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Relação entre status social subjetivo e saúde percebida entre mulheres imigrantes latino-americanas

Resumos

OBJETIVO:

explorar a relação entre nível socieconômico e status social subjetivo e explicar como o status social subjetivo prediz a saúde em mulheres imigrantes.

MÉTODOS:

estudo transversal com observações baseadas em 371 mulheres latino-americanas (16-65 anos) de um total de 7.056 registradas, recrutadas por meio de parcerias entre os anos 2009 e 2010. O nível socioeconômico foi mensurado por meio de escolaridade, renda e profissão; o status social subjetivo foi mensurado utilizando-se a Escala MacArthur, e a saúde percebida, usando-se uma escala tipo Likert.

RESULTADOS:

encontrou-se fraca correlação entre o nível socioeconômico e o status social subjetivo. Na análise bivariada, observou-se prevalência significativamente mais alta de saúde percebida negativamente em mulheres sem escolaridade, baixa renda, desempregadas e com emprego informal. Na análise multivariada, observaram-se maiores chances de prevalência de saúde percebida negativamente, nos níveis mais baixos da escala MacArthur. Não foram encontradas diferenças significativas nas demais variáveis.

CONCLUSÕES:

o estudo sugere que o status social subjetivo foi um melhor preditor de status de saúde do que as mensurações de status econômico. Portanto, o uso dessa medida pode ser relevante para o estudo das desigualdades em saúde, particularmente nos grupos em desvantagem social, como os imigrantes.

Classe Social; Desigualdades em Saúde; Migração Internacional; Nível de Saúde


OBJECTIVE:

to explore the relationship between socioeconomic status and subjective social status and explain how subjective social status predicts health in immigrant women.

METHODS:

cross-sectional study based on data from 371 Latin American women (16-65 years old) from a total of 7,056 registered immigrants accesse through community parthers between 2009-2010. Socioeconomic status was measured through education, income and occupation; subjective social status was measured using the MacArthur Scale, and perceived health, using a Likert scale.

RESULTS:

a weak correlation between socioeconomic and subjective social status was found. In the bivariate analysis, a significantly higher prevalence of negative perceived health in women with no education, low income, undocumented employment was observed. In the multivariate analysis, higher odds of prevalence of negative perceptions of health in the lower levels of the MacArthur scale were observed. No significant differences with the rest of the variables were found.

CONCLUSIONS:

the study suggests that subjective social status was a better predictor of health status than the socioeconomic status measurements. Therefore, the use of this measurement may be relevant to the study of health inequalities, particularly in socially disadvantaged groups such as immigrants.

Social Class; Health Inequalities; International Migration; Health Status


OBJETIVO:

explorar la relación entre el estatus socioeconómico y el estatus social subjetivo y explicar en qué medida el estatus social subjetivo predice la salud en mujeres inmigrantes.

MÉTODOS:

estudio transversal. Observaciones basadas en 371 latinoamericanas (16-65 años) de un total de 7.056 empadronadas, captadas a través de asociaciones entre 2009-2010. El estatus socioeconómico se midió a través de educación, ingresos y ocupación; el estatus social subjetivo usando la Escala MacArthur; y la salud percibida mediante una escala de likert.

RESULTADOS:

se encontró una correlación débil entre el estatus socioeconómico y el social subjetivo. En el análisis bivariante se observó significativamente una prevalencia mayor de salud percibida negativa en las mujeres sin estudios, con ingresos bajos, desempleadas e indocumentadas. En el análisis multivariante, se observaron Odds de prevalencia de salud percibida negativa más elevadas en los niveles de la escala MacArthur más bajos. No se observaron diferencias significativas con el resto de las variables.

CONCLUSIONES:

el estudio sugiere que el estatus social subjetivo es un predictor mejor del estado de salud que las medidas del estatus socioeconómico. Por tanto, el uso de esta medida puede ser relevante para el estudio de las desigualdades en salud, particularmente en los grupos en desventaja social como los inmigrantes.

Clase Social; Desigualdades en la Salud; Migración Internacional; Estado de Salud


Introdução

As desigualdades em saúde são um grande problema mundial. Em todas as sociedades, há "um gradiente social na saúde", em que as pessoas sofrem deterioração progressiva da saúde, conforme decresce sua posição social( 11. Marmot M. Status syndrome. A challenge to medicine. JAMA. 2006 March;295(11): 1304-7. ). A identificação dos mecanismos que determinam o gradiente social na saúde permite a identificação de razões para as desigualdades em saúde( 22. Whitehead M, Dahlgren G. Conceptos y principios de la lucha contra las desigualdades sociales en salud. Desarrollando el máximo potencial de salud para toda la población. España: Ministerio de Sanidad y Política Social; 2010. ).

O nível socioeconômico, geralmente mensurado pelo nível de renda, escolaridade e tipo de ocupação, é um importante determinante da saúde e um dos indicadores utilizados para o estudo das desigualdades em saúde( 11. Marmot M. Status syndrome. A challenge to medicine. JAMA. 2006 March;295(11): 1304-7. - 22. Whitehead M, Dahlgren G. Conceptos y principios de la lucha contra las desigualdades sociales en salud. Desarrollando el máximo potencial de salud para toda la población. España: Ministerio de Sanidad y Política Social; 2010. ). No entanto, a mensuração do nível socioeconômico com base em dados objetivos pode ser irrelevante para o estudo de grupos de imigrantes, uma vez que não refletem a real situação desses grupos( 33. Wolff LS, Acevedo-Garcia D, Subramanian S, Weber D, Kawachi I. Subjective Social Status, a New Measure in Health Disparities Research. J Health Psychol. 2010;15(4):560. ). Por exemplo, o nível de escolaridade adquirida em seus países não é reconhecido, e eles têm que compartilhar seus salários com familiares dependentes em seus países de origem.

O status social subjetivo é definido como a crença de uma pessoa em relação à sua posição na escala social( 44. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46. ). É uma medida que inclui tanto os fatores socioeconômicos quanto a percepção dos indivíduos sobre sua posição social. Estudos recentes mostram que o status social subjetivo associa-se, significativamente, à saúde( 55. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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- 66. Adler N, Singh-Manoux A, Schwartz J, Stewart J, Matthews K, Marmot M. Social status and health: A comparison of British civil servants in Whitehall-II with European- and African-Americans in CARDIA. Soc Sci Med. 2008;66(5):1034-45. ). Isso pode afetar a saúde, diretamente, causando stress ou, indiretamente, por meio de comportamentos de saúde( 77. Adler N, Stewart J. Health disparities across the lifespan: Meaning, methods, and mechanisms. Ann NY Acad Sci. 2010;1186:5-23. ). Um baixo status social subjetivo esteve associado à baixa autopercepção de saúde e maior mortalidade, depressão, risco cardiovascular, diabetes e doenças respiratórias( 55. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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).

Na Espanha, a partir da década de 90, coincidindo com o crescimento econômico, originou-se uma imigração repentina e rápida( 88. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Boletin de Síntesis Demográfica Cantabria. Cantabria: Consejería de Economía y Hacienda; 2009. - 99. Molpeceres L. Situación laboral de las mujeres inmigrantes en España. Cuad Relaciones Lab. 2012;30(1):91-113. ). Em Cantábria, o fluxo migratório ocorreu principalmente nos anos 2000, passando de 1,3%, em 2000, para 6,6%, em 2010. As nacionalidades latinas predominam (46,5%) e, nesse grupo, há maior presença de mulheres (56,5%) do que de homens (43,4%)( 1010. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Explotación Estadística Padrón Municipal Cantabria 2010. Gobierno de Cantabria. Consejería de Economía y Hacienda 2011; [acesso 19 jan 2012]. Disponível em: http://www.icane.es/web/icane/publicaciones.
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).

Embora as mulheres latino-americanas sejam o maior grupo, as informações sobre a sua saúde são mínimas, e não há pesquisas sobre a influência do status social na saúde percebida.

Os objetivos deste estudo foram: a) examinar a associação entre as medidas tradicionais de nível socioeconômico e status social subjetivo e b) avaliar a extensão em que o nível socioeconômico e status social subjetivo explicam diferenças na saúde percebida.

Métodos

Trata-se de estudo transversal com o objetivo de quantificar a associação entre o nível socioeconômico, status social subjetivo e saúde percebida. A amostra foi calculada a partir dos dados do Inquérito Nacional de Saúde da Espanha e a partir da frequência de mulheres com saúde percebida como muito ruim (1,0%) ou ruim (50,0%). Estimou-se um tamanho mínimo de 361, com erro máximo de 10% e confiança de 95%, a partir de uma população de 7.056, de acordo com o Censo( 88. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Boletin de Síntesis Demográfica Cantabria. Cantabria: Consejería de Economía y Hacienda; 2009. ).

A seleção dos participantes foi feita com amostragem não probabilística devido à impossibilidade de acessar os registros do Censo e do interesse em incluir os imigrantes ilegais. Os critérios de inclusão foram: mulheres nascidas na América Latina, 16-65 anos de idade, vivendo e trabalhando em Espanha há pelo menos seis meses. Os dados foram coletados por meio de um questionário autoadministrado, em pequenos grupos. Embora 16% não tivessem concluído o ensino fundamental, não tiveram dificuldade em responder as perguntas do questionário. Os participantes foram recrutados consecutivamente por meio de associações e organizações sociais entre junho de 2009 e julho de 2010. Solicitou-se que preenchessem o questionário de forma voluntária. Não é possível quantificar o percentual que foi perdido, embora a grande maioria tenha atendido a solicitação. Ao final, foi usado o método "bola de neve", que tem se mostrado uma técnica adequada para o recrutamento de imigrantes, os quais são menos acessíveis( 1212. Silverman D. Doing Qualitative Research. A Practical Handbook. 2nd ed. London: SAGE; 2006. ).

A amostra final foi composta por 371 mulheres, distribuídas geograficamente de maneira similar aos registros do Censo( 88. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Boletin de Síntesis Demográfica Cantabria. Cantabria: Consejería de Economía y Hacienda; 2009. ). O estudo foi parte de uma investigação mais ampla, utilizando metodologia qualitativa, que teve como objetivo identificar os determinantes do status social subjetivo e os mecanismos pelos quais eles afetavam a saúde.

Variáveis

A saúde percebida (variável dependente) foi avaliada por meio da questão: nos últimos 12 meses, você diria que sua saúde tem sido: muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim. Essa questão foi utilizada em outros estudos, mostrando ser um bom preditor de morbidade e mortalidade, e um bom indicador de saúde em diferentes grupos étnicos( 1313. Burström B, Fredlund P. Self rated health: is it as good a predictor of subsequent mortality among adults in lowere as well as in higher social classes? J Epidemiol Commun Health. 2001;55:836-40. - 1414. Idler EL, Benyamini Y. Self-rated health and mortality: a review of twenty-seven community studies. J Health Soc Behav. 1997;38(1):21-37. ). Para realizar a análise estatística, as categorias "muito boa" ou "boa" foram combinadas em um grupo chamado saúde percebida positivamente, e as categorias "regular" "ruim" ou "muito ruim" compuseram o grupo saúde percebida negativamente.

Para avaliar o nível socioeconômico, foi usado o questionário sociodemográfico, desenvolvido pela rede MacArthur, validado e utilizado em inúmeros projetos de investigação( 55. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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). O questionário é composto por questões relacionadas ao nível de escolaridade, com seis possíveis respostas: "nenhuma escolaridade ou ensino fundamental", "ensino médio geral", "ensino técnico ou diploma", "estudos universitários", "pós-graduação" e "outros, especificar". As categorias finais foram agrupadas em quatro. Assim, os estudos de graduação e pós-graduação foram fundidos em um só, chamado estudos universitários. A categoria "outros" foi excluída, devido à falta de respostas. Nível de renda incluiu sete respostas possíveis: menos de 250 euros; de 250 a 499 euros; de 500 a 999 euros; entre 1.000 e 1.499 euros, 1.500 a 1.999 euros; entre 2.000 e 2.999 euros, 2.999 euros por mês; e outros, especificar. Após as respostas, as categorias foram agrupadas em quatro, das quais as últimas três foram removidas devido à falta de respostas. Ao final, elas foram questionadas sobre seu emprego atual ou atividade empregatícia mais recente. As ocupações foram registradas seguindo o método da Classificação Nacional de Ocupações, cujos critérios de classificação foram baseados nas qualificações e tipo de trabalho realizado( 1515. Regidor E. La clasificación de clase social de Goldthorpe: marco de referencia para la propuesta de medición de la clase social del grupo de trabajo de la Sociedad Española de Epidemiología. Rev Española Salud Pública. [Internet]; 2001 [acesso 12 jan 2011];75(1). Disponível em: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1135-57272001000100003&lng=es.
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). De todas as possibilidades incluídas, após as respostas, essas foram reduzidas a quatro: desempregado, Nível III, Nível IV e Nível V. Na análise final, elas foram agrupadas em qualificada (III e IV) e não qualificada (nível V).

O status social subjetivo foi mensurado pela Escala MacArthur( 55. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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). O instrumento obteve o status social subjetivo, mostrando às entrevistadas a imagem de uma escada com 10 degraus, e pedindo-lhes para colocar uma cruz no nível que consideravam representante de seu lugar na sociedade espanhola. Para a análise, as categorias foram agrupadas em pares: "muito ruim" (1-2), "ruim" (3-4), "regular" (5-6), "boa" (7-8) e "muito boa" (9-10). O instrumento foi utilizado no teste-piloto com 20 mulheres e não precisou de qualquer modificação. Também havia sido validado e utilizado com populações hispânicas em diferentes áreas geográficas( 44. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46.

5. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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6. Adler N, Singh-Manoux A, Schwartz J, Stewart J, Matthews K, Marmot M. Social status and health: A comparison of British civil servants in Whitehall-II with European- and African-Americans in CARDIA. Soc Sci Med. 2008;66(5):1034-45.

7. Adler N, Stewart J. Health disparities across the lifespan: Meaning, methods, and mechanisms. Ann NY Acad Sci. 2010;1186:5-23.

8. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Boletin de Síntesis Demográfica Cantabria. Cantabria: Consejería de Economía y Hacienda; 2009.

9. Molpeceres L. Situación laboral de las mujeres inmigrantes en España. Cuad Relaciones Lab. 2012;30(1):91-113.

10. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Explotación Estadística Padrón Municipal Cantabria 2010. Gobierno de Cantabria. Consejería de Economía y Hacienda 2011; [acesso 19 jan 2012]. Disponível em: http://www.icane.es/web/icane/publicaciones.
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11. Sistema de Información Sanitaria del SNS (ES). Encuesta Nacional de Salud de España 2006. Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. Gobierno de España. [acesso 19 jan 2012]. Disponível em: http://www.msps.es/estadEstudios/estadisticas/encuestaNacional/encuesta2006.htm..
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12. Silverman D. Doing Qualitative Research. A Practical Handbook. 2nd ed. London: SAGE; 2006.

13. Burström B, Fredlund P. Self rated health: is it as good a predictor of subsequent mortality among adults in lowere as well as in higher social classes? J Epidemiol Commun Health. 2001;55:836-40.

14. Idler EL, Benyamini Y. Self-rated health and mortality: a review of twenty-seven community studies. J Health Soc Behav. 1997;38(1):21-37.

15. Regidor E. La clasificación de clase social de Goldthorpe: marco de referencia para la propuesta de medición de la clase social del grupo de trabajo de la Sociedad Española de Epidemiología. Rev Española Salud Pública. [Internet]; 2001 [acesso 12 jan 2011];75(1). Disponível em: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1135-57272001000100003&lng=es.
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- 1616. Franzini L, Fernandez-Esquer M. The association of subjective social status and health in low-income Mexican-origin individuals in Texas. Soc Sci Med. 2006;63:788-804. ).

Outros dados demográficos incluíram: idade, país de origem e tempo de residência na Espanha, família e amigos na Espanha (sim/não); familiares economicamente dependentes na Espanha e em seus países (sim/não); situação jurídica (com/sem documentos/no processo de obtenção); cartão de saúde (com/sem/no processo) e condição de saúde em relação ao seu país (melhor/ igual/pior).

Análise estatística

As características da amostra do estudo foram analisadas resumindo-se as variáveis categóricas com números absolutos e percentuais, e as variáveis quantitativas, utilizando-se médias e desvio-padrão. A prevalência da variável dependente, saúde percebida negativamente, foi estimada. A análise de correlação de Spearman foi realizada por teste não paramétrico, aplicável entre variáveis ordinais, entre as duas medidas de status social, nível socioeconômico (com base no nível de escolaridade, renda e profissão) e status subjetivo (com base na Escala McArthur). Além disso, foram realizadas análises bivariadas, comparando a prevalência de saúde percebida negativamente com cada uma das variáveis independentes, por meio do teste do qui-quadrado (ou teste exato de Fisher, quando apropriado) se a variável era qualitativa, e pelo teste t de Student com variáveis quantitativas.

As variáveis relevantes da literatura e/ou aquelas com importância significativa na análise bivariada de p<0,30 foram introduzidas nos modelos multivariados. A análise multivariada foi realizada por meio de regressão logística. A contribuição de cada variável foi estimada como Odds Ratio de Prevalência - ORP, com intervalos de confiança de 95%, estimado e interpretado como Odds Ratio. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS(r)), versão 15.

Resultados

Houve 371 participantes neste estudo. Não foi possível determinar exatamente quantos se recusaram a responder o questionário ou saber os motivos da não participação. No entanto, o número de participantes que se recusou era muito pequeno. Essas circunstâncias podem consistir em um viés de seleção.

A idade média dos participantes do sexo feminino foi de 36,7 anos (dp=10,0), e a média de anos vivendo na Espanha foi de 4,3 anos (dp=2,8). Os participantes eram principalmente da Colômbia (24,9%), Peru (24,3%), Equador (15,4%), Bolívia (9,7%) e Paraguai (7,6%). Outras variáveis demográficas de interesse estão apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1
Descrição da população estudada e variáveis de interesse (n=371)

A Tabela 2 apresenta os coeficientes de correlação de Spearman entre status social subjetivo e três indicadores de nível socioeconômico. O status social subjetivo melhorou significativamente à medida que aumentou a renda (r=0,193, p=0,00), mas não mostrou correlação significativa tanto com o nível de escolaridade (r=0,030, p=0,56) quanto com a ocupação (r=0,087, p=0,13).

Tabela 2
Correlação entre nível socioeconômico e status social subjetivo

A análise bivariada mostrou que a saúde percebida negativamente aumentou significativamente com a idade (p=0,041), e aqueles que estavam nos níveis mais baixos da escala de status social subjetivo avaliaram sua saúde percebida como negativa mais frequentemente (p=0,005). Houve maior prevalência de saúde percebida negativamente em mulheres sem escolaridade (p=0,216), entre aquelas com rendas mais baixas (p=0,272), e entre os desempregados (p=0,699), embora essas diferenças não tenham sido estatisticamente significativas.

A Tabela 3 apresenta os resultados da análise multivariada para saúde percebida negativamente. O modelo incluiu as variáveis: idade, nível de escolaridade, renda, escala de status social subjetivo, situação jurídica, apoio social e tempo de residência. Houve tendência de aumento da prevalência de saúde percebida negativamente com o aumento da idade. Chances de prevalência de saúde percebida negativamente, significativamente maiores, foram observadas nos níveis mais baixos da Escala MacArthur em relação aos níveis 7 ou 8, tomados como referência (uma vez que pouquíssimos casos estavam nos níveis 9 ou 10), mais de quatro vezes maior em mulheres que estavam nos níveis 1 ou 2 (IC 95%: 1,9-9,9) ou nos níveis 3 ou 4 (IC 95%: 1,6-11,2) e 2,3 vezes maior naquelas que estavam nos níveis 5 ou 6. Quanto às demais variáveis, a saúde percebida negativamente variou, embora não significativamente, dependendo do nível de escolaridade, renda, situação jurídica e apoio social. Por fim, a percepção de má saúde não variou de acordo com os anos, durante os quais as mulheres residiram na Espanha.

Tabela 3
Análise da regressão logística para a saúde percebida negativamente (0=bom/muito bom; 1=regular, ruim ou muito ruim)

Discussão

A hipótese, aqui, era a de que o status social subjetivo explicaria as diferenças de saúde percebida melhor do que o nível socioeconômico no grupo de mulheres imigrantes. Essa hipótese foi confirmada após o ajuste para idade, escolaridade, renda, situação jurídica, apoio social e tempo de residência na Espanha.

Encontrou-se fraca associação entre as medidas de nível socioeconômico e saúde percebida. Esses resultados, em parte, diferiram da literatura, na qual uma relação significativa entre os indicadores de nível socioeconômico e de saúde percebida foi demonstrada em outros grupos( 11. Marmot M. Status syndrome. A challenge to medicine. JAMA. 2006 March;295(11): 1304-7.

2. Whitehead M, Dahlgren G. Conceptos y principios de la lucha contra las desigualdades sociales en salud. Desarrollando el máximo potencial de salud para toda la población. España: Ministerio de Sanidad y Política Social; 2010.

3. Wolff LS, Acevedo-Garcia D, Subramanian S, Weber D, Kawachi I. Subjective Social Status, a New Measure in Health Disparities Research. J Health Psychol. 2010;15(4):560.

4. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46.

5. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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- 66. Adler N, Singh-Manoux A, Schwartz J, Stewart J, Matthews K, Marmot M. Social status and health: A comparison of British civil servants in Whitehall-II with European- and African-Americans in CARDIA. Soc Sci Med. 2008;66(5):1034-45. ). Além de ser uma amostra insuficiente, várias razões podem explicar a falta de associação entre as medidas objetivas do status e o status de saúde percebida neste estudo. Para as mulheres imigrantes, os indicadores de nível socioeconômico podem ter significados diferentes do que para a população em geral. Níveis iguais de renda ou escolaridade podem não fornecer-lhes os mesmos benefícios que à população local. Por exemplo, o nível de escolaridade obtido em seus países de origem não lhes proporcionou benefícios, já que não conseguem ter seus diplomas aceitos na Espanha. Sua experiência e/ou qualificações profissionais também não foram reconhecidas. Por isso, foram forçadas a aceitar empregos que requeriam baixas qualificações, e tiveram que dividir seus salários com outros familiares dependentes, tanto na Espanha como em seus países de origem. Essas razões podem explicar o porquê de o padrão encontrado nesse grupo de mulheres latino-americanas não coincidir com aquele da população em geral, em termos da relação entre educação, profissão e renda com a saúde percebida.

Estudos recentes( 1717. de Castro AB, Gee GC, Takeuchi DT. Examining alternative measures of social disadvantage among Asian Americans: the relevance of economic opportunity, subjective social status, and financial strain for health. J Immigr Minor Health. 2010 Oct;12(5):659-71. ) mostraram que a saúde dos imigrantes foi influenciada pelo processo de migração, situação familiar, recursos sociais, condições de trabalho, expectativas ou experiências de discriminação. Outros autores encontraram resultados semelhantes aos do presente estudo( 1818. Ostrove J, Adler N, Kuppermann M, Washington E. Objective and subjective assessments of socioeconomic status and their relationship to self-rated health in an ethnically diverse sample of pregnant women. Health Psychol. 2000;19(6):613-8. ), indicando que os indicadores de nível socioeconômico eram irrelevantes para o estudo de grupos de imigrantes, porque não captavam o verdadeiro nível socioeconômico desses grupos, limitando o estudo das desigualdades em saúde.

O status social subjetivo baseou-se em indicadores de nível socioeconômico, ou seja, indivíduos que desenvolveram melhor status social subjetivo eram propensos a ter renda mais elevada, níveis mais elevados de escolaridade e uma ocupação melhor. No entanto, neste estudo, apenas o status social subjetivo manteve relação significativa com a renda, refletindo a importância que essas mulheres davam à segurança econômica.

Uma explicação desses resultados pode ser que existam outros fatores determinantes da posição social ligados ao sexo, etnia ou discriminação, o que influenciou a avaliação do seu status social e explicou a importância relativa dos indicadores de nível socioeconômico. Estudos anteriores encontraram resultados semelhantes entre o nível socioeconômico e status social subjetivo( 44. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46.

5. Adler N, Stewart J. The MacArthur Scale of Subjective Social Status [Internet]. 2007; [acesso 28 out 2012]. Disponível em: http://www.macses.ucsf.edu/research/psychosocial/subjective.php
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6. Adler N, Singh-Manoux A, Schwartz J, Stewart J, Matthews K, Marmot M. Social status and health: A comparison of British civil servants in Whitehall-II with European- and African-Americans in CARDIA. Soc Sci Med. 2008;66(5):1034-45.

7. Adler N, Stewart J. Health disparities across the lifespan: Meaning, methods, and mechanisms. Ann NY Acad Sci. 2010;1186:5-23.

8. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Boletin de Síntesis Demográfica Cantabria. Cantabria: Consejería de Economía y Hacienda; 2009.

9. Molpeceres L. Situación laboral de las mujeres inmigrantes en España. Cuad Relaciones Lab. 2012;30(1):91-113.

10. Instituto Cántabro de Estadística -ICANE (ES). Explotación Estadística Padrón Municipal Cantabria 2010. Gobierno de Cantabria. Consejería de Economía y Hacienda 2011; [acesso 19 jan 2012]. Disponível em: http://www.icane.es/web/icane/publicaciones.
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11. Sistema de Información Sanitaria del SNS (ES). Encuesta Nacional de Salud de España 2006. Ministerio de Sanidad, Servicios Sociales e Igualdad. Gobierno de España. [acesso 19 jan 2012]. Disponível em: http://www.msps.es/estadEstudios/estadisticas/encuestaNacional/encuesta2006.htm..
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12. Silverman D. Doing Qualitative Research. A Practical Handbook. 2nd ed. London: SAGE; 2006.

13. Burström B, Fredlund P. Self rated health: is it as good a predictor of subsequent mortality among adults in lowere as well as in higher social classes? J Epidemiol Commun Health. 2001;55:836-40.

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15. Regidor E. La clasificación de clase social de Goldthorpe: marco de referencia para la propuesta de medición de la clase social del grupo de trabajo de la Sociedad Española de Epidemiología. Rev Española Salud Pública. [Internet]; 2001 [acesso 12 jan 2011];75(1). Disponível em: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1135-57272001000100003&lng=es.
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16. Franzini L, Fernandez-Esquer M. The association of subjective social status and health in low-income Mexican-origin individuals in Texas. Soc Sci Med. 2006;63:788-804.

17. de Castro AB, Gee GC, Takeuchi DT. Examining alternative measures of social disadvantage among Asian Americans: the relevance of economic opportunity, subjective social status, and financial strain for health. J Immigr Minor Health. 2010 Oct;12(5):659-71.

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- 1919. Gong F, Xu J, Takeuchi DT. Beyond conventional socioeconomic status: examining subjective and objective social status with self-reported health among Asian immigrants. J Behav Med. 2011:1-13. ). Os autores argumentaram que o status social subjetivo baseou-se em indicadores de nível socioeconômico, mas que essa relação foi mais fraca em pessoas oriundas de minorias étnicas. Embora as medidas de nível socioeconômico tenham sido determinantes importantes do status social subjetivo, os grupos que eram socialmente desfavorecidos tenderam a estabelecer seu status usando outros critérios derivados do contexto.

A única variável preditora de saúde percebida negativamente na população estudada foi o status social subjetivo, destacando a importância dessa medida para avaliar a saúde percebida nessa população. Como na pesquisa anterior, foi demonstrado que a avaliação do status social subjetivo forneceu informações sobre saúde que não puderam ser obtidas pelo nível socioeconômico( 1616. Franzini L, Fernandez-Esquer M. The association of subjective social status and health in low-income Mexican-origin individuals in Texas. Soc Sci Med. 2006;63:788-804. - 1717. de Castro AB, Gee GC, Takeuchi DT. Examining alternative measures of social disadvantage among Asian Americans: the relevance of economic opportunity, subjective social status, and financial strain for health. J Immigr Minor Health. 2010 Oct;12(5):659-71. , 1919. Gong F, Xu J, Takeuchi DT. Beyond conventional socioeconomic status: examining subjective and objective social status with self-reported health among Asian immigrants. J Behav Med. 2011:1-13. ). Neste estudo, como nos estudos citados, tornou-se claro que, independentemente das suas circunstâncias sociais ou materiais, o modo como as mulheres consideraram sua posição social foi um preditor significativo de seu status de saúde percebida.

A explicação para o porquê de o status social subjetivo ter afetado significativamente a saúde percebida pode ser o fato de que no status social obtiveram-se informações sobre a posição social das mulheres, bem como impressões sobre suas condições socioeconômicas e trabalhistas, as quais não foram obtidas com os indicadores tradicionais de nível socioeconômico( 44. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46. ). Por exemplo, más condições de trabalho, problemas de discriminação, expectativas não cumpridas, poucas oportunidades sociais, situação jurídica irregular ou outras barreiras sociais ou culturais, quando comparadas ao grupo indígena. A percepção de uma posição baixa na escala social poderia gerar altos níveis de estresse e o desenvolvimento de comportamentos não saudáveis que afetaram sua saúde( 77. Adler N, Stewart J. Health disparities across the lifespan: Meaning, methods, and mechanisms. Ann NY Acad Sci. 2010;1186:5-23. ). Por outro lado, altos níveis de status social subjetivo podem ter fornecido recursos psicológicos para as pessoas, como maior autoestima, segurança, esperança e sentimentos de controle, que eram importantes recursos para a saúde( 44. Operario D, Adler N, Williams D. Subjective social status: reliability and predictive utility for global health. Psychol Health. 2004;19(2):237-46. ).

Com os dados obtidos, não é possível explicar quais mecanismos mediaram a associação entre status social subjetivo e saúde percebida. Este artigo é parte de uma investigação mais ampla na qual se exploraram os determinantes do status social subjetivo e mecanismos de mediação entre status social subjetivo e saúde, utilizando uma metodologia qualitativa.

Limitações

Uma vez que a amostra foi recrutada por meio de centros sociais, para onde as mulheres vieram com problemas socioeconômicos, os resultados, aqui, podem superestimar o número de mulheres com esses problemas e a verdadeira prevalência de saúde percebida. Também pode haver um viés devido àquelas que se recusaram a participar, bem como devido àquelas que não responderam às perguntas. Além disso, uma vez que os dados foram coletados de forma transversal, e devido ao viés de ambiguidade temporário, pelos resultados não é possível avaliar relações causais. Apesar dessas limitações, os dados deste estudo podem ser usados para ilustrar as relações que ocorrem entre o nível socioeconômico, status social subjetivo e saúde percebida em mulheres imigrantes latino-americanas. No entanto, são necessários mais estudos com amostras aleatórias maiores.

Conclusão

Os resultados do estudo sugerem que o status social subjetivo poderia predizer o status de saúde percebida melhor do que o nível socioeconômico. O status social subjetivo pode refletir melhor a posição social das mulheres imigrantes ao considerar, além do nível socioeconômico, outros fatores contextuais relacionados ao processo de migração. Um gradiente social entre status social subjetivo e saúde percebida é apresentado, sugerindo que esse indicador pode ser relevante para o estudo das desigualdades em saúde e para a prática interdisciplinar em saúde, particularmente na população socialmente desfavorecida, como migrantes econômicos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Nov-Dec 2013

Histórico

  • Recebido
    18 Out 2012
  • Aceito
    31 Jul 2013
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