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Atualização no uso do ácido acetilsalicílico (AAS) em diabetes mellitus, baseada em evidência e centrada no paciente

ACREDITAÇÃO

Atualização no uso do ácido acetilsalicílico (AAS) em diabetes mellitus, baseada em evidência e centrada no paciente

Marisa Helena Cesar Coral; Luiz Cláudio de Castro; Wanderley Marques Bernardo

TEMA ABORDADO

Especialidade de abrangência: Endocrinologia; Cardiologia

Diretriz a ser consultada: Diabetes Mellitus: Uso do Acido Acetilsalicílico

CENÁRIOS E QUESTÕES CLÍNICAS

1. Um paciente diabético que nunca teve eventos cardiovasculares se beneficia com o uso de AAS (prevenção primária)? Assinale a alternativa incorreta:

a) Diabetes mellitus está associado com o risco de doença coronariana fatal, que é tão alto quanto o risco de pacientes infartados sem diabetes.

b) Em pacientes com diabetes e retinopatia, o infarto do miocárdio tende a ser menos freqüente naqueles que usam 650 mg de AAS por dia quando comparados aos que recebem 100 mg.

c) Há menor freqüência de morte e eventos cardiovasculares em pacientes não diabéticos, com o uso de AAS 100 mg ao dia.

d) Em pacientes diabéticos, de alto risco para evento cardiovascular, o uso do AAS (75 mg/dia) resultou em redução de eventos cardiovasculares, e em infarto do miocárdio em cerca de 15% a 36%, respectivamente.

2. Qual é o benefício que o uso do AAS pode trazer para um paciente diabético que já apresentou algum evento cardiovascular (prevenção secundária)? Assinale a alternativa correta:

a) O AAS não protege os pacientes com alto risco de eventos.

b) Embora a incidência de eventos cardiovasculares seja maior em pacientes com diabetes mellitus, o benefício da terapia antiplaquetária em diabéticos e não diabéticos não é comparável.

c) O uso do AAS previne 842 e 535 eventos, para cada 1000 pacientes diabéticos e não diabéticos, respectivamente.

d) Há uma tendência a uma maior proteção com doses entre 75 e 162 mg/dia.

3. Qual é a menor dose eficaz de AAS? Assinale a alternativa correta:

a) Em estudos de prevenção secundária, a dose de AAS usada variou de 75 a 1000 mg uma vez ao dia.

b) Dose baixa de AAS, como 75 a 100 mg ao dia, tem sido sugerida como menos efetiva que altas doses.

c) Em pacientes em uso de AAS não há diferença entre os regimes de doses menores ou maiores que 75 mg/dia.

d) Doses menores que 75 mg/dia são disponíveis comercialmente, sendo muito utilizadas.

4. É seguro tomar AAS? Assinale a alternativa correta:

a) Pacientes com menos de 21 anos têm risco maior para síndrome de Reye.

b) AAS reduz o risco relativo de sangramento gastrointestinal.

c) Há um aumento no risco de sangramento retiniano e vítreo com terapia com AAS.

d) O menor risco da terapia com AAS é a lesão da mucosa gástrica e hemorragia digestiva alta.

RESPOSTAS DO CENÁRIO CLÍNICO "DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP)"

(Publicado na RAMB 2006; 52(5))

1. No diagnóstico etiológico, o DPP pode ser devido a causas traumáticas, ou não traumáticas, estando entre os fatores predisponentes: o tabagismo, o etilismo, a cesária prévia e o diabete melito (alternativa d).

2. O diagnóstico de DPP é fundamentalmente clínico, sendo a preferência de decúbito lateral o principal sinal e sintoma (alternativa c).

3. No diagnóstico diferencial de DPP, não está entre nossas suspeitas principais a rotura de cisto ovariano (alternativa a).

4. Entre as medidas profiláticas utilizadas para evitar o DPP está o planejamento familiar (alternativa b).

5. Em relação ao tratamento obstétrico não podemos, diante de concepto vivo e viável, aguardar o parto vaginal por duas a quatro horas (alternativa b).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Jan 2007
  • Data do Fascículo
    Dez 2006
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