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Consumo de benzodiazepinos sem prescrição médica entre estudantes do primeiro ano da escola de enfermagem da Universidade de Guayaquil, Equador

Resumos

O objetivo deste estudo foi determinar o consumo de benzodiazepinos sem prescrição em estudantes do primeiro ano de enfermagem de uma universidade pública do Equador. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa. Um questionário foi usado para coleta dos dados. A população estudada foi composta por 181 estudantes. Os resultados mostram que 10,5% dos estudantes consumiram benzodiazepinos sem prescrição médica alguma vez na vida. Do total, 6,1% consumiram no último ano e 3,9% usam atualmente. O Diazepan foi a BZD mais usada sem prescrição médica, sendo a farmácia, o local de maior acesso. Entre os principais motivos para o consumo de benzodiazepinos encontram-se: insônia, ansiedade, estresse, depressão e problemas familiares ou econômicos. O uso de benzodiazepinos com propósitos não-medicinais está relacionado a problemas de perda da memória, síndrome de abstinência e sedação. Quando são combinados com álcool ou outras drogas, podem levar ao coma e à morte. Este estudo mostra as graves conseqüências que os benzodiazepinos podem ocasionar quando utilizados por estudantes de enfermagem no Equador.

automedicação; receptores de GABA-A; estudantes de enfermagem


This study aimed to determine the consumption of benzodiazepines without prescription among first-year students from a nursing school of a public University in Ecuador. This is a descriptive, transversal and explanatory study with a quantitative approach. A questionnaire was used for data collection. The population studied was of 181 students. The results showed that 10.5% of the students had consumed benzodiazepine without prescription once in their lives. Of these, 6.1% consumed benzodiazepine in the last year, and 3.9% are currently consuming it. The diazepam was the most consumed BZD without prescription and pharmacies, were the place of higher access. The main reasons for the benzodiazepine consumption were: insomnia, anxiety, stress, depression, family and economical problems. The use of benzodiazepines with non-medicinal purposes is related to problems such as memory loss, retirement syndrome and sedation. When benzodiazepines are consumed jointly with alcohol or other drugs they can lead to coma or death. This study shows the serious consequences benzodiazepines cause when used by nursing students in Ecuador.

auto medication; GABA-A receptors; students, nursing


La finalidad de este estudio fue determinar el consumo de benzodiacepinas sin prescripción en estudiantes del primer año de enfermería de una universidad pública de Ecuador. Se trata de un estudio transversal, descriptivo y exploratorio, con aproximación cuantitativa. Un cuestionario fue usado para la recolecta de los datos. La población estudiada fue compuesta por 181 estudiantes. Los resultados muestran que el 10,5% de los estudiantes consumió benzodiacepinas sin prescripción médica alguna vez en la vida. Del total, el 6,1% consumió en el último año y el 3,9% usan actualmente. El Diazepan fue la BZD más usada sin prescripción médica, siendo la farmacia el local de mayor acceso. Entre los principales motivos para el consumo de benzodiacepinas se encuentran: insomnio, ansiedad, estrés, depresión y problemas familiares o económicos. El uso de benzodiacepinas con propósitos no-medicinales está relacionado a problemas de pérdida de la memoria, síndrome de abstinencia y sedación. Cuando son combinados con alcohol u otras drogas, pueden llevar a la coma y a la muerte. Este estudio muestra las graves consecuencias que las benzodiacepinas pueden ocasionar cuando utilizados por estudiantes de enfermería en Ecuador.

automedicación; receptores GABA-A; estudiantes de enfermería


ARTIGO ORIGINAL

Consumo de benzodiazepinos sem prescrição médica entre estudantes do primeiro ano da escola de enfermagem da universidade de Guayaquil, Equador

Nivia Pinos ParedesI; Adriana Inocenti MiassoII; Carlos Renato TirapelliII

IEnfermeira Licenciada, Mestre em Educação Superior, Docente da Universidade de Guayaquil, Escola de Enfermagem, Equador

IIProfessora Doutora, e-mail: amiasso@eerp.usp.br, crtirapelli@eerp.usp.br. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Brasil

RESUMO

O objetivo deste estudo foi determinar o consumo de benzodiazepinos sem prescrição em estudantes do primeiro ano de enfermagem de uma universidade pública do Equador. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa. Um questionário foi usado para coleta dos dados. A população estudada foi composta por 181 estudantes. Os resultados mostram que 10,5% dos estudantes consumiram benzodiazepinos sem prescrição médica alguma vez na vida. Do total, 6,1% consumiram no último ano e 3,9% usam atualmente. O Diazepan foi a BZD mais usada sem prescrição médica, sendo a farmácia, o local de maior acesso. Entre os principais motivos para o consumo de benzodiazepinos encontram-se: insônia, ansiedade, estresse, depressão e problemas familiares ou econômicos. O uso de benzodiazepinos com propósitos não-medicinais está relacionado a problemas de perda da memória, síndrome de abstinência e sedação. Quando são combinados com álcool ou outras drogas, podem levar ao coma e à morte. Este estudo mostra as graves conseqüências que os benzodiazepinos podem ocasionar quando utilizados por estudantes de enfermagem no Equador.

Descritores: automedicação; receptores de GABA-A; estudantes de enfermagem

INTRODUÇÃO

O uso de medicamentos sem prescrição médica tem sido uma prática freqüente em todos os tempos e culturas, com características próprias. Esta "prática tem se transformado em uma habilidade para satisfazer suas próprias necessidades de saúde, compartilhar remédios com os membros da família e com o circulo social, e utilizar remédios que sobraram de outras prescrições"(1).

O consumo ilegal dos benzodiazepinos representa um risco para a saúde, devido à falta de informação adequada. Esta situação pode mascarar uma doença ou complicar um quadro sintomatológico, podendo retardar o período de recuperação. Nesse sentido, é importante destacar que a automedicação isolada produz um consumo nocivo e indesejável. Estas drogas, que pertencem ao grupo dos tranqüilizantes menores, devido a seu amplo poder terapêutico, são motivo de abuso e de prescrições excessivas na prática médica geral (2-3).

Como depressores do sistema nervoso central, desenvolvem tolerância às poucas semanas de tratamento. A sedação e sonolência podem ocasionar deterioração das funções mentais e motoras, diminuir a capacidade de atenção, concentração e decisão, e causar amnésia anterógrada. Portanto, é importante chamar a atenção sobre esses efeitos, que podem apresentar-se por sobredose, e quando combinadas com outros depressores do SNC(2). Produzem dependência física quando usadas por longos períodos de tempo, e quando suspensos de forma abrupta podem ocasionar a síndrome de abstinência (4). A intoxicação aguda, acidental ou suicida com estas drogas é muito freqüente, embora a mortalidade por sobredose seja muito baixa (inferior a 1%)(5). É também utilizada para transtornos fóbicos, de pânico, estresse pós-traumático, transtornos convulsivos, síndrome de abstinência do álcool e barbitúricos, em crises de insônia, e também em casos de ansiedade (mundialmente utilizado)(6).

Existe grande quantidade de informação a respeito de drogas tais como o álcool, o tabaco, a maconha e a cocaína, entre as principais. Ressaltam-se as estatísticas sobre o uso, apesar do pouco interesse de pesquisadores, não apenas por sua importância, mas sim pelas conseqüências que delas se derivam. Cabe destacar que a falta de dados quantitativos favorece a escassa informação sobre a temática.

A venda livre de fármacos tem crescido mundialmente, e as instituições controladoras não são suficientemente rígidas para deter essa espiral ascendente, que toma características de epidemia. Esse fato permite evidenciar que a automedicação está presente na população em geral: trabalhadores, donas de casa, estudantes da área médica, universitários e profissionais - destacando-se os profissionais da saúde, nos quais esta prática é muito habitual. Considerando que os profissionais da saúde possuem conhecimentos, maior acesso a informação sobre saúde, e também a sua relação com os medicamentos, os quais têm sido fatores determinantes para fazer desta prática um hábito.

Tradicionalmente a América Latina foi considerada como uma das regiões que abastece e favorece o trânsito de drogas para o mundo, mas nos últimos anos tem experimentado uma rápida transição, deixando de ser uma região meramente produtora para passar a ser consumidora (7). Observam-se dados sobre o crescente aumento no uso ilegal de ansiolíticos (tranqüilizantes) e anfetaminas nas áreas urbanas e periféricas da América do Sul, situação que vem sendo favorecida pela prescrição sem receita médica, ou pela prescrição irracional de preparados farmacêuticos com substâncias psicotrópicas, com o efeito de desenvolver a dependência (8). São drogas de fácil acesso em drogarias e farmácias, por serem uma alternativa para melhorar diversos problemas de saúde, observando-se uma tendência generalizada para a automedicação. Assim, passa-se de um medicamento para outro, de acordo com doses e freqüências estabelecidas pelo próprio indivíduo.

Organismos internacionais consideram que os diagnósticos sobre o uso de drogas na população escola, constituem-se em um dos instrumentos mais eficientes para obter conhecimento, não apenas sobre a situação problemática atual, mas também, como uma base que prevê o consumo de drogas no futuro(9).

Continuando nessa linha e com a finalidade de atualizar informação, intercambiar experiências, e gerar conhecimento científico, vêm-se realizando pesquisas sobre drogas na população em geral, tanto escolar como trabalhadora, da região Sul- e Centro-americana desde o início de 2000. Reportou-se que os tranqüilizantes benzodiazepínicos, tais como o Diazepan e Alprazolan sem prescrição médica, também alcançam magnitudes preocupantes, sendo os países com maior prevalência Paraguai, Bolívia, e Colômbia, com 7,1%, 7,0% e, 6,4%, respectivamente(10).

Em 2003, estudos em sete países mostraram que a droga de maior consumo no Paraguai é Jarra louca (mistura de álcool com tranqüilizante), combinação perigosa, pois potencializa seus efeitos sedativos. Na República Dominicana, os tranqüilizantes consumidos sem prescrição médica aparecem com altos índices no ultimo ano, sendo 12,8% para o caso das mulheres e 6,5% para os homens (11). É uma problemática não apenas em nível escolar, pois tem-se observado um aumento no abuso por parte de adultos em especial, de benzodiazepinos, os quais são muitas vezes misturados com álcool (12).

No Equador, em 1998, a prevalência no consumo de tranqüilizantes em nível escolar registrou 6,6% a mais que os estimulantes (3,6%), e média de idade para o inicio de 14,3 anos. O comportamento de consumo quanto ao sexo não mostrou diferença significativa, sendo 8,2% para o sexo feminino e 8% para o sexo masculino. Mesmo assim, 23% dos pais dos entrevistados usam comprimidos para ansiedade (dormir, tranqüilizar-se, sentir-se bem, entre outros)(9). Este comportamento dos pais pode ser considerado como um exemplo que influi na incidência de certos comportamentos nos filhos.

Para 2002, o Equador mostrou uma prevalência no consumo de tranqüilizantes, em estudantes de ensino médio de 5,9%, sendo a idade média para o primeiro consumo 13,6 anos; ressalta-se que 51,1% da população entrevistada o usava sob prescrição médica(9), situação que revela uma alta porcentagem de estudantes usam estas substâncias de forma suspeita. Pesquisas nacionais realizadas em 2005 destacam que o uso de tranqüilizantes sem prescrição médica foi maior para os estimulantes (6,1%), sendo a idade para o primeiro consumo de 13 anos e 4 meses(9).

Os estudantes de enfermagem, como pessoas jovens e com futuro profissional na área da saúde, encontram-se imersos em um contexto cultural inexorável, que favorece o contato com drogas legais e ilegais (12). Portanto, pesquisar este recurso humano é um desafio a se explorar, pois é uma população vulnerável para a automedicação.

O cenário da prática docente tem permitido à pesquisadora observar o comportamento dos estudantes: seus anseios; problemas, inseguranças, temores e a ansiedade perante a impossibilidade de enfrentá-la, além da tomada decisões. São situações que os levam, algumas vezes, a usar medicamentos com a finalidade de aliviar momentos de desconforto de forma instantânea. Constituindo estes fatores em motivos para o presente estudo, são os objetivos: determinar o uso de BZD sem prescrição nos estudantes do primeiro ano de Enfermagem; as características sociodemográficas, os tipos de benzodiazepinos, a freqüência, a dose, o motivo e as formas de acesso.

METODOLOGIA

Estudo transversal, descritivo e, exploratório, com enfoque quantitativo, eealizado na Escola de Enfermagem da Universidade de Guayaquil, Equador. A população foi composta por 181 estudantes do primeiro ano de enfermagem, de ambos os sexos, maiores de 18 anos de idade, regularmente matriculados na unidade acadêmica e assistindo às aulas como parte dos grupos Regular e Complementar. O primeiro grupo, na sua maioria, não trabalha, dispondo de tempo suficiente para cumprir com as labores acadêmicas que a sua formação demanda. Entanto, o segundo grupo, também denominado de grupo de profissionalização de Auxiliares de Enfermagem, foi criado como um meio para facilitar o seu acesso à licenciatura, melhorar seu nível de conhecimentos e a qualidade nos cuidados, para desta forma conseguir um processo de renovação no grupo de enfermagem. Estes cumprem diversos papéis (pai, mãe, trabalhadores e estudantes). Ressalta-se que os estudos são totalmente autofinanciados pelo estudante (matrícula e parcelas).

O instrumento da entrevista foi um Questionário de Histórico sobre Drogas Psicoativas(13), o qual foi adaptado às necessidades do estudo, com perguntas estruturadas, composto de características do entrevistado e perguntas gerais e específicas referentes ao consumo de BZD, composto por 25 itens no total.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Bioética da Universidade. Os participantes do estudo foram devidamente informados sobre a pesquisa, sendo entregue o termo de consentimento livre e esclarecido. Para o tratamento estatístico foram utilizadas freqüências e porcentagens, obtidos através do programa Microsoft Excel. Os resultados da pesquisa foram apresentados em tabelas e gráficos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram desta pesquisa 181 estudantes do primeiro ano de enfermagem, sendo classificados como grupos Regular e Complementar.

Na Tabela 1 observa-se que, do total de estudantes, 110 (60,8%) responderam não ter consumido BZD, e 20 (11%) não responderam à pergunta. Somadas ambas as cifras observa-se uma porcentagem significativa (71,8%), o que pode levar a supor que as respostas não foram sinceras. O consumo por prescrição médica foi de 14 (7,7%); 19 (10,5%) o usaram alguma vez sem prescrição; 11 (6,1%) usaram no último ano e até o momento (durante as entrevistas, 7 (3,9%) estudantes). Estes resultados convergem com estudos internacionais (10,14), e, em nível local, com um estudo experimental realizado com estudantes universitários (15).

Com respeito ao consumo de benzodiazepinos sem prescrição segundo o sexo, observa-se que a lacuna entre o consumo das mulheres é alta com respeito aos homens, 35 (94,6%) respectivamente. São resultados significativos, que convergem com outros estudos nos quais as mulheres preferem o consumo de drogas medicamentosas sem prescrição(12,16).

Na Tabela 2 observa-se que, dos 20 estudantes do curso Regular que reportaram consumo de BZD sem prescrição, 5 trabalhavam, enquanto que, dos 17 alunos do Complementar, todos trabalhavam e eram Auxiliares de Enfermagem. O local de trabalho foi na sua maioria hospitais, nos quais, 12 (70,6%) atuavam na Emergência e UTI; 47,1% em unidades altamente criticas e de grande estresse como psiquiatria; e 8 em horários noturno. Estes fatos, podem afetar seu desempenho acadêmico, provocando alterações e disfunções durante o dia ocasionados pela multiplicidade de papéis que devem cumprir, além de mencionar os baixos salários. É fácil entender a sobrecarga econômica e emocional que atravessam, situação que pode levar à deserção da carreira fenômeno observado cada vez mais nas universidades, considerando que os estudantes procuram por ofícios ou trabalhos que lhes ofereçam condições econômicas, laborais e sociais mais dignas(17).

Segundo os dados da Tabela 3, o BZD mais consumido sem prescrição, é o Diazepan, com 40% para ambos os grupos de estudantes, seguido do Alprazolan com 20% para o Grupo Regular, e 17,6% para o Complementar, sendo resultados que correlacionam com estudos realizados em outros países(14). Ressalta-se que outros estudos mencionaram o uso de Flunitrazepan.

Com respeito ao motivo do consumo, 35,3% dos estudantes do curso Complementar e 25% dos estudantes do curso Regular referem à insônia e distúrbios no sono, sendo uma das sintomatologias com maior incidência nas pesquisas encontradas. A incidência desta sintomatologia é alta, e deteriora notavelmente a qualidade de vida das pessoas que dela padecem, apresentando conseqüências negativas nas atividades familiares, laborais e sociais (18). A ansiedade é a segunda causa de uso, seguida da depressão e do estresse, além de mencionarem problemas econômicos, familiares, laborais e de estudo (Figura 1).


Na Figura 2, se evidência que 50% dos estudantes obtiveram as BZD nas farmácias, mostrando-se a mesma tendência e valores significativos já observados (14). O papel das farmácias como "vendedores" de medicamentos deve ser investigado e controlado, com a finalidade de diminuir o consumo irresponsável de fármacos (19). Outros meios de obter essas drogas são: amigos, caixas de remédios e acesso a amostras médicas entre os estudantes do grupo Complementar que trabalham em instituições de saúde.


CONCLUSÕES

- A automedicação com BZD é uma prática que está presente nos estudantes de enfermagem;

- Os grupos pesquisados, na sua maioria, são jovens, em especial os pertencentes ao grupo Regular. O grupo Complementar, além de cumprir com as atividades acadêmicas, trabalha como auxiliares de Enfermagem, em especial em hospitais, atuando em áreas críticas como emergência e UTI, unidades que geram estresse como psiquiatria, em plantões noturnos, com salários baixos que não permitem cobrir as necessidades básicas. Talvez estes fatores sejam condicionantes para o consumo sem prescrição;

- O Diazepan foi o benzodiazepino de maior consumo sem prescrição médica, sendo a farmácia o local de maior acesso, seguido de amigos e amostras médicas;

- Os principais motivos para o consumo foram: insônia, ansiedade, estresse, depressão, e outros problemas: familiares, econômicos, laborais e de estudo;

- O tempo de consumo foi de 3,6 meses em média, caracterizado por freqüência e dose variável, o que denota a falta de informação sobre o perigo da automedicação e seus efeitos indesejáveis. A única forma de reverter esta situação é elevar os conhecimentos dos futuros profissionais de Enfermagem, pois espera-se que valorizem os riscos e benefícios no momento de cuidar da sua saúde, dos pacientes, da família e da comunidade.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas/CICAD da Subsecretaria de Segurança Multidimensional da Organização dos Estados Americanos/OEA, a Secretaria Nacional Antidrogas/SENAD, aos docentes da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem, a população da amostra dos estudos e aos representantes dos oito países Latinoamericanos que participaram do I e II Programa de Especialização On-line de Capacitação e Investigação sobre o Fenômeno das Drogas - PREINVEST oferecido no biênio 2005/2006 pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, na modalidade de ensino a distância.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Ago 2008
  • Data do Fascículo
    Ago 2008

Histórico

  • Aceito
    10 Dez 2007
  • Recebido
    01 Out 2007
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