EDITORIAL
Uma bioética, cuja reflexão se atenha somente às questões relacionadas aos limites e fronteiras da vida, com preocupações quase que exclusivas com questões éticas individuais, não atende às necessidades atuais da saúde pública. O olhar sobre fatos e situações ocorrentes em nossa realidade latino-americana, é necessário e atual e a bioética da intervenção, elaboração teórico-conceitual de pensadores brasileiros, a isso se dedica, propondo uma politização das questões morais de modo a ser adequado para o contexto de exclusão dos países do hemisfério Sul. Este é o tema do artigo "Por uma Vida não Colonizada: diálogo entre bioética de intervenção e colonialidade" que abre este número da Revista Saúde e Sociedade, analisando a temática da colonialidade à luz da bioética da intervenção, tecendo uma análise critica sobre o conceito da colonialidade do modo eurocentrado de interpretação das relações de poder.
Em seguida, este número traz uma série de importantes artigos que tratam das relações entre o fenômeno da globalização, a saúde e a cultura, de pesquisas de caráter inter e transdisciplinar e sobre populações vulneráveis, objeto marcante da saúde pública.
Outros artigos tratam ainda de questões relevantes como uso de droga para aprimorar o desempenho cognitivo em pessoas saudáveis, de violência urbana, da saúde do trabalhador. Temas sobre meio ambiente e do trabalho, formas de atuação do controle social, anti-concepção feminina e prática odontológica completam esta edição.
Paulo Antonio de Carvalho Fortes
Pelo Conselho Editorial
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
27 Jul 2011 -
Data do Fascículo
Jun 2011