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O mister da investigação do enfermeiro

El menester de la investigación del enfermero

Calling of the nurse for investigation

Resumos

A autora situa a trajetória da produção do conhecimento na enfermagem à luz do profissionalismo e apresenta uma síntese do esforço da comunidade de enfermagem na conquista de condições para a administração do conhecimento. A análise de estudos realizados, por diferentes autores, a partir da década de sessenta, mostrou um aperfeiçoamento nos estudos e um avanço no intercâmbio, permanecendo, entretanto, o desafio da superação da fase marcantemente descritiva das investigações e da dificuldade da pesquisa em transformar a prática.


La autora sitúa la trayectoria de la producción del conocimiento en la Enfermería a la luz de la carrera del profesional y presenta una síntesis del esfuerzo de la comunidad de Enfermería en la conquista de condiciones para la administración del conocimiento. La análisis de estudios realizados, por diferentes autores, partiendo de la década de sesenta, ha mostrado un perfeccionamiento en los estudios y un avance en el intercambio, permaneciendo todavía el desafío de la superación de la fase seguramente descriptiva de las investigaciones y de la dificultad de la pesquisa en transformar la práctica.


The author locates the trajectory of the knowledge in nursing, based on light of professionalism and presents a synthesis of the community effort of nursing in conditions for the administration of knowledge. The analyze of the beginning of the seventy decade point out the knowledge explosion in nursing literature, and an advance in the interchange, getting together, so for, the challenge of the over flow from the descriptive phase and the difficult of research in transforming the practice.


ARTIGO ORIGINAL

O mister da investigação do enfermeiro

Calling of the nurse for investigation

El menester de la investigación del enfermero

Emília Luigia Saporiti Angerami

Professora Titular do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

RESUMO

A autora situa a trajetória da produção do conhecimento na enfermagem à luz do profissionalismo e apresenta uma síntese do esforço da comunidade de enfermagem na conquista de condições para a administração do conhecimento. A análise de estudos realizados, por diferentes autores, a partir da década de sessenta, mostrou um aperfeiçoamento nos estudos e um avanço no intercâmbio, permanecendo, entretanto, o desafio da superação da fase marcantemente descritiva das investigações e da dificuldade da pesquisa em transformar a prática.

ABSTRACT

The author locates the trajectory of the knowledge in nursing, based on light of professionalism and presents a synthesis of the community effort of nursing in conditions for the administration of knowledge. The analyze of the beginning of the seventy decade point out the knowledge explosion in nursing literature, and an advance in the interchange, getting together, so for, the challenge of the over flow from the descriptive phase and the difficult of research in transforming the practice.

RESUMEN

La autora sitúa la trayectoria de la producción del conocimiento en la Enfermería a la luz de la carrera del profesional y presenta una síntesis del esfuerzo de la comunidad de Enfermería en la conquista de condiciones para la administración del conocimiento. La análisis de estudios realizados, por diferentes autores, partiendo de la década de sesenta, ha mostrado un perfeccionamiento en los estudios y un avance en el intercambio, permaneciendo todavía el desafío de la superación de la fase seguramente descriptiva de las investigaciones y de la dificultad de la pesquisa en transformar la práctica.

INTRODUÇÃO

A enfermagem como profissão tem sido caracterizada como nova ou recente; no entanto, os textos sobre história da enfermagem indicam que o enfermeiro e a enfermagem existem desde o momento em que uma pessoa cuidou de outra.

O que caracteriza uma profissão é Ter um corpo de conhecimento específico e instrumentos de trabalho que lhe permitam desempenhar suas atribuições com independência, competência e responsabilidade. A análise deste conceito nos permite concluir sobre a juventude da profissão e de nosso compromisso para favorecer seu desenvolvimento.

Styles36, estudando o profissionalismo na enfermagem questiona se deveríamos aderir ao modelo clássico de profissionalismo. Para a referida autora, as profissões têm crescido no contexto da urbanização e das Universidades. Numerosas listas de critérios foram desenvolvidas as quais freqüentemente seguem os temas universais: compromissos, código de ética, competência e corpo de conhecimentos específicos, educação universitária, espírito e formas de associação de classe, autonomia e aplicação de conhecimentos, habilidades e valores na prática.

A profissionalização da Enfermagem inicia-se com Florence Nightingale30 que, para caracterizá-la, fórmula o primeiro conceito de enfermagem: o que a enfermagem tem a fazer é colocar o paciente na melhor condição para a natureza agir. Propõe ainda, outras premissas e normas, sobre as quais os profissionais deveriam sedimentar sua prática, passando a ser socialmente aceitas e reconhecidas pela comunidade, caracterizando assim a profissão.

Naquele momento, o modelo de enfermagem construído ao longo do tempo alicerçava-se no conhecimento do senso comum, apresentava-se fragmentado com forte conotação religiosa.

O estabelecimento dos primeiros pressupostos teóricos para orientar o profissional, transformaram a prática de enfermeiro, fundamentando-a num conceito teórico explícito, coerente e articulado, necessário à construção de um corpo específico de conhecimento e que, através da pesquisa, foi se reformulando e ampliando.

A partir do conceito de Florence Nightingale, outros conceitos foram elaborados como de Virgínia Henderson18, que com seu Livro Princípios Científicos de Enfermagem preparou várias gerações de enfermeiros. Contudo, é na década de 60, que se acentuam, nos Estados Unidos, as discussões em torno da construção de um saber específica para enfermagem. Surge o interesse e a preocupação com as teorias de enfermagem, transforma-se o instrumental de trabalho, agora não mais só técnico, mas também metodologicamente orientado; é a fase da sistematização da assistência de enfermagem pelo uso do processo de enfermagem.

A proposta de construção do saber próprio alicerçada nas teorias de enfermagem é incorporado pelas enfermeiras, abre novos campos de investigação e impulsiona a pesquisa em enfermagem.

É de especial interesse a análise da produção do conhecimento realizada por Bergman10, objetivando saber se os temas considerados prioritários, em determinados períodos, continuam sendo objeto de investigação.

O modelo usado no estudo foi a inter-relação dos aspectos: conteúdo, método e logística. Os resultados mostraram que muitas das prioridades, na sua perspectiva compreensiva, persistem; o que se transformou foi a ênfase e a especificidade, devendo esta tendência continuar para que a pesquisa em enfermagem responda às mudanças científicas e sociais do nosso tempo.

É oportuno ressaltar, neste momento, a relevância que tem sido atribuída à criatividade e estabelecimento de novos paradigmas em saúde, a fim de oferecer respostas adequadas aos inúmeros problemas existentes no sistema.

Considerando que a enfermagem na América Latina sempre foi fortemente influenciada por padrões de ensino e assistência norte-americanos, a transferência de modelos de investigação tem sido amplamente discutida, uma vez que estão se revelando insuficientes quando aplicados à nossa realidade, persistindo a dicotomia saber/fazer.

O Sistema de Saúde dos países latino-americanos passa por transformações originárias do sistema político e econômico, os quais provocam sérias crises na prestação de serviços. As referidas crises, associadas ao baixo poder aquisitivo do povo, dificuldade de saneamento e moradia, favorecem cada vez mais a desnutrição, a mortalidade infantil, doenças transmissíveis e outras. Ao mesmo tempo, surgem as doenças próprias dos países mais desenvolvidos, como câncer, doenças cardiovasculares, doenças ocupacionais e distúrbios mentais.

Os governos, apoiados na proposta de Alma Ata, tentam reverter a filosofia dos serviços de saúde, prioritariamente direcionadas à cura de doenças, para implementação de serviços que ampliem a cobertura e permitam a melhoria na qualidade de vida das populações.

A enfermagem absorve esta filosofia de trabalho e comprometer-se com a sua construção de um corpo de conhecimento que contribua com a referida proposta. Para alcance desta meta houve necessidade de superação de barreiras advindas das questões políticas e sociais, só possíveis em um momento de transição democrática. Acrescem-se a estas dificuldades, os poucos recursos existentes a desvalorização da profissão, que historicamente vem dificultando os avanços pretendidos pelos profissionais.

TENDÊNCIAS DA INVESTIGAÇÃO A PARTIR DA DÉCADA DE 60

A pesquisa em Enfermagem no Brasil foi impulsionada pela Pós-Graduação implantada no País a partir de 1970. A exigência da apresentação de uma investigação como conclusão de curso trouxe para os enfermeiros um novo desafio: prepara-se para o exercício da investigação e delinear problemas a serem pesquisados sobre a ótica a Enfermagem.

Participamos desse processo na qualidade de docente, assessor, orientador de pesquisa, professor visitante, criando e implementando curso de mestrado e doutorado. Experimentar esta fase da Enfermagem nos enriqueceu muito e nos mostrou como os enfermeiros são capazes de enfrentar e superar seus desafios, tanto no aspecto individual como no coletivo.

Ressaltamos, que naquele momento, a distância entre o docente e o aluno era muito próxima, pois, embora existissem estudos magníficos, a oportunidade de investigação era recente e vinha sendo desenvolvida, em sua maioria, sob a orientação de profissionais não enfermeiros. Esta atitude, considerando todas as dificuldades que poderiam surgir, foi descrita por Ferreira Santos16 como "uma das portas se não abertas, entrecerrada, e por onde poderemos forçar a entrada; solicitar colaboração e orientação, assistentes e instrutoras de cadeiras básicas para as primeiras técnicas de pesquisa".

Assim, o grupo de pioneiras e investigação em Enfermagem acreditou ser esta muito mais que uma exigência que lhes era feita, mas um mister a ser assumido num momento histórico com os recursos humanos e materiais disponíveis.

Hoje, a produção do conhecimento na Enfermagem é um campo conquistado resultado da lucidez e da vontade dos que nos precederão, no seu imenso esforço na capacitação docente, e na luta por um espaço político-social que alicerça o presente e viabilizada o futuro.

Ao apresentar a seguir um síntese do esforço da comunidade de Enfermagem na produção do conhecimento, desejamos evitar a interpretação simplista da glória da conquista, bem como, repetir os problemas existentes no âmbito político, social, econômico e seus reflexos na ciência. Por outro lado, seria ingenuidade ignorar que estamos em pleno processo de criação de condições para a administração do conhecimento.

A preocupação com a avaliação do conhecimento na Enfermagem se iniciou em 1979 no SENPE (Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem), o qual centrava seu objetivo nas prioridades e limitações da pesquisa em Enfermagem; a este SENPE seguiram-se outros 5, os quais diversificaram e aprofundaram as questões do saber. Paralelamente a estes eventos outros estudos foram publicados, somando-se assim esforços, que muito contribuíram para o aperfeiçoamento dos trabalhos e a promoção de intercâmbio técnico científico a nível nacional e internacional.

A visão dos pesquisadores frente ao fenômeno da produção do conhecimento na Enfermagem foi abrangente, pois as análises objetivaram o referencial teórico, metodologias temática, vazios do conhecimento, linhas de investigação, tendências e conhecimento produzido.

A maioria desses estudos tem como fonte de dados os catálogos editados pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Enfermagem (ABEn/CEPEn)6,7,8 e os periódicos nacionais.

BASES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS DE PESQUISA

Os tipos de estudos realizados merecem inicialmente a atenção de Vieira39, que analisou a produção científica no Brasil de 1960-1979 e a descreve como fruto de reflexões teóricas ou relatos de experiências. Aparecem pela ordem pesquisas do tipo descritivo-quantitativo, a exploratória e a experimental.

Nogueira31, num estudo que abrangeu o período de 1956 a 1981 refere que 80,5% são descritivas e exploratórias e 19,5% experimentais.

Neves27, estudando os vazios do conhecimento concluiu que: 71% são estudos do tipo exploratório-descritivo, survey descritivo, retrospectiva bibliográfica (nível 1); 12% são estudos correlacionais (nível 1); 12% estudos explicativos (nível 2); 5% dos estudos foram impossíveis de serem classificados.

Estudaram os instrumentos de investigação mais usados nas pesquisas Cassiani et al11, verificando que entrevista, o questionário, o formulário, e observação constituem 88,6% dos métodos de coleta de dados, e que estes são desenvolvidos pelo próprio autor, carecendo de validação.

Mendes; Trevizan26 buscaram identificar como o método científico está sendo utilizado pelos enfermeiros, concluindo que o método mais utilizado é o indutivo (89,5%), cabendo ao dedutivo 10,4% de um total de 115 teses e dissertações produzidas até 1979 no Brasil. Desde o total, apenas 3,5% atingiram a última etapa do método científico, produzindo conhecimento. Alertaram as autoras para o fato de que a maioria destas pesquisas não percorrem todas as etapas do método, seja ele indutivo ou dedutivo, fragmentando um processo que poderia conduzir a produção de novo conhecimento.

Fazer ciência é explicar o por quê dos fatos, e esta explicação advém de uma sólida base teórica. Cada ciência explica seus fenômenos com base nos pressupostos teóricos que a orientam. Triviños38 alerta que "as teorias estão fortemente determinadas pelas condições sócio-econômicas, históricas e culturais de seu povo. Por isso, é um crime cultural nas ciências humanas, na educação, destacar teorias desenvolvidas com êxito em países com altos níveis de desenvolvimento para povos de terceiro mundo, pobres, desnutridos, doentes, explorados e analfabetos sem pelo menos, as devidas adaptações".

Os estudos que indagam o embasamento teórico das pesquisas em Enfermagem são da década de 70.

Vieira39 encontrou uma predominância do referencial teórico oriundo nas ciências biológicas sobre as psico-sociais.

Neves; Gonçalves28 discutem a falta evidente de um marco conceitual teórico para as pesquisas de nível 2 e 3, sendo, portanto, um sério problema para que a pesquisa atinja sua finalidade última: a produção de conhecimento.

Recentemente, Neves, Trentini29 mostraram viabilidade da aplicação de teorias e marcos conceituais, específicos da enfermagem na prática, pois, a experiência por elas realizadas, permitiu concluir da sua viabilidade, desde que, as enfermeiras dominem o conteúdo teórico.

Aguillar; Mendes1 também falam desta viabilidade e da importância do uso das teorias de Enfermagem na pesquisa para que estas sirvam de guia na atuação do enfermeiro.

A especificidade do uso das teorias de Enfermagem na pesquisa foi estudado por Angerami; Boemer4.

Numa busca exaustiva, que cobriu os quatro periódicos de maior circulação no país, procuraram desvendar nos artigos publicados, as teorias de Enfermagem explicitadas pelos autores ou implícitas nos seus discursos. Os resultados revelaram que a utilização das teorias de Enfermagem como suporte teórico é inexpressiva, sendo que o mais citado é o uso de processo de Enfermagem de Horta, em sua primeira fase: - identificação do problema.

Estes achados referentes ao Brasil não diferem muito dos apontados por Batey9 em sua revisão dos 25 anos de pesquisas de Nursing Research. Para essa autora, as pesquisas de enfermeiros têm sérias limitações, principalmente devido à falta de conceitualização.

Se a construção do saber é um processo sempre inacabado, se o conhecimento é sempre provisório, e se a emissão de uma resposta sempre suscitará nova pergunta, um fato novo poderá provocar mudanças que devem ser analisadas.

Um fato novo introduzido na Enfermagem brasileira foi a criação do primeiro Curso de Doutoramento de Enfermagem na América Latina* * Programa de Doutoramento Interunidades em Enfermagem - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 1982. Após oito anos de sua criação propusemo-nos analisar a sua produção do ponto de vista de utilização de marco teórico e sua origem com enfoque especial no embasamento das teorias de Enfermagem.

No período de 1982 a 1990 foram produzidas 28 teses. Através de sua análise, verifica-se que todas explicitam marco teórico que para fins de estudo, foi classificado segundo a diversidade de sua origem. Assim, em relação aos marcos teóricos com origem na Enfermagem, cinco teses (17,85%) utilizam como marco teórico a sistematização da assistência baseada nas teorias de Enfermagem; outra (3,57%) associa a teoria de Enfermagem em outras teorias. É de salientar, ainda, que um estudo, cujo marco foi extraído das ciências biológicas, propõe ao seu término a aplicação da teoria de King.

Quanto às demais, em cujo marco teórico não se percebem deduções originárias das teorias de Enfermagem, verifica-se: cinco (17,85%) embasaram seus estudos nas Ciências Biológicas; doze (42,85%) nas Ciências Humanas e Sociais** ** Classificados em Ciências Humanas e Sociais os marcos originários das seguintes sub-áreas: Antropologia, Psicologia, Sociologia, Filosofia, Política de Saúde, Educação conforme o fazem Mendes & Trevizan 3 2 ; três (10,71%) nas Ciências Econômicas e Administrativas; e duas (7,11%) na Ciência Médica. Esse dado é indicativo do predomínio das Ciências Humanas e Sociais sobre as demais, como fonte do referencial teórico utilizado pelos autores envolvidos. Estes dados confirmam a tendência já detectada por Mendes; Trevizan25, sugerindo que as ciências humanas e sociais forneceriam um veio fecundo para socialização ou mutação social.

Além dessa análise, interessou-nos cotejar a natureza das pesquisas, pois dela emana efetivamente a produção do conhecimento. Percebeu-se uma transformação e um avanço em relação aos estudos anteriores, pois seis (21,42%) foram caracterizadas como quase-exponencial, onze (39,42%) exploratórias, quatro (14,28%) descritivas, duas (7,14%) survey-descritivas, quatro (14,28%) teóricas e uma (3,57%) experimental. Estes números parecem indicar que os enfermeiros estão demonstrando maior domínio de metodologia de pesquisa e estão sabendo definir seus problemas de estudo e adequá-lo à metodologia.

Mais recentemente Rocha;Silva34 vinculando as pesquisas às correntes do pensamento filosófico, dizem que há uma forte influência do positivismo, com tendências recentes à busca de nova fundamentação teórica na dialética e na fenomenologia.

Castellanos12 discute o forte idealismo no marco conceitual da enfermagem, mas diz "a enfermagem profissional nesta última década tem evidenciado das sublinhas históricas: a da fenomenologia e a do materialismo dialético, contrapondo-se assim, fundamentalmente, ao referencial positivista da ciência, enquanto influência do idealismo tecnicista-programático, pelo qual, a captação da realidade pode ser feita através dos cinco sentidos do homem e, no qual, principalmente, postula-se uma pretensa neutralidade tecnológica e científica, extensiva ao relacionamento enfermeiro-cliente, pesquisador-pesquisado, docente-currículo, etc.".

TEMÁTICA

No tocante a temática da Revista Brasileira de Enfermagem, Germano17 observou uma certa articulação entre os textos e as diferentes conjunturas históricas do País nos últimos 25 anos. Assim, ao relacionar a pesquisa aos fatos históricos e políticos, encontra educação e o ensino como estudos mais freqüentes nas décadas de 50 e 60. Na virada da década de 60 e toda a década de 70 verifica o predomínio de estudos de natureza técnica, principalmente na área médico-cirúrgica. Relaciona este fato ao manuseio e consumo de equipamentos e medicamentos.

Neves27, que também analisou o conteúdo temático da pesquisa, considera-o bastante diversificado, mas insuficiente para a consolidação do conhecimento. Refere como significante a produção da sub-área que denomina de processo, destacando-se o uso de tecnologia em enfermagem seguido das intervenções.

Tomando por base o documento avaliação e perspectiva do CNPq14, 1978, Pelá et al.32 encontraram que as pesquisas preferencialmente estão nas áreas: Pesquisa em Enfermagem Fundamental (reformulação de conceitos e renovação de procedimentos técnicos); Enfermagem Assistencial (busca ou comprovação de conhecimentos necessários à compreensão ou ao controle de situações clínicas que envolve o paciente); Metodologia de Enfermagem (desenvolvimento de pessoal ligado à assistência de enfermagem), ressaltando que esta terminologia pode não ser a mais adequada, uma vez que os trabalhos incluídos abordaram aspectos de planejamento e educação de pessoal e do paciente. Também é referida a ausência de uma área que englobe estudos de próprios de profissão que poderia se chamar "enfermagem como prática social".

Almeida et al3, investigando a produção de teses, encontraram 44,4% dos estudos direcionados para assistência de enfermagem (aspectos internos e técnicos da profissão) seguidos da área biológica 20,6% e, em terceiro lugar, administração em enfermagem 19,6%. Para os referidos autores, as áreas profissão, ensino e saúde pública são as menos trabalhadas com as percentagens 4,3%, 7,7% e 3,4%, respectivamente.

A produção na área materno-infantil, foi estudada por Rocha et al.33 que consideram a grande maioria (84,64%) de cunho descritivo e (7,70%) analítico-ideológico, enquanto que Cozzupoli;Garcia15 referem haver um aumento na produção nos anos de 1978, 1979, 1981 e também classificam os estudos da área materno-infantil como predominantemente descritivos, e alguns experimentais.

Estudo similar em Enfermagem Psiquiátrica foi regularizado por Arantes5 caracterizando a produção como restrita e em sua maioria direcionada ao levantamento de problemas.

Koizumi et al.19 referem que os estudos na área médico-cirúrgica ainda utilizam conhecimento da área biológica, e que a maioria se apóia no conhecimento médico. Também são pesquisas descritivas, sem continuidade, e realizadas isoladamente.

A pesquisa em enfermagem comunitária teve sua análise feita por Nogueira31. O estudo abrangeu 285 teses, sendo que cinqüenta e seis (19,6%) foram incluídas por respeitarem os critérios estabelecidos. Dessas pesquisas, quarenta relacionaram-se à assistência de enfermagem comunitária, sete ao ensino, oito à administração de serviços, e uma à pesquisa em enfermagem comunitária. Conclui dizendo que, dos cinqüenta e seis estudos analisados, só seis eram experimentais.

Ressaltamos as classificações que cada autor dá às linhas de pesquisa e a nomenclatura ainda bastante desigual, o que dificulta estudos comparativos que permitam gerar novas hipóteses e/ou conclusões.

Quanto à procedência dos autores responsáveis por esta produção, Lopes21 diz que há uma crescente produção do pessoal docente, enquanto que se observa um decréscimo na produção por parte dos enfermeiros de campo. Estes, pelo que sugerem Trevizan et al37 não são estimulados para a pesquisa, não a valorizam e não têm sido orientados o suficiente para motivarem-se por ela, nem pelo pessoal de ensino, e nem pelo pessoal dos serviços.

Lopes22 aprofundando seus estudos sobre as questões do conhecimento e sua relação com a prática (entendida por ele como ensino, pesquisa e assistência), conclui que a maioria das enfermeiras não consideram sua prática suficientemente organizada para incorporar resultados de pesquisa, e sentem-se parcialmente preparadas para este processo.

Souza et al.35 analisaram a tendência de pesquisa sobre a prática de enfermagem no Brasil no período de 1983 a 1987 em três unidades modulares: primeiro módulo: temário relacionado a clínica que engloba diagnóstico, tratamento e controle de risco, concentrando 47,7% da produção; segundo módulo: temário relacionado a organização das serviços (compreende a administração e formação de recursos humanos), e responde por 27,7% das investigações; terceiro módulo: temário relacionado aos fatores que influenciam a prática e seu subconjunto (marco legal, política, exercício profissional, planejamento em saúde), e responde por 23,1% dos estudos.

Assim os autores concluem que o objetivo de investigação tem sido, preferencialmente, o indivíduo no seu aspecto bio-psico-social, usando o referencial teórico de Leavell e Clarck e o conceito de enfermagem de Wanda Horta. Quanto à metodologia, reafirmam o que já vem sendo revelado: 58,7% de caráter descritivo, 24,9% explicativa ou analítica, 7,2% preditiva e 9,2% avaliativa.

Leopardi da Rosa et al.20 responderam a uma pergunta por eles formulada: "Assim, que história conta a nossa produção científica na década de 80?" A resposta é sintetizada no texto em doze itens, que mostram de uma maneira geral, uma assistência individualizada e especializada, pouco preocupada com as condições de vida, saúde e trabalho. Pesquisadores, preponderantemente docentes, com tendências a manter instrumentos e metodologias tradicionais. Tendência para a pesquisa exploratória e descritiva. Dificuldade em explicitar as finalidades do trabalho de enfermagem e incipiente interesse pela pesquisa para instrumentalizar a educação em saúde e a educação continuada. Apontam os seminários de pesquisa como sendo os fornecedores de uma direção para o desenvolvimento técnico-científico na enfermagem.

Efetivamente, a observação dos dados brutos pode representar um quadro desanimador, mas a análise do contexto histórico revela um longo caminho percorrido, no qual, profundas mudanças estão ocorrendo. Estas mudanças provocam avanços e, embora a enfermagem não tenha atingido o estágio compatível ao desenvolvimento de outras ciências frente às rápidas mudanças sociais, da ciência e tecnologia, e apesar de sua defasagem em relação às ciências de maior "status", estamos galgando uma posição mais elevada.

Fazer ciências e manter a postura crítica, significa rejeitar o que se tem em mãos e apresentar sempre novas propostas; e não estar satisfeito com o que é dado. A resposta sempre deve seguir nova pergunta; o conhecimento é um processo e como tal é uma realidade sempre inacabada e em constante evolução.

Manfredi23 diz que a situação de investigação na América Latina ainda é limitada, restrita em sua capacidade generalizada, pouco apoiada e não disseminada. Porém, ao apresentar as perspectivas futuras, as vê positivas frente aos avanços já alcançados, ressaltando que mecanismos de ação devem ser acionados para que se incluam nas agendas científicas e técnicas dos países a investigação em enfermagem. Cita, como apoio técnico, os documentos: Estudo sobre tendência de Investigación sobre la Prática de Enfermería em Siete Países apresentado no I Colóquio Pan-Americano de Investigación en Enfermería – Bogotá –1988 e Términos de referência para la Investigación en Enfermería apresentado no II Colóquio Pan-Americano – México – 1990.

Os encontros realizados, a vasta produção científica, procurando analisar, explicar e fomentar o conhecimento, é um indicador positivo de uma profissão que deixou a visão tecnicista em direção a uma visão de mundo mais abrangente e crítica, que permite ao enfermeiro definir sua prática no interior das práticas de saúde, inseridas num espaço maior das relações políticas, sociais e econômicas que as determinam.

A CONSTRUÇÃO DO SABER EM ENFERMAGEM

O presente estudo visa apenas tecer considerações sobre as questões da produção do conhecimento em enfermagem, não pretendendo, como tal, esgotar o assunto. Portanto, é possível que, diante da crescente produção neste campo, estudos importantes não tenham sido citados.

Para finalizar, observa-se, que tomado por base o estudo de Almeida;Rocha2 o saber em enfermagem teve três momentos historicamente determinados:

1. Centralização na tecnologia, tendo sua origem marcada na Administração Científica de Taylor, com um elevado número de estudos sobre tempos e movimentos, tarefas do enfermeiro. A modalidade de assistência resultante foi a funcional, cujo foco da atenção de enfermagem são as tarefas, os procedimentos e as rotinas; modalidade esta ainda existente e freqüentemente encontrada em nossos hospitais.

A metodologia de investigação privilegiada foi a do modelo positivista;

2. Aplicação dos princípios científicos à enfermagem. Busca caracterizar o trabalho do enfermeiro como científico, ao explicar e embasar cada passo da técnica e de seu trabalho nos conhecimentos oriundos, primordialmente, das ciências biológicas e da administração.

Verifica-se um aprofundamento das questões da enfermagem, caracterizadas neste período pela introdução de metodologias que permitirão explicar os fenômenos em estudo: continua uma forte influência do modelo biológico e do positivismo;

3. A fase atual, que podemos chamar das teorias de enfermagem, nasce da elaboração conceitual de alguns enfermeiros. Observa-se, que neste momento, os autores também relacionam conceitos de outras ciências, porém agora, além das biológicas, incorporam-se conceitos das ciências humanas e sociais no processo de conceitualização e de teorização

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A saúde da maioria da população é precária e necessita, para seu atendimento e solução, de propostas criativas e racionais que permitam prevenir doenças evitáveis, tratar os doentes, reabilitar os deficientes e ajudar os pacientes a morrer com dignidade.

As propostas que forem apresentadas devem ser suficientemente abrangentes nos aspectos científicos e tecnológicos e atreladas a propostas políticas.

A investigação em enfermagem, pelo menos a nível de Brasil, está contribuindo para solucionar as questões básicas de saúde?

Os estudos realizados apontam, em todas as áreas, para uma franqueza na pesquisa em enfermagem. Ainda estamos numa fase marcantemente descritiva, que antecede a construção de teorias. Esta situação detectada nos fornece alguns elementos para a compreensão do panorama científico da enfermagem e explica a dificuldade de introduzir mudanças, quer na prática, quer na teoria.

Castro et al.13 referem dois fatores: 1) a dificuldade dos enfermeiros em conhecer resultados de pesquisa; 2) a aplicação dos mesmos por resistências de diferentes origens.

O impacto da pesquisa na prática de enfermagem é estudado por Mendes24. A autora alerta que existe uma multiplicidade de meios para difundir e aplicar o conhecimento, não sendo factível uma explicativa de utilização imediata na prática. O essencial é uma interação contínua entre os setores de produção e aplicação para avaliar as formas de aplicação dos resultados de pesquisa no âmbito da assistência.

O sistema de saúde, na maioria dos países da América Latina, ainda não conseguiu eliminar a marcante desigualdade entre o atendimento às diferentes classes sociais. Há o privilégio de determinados grupos que usufruem de serviços altamente sofisticados, enquanto uma grande parcela da população se quer te acesso a condições mínimas de saúde e ambientais que lhe permitam a sobrevivência.

Nos serviços de saúde predomina o modelo burocrático, curativo com preceitos e normas rigidamente estabelecidos, onde a pessoa como detentora do direito inalienável da saúde não tem vez nem voz, e se submete aos jogos de poder que permeiam todo o sistema.

A enfermagem insere-se no sistema com característica da chamada equipe, não no sentido filosófico do termo, mas por ser constituída de, no mínimo, três categorias, com preparo distinto, mas que, na prática, executam os mesmos papéis e funções, enquanto recebem por seu trabalho salários aviltantes e pouco reconhecimento.

A enfermeira, pressionada por um lado pela burocratização dos serviços e pela hegemonia médica, procura ampliar seu espaço e firmar-se na sua prática, mas, no momento de assumir seu objeto de trabalho explicitado – o cuidado – encontra-o ocupado por contingente de pessoal auxiliar desenvolvendo tarefas para as quais foram habilmente treinadas.

Esta é a nossa realidade. A pesquisa, sendo o ponto de partida e de chegada da práxis deve contribuir para identificação de problemas e busca de soluções.

Nossos estudos, como vimos, já conseguem explicar alguns fenômenos mas é imprescindível que o conhecimento avance e chegue à prática com capacidade instrumentalizadora.

Esta práxis emergente deve ser crítica, capaz de superar a clássica dicotomia entre o fazer e o saber, e gerar ações que permitam o livre exercício profissional.

Não são poucos os desafios que temos a superar, contudo nosso compromisso profissional é o esteio necessário para esta caminhada.

A síntese dos fatos ocorridos na década de 60-80 em investigação em enfermagem, mostra que a América Latina centralizou seus esforços e recursos nacionais e internacionais, no aprimoramento dos enfermeiros, na metodologia de investigação e na avaliação da produção do conhecimento.

Na década de 90, precursora do século XXI, será fundamental dar continuidade ao preparo de investigadores e aprofundar os estudos que permitam avaliar a qualidade das investigações realizadas. Porém, pesamos ser necessária, a elaboração de projetos inovadores, direcionados às reais necessidades de nossa prática. É preciso ousar-prever propor, experimentar, avaliar – é prioritário em saúde, a introdução de novas práticas.

O esperado reconhecimento profissional depende de nossa inserção política e social e da execução de uma prática de enfermagem que facilite a meta – a saúde para todos. Ao abandonarmos o rotineiro e assumirmos uma postura crítica de nossa participação no setor saúde, teríamos uma nova visão dos fatos, mais abrangente, o que facilitaria o desenvolvimento do conceito de saúde apoiado em novos paradigmas que conduziriam ao desenvolvimento do ser humano e à paz.

35. SOUZA, A. M. de A. et al. Estudo sobre tendências da pesquisa sobre a prática de enfermagem no Brasil - 1983-1987. Presentado en Coloquio Panamericano de Investigación en Enfermería, 1., 1988 (Mimiografado).

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    Programa de Doutoramento Interunidades em Enfermagem - Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
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    Classificados em Ciências Humanas e Sociais os marcos originários das seguintes sub-áreas: Antropologia, Psicologia, Sociologia, Filosofia, Política de Saúde, Educação conforme o fazem Mendes & Trevizan
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Jul 2006
    • Data do Fascículo
      Jan 1993
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