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A Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - e a sua contribuição para o desenvolvimento da enfermagem

Notas e Informações

NOTAS E INFORMAÇÕES

A ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO - E A SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ENFERMAGEM1 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Maria Lúcia do Carmo Cruz Robazzi2 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Isabel Amélia Costa Mendes3 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

A HISTÓRIA DAS ENFERMEIRAS DIPLOMADAS NO BRASIL E O ROMPIMENTO DA PRÁTICA ATÉ ENTÃO EXISTENTE

O estudo histórico da enfermagem brasileira permite perceber que esta profissão aqui emergiu, por volta dos anos vinte, para atender a uma necessidade de saúde pública (e conseqüentemente econômica) por que passava o país, já que o mesmo não conseguia mais exportar seus bens, em decorrências das epidemias que assolavam seus portos. As poucas escolas existentes no território nacional funcionavam ao lado dos hospitais sendo a assistência aos doentes a principal meta destes estabelecimentos, eles não tinham um objetivo educacional consolidado e, basicamente , provinham pessoas para a realização de serviços hospitalares.

Nos anos 20, as condições sociais brasileiras eram preocupantes e enfermeiras norte-americanas solicitadas a estudarem a possibilidade de introduzirem aqui o ensino de enfermagem, semelhante ao que já existia na América do Norte, mostraram-se cépticas. Tal ensino deveria ser direcionado às mulheres, de camada social mais elevada, recebendo aprimorado nível educacional, formadas em escolas que estabelecessem conexões com a educação superior. Entretanto a realidade nacional apresentava-se desfavorável, estando o país com elevado índice de analfabetismo, além de precárias condições sociais e sanitárias. A educação voltada para as moças de classe média e alta limitava-se a programas de ensino ministrados em colégios femininos, não enquadrados no sistema educacional. Acresce-se a isso, que no entendimento da população local, a enfermagem era desconsiderada e deveria seguir obtendo o seu aprendizado exclusivamente através das atividades práticas, manter-se subordinada a outros profissionais da saúde, sem autonomia, desempenhando exclusivamente as tarefas que lhe eram ordenadas, entraves esses que dificultaria o aceite das jovens brasileiras em tal profissão. Estimuladas no entanto por sanitaristas da época, particularmente Carlos Chagas, as norte-americanas começaram o planejamento da primeira escola, que em 1923, na cidade do Rio de Janeiro, iniciou o seu funcionamento. Informam ROCHA et al (1989) que o ensino oficial desta instituição apresentava-se com características "nightingalianas".

Na década de quarenta, através de um convênio especial celebrado entre os governos brasileiro e norte-americano, mulheres jovens, portadoras de certificados de escolas secundárias ou com cursos em faculdades de filosofia e escolas de sociologia, foram contempladas com bolsas de estudo para aprenderem enfermagem em escolas norte-americanas (ALCANTARA, 1966). Algumas educadoras sanitárias receberam financiamento para freqüentarem cursos de enfermagem no Canadá; a Fundação Rockefeller comprometera-se a bancar a instalação de laboratórios no prédio da Faculdade de Medicina de São Paulo, desde que fossem honradas algumas condições, entre elas a criação de uma escola de enfermagem, que deveria funcionar anexa àquela faculdade (PINHEIRO, 1976).

Em 1942, com o retorno das educadoras sanitárias, agora enfermeiras, concretizou-se a criação da Escola de Enfermagem de São Paulo e onze anos depois a de mais uma escola, situada no interior do estado, mais precisamente em Ribeirão Preto. Em 1961, contabilizava - se no país 39 escolas de enfermagem, em sua maioria na região Sul e Sudeste. Neste ano, o fato do curso de graduação em enfermagem passar a ser considerado de nível superior, passou a exigir das instituições uma maior capacitação do seu corpo docente e recursos financeiros. Em 1974, o país contava com 41 escolas de enfermagem em funcionamento (MEC apud ROCHA et al., 1989).

DO CANADÁ AO BRASIL E A CRIAÇÃO DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

Decorridos trinta anos a partir da institucionalização da enfermagem no país, a mesma recebeu condições favoráveis para ser desenvolvida em Ribeirão Preto, na década de cinquenta. Os aspectos históricos que precederam este acontecimento na cidade passam pelo fato que tencionando elevar o nível do atendimento prestado aos enfermos, nos anos trinta e para isso concordando que havia premência de romper com a inadequada prática de enfermagem existente, médicos da cidade, procuraram obter apoio do poder público local. Criou-se então em 1935 a Escola Municipal de Enfermagem e Obstetrícia, anexa à Santa Casa de Misericórdia (ALCANTARA, 1966). Dificuldades impediram a concretização desta escola na época, frustando os seus idealizadores. No entanto a idéia evoluiu, permitindo que os problemas conseguissem ser adequadamente enfrentados, a partir da fundação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP).

Como pontuou ALCÂNTARA (1966)

"...a necessidade de formação de pessoal especializado para o desempenho das atividades de enfermagem nos serviços de saúde já se elevava, à esfera de consciência social, como problema reclamando solução adequada..." ALCÂNTARA (1966, p.26).

Em 1952, Ribeirão Preto encontrava-se em franco desenvolvimento. Centro reconhecido de assistência médico-hospitalar não possuía entretanto enfermeiras diplomadas; sua população desconhecia a contribuição que poderia receber por parte destas profissionais. Paralelamente, hospitais universitários foram sendo estabelecidos em várias cidades brasileiras, para fins educacionais e de pesquisa.

Especificamente no que se reporta a criação de uma escola de enfermagem local, a situação ocorrida em São Paulo reproduziu-se semelhantemente entre os anos de 1951-1952. A Comissão de Ensino e Regimento da Universidade de São Paulo havia opinado favoravelmente, em 1951, pela instalação de uma escola médica local, justificando no entanto, a inclusão de uma escola de enfermagem, indispensável ao funcionamento do hospital das clínicas e além disso supridora das necessidades hospitalares desta vasta região do estado (ALCÂNTARA, 1966).

Conforme relembra FERREIRA-SANTOS (1976), a Lei Estadual 1476 (26/12/1951), que estabeleceu a estrutura didática e administrativa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), criou também a Escola de Enfermagem, anexa à escola médica, nos moldes da Escola de Enfermagem de São Paulo (EE-USP). Glete de Alcântara, uma das enfermeiras vindas de Toronto na década de quarenta, diplomada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), professora da EE-USP, com mestrado concluído nos Estados Unidos, na Universidade de Colúmbia, aceitou o convite formulado pela diretoria da FMRP, para organizar e dirigir a Escola de Enfermagem.

Antes do início das atividades de docência nesta recém criada instituição, esta enfermeira levou a cabo um levantamento de opiniões entre os ribeirãopretanos, percebendo uma conotação negativa em relação a profissional de enfermagem, o que poderia significar em resistência para recrutar estudantes para a escola. Organizou então um movimento, buscando informar a população sobre quem era esta profissional, diplomada, traçando planos de interferência na realidade, a fim de modificar as atitudes comunitárias em relação à mesma (ALCÂNTARA, 1966; FERREIRA-SANTOS, 1976). Também pensou um curriculo inovador para a enfermagem, apresentado por ela enquanto projeto de lei. Tal projeto deveria ser adequado à realidade nacional e estabelecer uma estrutura didático-administrativa inovadora (ESCOLA DE ENFERMAGEM...,1996). Além disso necessitaria denotar a expectativa de profissionais de enfermagem com habilidades para o exercício de funções, tanto direcionadas à prestação de assistência de enfermagem, como para o exercício de ações relacionadas a administração de serviços de saúde, destacando-se aí também o ensino e a supervisão de pessoal auxiliar de enfermagem. O ensino de ciências sociais foi proposto para ser articulado em todas as disciplinas da escola, bem como os aspectos preventivos de saúde; além disso foram incluídos os cursos de Psicologia Educacional e Didática (FERREIRA-SANTOS, 1976; MENDES, s/d).

Apesar de haver demorado oito anos para o projeto ter se transformado em lei (aprovado em 1960), a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) iniciou as suas atividades, com este novo currículo, desde a sua instalação, com o primeiro vestibular acontecendo em 1953 (ESCOLA DE ENFERMAGEM...,1996). Nesse ínterim, mudou de local várias vezes, ocupando ora espaços mínimos (como uma sala do porão da casa onde se instalara a FMRP, ora uma propriedade inteira, tomando o cuidado de organizar uma biblioteca, acessível a docentes e discentes (FERREIRA-SANTOS, 1976). A sua mudança definitiva que havia sido planejada desde 1962 ocorreu em 1975, em próprio da USP, localizado no "campus" universitário, com mais de 4200 metros quadrados de área construída.

Realizou também Glete de Alcântara um levantamento de pessoal do setor de enfermagem de Ribeirão Preto, objetivando que a escola colaborasse para elevar o padrão dos serviços de enfermagem prestados nos hospitais locais. Descobriu que a grande maioria dos trabalhadores de enfermagem não tinha qualificação apropriada, mas demonstrava vontade em melhorar a sua indesejável situação (FERREIRA-SANTOS, 1976).

Atuando então no sentido de minimizar todos estes problemas, incluindo os relacionados ao descrédito que a população ribeirãopretana atribuía à enfermagem, organizou várias iniciativas, tais como cursos ministrados em escolas; estágios de estudantes do último ano em hospitais particulares da cidade; colaboração da EERP com hospitais locais, entre outras. As professoras da escola assumiam a responsabilidade do serviço de enfermagem de diversas unidades do Hospital das Clínicas, sem remuneração, pois a lei de sua criação em 1955, atribuía a orientação do serviço de enfermagem à Diretora da EERP (FERREIRA-SANTOS, 1976).

Após a passagem da profissão a nível superior, ocorreu um aumento de matrículas na escola, mostrando que a intelectualização profissional favoreceu o aliciamento de jovens (FERREIRA-SANTOS, 1973). As dificuldades enfrentadas por Glete de Alcântara, que além de primeira diretora desta escola tornou-se a primeira catedrática em enfermagem, tanto da instituição quanto da América Latina, serviram para que suas seguidoras levassem adiante as suas idéias e elevassem a EERP até o que é hoje: um centro que pode ser considerado de excelência, tanto no que se refere ao ensino, quanto às atividades extensionistas e de pesquisa em enfermagem.

OS DIAS DE HOJE

Atualmente a Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) encontra-se subdividida em colegiados, que seguem a divisão estatutária estabelecida para toda a universidade. Seus tres departamentos (Enfermagem Geral e Especializada, Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública e Enfermagem Psiquiátrica) congregam um total de 73 professores, em sua maioria com titulação acadêmica de doutor

"Sendo uma instituição essencialmente comprometida com a formação e o progresso de recursos humanos em enfermagem, a EERP-USP trabalha para favorecer o aperfeiçoamento constante, a agregação de valores, a promoção de rápidas mudanças, de modo a cumprir a sua missão enquanto Unidade Universitária..., ajustada ao movimento da sociedade e do saber..." (ESCOLA DE ENFERMAGEM...,1996. p. 10).

O ensino de graduação em enfermagem e obstetrícia é concretizado em quatro anos; suas disciplinas estão organizadas em crescentes níveis de complexidade e objetivam formar um enfermeiro generalista, que possa desenvolver a assistência de enfermagem em áreas diversificadas, buscando atender as exigências do mercado profissional (Escola de Enfermagem..., 1996). Partindo ainda do pressuposto de ser um curriculo inovador, tal como a filosofia constante no inicialmente proposto por sua idealizadora, atualmente almeja-se que o graduando receba um ensino com abordagem generalizada, que lhe proporcione uma visão global, integrada e crítica da profissão de enfermagem. Este aluno adquire competência técnica, científica, administrativa e política, para atuar nos diversos campos oferecidos pelo mercado de trabalho. Com 80 vagas oferecidas por ocasião do exame vestibular, além das especiais destinadas a alunos estrangeiros, o alunado dispõe de amplas estruturas e serviços da própria unidade (laboratórios, núcleo de informática, salas de aulas apropriadas, sala de leitura, salas para estudo, áreas de lazer, núcleo de confecções de audio-visuais) além das demais estruturas e benefícios coletivos, destinados aos demais discentes do "campus".

O ensino de pós-graduação em enfermagem "stricto sensu" conduz ao aprofundamento da formação científica direcionando os estudantes à obtenção de grau acadêmico em nível de mestrado e doutorado em enfermagem. Pessoas que procuram esses cursos vêm de todas as regiões do Brasil, de outros países, particularmente da América latina, sendo uma parcela constituída por docentes de escolas de enfermagem, além de enfermeiros assistenciais, disseminando assim o conhecimento adquirido em múltiplas regiões do país e do exterior. Os programas de pós-graduação da EERP-USP existem em seus tres departamentos. No de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas, o programa enquadra-se na Área Enfermagem Psiquiátrica, existe desde 1975 e até o ano de 1996 havia ofertado o grau de Mestre em Enfermagem a 82 enfermeiros. O programa da Área Enfermagem em Saúde Pública encontra-se no departamento de nome correlato, existe desde 1991 e até o final de 1996 havia formado 21 mestres. A Área Enfermagem Fundamental pertence ao Departamento de Enfermagem Geral e Especializada; a nível de mestrado, o programa existe desde 1979 e outorgou até 1996, o título de mestre a 117 enfermeiros; a nível de doutorado, foi aprovado em 1990, iniciou suas atividades em 1991 e doutorou seis enfermeiros, até o ano de 1996. Existe também o Programa Inter-unidades de Doutoramento em Enfermagem, concretizado em conjunto com a EE-USP. Iniciado em 1981 e com a primeira tese defendida em 1984, outorgou o título de Doutor em Enfermagem, até 1996, a 70 enfermeiros, inscritos e matriculados neste programa apenas na EERP-USPIII 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo .

Quanto às atividades extensionistas, a escola tem se mostrado atuante na comunidade, com tais atividades sendo solicitadas costumeiramente por vários segmentos da população. Em 1993 seus docentes participaram da elaboração e minstração de 14 cursos de Difusão Cultural, 11 de Atualização e tres de outras modalidades, atendendo durante aquele ano letivo a um público estimado de 840 pessoas; em 1994, foram ofertados dois cursos de Especialização, 20 de Difusão Cultural, sete de Atualização e tres abrangendo outras modalidades, tendo para isso um público participante de 1852 pessoas. Em 1995, foram ministrados 17 cursos de Difusão Cultural, sete de Atualização e outros dois de outros tipos, oferecidos a um público estimado em 1732 pessoasIV 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo .

A contribuição que a escola tem oferecido, a nível nacional em prol da enfermagem brasileira, através da participação individual de seus docentes em várias instâncias ou da divulgação de seus esforços, feita através de seus núcleos de pesquisa e veiculada pelas publicações, culminou, a partir de 1988, em seu reconhecimento por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos centros colaboradores daquela organização, sendo a partir desta ano designada como Centro Colaborador para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, único no Brasil, um dos dois existentes na América Latina e um dos onze existentes em toda a região das Américas. Esta designação fez aumentar-lhe sobremaneira as responsabilidades, de tal sorte que, sem incremento do corpo docente ou de funcionários, além das atividades que vinha realizando costumeiramente, enquanto unidade da Academia, passou a concretizar outras tantas incumbências, descritas em seus Termos de Referência acordados com a OMS (MARZIALE & MENDES, 1997), além do apoio aos numerosos programas estabelecidos pela OMS, em todos os níveis.

Apropriando-se das palavras contidas em ESCOLA DE ENFERMAGEM...(1996),

"...diante de um cenário caracterizado por relevantes mudanças mundiais, a Organização Mundial da Saúde com sua Rede Global de Centros Colaboradores para o Desenvolvimento da Enfermagem e Obstetrícia apresenta-se como uma alternativa que ultrapassa os limites dos estados nacionais, na procura de soluções que melhorem as condições de vida da maioria da população mundial..." ESCOLA DE ENFERMAGEM (1996). p. 16.

Assim, este Centro tem firmado acordos e convênios nacionais e internacionais, recebido professores e pesquisadores brasileiros e de outras nações, incentivado seus docentes e alunos a participarem de múltiplos eventos, promovido variados encontros, no sentido de alcançar um crescente intercâmbio e fortalecer o ensino, a pesquisa e a assistência de enfermagem. Além do mais, faz parte dentre as atribuições do Centro incentivar e promover intercâmbios de ensino, serviços e entre instituições, o que tem sido concretizado por meio de visitas técnicas efetuadas por professores no país e no exterior, visitas recebidas, assessorias realizadas e constituição de grupos e núcleos relacionados à pesquisa, ao ensino e à extensão de serviços comunitários (MARZIALE & MENDES, 1997).

Fazendo-se representar nas instâncias possíveis, apesar de seu corpo docente ser algo ainda restrito, a escola tenta empreender cada vez mais esforços, tencionando fortalecer os níveis de cooperação técnica e científica, tanto no Brasil como no exterior, buscando "...contribuir para uma consistente inserção da enfermagem em uma dimensão global..."(ESCOLA DE ENFERMAGEM..., 1996. p. 16). Estes e outros fatos, difíceis de serem integralmente relatados em um texto desta natureza, atestam a excelência das atividades que se encontra desenvolvendo, e que se constituem em motivo de orgulho para todos os que nela trabalham.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01. ALCÂNTARA, G. A enfermagem moderna como categoria profissional: obstaculos à sua expansão na sociedade brasileira. Ribeirão Preto, Tese (Cátedra de História de Enfermagem e Ética da Escola de Enfermagem) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

02. ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO. Catálogo da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto: EERP-USP, 1996. 53 p.

03. FERREIRA-SANTOS, C.A. Exercício profissional. In: Glete de Alcântara: vida e obra. São Paulo, 1976. p. 19-27.

04. FERREIRA-SANTOS, C.A. A enfermagem como profissão. São Paulo: EDUSP, 1973. 192p.

05. MARZIALE, M.H. P.; MENDES, I. A.C. Promovendo saúde através da formação de recursos humanos: experiência da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP, Centro Colaborador da OMS. Rev.latino-am.enfermagem. Ribeirão Preto, v.5, n.3, p. 97-105, julho 1997.

06. MENDES, I.A.C. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Boletim Informativo. Ribeirão Preto: USP, EERP, s/d. 36 p.

07. PINHEIRO, M.R.S. Formação profissional. In: Glete de Alcântara: vida e obra. São Paulo, 1976. p. 03-18.

08. ROCHA, S.S.M.; ALMEIDA, M.C.P.; WRIGHT, M.G.M.; VIEIRA, T.T. O ensino de pós-graduação em enfermagem no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989. 62 p.

II. Todos os colegiados, incluindo-se os departamentos, exigem o trabalho de 86 funcionáriosII. Há também a presença de trabalhadores não-uspianos, contratados sob forma de serviços terceirizados, diante da atual restrição econômica relacionada a novas contratações de funcionários, que acontece globalmente na Universidade. Informações veiculadas pela Seção de Recursos Humanos da EERP-USP, outubro de 1987

II Ídem

III Informações veiculadas pela Comissão de Pós-Graduação da EERP-USP, em outubro de 1997. Os dados referentes a 1997, deverão ainda ser veiculadas em 1998

IV Informações da Comissão de Cultura e Extensão Universitária da EERP-USP. Os dados de 1996 e 1997 ainda serão contabilizados em 1998

  • I 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo . Todos os colegiados, incluindo-se os departamentos, exigem o trabalho de 86 funcionários
    II 1 Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo; 2 Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 3 Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo . Há também a presença de trabalhadores não-uspianos, contratados sob forma de serviços terceirizados, diante da atual restrição econômica relacionada a novas contratações de funcionários, que acontece globalmente na Universidade.
  • 1
    Texto apresentado na 1ª Convenção USP - História da Ciência e da Tecnologia & Simpósio Internacional em Homenagem a T.S.Ruhn, no período de 29 a 31 de outubro de 1997, em São Paulo;
    2
    Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo;
    3
    Professor Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      29 Ago 2005
    • Data do Fascículo
      Jul 1998
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