as faixas etárias, tem instigado os investigadores a desenvolverem questionários virtuais como um método alternativo para a obtenção de respostas em pesquisas científicas. O ambiente virtual proporciona, de forma flexível e dinâmica, a formação de redes de pessoas que compartilham ideias e experiências em comum.¹² A utilização de ferramentas virtuais também possibilita a dispersão das informações e divulgação de pesquisas realizadas na área de enfermagem, tornando-se um recurso para a promoção e desenvolvimento da profissão.¹³ Nessa direção, o objetivo deste estudo foi descrever o uso do questionário online e sua divulgação virtual como estratégia de coleta de dados em um estudo realizado na Alemanha, por pesquisadores brasileiros e alemães.

MÉTODO

O estudo foi realizado pela Faculdade de Ciências da Reabilitação da Universidade de Dortmund - Alemanha, como parte de uma tese de doutorado que tinha como objetivo coletar dados de alemães com o diagnóstico de Espinha Bífida (EB) para fazer um estudo comparativo, entre o Brasil e a Alemanha, sobre o cateterismo vesical intermitente em pessoas com EB. A coleta de dados utilizando um questionário virtual foi escolhida, principalmente, por proporcionar a participação de indivíduos oriundos de todo o território alemão, além de permitir que pesquisadores brasileiros, sem total fluência no idioma alemão, conseguissem realizar a pesquisa sem o viés dos erros linguagem durante uma entrevista. O contato com os indivíduos com EB e seus familiares, promovido pela Associação de EB e Hidrocefalia alemã (ASBH), possibilitou aos pesquisadores conhecerem quais os principais ambientes virtuais utilizados pelos candidatos a participantes da pesquisa.

O projeto de pesquisa foi aprovado e autorizado pela Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências da Reabilitação da Universidade de Dortmund e pelas diretorias da ASBH e do Sternchen Fórum (fórum virtual utilizado pelos associados da ASBH). Antes de iniciar a coleta de dados com o questionário virtual, foi inserido um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) virtual, composto por uma página de esclarecimento sobre a pesquisa, além da solicitação de autorização para o uso dos dados.

A amostra foi calculada baseada na fórmula de Freeman n=10 (k+1). Segundo um alfa de 0,05 e considerando o caso de variância máxima (p=0,50 =50%). Assim, o cálculo amostral mostrou que seriam necessárias, no mínimo, 100 respostas (n) para a estimativa de uma proporção dentro do intervalo de +/- 5 pontos percentuais.

A amostra foi composta por 100 participantes com o diagnóstico de EB e experiência na realização do cateterismo vesical intermitente (CI). Responderam ao questionário os próprios indivíduos com EB, com 18 anos ou mais, e/ou seus familiares maiores de 18 anos e experiência na realização do CI assistido (quando a pessoa com EB tinha menos de 18 anos).

RESULTADOS

Elaboração do instrumento de coleta de dados

O instrumento de coleta de dados foi um questionário virtual contendo 57 questões, sendo a maioria de múltipla escolha e com escala de mensuração tipo Likert, elaborado com o objetivo de avaliar o contexto do cateterismo vesical intermitente no Brasil e na Alemanha em pessoas com EB, visando um estudo descritivo e comparativo, que embasou uma tese de doutorado Fakultät Rehabilitationswissenschaften, Universität Dortmund. Esse instrumento foi previamente desenvolvido no Brasil e passou por todo o processo de tradução, adaptação e validação para ser utilizado no contexto alemão. O questionário previamente validado foi transportado para uma plataforma online (Survey Monkey) visando facilitar o acesso e participação de indivíduos de todas as regiões da Alemanha. O questionário completo utilizado na Alemanha pode ser visualizado pelo link: https://de.surveymonkey.com/r/TUDortmund-spinabifida-brasilien-deutschland.

O período de coleta de dados na Alemanha foi entre os anos de 2011 e 2012, foram necessários dois meses para o recebimento de 100 questionários completamente preenchidos.

Divulgação do instrumento de coleta de dados

Foi realizada uma ampla divulgação da pesquisa, com o auxílio da ASBH, nos meios virtuais mais utilizados pela população do estudo.

Para a divulgação do instrumento, foram postados links do questionário em diversos ambientes virtuais como: o Sternchen Fórum destinado a familiares e pessoas com EB, os sites da Universidade de Dortmund e da ASBH, além de comunidades de EB das redes sociais (StudiVZ e Facebook) e de e-mails.

Obtenção das respostas

O link do questionário virtual foi visitado por 149 indivíduos. Desse total, 83 visitas foram oriundas de fóruns virtuais (sendo 71 visitas do Sternchen Fórum e 12 visitas de outros fóruns), 27 de redes sociais, 26 de malas diretas enviadas a e-mails pessoais, dez do site da ASBH e três do site da universidade de Dortmund (Figura 1). A maioria das visitas ao questionário online partiu dos fóruns virtuais, que captou cerca de 55,7% dos visitantes (p≥0,005).

Não foi possível avaliar o tempo de respostas, no entanto, os participantes tinham a opção de interromper o preenchimento do questionário e continuar em outro momento. Foi permitido somente o preenchimento de um questionário por endereço de IP (Internet Protocol), que é um número que o computador ou roteador recebe quando se conecta à internet. Essa medida foi tomada visando impedir a duplicidade de questionários respondidos por um mesmo participante. Cabe ressaltar que não houve ausência de respostas, pois a ferramenta utilizada para o desenvolvimento do questionário online apresentava uma opção que não permitia ao participante mudar de página sem ter respondido a todas as respostas solicitadas.

Figura 1
Distribuição dos locais de divulgação da pesquisa de acordo com o número de visitas recebidas no link do questionário virtual. Alemanha, 2011. (n=149)

A idade dos participantes alemães variou entre zero e 55 anos, com uma média de 19,2 (DP±13,7), contemplando crianças, jovens e adultos. Em relação à pessoa que respondeu ao questionário virtual, foi observado que 49,0% dos questionários foram respondidos pelo próprio indivíduo com EB. Enquanto a categoria 'outra pessoa responsável' respondeu a 51% dos questionários, essa categoria foi composta por 43 mães, seis pais, um avô e um outro responsável. Em relação ao gênero, a amostra total foi composta por 65 mulheres e 35 homens.

De um total de 149 visitantes ao link do questionário virtual, somente 100 responderam completamente o questionário e o TCLE virtual, e puderam participar do estudo. Com isso a taxa de aproveitamento das respostas foi de 67%.

A coleta de dados durou aproximadamente 60 dias e foi interrompida quando foram alcançados 100 questionários completamente respondidos, valor definido pelo cálculo amostral.

Os custos para a confecção do instrumento de coleta de dados resumiram-se ao pagamento da taxa de hospedagem e confecção do questionário na plataforma online, calculados em torno de 24 dólares ao mês.

DISCUSSÃO

O uso do questionário virtual potencializou a coleta de dados deste estudo científico realizado por pesquisadores brasileiros na Alemanha. O meio de divulgação mais ágil para captar os participantes da pesquisa foi o fórum virtual, representando 55,7% do total de visitantes do link do questionário. O tempo necessário para a coleta de dados foi um fator positivo, pois permitiu a coleta de 100 questionários totalmente preenchidos em apenas dois meses.

Essa possibilidade de coleta de dados mostrou-se mais efetiva que outras tentativas, realizadas por outros pesquisadores, por meio de questionários impressos enviados via correio convencional, nas quais a taxa de aproveitamento das respostas variava em torno de 12 a 25%. Uma vez que, nesse estudo, obteve-se 67% de taxa de aproveitamento das respostas do questionário virtual, mostrando-se melhor do que as taxas de aproveitamento do questionário postado via correio de estudos anteriores.^14-15

Pesquisas buscando estratégias para o aumento das respostas dos questionários postais e os virtuais foram realizadas anteriormente.^12,15 No entanto, esses estudos com questionários postados via correio, mostraram que mesmo após várias tentativas de aumento da taxa de respostas, como envio de carta resposta selada e a remuneração, esse aumento das taxas de resposta não é significativo, mantendo a coleta de dados onerosa e demorada.¹⁴ A comodidade de poder responder o questionário no domicílio virtualmente, não ter o trabalho e o gasto de tempo para preparar e enviar o questionário postal, aumenta a taxa de respostas dos questionários virtuais.¹⁵

Uma questão a ser discutida é o alto custo da coleta de dados por meio dos questionários impressos. Em um estudo americano com 59.000 mulheres, verificou-se que o custo de desenvolvimento e processamento do questionário postal foi quatro vezes maior do que do questionário virtual, principalmente devido aos custos de envio e retorno e do maior tempo de digitação e construção do banco de dados.¹⁶ Somado a isso, os questionários virtuais foram preenchidos de forma mais completa do que de questionários postais de papel. Assim, o uso do questionário virtual resultou em economia nos custos e respostas mais completas. No entanto, foi observada uma maior taxa de respostas nas participantes mais jovens e menor nas participantes maiores de 60 anos.¹⁶ Neste estudo os custos com a elaboração do questionário virtuais foram baixos (24 dólares/mês).

Além disso, o uso do questionário virtual permitiu a obtenção de um banco de dados automático, transferido direto para o SPSS ou Excell, sem erros de digitação na transcrição das respostas e mais completo. Uma vez que foi utilizado um recurso que direcionava o participante durante o preenchimento, por exemplo, impedindo-o de responder a próxima questão antes de responder à atual, evitando assim perguntas sem resposta. Recurso também utilizado e atestado por outros estudos.¹⁷

Outros estudos comparando os dois principais modos de coleta de dados, questionário impresso e questionário virtual, mostrou não haver diferença entre eles em relação aos resultados coletados.^6-7,18-19 Pesquisas referem que a qualidade dos dados coletados a partir de questionários online pode ser superior, devido à maior taxa de resposta e a dupla digitação dos dados desnecessária.^17,20-21 Apesar disso, alertam para a possibilidade da amostra ser composta privilegiando sujeitos com maiores níveis de instrução, criando um viés.^20,22

A relevância da etapa de elaboração do questionário deve ser considerada para o aumento da taxa de resposta.¹⁵ Questionários curtos, claros, têm maiores chances de obterem taxas de respostas mais altas.^15,23 Neste estudo a fase de elaboração do instrumento foi cuidadosamente realizada, primeiramente no Brasil por uma equipe multidisciplinar com vasta experiência na reabilitação de indivíduos com EB e, posteriormente, na Alemanha com o processo de adaptação e validação, também com auxílio de uma equipe multidisciplinar alemã e da ASBH.

Existem vários estudos anteriores, na área da saúde, com o uso de questionário virtual destinado ao público da universidade ou do hospital (professores, alunos e profissionais da saúde), onde encontra-se o conhecimento mútuo entre os pesquisadores e os participantes do estudo. Esse estudo mostrou mais uma possibilidade que foi além, mais abrangente do ponto de vista territorial e internacional, pois não restringiu a participação no estudo de indivíduos de apenas uma região ou instituição. Permitiu que indivíduos de várias partes do país participassem da investigação. Além disso, essa ferramenta possibilitou a coleta de dados de pesquisadores não nativos, uma vez que a pesquisadora principal não era alemã, ultrapassando a barreira do idioma e permitindo estudos comparativos internacionais. Utilizando um instrumento traduzido, adaptado e validado adequadamente foi possível coletar os dados em outro país, com outro idioma e cultura, sem que a barreira da comunicação impedisse o estudo.

Entre as vantagens do uso do ambiente virtual para coleta de dados observadas pelos pesquisadores durante a realização deste estudo e sustentadas também por outros estudiosos^1,5-7,14-16 estão: possibilidade de captar participantes de diversas localizações geográficas com baixo custo; capacidade de imparcialidade e anonimato não expondo os participantes à influência da pessoa do pesquisador; possibilidade de comodidade aos participantes que respondem ao instrumento no momento que lhes é mais apropriado; facilidade do pesquisador em aplicar o instrumento a vários participantes; como os dados são inseridos eletronicamente e automaticamente transformados em banco de dados, os erros e os gastos com a digitação são eliminados; recursos visuais e áudios podem ser incluídos para facilitar o preenchimento do instrumento, e os pesquisadores podem controlar o número de questionários preenchidos em tempo real.

As possíveis limitações do questionário online observadas pelos pesquisadores foram: exclusão dos analfabetos digitais, impedimento do auxílio ao participante quando o mesmo não compreende alguma pergunta, impossibilidade do conhecimento das circunstâncias em que o questionário foi respondido. Entretanto, acredita-se que soluções para as limitações dos questionários virtuais serão cada vez mais estudadas e desenvolvidas nos próximos anos, devido aos benefícios desse tipo de coleta de dados.¹

Nessa direção, refletindo sobre a necessidade de estudos multicêntricos e internacionais, o questionário virtual e a sua divulgação a partir dos meios eletrônicos, mostra-se como uma opção a ser estudada e aprimorada. Novos estudos utilizando os meios eletrônicos para a coleta de dados devem ser estimulados, uma vez que o ambiente virtual é cada vez mais utilizado na busca de informações sobre temas de saúde, além de ser um local de lazer, trabalho, compras e relacionamentos que já faz parte do cotidiano de milhões de indivíduos em todo o mundo.

CONCLUSÃO

O uso de ambientes virtuais para a realização de pesquisas na área de saúde representa uma possibilidade econômica, com maior velocidade de informação e produção científica, capaz de ultrapassar barreiras como idiomas, viabilizando a realização de estudos comparativos multicêntricos internacionais. Além disso, as pesquisas pela internet proporcionam maior praticidade e comodidade aos participantes do estudo, podendo resultar na melhora do número de respostas obtidas.

O estudo sugere que este modo de coleta de dados (questionário e divulgação virtuais), devidamente implementado, seja aprimorado e utilizado para pesquisas futuras, principalmente envolvendo diversos países, uma vez que é um meio rápido, econômico e com bom aproveitamento de respostas. No entanto, políticas públicas que apoiem o acesso da população à internet são necessárias, para que este tipo de método, utilizando meios virtuais, possa ser realizado com êxito em países em desenvolvimento como o Brasil.

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Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  2016