Acessibilidade / Reportar erro

Propriedades psicométricas da Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício em idosas mexicanas

RESUMO

Objetivo:

analisar e avaliar as propriedades psicométricas das subescalas que compõem a versão em espanhol da Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício em uma população idosa do nordeste do México.

Método:

estudo metodológico. A amostra abrangeu 329 idosas adstritas a uma das cinco casas de convivência públicas da área metropolitana do Nordeste mexicano. As propriedades psicométricas incluíram a avaliação do coeficiente alfa de Cronbach, o coeficiente Kaiser-Meyer-Olkin, a correlação inter-itens, análise fatorial exploratória e confirmatória.

Resultados:

na análise de componentes principais, foram identificados dois componentes a partir dos 43 itens da escala. O coeficiente de correlação item-total da subescala benefícios do exercício foi adequado. Porém, o coeficiente da subescala barreiras para o exercício mostrou inconsistências. A confiabilidade e validade foram aceitáveis. A análise fatorial confirmatória revelou que a eliminação de itens melhorava a qualidade de ajuste do modelo basal da escala sem afetar sua validade ou confiabilidade.

Conclusão:

a Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício apresenta parâmetros psicométricos satisfatórios para o contexto mexicano. Apresenta-se uma versão reduzida de 15 itens com estrutura fatorial, validade e confiabilidade similares aos da escala completa.

Descritores:
Psicometria; Exercício; Enfermagem; Percepção; Estudos de Validação

ABSTRACT

Objective:

analyze and assess the psychometric properties of the subscales in the Spanish version of the Exercise Benefits/Barriers Scale in an elderly population in the Northeast of Mexico.

Method:

methodological study. The sample consisted of 329 elderly associated with one of the five public centers for senior citizens in the metropolitan area of Northeast Mexico. The psychometric properties included the assessment of the Cronbach's alpha coefficient, the Kaiser Meyer Olkin coefficient, the inter-item correlation, exploratory and confirmatory factor analysis.

Results:

in the principal components analysis, two components were identified based on the 43 items in the scale. The item-total correlation coefficient of the exercise benefits subscale was good. Nevertheless, the coefficient for the exercise barriers subscale revealed inconsistencies. The reliability and validity were acceptable. The confirmatory factor analysis revealed that the elimination of items improved the goodness of fit of the baseline scale, without affecting its validity or reliability.

Conclusion:

the Exercise Benefits/Barriers subscale presented satisfactory psychometric properties for the Mexican context. A 15-item short version is presented with factorial structure, validity and reliability similar to the complete scale.

Descriptors:
Psychometrics; Exercise; Nursing; Perception; Validation Studies

RESUMEN

Objetivo:

analizar y evaluar las propiedades psicométricas de las subescalas que componen la versión en español de la Escala Beneficios/Barreras para el Ejercicio en población anciana del noreste de México.

Método:

estudio metodológico. La muestra estuvo constituida por 329 ancianas adscritas a alguna de cinco casas-club públicas del área metropolitana del noreste de México. Las propiedades psicométricas incluyeron la evaluación del coeficiente alfa de Cronbach, el coeficiente Kaiser Meyer Olkin, la correlación inter-ítem, análisis factorial exploratorio y confirmatorio.

Resultados:

en el análisis de componentes principales se identificaron dos componentes a partir de los 43 ítems de la escala. El coeficiente de correlación ítem-total de la subescala beneficios del ejercicio fue bueno. Sin embargo, el de barreras para el ejercicio mostró inconsistencias. La confiabilidad y validez fueron aceptables. Con el análisis factorial confirmatorio se identificó que la eliminación de ítems mejoraba la calidad de ajuste del modelo basal de la escala sin afectar su validez ni confiabilidad.

Conclusión:

la Escala Beneficios/Barreras para el Ejercicio presenta parámetros psicométricos satisfactorios para el contexto mexicano. Se presenta una versión corta de 15 ítems con estructura factorial, validez y confiabilidad similares a los de la escala completa.

Descriptores:
Psicometría; Ejercicio; Enfermería; Percepción; Estudios de Validación

Introdução

A literatura científica descreve diferentes condutas com relação à prática do exercício físico na população idosa. Mesmo que a maioria identifique seus benefícios, persiste a indisposição para o exercício e a falta de perseverança11 Reyes-Audiffred V, Sotomayor-Sánchez SM, González-Juárez L. Conductas relacionadas con la salud del adulto mayor en una comunidad suburbana del D. F. Rev Enferm IMSS. [Internet]. 2007 [Acceso 15 enero 2016];15(1):27-31. Disponible en: http://new.medigraphic.com/cgi-bin/resumen.cgi?IDARTICULO=18889
http://new.medigraphic.com/cgi-bin/resum...
-22 Cruz-Quevedo JE, Celestino-Soto MI, Salazar-González BC. Actividad física y ejercicio en el adulto mayor de la zona norte de México. En: Ceballos-Gurrola O. Actividad física en el adulto mayor. México: Manual Moderno; 2012. p. 35-47.. Foram descritos determinantes sociais que influenciam a efetivação desta ação promotora da saúde33 Anderson ES, Wojcik JR, Winnett RA, Williams DM. Social-cognitive determinants of physical activity: the influence of social support, self-efficacy, outcome expectations, and self-regulation among participants in a church-based health promotion study. Health Psychol. 2006;25:510-20. doi: 10.1037/0278-6133.25.4.510
https://doi.org/10.1037/0278-6133.25.4.5...
, mas a compreensão desta conduta complexa continua sendo insuficiente. Particularmente no México, deve-se analisar as percepções que delineiam a prática desta conduta durante o envelhecimento, já que o exercício ajuda a diminuir o risco de depressão e deterioração cognitiva, melhora a função cardiorrespiratória e muscular e incide na saúde óssea e funcional deste grupo populacional crescente44 Organización Mundial de la Salud. Recomendaciones mundiales sobre la actividad física para la salud. 2010 [Internet]. [Acceso 10 enero 2015] Disponible en: http://www.who.int/dietphysicalactivity/factsheet_recommendations/es/
http://www.who.int/dietphysicalactivity/...
.

A prevalência generalizada de inatividade física resultou na necessidade de conhecer os motivos ou barreiras para que as pessoas realizem ou não este tipo de conduta. A percepção positiva ou negativa das pessoas sobre condutas promotoras da saúde, tais como o exercício, costuma induzir determinados comportamentos que afetam sua saúde. Neste sentido, o Modelo de Promoção da Saúde explora os fatores que influenciam a mudança nos comportamentos de saúde e pode ser utilizado para analisar os pensamentos sobre o exercício e os benefícios e barreiras percebidos55 Marriner A, Raile M. Modelos y teorías en enfermería. 7ª ed. España: Elsevier; 2011. 442 p.. O modelo explica as relações entre as características e experiências individuais, os pensamentos e sentimentos perante as condutas de saúde e sua execução. Dois pensamentos sobre as condutas de saúde abrangidos pelo modelo são: os benefícios percebidos da ação e as barreiras percebidas para a ação66 Pender NJ, Murdaugh CL, Parsons MA. Health promotion in nursing practice 6th ed. New Jersey: Prentice Hall; 2011..

Os benefícios percebidos da ação correspondem à percepção antecipada das pessoas sobre resultados positivos de uma conduta de saúde. São baseados nas memórias pessoais derivadas da experiência prévia ou da aprendizagem através da observação de outras pessoas que se comprometem com as ações em benefício da saúde. Os indivíduos investem seu tempo e recursos em atividades com alta probabilidade de incrementar as experiências com resultados positivos66 Pender NJ, Murdaugh CL, Parsons MA. Health promotion in nursing practice 6th ed. New Jersey: Prentice Hall; 2011..

No que diz respeito ao exercício como conduta de saúde, os benefícios percebidos melhoraram a prática desta conduta como parte do tratamento de doenças crônicas77 Gallegos EC, Bañuelos Y. Conductas protectoras de salud en adultos con diabetes mellitus tipo II. Invest Educ Enferm. [Internet]. 2004 [Acceso 11 feb 2016];22(2):40-9. Disponible en: http://www.redalyc.org/pdf/1052/105216892003.pdf
http://www.redalyc.org/pdf/1052/10521689...
-88 Shin Y, Yun S, Pender N, Jang H. Test of the health promotion model as a causal model of commitment to a plan for exercise among Korean adults with chronic disease. Res Nurs Health. 2005;28(2):117-25. doi: 10.1002/nur.20060
https://doi.org/10.1002/nur.20060...
e foram relacionados à melhoria física-funcional, da condição neurológica e à diminuição da dor na população idosa99 Hanan SA, Sahar YM. Perceived self-efficacy and commitment to an exercise in patients with osteoporosis and osteoarthritis. J Am Sci. [Internet]. 2011 [cited Jan 18, 2016];7(8):315-23. Available from: http://www.jofamericanscience.org/journals/am-sci/am0708/033_6455am0708_315_323.pdf
http://www.jofamericanscience.org/journa...

10 Lobo A, Santos P, Carvalho J, Mota J. Relationship between intensity of physical activity and health-related quality of life in Portuguese institutionalized elderly. Geriatr Gerontol Int. 2008;8(4):284-90. doi: 10.1111/j.1447-0594.2008.00478.x.
https://doi.org/10.1111/j.1447-0594.2008...
-1111 Rodríguez-Mutuberria L, Díaz-Capote R. Beneficios del ejercicio físico terapéutico en pacientes con secuelas por enfermedad cerebrovascular. Rev Cubana Med. [Internet]. 2012 [Acceso 17 julio 2016];51(3):258-66. Disponible en: http://www.bvs.sld.cu/revistas/med/vol51_3_12/med07312.htm
http://www.bvs.sld.cu/revistas/med/vol51...
. Também foi encontrada correlação negativa entre a percepção de benefícios e a prática do exercício físico (r 2=0.16, p <.01), o que sugere que, apesar dos benefícios percebidos serem evidentes, a conduta é pouco executada1212 Becerra-Martínez M, Díaz Heredia L. Niveles de actividad física, beneficios, barreras y autoeficacia en un grupo de empleados oficiales. Av Enferm. [Internet]. 2008 [Acceso 14 marzo 2016];26(2):43-50. Dispnible en: http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/12897/13657
http://www.revistas.unal.edu.co/index.ph...
. Mesmo que os adultos percebam a importância do exercício diante dos seus antecedentes pessoais, persiste a crença de que poderia ser uma perda de tempo em sua agenda diária1313 Im EO, Lee B, Hwang H, Yoo KH, Chee W, Stuifbergen A, et al. "A waste of time": Hispanic women's attitudes toward physical activity. Women Health. [Internet]. 2010 [cited Dec 15, 2016];50(6):563-79. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2967448/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/article...
.

As barreiras percebidas para a ação se referem às avaliações mentais negativas ou impedimentos individuais -imaginários ou reais- que podem impedir um compromisso com uma conduta de saúde. As barreiras representam a percepção da não disponibilidade, inconveniência, custo, dificuldade ou tempo consumido para realizar a conduta e incitam a evitar a conduta planejada. Portanto, quando a disposição para a ação é baixa e as barreiras altas, dificilmente a conduta será executada66 Pender NJ, Murdaugh CL, Parsons MA. Health promotion in nursing practice 6th ed. New Jersey: Prentice Hall; 2011.. As principais barreiras identificadas para o exercício incluem o clima ruim, a falta de disciplina, tempo, dinheiro ou de companhia para realizar a ação1414 Andrade-Osorio E, Padilla-Raygoza N, Ruiz-Paloalto L. Perceived barriers and physical activity level in older adults from Aguascalientes, Ags.: un estudio transversal. Enferm Global. [Internet]. 2013 [cited Nov 17, 2016];12(3):43-51. Available from: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412013000300003
http://scielo.isciii.es/scielo.php?scrip...
. Além disso, em mulheres adultas de idade mediana, observa-se que as barreiras são relacionadas a problemas de saúde, feridas e doenças relacionadas à idade1515 Guerin E, Fortier M, O'Sullivan T, Nelson C. Physical activity maintenance in middle aged women: A qualitative ecological study. J Health Behav Pub Health. [Internet]. 2012 [cited Nov 11, 2016;2(2):1-13. Available from: http://www.academyjournal.net/asj/index.php/HBPH/article/view/251
http://www.academyjournal.net/asj/index....
.

A Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício [EBBE]1616 Sechrist KR, Walker SN, Pender NJ. Development and psychometric evaluation of the Exercise Benefits/Barriers Scale. Res Nurs Health. 1987;10(6):357-365. foi desenhada no idioma inglês para medir estes pensamentos pela Dra. Nola J. Pender nos Estados Unidos da América. Foi traduzida e validada na população idosa da Coréia1717 Hwang EH, Chung YS. Effects of the exercise self-efficacy and exercise benefits/barriers on doing regular exercise of the elderly. Taehan Kanho Hakhoe Chi. 2008;38(3):428-36.18. doi: https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3.428
https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3....
e Brasil1818 Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC. Reliability and validity of the Exercise Benefits/Barriers scale in the elderly. Acta Paul Enferm. 2012;25:48-53. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000800008
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012...
e, na China, foi desenvolvida e validada uma adaptação para aplicação em pacientes submetidos a diálise1919 Zheng J, You L, Lou T, Chen N, Lai D, Liang Y, et al. Development and psychometric evaluation of the Dialysis patient-perceived Exercise Benefits and Barriers Scale. Int J Nurs Stud. 2010;47(2):166-180. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2009.05.023.
https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2009....
. A versão em espanhol foi publicada também pelas autoras originais da EBBE e coeficientes de confiabilidade aceitáveis foram relatadas na Colômbia1212 Becerra-Martínez M, Díaz Heredia L. Niveles de actividad física, beneficios, barreras y autoeficacia en un grupo de empleados oficiales. Av Enferm. [Internet]. 2008 [Acceso 14 marzo 2016];26(2):43-50. Dispnible en: http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/12897/13657
http://www.revistas.unal.edu.co/index.ph...
e no México22 Cruz-Quevedo JE, Celestino-Soto MI, Salazar-González BC. Actividad física y ejercicio en el adulto mayor de la zona norte de México. En: Ceballos-Gurrola O. Actividad física en el adulto mayor. México: Manual Moderno; 2012. p. 35-47.. Porém, não foram encontrados dados publicados sobre as propriedades psicométricas da versão em espanhol. Estas percepções podem variar em função do grupo estudado. Além disso, as variações dentro de um mesmo idioma podem afetar a validade das escalas adaptadas2020 Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38.. Portanto, considera-se pertinente analisar o funcionamento da escala em uma população idosa no contexto mexicano.

O objetivo foi analisar e avaliar as propriedades psicométricas das subescalas que compõem a versão em espanhol da Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício em uma população idosa do nordeste mexicano. Também, em uma análise secundária, será avaliada a viabilidade de uma versão reduzida que facilite a estimativa do poder dessas percepções nesta população.

Método

Trata-se de um estudo metodológico, desenvolvido em uma população de 2701 idosos da comunidade, adstritos a cinco casas de convivência públicas na área metropolitana do nordeste mexicano. Como o número de homens nesses centros é muito baixo, foi contemplada a participação exclusiva de mulheres no presente estudo.

Participantes

Foram incluídas mulheres com idade de 60 a 80 anos, com propriedades cognitivas intactas de acordo com o Questionário de Pfeiffer, com capacidade de ler e escrever, sem contraindicação médica para o exercício e que aceitaram participar do estudo de forma voluntária. Mulheres que demonstraram incapacidade de compreender instruções apesar do resultado no Questionário de Pfeiffer foram excluídas. A amostra foi calculada utilizando-se a fórmula para populações finitas, com 329 participantes. Foi aplicado um esquema de amostragem estratificada simples, baseado na lista de participantes em cada um dos estratos (casas de convivência).

Instrumento

A versão espanhola da EBBE foi publicada junto com a versão em inglês (Figura 1) e foi traduzida inicialmente para o espanhol por Juarbe T. Consiste em uma escala quase Likert de 43 itens com 4 respostas alternativas. A nota "quatro" corresponde à concordância completa com a afirmação, "três" à concordância simples, "dois" à discordância simples e "um" à discordância completa com a proposta do item. A escala inclui duas subescalas: 29 itens para a subescala de benefícios percebidos do exercício e 14 para a subescala de barreiras percebidas para o exercício. Os itens da subescala barreiras para o exercício correspondem às afirmações 4, 6, 9, 12, 14, 16, 19, 21, 24, 28, 33, 37, 40 e 42. Para avaliar as 14 frases que representam as barreiras, a escala de resposta varia de 14 a 56; para os benefícios, em contrapartida, a escala varia de 29 a 116. Em ambas as subescalas, quanto maior a pontuação, maior essa percepção perante o exercício1616 Sechrist KR, Walker SN, Pender NJ. Development and psychometric evaluation of the Exercise Benefits/Barriers Scale. Res Nurs Health. 1987;10(6):357-365..

Figura 1
Versão original da Exercise Benefits/Barriers Scale

A escala avalia separadamente as duas percepções, já que no modelo de Pender (2011) constituem dois construtos independentes que, além disso, são opostas. Sechrist, Walker e Pender (1987) sugerem a possibilidade de avaliar a escala completa: o resultado da subescala de barreiras para o exercício avalia-se de forma inversa e é subtraído do resultado dos benefícios do exercício.

Procedimento

A análise preliminar incluiu dois passos: 1) revisão linguística e cultural por especialistas e 2) estudo piloto qualitativo em uma pequena amostra de idosas com características similares àquelas da amostra final. O primeiro passo foi revisar, através de três especialistas na área de enfermagem gerontológica, a adaptação do vocabulário e redação em espanhol deste contexto mexicano. Foram seguidas as diretrizes da International Test Commission para a adaptação de instrumentos: diferenças culturais e de idioma, aspectos técnicos e métodos, e interpretação dos resultados2020 Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38.. Após reunir a informação das especialistas, a EBBE foi aplicada em um grupo de 30 adultas maiores para avaliar a clareza e adequação da escala. Como resultado destes passos, decidiu-se modificar a redação de 12 itens.

O estudo recebeu a aprovação do comitê de ética institucional e das autoridades das casas de convivência. Os dados foram coletados por profissionais de exercício físico devidamente capacitados; a coleta foi realizada de forma individual e privada durante a visita das participantes à casa de convivência. O preenchimento da EBBE demorou de cinco a dez minutos.

Análise dos dados

Foram analisadas a EBBE completa e as subescalas de benefícios e barreiras separadamente. A consistência interna foi estimada com o uso do software SPSS versão 21.0, mediante o coeficiente alfa de Cronbach. Além disso, a validade de construto foi avaliada com o uso do coeficiente de adequação amostral de Kaiser Meyer Olkin (KMO) e a correlação inter-itens de acordo com as bases teóricas da teoria de mensuração. A estrutura fatorial foi estimada com a aplicação de análise fatorial exploratória e confirmatória no software estatístico AMOS 21.0.

Resultados

A média de idade das participantes foi 69 anos (DP =5.44), com escolaridade média de 6.5 anos (DP =2.92). Somente 42% indicou ter parceiro.

EBBE completa

A aplicação do teste de Bartlett à matriz de correlações entre os itens da EBBE foi significativa (Bartlett =7168.174, gl =903, p <.001). A análise de componentes principais com rotação varimax revelou dois componentes com valor próprio superior à unidade (Determinante=1.120), com rotação de três componentes. De acordo com a soma quadrada das saturações da rotação, o valor total do primeiro fator foi de 13.698, o que representa 31.86% da variância. O segundo fator contribuiu com 3.542, o que representa 8.24% da variância total. A porcentagem acumulada dos dois fatores explicou 40.09% da variância. Utilizando .40 como critério de saturação interpretável na rotação ortogonal, confirma-se que os itens que saturam nos componentes correspondem àqueles propostos pela escala.

Propriedades psicométricas por subescala

Na subescala de benefícios do exercício, o coeficiente KMO de adequação foi significativo e aceitável (KMO =.959, p <.001). De acordo com a soma quadrada das saturações da extração, os itens desta subescala explicaram 47.23% da variância. Na subescala de barreiras para o exercício, a medida KMO também foi aceitável (KMO =.751, p <.01), com variância explicada correspondendo a 22.97%.

Consistência interna e análise dos itens. Foi encontrado um coeficiente alfa de .958 para a subescala de benefícios do exercício, o que é considerado muito bom2121 Cronbach LJ, Shavelson RJ. My current thoughts on coefficient alpha and successor procedures. Educ Psychol Meas. [Internet]. 2004 [cited June 18, 2016];64(3). Available from: http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0013164404266386 doi: 10.1177/0013164404266386
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1...
. Houve grande diversidade de correlações inter-itens, variando de .235 a .804. O coeficiente alfa não sugere que a eliminação de itens pudesse aumentar a consistência interna da subescala (Tabla 1).

Tabela 1
Coeficientes de correlação e alfa de Cronbach da subescala benefícios do exercício da Escala de Benefícios/Barreras para o Exercício. Monterrey, N. L., México, 2015

O coeficiente alfa da subescala de barreiras para o exercício foi aceitável (,715). Em contraste, a análise por item revelou coeficientes de correlação muito baixos, variando entre ,002 e ,436. Por outro lado, na subescala de benefícios, observou-se que, devido à baixa correlação item-total corrigida (,002), a eliminação do item 21 poderia aumentar a consistência interna da subescala de barreiras para ,729 (Tabela 2).

Tabela 2
Coeficientes de correlação e alfa de Cronbach da subescala de barreiras para o exercício da Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício. Monterrey, N. L., México, 2015

Análise fatorial confirmatória. Foram cumpridos critérios teóricos e estatísticos para incrementar a consistência interna das subescalas. A subescala de benefícios do exercício não apresentou distribuição normal (p <.05), mas a subescala de barreiras do exercício sim (p >.05). Para a análise fatorial confirmatória, foram utilizados o método de mínimos quadrados e o método de máxima verossimilhança de acordo com a distribuição dos dados.

Para avaliar a qualidade de ajuste do modelo por subescala, foram utilizados índices de ajuste absoluto (Chi-quadrado, chi-quadrado/gl e índices de qualidade de ajuste [GFI e AGFI]), índices de ajuste incremental (índice de ajuste não padronizado [NNFI], índice de qualidade de ajuste de parcimônia [PGFI], a raiz do erro médio quadrático de aproximação [RMSEA] ou a raiz quadrada média residual [RMR] se necessária). Considera-se que um valor de 5 ou menos demonstra bom ajuste para o índice chi2/gl2020 Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38.. Coeficientes de GFI, AGFI e NNFI superiores a .90 indicam um bom ajuste2222 Wheaton B, Muthén B, Alwin DF, Summers GF. Assessing reliability and stability in panel models. En: Heise DR, editors. Sociological Methodology. San Francisco, CA: Jossey-Bass; 1977. p. 84-136.. Os valores padronizados do índice PGFI variam entre 0 e 1, mas nenhum dos dois alcança o limite de ,90. Por esse motivo, valores mais próximos a ,80 são considerados adequados2323 Bentler PM. Comparative fit indexes in structural models. Psychol Bull. 1990;107(2):238-246. http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.107.2.238
http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.107....
. Para o RMSEA, valores entre ,05 e ,10 são considerados aceitáveis, com coeficientes de 0,8 ou inferiores sendo ideais. Para o RMR, valores baixos são exigidos, sendo que valores mais próximos de zero indicam melhor ajuste2424 Browne MW, Cudeck R. Alternative ways of assessing model fit. En K. A. Bollen y J. S. Long (Eds.) Testing structural equations models. Newbury Park, CA.: Sage; 1993. p. 136-62..

Análise secundária para facilitar a aplicação em idosas

Considerando as dificuldades de ajuste de alguns parâmetros, propôs-se analisar a pertinência de uma solução fatorial que fosse satisfatória, tanto para os parâmetros estruturais do modelo como para a validade e consistência interna. Na Tabela 3 mostram-se os resultados alcançados para a subescala benefícios do exercício. O modelo à esquerda corresponde à estrutura completa da subescala original, e o direito apresenta uma proposta reduzida com parâmetros de qualidade de ajuste aceitáveis. Assim, foi alcançada uma versão de seis itens com coeficientes de correlação inter-itens variando entre ,74 e ,82, considerados satisfatórios.

Tabela 3
Análise fatorial da subescala benefícios do exercício da Escala de Benefícios/Barreiras para o Exercício com 29 e seis itens. Monterrey, N. L., México, 2015

A versão final da subescala barreiras para o exercício foi de novo itens, com coeficientes de correlação inter-itens variando entre ,34 e ,45. O modelo à esquerda corresponde à estrutura inicial da subescala, e o modelo à direita é a solução desenhada com menos itens e parâmetros de qualidade de ajuste similares (Tabela 4).

Tabela 4
Análise fatorial da subescala barreiras para o exercício da Escala Benefícios/Barreiras para o Exercício 14 e 9 itens. Monterrey, N. L., México, 2015

Discussão

Os resultados alcançados no estudo da confiabilidade da versão mexicana da EBBE revelam semelhanças essenciais com os parâmetros publicados para a versão original1616 Sechrist KR, Walker SN, Pender NJ. Development and psychometric evaluation of the Exercise Benefits/Barriers Scale. Res Nurs Health. 1987;10(6):357-365.. Os coeficientes alfa das duas subescalas da EBBE mostraram consistência interna adequada e foram semelhantes aos coeficientes obtidos nas adaptações de Coréia e Brasil1717 Hwang EH, Chung YS. Effects of the exercise self-efficacy and exercise benefits/barriers on doing regular exercise of the elderly. Taehan Kanho Hakhoe Chi. 2008;38(3):428-36.18. doi: https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3.428
https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3....
-1818 Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC. Reliability and validity of the Exercise Benefits/Barriers scale in the elderly. Acta Paul Enferm. 2012;25:48-53. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000800008
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012...
. Considerando que o ponto de referência para discutir os resultados da adaptação de uma escala a um contexto linguístico e cultural são os estudos relacionados2020 Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38., devido aos níveis de validade e confiabilidade encontrados, corrobora-se o uso da EBBE em uma população idosa do nordeste mexicano.

A estrutura fatorial e a distribuição de itens entre os fatores da subescala benefícios do exercício estão de acordo com aquelas encontradas na versão original1616 Sechrist KR, Walker SN, Pender NJ. Development and psychometric evaluation of the Exercise Benefits/Barriers Scale. Res Nurs Health. 1987;10(6):357-365.. As correlações altas entre itens apoiam a validade de construto desta subescala; os índices de discriminação podem ser considerados adequados e semelhantes aos índices obtidos na versão original.

Em contraste, a subescala barreiras para o exercício mostrou coeficientes de confiabilidade e validade apenas aceitáveis. Este detalhe também foi observado ao aplicar a versão original da EBBE em uma população americana adolescente2525 Brown SA. Measuring perceived benefits and perceived barriers for physical activity. Am J Health Behav. 2005;29(2):107-116. e nas outras adaptações publicadas1717 Hwang EH, Chung YS. Effects of the exercise self-efficacy and exercise benefits/barriers on doing regular exercise of the elderly. Taehan Kanho Hakhoe Chi. 2008;38(3):428-36.18. doi: https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3.428
https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3....
-1818 Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC. Reliability and validity of the Exercise Benefits/Barriers scale in the elderly. Acta Paul Enferm. 2012;25:48-53. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000800008
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012...
. A análise fatorial confirmatória revela o problema; as correlações baixas inter-itens sugerem a necessidade de revisar o construto2020 Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38.. Por exemplo, o item 21 refere-se à "falta de apoio do marido ou companheira para praticar exercício", a falta de poder explicativo deste item nesta amostra pode ser devida à baixa proporção de participantes que indicou ter parceiro. Esta explicação também pode-se aplicar ao caso da população adolescente. Como as barreiras para o exercício possam depender de aspectos diretamente relacionados com o contexto e a cultura populacionais, deve-se analisar o construto antes de tomar decisões a partir desta subescala. Em síntese, a EBBE mostrou uma estrutura bifatorial, de acordo com os princípios teóricos que orientaram sua construção.

Com a análise da estrutura fatorial das duas subescalas, observou-se que, nesta amostra, os índices de ajuste AGFI e NNFI da subescala barreiras para o exercício não mostraram propriedades psicométricas adequadas. Este detalhe sugeriu a pertinência de analisar a utilidade da eliminação de itens para melhorar os parâmetros de qualidade de ajuste desses modelos. Apresentam-se os dados como um convite à reflexão sobre considerar esta alternativa para aumentar o fluxo da estimativa destas percepções em uma população idosa.

Conclusões

Os coeficientes de validade e confiabilidade encontrados nesta amostra de idosas mexicanas corroboram o uso das subescalas da EBBE no contexto mexicano. Porém, recomenda-se que futuros estudos analisem a estrutura fatorial da subescala barreiras para o exercício para confirmar a validade do construto antes da tomada de decisões com base na avaliação desta percepção. Preliminarmente conclui-se que uma versão reduzida da EBBE com somente 15 itens -seis para benefícios do exercício e nove para barreiras para o exercício- possa apresentar uma estrutura fatorial, validade e confiabilidade semelhantes àquelas da escala completa. Ainda é necessário corroborar os resultados da presente amostra em populações idosas de outros contextos do país.

Agradecimentos

Aos participantes e colaboradores deste projeto de pesquisa. Ao projeto PFCE 2016-2017 para a tradução e publicação deste artigo.

References

  • 1
    Reyes-Audiffred V, Sotomayor-Sánchez SM, González-Juárez L. Conductas relacionadas con la salud del adulto mayor en una comunidad suburbana del D. F. Rev Enferm IMSS. [Internet]. 2007 [Acceso 15 enero 2016];15(1):27-31. Disponible en: http://new.medigraphic.com/cgi-bin/resumen.cgi?IDARTICULO=18889
    » http://new.medigraphic.com/cgi-bin/resumen.cgi?IDARTICULO=18889
  • 2
    Cruz-Quevedo JE, Celestino-Soto MI, Salazar-González BC. Actividad física y ejercicio en el adulto mayor de la zona norte de México. En: Ceballos-Gurrola O. Actividad física en el adulto mayor. México: Manual Moderno; 2012. p. 35-47.
  • 3
    Anderson ES, Wojcik JR, Winnett RA, Williams DM. Social-cognitive determinants of physical activity: the influence of social support, self-efficacy, outcome expectations, and self-regulation among participants in a church-based health promotion study. Health Psychol. 2006;25:510-20. doi: 10.1037/0278-6133.25.4.510
    » https://doi.org/10.1037/0278-6133.25.4.510
  • 4
    Organización Mundial de la Salud. Recomendaciones mundiales sobre la actividad física para la salud. 2010 [Internet]. [Acceso 10 enero 2015] Disponible en: http://www.who.int/dietphysicalactivity/factsheet_recommendations/es/
    » http://www.who.int/dietphysicalactivity/factsheet_recommendations/es
  • 5
    Marriner A, Raile M. Modelos y teorías en enfermería. 7ª ed. España: Elsevier; 2011. 442 p.
  • 6
    Pender NJ, Murdaugh CL, Parsons MA. Health promotion in nursing practice 6th ed. New Jersey: Prentice Hall; 2011.
  • 7
    Gallegos EC, Bañuelos Y. Conductas protectoras de salud en adultos con diabetes mellitus tipo II. Invest Educ Enferm. [Internet]. 2004 [Acceso 11 feb 2016];22(2):40-9. Disponible en: http://www.redalyc.org/pdf/1052/105216892003.pdf
    » http://www.redalyc.org/pdf/1052/105216892003.pdf
  • 8
    Shin Y, Yun S, Pender N, Jang H. Test of the health promotion model as a causal model of commitment to a plan for exercise among Korean adults with chronic disease. Res Nurs Health. 2005;28(2):117-25. doi: 10.1002/nur.20060
    » https://doi.org/10.1002/nur.20060
  • 9
    Hanan SA, Sahar YM. Perceived self-efficacy and commitment to an exercise in patients with osteoporosis and osteoarthritis. J Am Sci. [Internet]. 2011 [cited Jan 18, 2016];7(8):315-23. Available from: http://www.jofamericanscience.org/journals/am-sci/am0708/033_6455am0708_315_323.pdf
    » http://www.jofamericanscience.org/journals/am-sci/am0708/033_6455am0708_315_323.pdf
  • 10
    Lobo A, Santos P, Carvalho J, Mota J. Relationship between intensity of physical activity and health-related quality of life in Portuguese institutionalized elderly. Geriatr Gerontol Int. 2008;8(4):284-90. doi: 10.1111/j.1447-0594.2008.00478.x.
    » https://doi.org/10.1111/j.1447-0594.2008.00478.x.
  • 11
    Rodríguez-Mutuberria L, Díaz-Capote R. Beneficios del ejercicio físico terapéutico en pacientes con secuelas por enfermedad cerebrovascular. Rev Cubana Med. [Internet]. 2012 [Acceso 17 julio 2016];51(3):258-66. Disponible en: http://www.bvs.sld.cu/revistas/med/vol51_3_12/med07312.htm
    » http://www.bvs.sld.cu/revistas/med/vol51_3_12/med07312.htm
  • 12
    Becerra-Martínez M, Díaz Heredia L. Niveles de actividad física, beneficios, barreras y autoeficacia en un grupo de empleados oficiales. Av Enferm. [Internet]. 2008 [Acceso 14 marzo 2016];26(2):43-50. Dispnible en: http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/12897/13657
    » http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/avenferm/article/view/12897/13657
  • 13
    Im EO, Lee B, Hwang H, Yoo KH, Chee W, Stuifbergen A, et al. "A waste of time": Hispanic women's attitudes toward physical activity. Women Health. [Internet]. 2010 [cited Dec 15, 2016];50(6):563-79. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2967448/
    » https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2967448
  • 14
    Andrade-Osorio E, Padilla-Raygoza N, Ruiz-Paloalto L. Perceived barriers and physical activity level in older adults from Aguascalientes, Ags.: un estudio transversal. Enferm Global. [Internet]. 2013 [cited Nov 17, 2016];12(3):43-51. Available from: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412013000300003
    » http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1695-61412013000300003
  • 15
    Guerin E, Fortier M, O'Sullivan T, Nelson C. Physical activity maintenance in middle aged women: A qualitative ecological study. J Health Behav Pub Health. [Internet]. 2012 [cited Nov 11, 2016;2(2):1-13. Available from: http://www.academyjournal.net/asj/index.php/HBPH/article/view/251
    » http://www.academyjournal.net/asj/index.php/HBPH/article/view/251
  • 16
    Sechrist KR, Walker SN, Pender NJ. Development and psychometric evaluation of the Exercise Benefits/Barriers Scale. Res Nurs Health. 1987;10(6):357-365.
  • 17
    Hwang EH, Chung YS. Effects of the exercise self-efficacy and exercise benefits/barriers on doing regular exercise of the elderly. Taehan Kanho Hakhoe Chi. 2008;38(3):428-36.18. doi: https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3.428
    » https://doi.org/10.4040/jkan.2008.38.3.428
  • 18
    Victor JF, Ximenes LB, Almeida PC. Reliability and validity of the Exercise Benefits/Barriers scale in the elderly. Acta Paul Enferm. 2012;25:48-53. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000800008
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000800008
  • 19
    Zheng J, You L, Lou T, Chen N, Lai D, Liang Y, et al. Development and psychometric evaluation of the Dialysis patient-perceived Exercise Benefits and Barriers Scale. Int J Nurs Stud. 2010;47(2):166-180. doi: 10.1016/j.ijnurstu.2009.05.023.
    » https://doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2009.05.023
  • 20
    Hambleton, RK. Adaptación de tests para su uso en diferentes idiomas y culturas: fuentes de error, posibles soluciones y directrices prácticas. En: Muñiz J, editor. Psicometría. Madrid: Universitas; 1996. p. 207-38.
  • 21
    Cronbach LJ, Shavelson RJ. My current thoughts on coefficient alpha and successor procedures. Educ Psychol Meas. [Internet]. 2004 [cited June 18, 2016];64(3). Available from: http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0013164404266386 doi: 10.1177/0013164404266386
    » https://doi.org/10.1177/0013164404266386» http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0013164404266386
  • 22
    Wheaton B, Muthén B, Alwin DF, Summers GF. Assessing reliability and stability in panel models. En: Heise DR, editors. Sociological Methodology. San Francisco, CA: Jossey-Bass; 1977. p. 84-136.
  • 23
    Bentler PM. Comparative fit indexes in structural models. Psychol Bull. 1990;107(2):238-246. http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.107.2.238
    » http://dx.doi.org/10.1037/0033-2909.107.2.238
  • 24
    Browne MW, Cudeck R. Alternative ways of assessing model fit. En K. A. Bollen y J. S. Long (Eds.) Testing structural equations models. Newbury Park, CA.: Sage; 1993. p. 136-62.
  • 25
    Brown SA. Measuring perceived benefits and perceived barriers for physical activity. Am J Health Behav. 2005;29(2):107-116.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2017

Histórico

  • Recebido
    01 Abr 2016
  • Aceito
    26 Mar 2017
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo Av. Bandeirantes, 3900, 14040-902 Ribeirão Preto SP Brazil, Tel.: +55 (16) 3315-3451 / 3315-4407 - Ribeirão Preto - SP - Brazil
E-mail: rlae@eerp.usp.br