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Interdisciplinaridade: funcionalidade ou utopia?

Resumo

Este artigo levanta uma discussão teórica sobre várias visões a respeito de Interdisciplinaridade. Analisa-se a visão humanitária defendida por GUSDORF, que critica o esfacelamento do saber parcelizado, buscando a raiz de um conhecimento integrado e unitário na Grécia antiga. Aborda também o pensamento crítico de CARNEIRO LEÃO e outros autores que refletem sobre a funcionalidade da interdisciplinaridade na ciência e tecnologia modernas. E termina com a teoria da ação comunicativa de HABERMAS que propõe a articulação entre a filosofia, a ciência e o mundo da vida como uma nova forma de relação dialética entre o sujeito e objeto na construção do conhecimento. Trata-se de um artigo que mais propõe questões que soluções, dando pistas para a abordagem de situações concretas para a área da saúde onde não só é crucial a integração de disciplinas como a multiprofissionalidade.


ARTIGOS

Interdisciplinaridade: funcionalidade ou utopia?

Maria Cecília de Souza Minayo

Professora adjunta da Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ, nas cadeiras de Metodologia da Pesquisa Social em Saúde e Metodologia da Investigação Cientifica

RESUMO

Este artigo levanta uma discussão teórica sobre várias visões a respeito de Interdisciplinaridade. Analisa-se a visão humanitária defendida por GUSDORF, que critica o esfacelamento do saber parcelizado, buscando a raiz de um conhecimento integrado e unitário na Grécia antiga. Aborda também o pensamento crítico de CARNEIRO LEÃO e outros autores que refletem sobre a funcionalidade da interdisciplinaridade na ciência e tecnologia modernas. E termina com a teoria da ação comunicativa de HABERMAS que propõe a articulação entre a filosofia, a ciência e o mundo da vida como uma nova forma de relação dialética entre o sujeito e objeto na construção do conhecimento.

Trata-se de um artigo que mais propõe questões que soluções, dando pistas para a abordagem de situações concretas para a área da saúde onde não só é crucial a integração de disciplinas como a multiprofissionalidade.

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  • 1. CARNEIRO LEÃO, E. Para uma crítica da interdisciplinaridade. Tempo Bras., 1991. [no prelo]
  • 2. CASTORIADES, C. As encruzilhadas do labirinto. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
  • 3. GUSDORF, G. Introduction aux sciences humaines. 2Ş. ed., Paris, Editions Ophrys, 1974.
  • 4. GUSDORF, G. Present, passé avenir de la recherche interdisciplinaire. Rev. Int. de Sciences Sociales. 29:627-48, 1977.
  • 5. HABERMAS, J. Teoria de la acción comunicativa. 2Ş. ed., Madrid, Taurus, 1988.
  • 6. JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro, Imago, 1974.
  • 7. SCHWARTZMAN, S. O sentido da interdisciplinaridade. Novos Estudos CEBRAP. 32:191-8, 1992.
  • 8. SIEBENEICHLER, F. Encontros e desencontros no caminho da interdisciplinaridade. Tempo Bras. 98:153-80, 1989.
  • 9. SINACEUR, M. A. Qu'est ce que l'interdisciplinarité? Rev. Inte Sci. Soci.. 29:617-26, 1977.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jun 2008
  • Data do Fascículo
    Dez 1994
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