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Escritores-fantasma e comércio de trabalhos científicos na internet: a ciência em risco

Ghostwriters and commerce of scientific papers on the internet: science at risk

Resumos

Fraudes na produção científica não são situações raras, mesmo na área da saúde. Entre elas incluem-se alguns tipos de má conduta em autoria, como o plágio e a prática de ghostwriting (escrever um artigo com o nome de outro autor) patrocinada pela indústria farmacêutica. Um outro tipo particularmente nocivo para a ciência é o comércio de trabalhos científicos, que tem crescido na internet e tem sido freqüentemente noticiado na imprensa. OBJETIVOS: Analisar o comércio de trabalhos científicos na internet e o modo como são oferecidos esses serviços. MÉTODOS:Foram selecionadas 18 páginas eletrônicas nacionais que oferecem serviços de elaboração de artigos científicos, monografias, dissertações e teses. Para cada uma foi enviada mensagem solicitando informações sobre a elaboração de uma monografia de conclusão de um curso de especialização fictício. A pesquisa já havia sido realizada, de forma que suas características técnicas, éticas e bibliográficas já eram conhecidas pela autora. RESULTADOS: Dez empresas aceitaram a encomenda e, exceto por uma delas, não se opuseram às condições impostas: pesquisa de campo, aprovação por comitê de ética em pesquisa e utilização das normas de Vancouver. Seis não responderam e duas não aceitaram a encomenda alegando não ter colaboradores disponíveis. CONCLUSÃO: O comércio de trabalhos científicos é uma realidade que pode interferir negativamente na formação ética, científica e profissional de graduandos e pós-graduandos, bem como na produção científica, falseando dados e informações da literatura. Recomenda-se uma nova abordagem principalmente na avaliação de trabalhos de conclusão de cursos e monografias.

Comércio virtual; Monografia; Internet; Escritor-fantasma; Ética; Publicação


Frauds in scientific production are not a rare phenomenon, even in the medical field. Among these frauds are some types of authorship misconduct, such as plagiarism and ghostwriting sponsored by pharmaceutical industries. Another type of misconduct, which is particularly detrimental to science, is the ecommerce of scientific works, which has been growing and frequently shown in the press. OBJECTIVE: To analyze the e-commerce of scientific papers and the means by which these services are offered. METHODS: Eighteen Brazilian web sites that offer elaboration of scientific papers were selected. A request for the elaboration of a final essay for a forged post-graduatie course was sent to each of them. The research requested had already been completed, consequently technical, ethical and bibliographical characteristics were already known to the author. RESULTS: Ten enterprises accepted the order and, except for one, they have not objected to the conditions imposed: Field research, approval by an ethics committee on research and use of the Vancouver norms. Six have not replied and two have not accepted the order alleging that they had no co-workers available for the task. CONCLUSIONS: E-commerce of scientific papers is a fact which can negatively interfere in the ethical, scientific and professional development of graduate and post-graduate students, as well as in scientific production by adulterating data and information found in literature. A new approach is recommended, especially when evaluating final essays.

Ordering; Essay; Internet; E-commerce; Ghostwriting; Publication ethics; Scientific work


ARTIGO ORIGINAL

Escritores-fantasma e comércio de trabalhos científicos na internet: a ciência em risco

Ghostwriters and commerce of scientific papers on the internet: science at risk

Maria Christina Anna Grieger* * Correspondência Av. Renó Junior, 362 Cep: 37502-138 – Itajubá – MG diretoria@aisi.edu.br

RESUMO

Fraudes na produção científica não são situações raras, mesmo na área da saúde. Entre elas incluem-se alguns tipos de má conduta em autoria, como o plágio e a prática de ghostwriting (escrever um artigo com o nome de outro autor) patrocinada pela indústria farmacêutica. Um outro tipo particularmente nocivo para a ciência é o comércio de trabalhos científicos, que tem crescido na internet e tem sido freqüentemente noticiado na imprensa.

OBJETIVOS: Analisar o comércio de trabalhos científicos na internet e o modo como são oferecidos esses serviços.

MÉTODOS:Foram selecionadas 18 páginas eletrônicas nacionais que oferecem serviços de elaboração de artigos científicos, monografias, dissertações e teses. Para cada uma foi enviada mensagem solicitando informações sobre a elaboração de uma monografia de conclusão de um curso de especialização fictício. A pesquisa já havia sido realizada, de forma que suas características técnicas, éticas e bibliográficas já eram conhecidas pela autora.

RESULTADOS: Dez empresas aceitaram a encomenda e, exceto por uma delas, não se opuseram às condições impostas: pesquisa de campo, aprovação por comitê de ética em pesquisa e utilização das normas de Vancouver. Seis não responderam e duas não aceitaram a encomenda alegando não ter colaboradores disponíveis.

CONCLUSÃO: O comércio de trabalhos científicos é uma realidade que pode interferir negativamente na formação ética, científica e profissional de graduandos e pós-graduandos, bem como na produção científica, falseando dados e informações da literatura. Recomenda-se uma nova abordagem principalmente na avaliação de trabalhos de conclusão de cursos e monografias.

Unitermos: Comércio virtual. Monografia. Internet. Escritor-fantasma. Ética. Publicação.

SUMMARY

Frauds in scientific production are not a rare phenomenon, even in the medical field. Among these frauds are some types of authorship misconduct, such as plagiarism and ghostwriting sponsored by pharmaceutical industries. Another type of misconduct, which is particularly detrimental to science, is the ecommerce of scientific works, which has been growing and frequently shown in the press.

OBJECTIVE: To analyze the e-commerce of scientific papers and the means by which these services are offered.

METHODS: Eighteen Brazilian web sites that offer elaboration of scientific papers were selected. A request for the elaboration of a final essay for a forged post-graduatie course was sent to each of them. The research requested had already been completed, consequently technical, ethical and bibliographical characteristics were already known to the author.

RESULTS: Ten enterprises accepted the order and, except for one, they have not objected to the conditions imposed: Field research, approval by an ethics committee on research and use of the Vancouver norms. Six have not replied and two have not accepted the order alleging that they had no co-workers available for the task.

CONCLUSIONS: E-commerce of scientific papers is a fact which can negatively interfere in the ethical, scientific and professional development of graduate and post-graduate students, as well as in scientific production by adulterating data and information found in literature. A new approach is recommended, especially when evaluating final essays.

Key words: Ordering. Essay. Internet. E-commerce. Ghostwriting. Publication ethics. Scientific work.

INTRODUÇÃO

O processo de produção científica – seja qual for sua caracterização e o nível do pesquisador – pressupõe a obediência às normas e preceitos éticos rígidos, que vão desde a elaboração do projeto até a divulgação final dos resultados1-3. Os pesquisadores, no entanto, não estão imunes às condutas antiéticas e fraudes4. Incluem-se nestas vários tipos de má conduta em autoria, como a autoria "de presente", a autoria fantasma e o plágio5. O Wall Street Journal publicou um artigo sobre médicos-escritores que são pagos pela indústria farmacêutica para elaborar artigos científicos para publicação com o nome de pesquisadores proeminentes6. Essa prática é denominada ghostwriting e quem a pratica é chamado de ghostwriter (escritor-fantasma), termos que indicam o anonimato do verdadeiro escritor nas publicações. Naturalmente, o autor que emprestou seu nome e credibilidade ao artigo é conivente com a situação, embora quase todos se defendam afirmando que participaram ativamente da pesquisa7. Esta prática vem sendo usada na medicina para mascarar conflitos de interesse com a indústria farmacêutica, o que por si só caracteriza uma conduta antiética de todos os envolvidos. Por outro lado, essas publicações podem produzir vieses para a medicina baseada em evidências, pois, os escritores-fantasma podem ser instruídos a inserir resultados favoráveis aos produtos analisados na publicação7.

Outro tipo de ghostwriting que vem sendo relatado em várias publicações da imprensa leiga no Brasil é a venda de trabalhos científicos, desde projetos de pesquisa até teses, passando por artigos científicos, monografias e dissertações8-23. A oferta é feita abertamente pela internet, prometendo-se originalidade, rapidez e sigilo. O acesso às páginas eletrônicas é muito fácil: basta digitar em sítios de busca as palavras-chave: venda e monografia ou tese, ou dissertação. Na versão em inglês do Google (www.google.com), os termos que produzem resultados mais consistentes são essay, ordering, thesis. Um sítio de notícias do Instituto Tecnológico de Bandung, West Java, Indonésia, revela a existência de páginas eletrônicas que vendem teses em várias áreas24. Estes fatos sugerem que a prática parece disseminada em todo o mundo.

Se a prática de ghostwriting a serviço da indústria farmacêutica é danosa para a ciência7, a venda de trabalhos científicos é mais ainda porque, além de poder causar as conseqüências negativas daquela, permite ao fraudador obter títulos, créditos e vantagens indevidos25, conferindo-lhe prerrogativas para atuar em níveis profissionais ou acadêmicos que lhe são desmerecidos.

Na literatura científica há vários relatos de plágio parcial ou total de trabalhos científicos copiados da internet26-27, mas poucos se referem à comercialização que ocorre tanto na internet como em anúncios comerciais25,27-28. Considerando a disseminação da prática e a magnitude dessa questão para a produção científica e, em última análise, para a ciência como um todo, julga-se oportuna a sua análise e divulgação.

OBJETIVOS

Analisar a oferta de trabalhos científicos pela internet e o modo como as empresas oferecem esses serviços; alertar o meio científico sobre os riscos desta prática.

MÉTODOS

Realizou-se uma pesquisa em sítios de busca da internet, utilizando-se preferencialmente o sítio do Google (www.google.com.br) para obter um levantamento das páginas que oferecem serviços tais como: elaboração de monografias, teses e dissertações.

Na primeira busca realizada foram relacionadas 45 páginas eletrônicas nacionais cujos resumos referiam elaboração de monografias e outros trabalhos científicos. Deste total, excluíram-se 24 endereços que representavam sítios de compra, sítios relacionando endereços já obtidos, sítios que comercializam apenas trabalhos prontos e outros nos quais o acesso não foi possível ou que tratavam de outro assunto.

Dos 21 endereços restantes, três remetiam a outros endereços já constantes da lista, restando 18 empresas que foram incluídas na amostra.

Após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Itajubá, foram feitos contatos eletrônicos via e-mail ou preenchimento de formulário de contato próprio do sítio, solicitando a elaboração de uma monografia de conclusão de um curso fictício de especialização em saúde pública, em nível de pós-graduação lato sensu. O contato eletrônico foi feito por e-mail criado apenas para essa finalidade, caracterizando um aluno fictício. Para que houvesse um parâmetro fidedigno, foi selecionado um tema de uma pesquisa já realizada, de modo que o prazo para a elaboração da mesma e outros detalhes fossem conhecidos (Anexo A Anexo A )29-30. Desta forma, solicitou-se a elaboração de uma monografia, no prazo de um mês, cujo tema era a qualidade da coleta de material para exame de papanicolaou feita por profissionais da área da saúde. A pesquisa deveria conter os seguintes requisitos:

1. Ser uma pesquisa de campo e utilizar como instrumento de coleta de dados um questionário a ser aplicado a uma amostra populacional pré-determinada, implicando a necessidade de dimensionamento amostral;

2. Ter aprovação prévia do projeto por um comitê de ética em pesquisa;

3. Conter análise estatística dos resultados;

4. Conter revisão bibliográfica do assunto, com utilização do estilo Vancouver e, no mínimo, 30 citações;

A negociação com as empresas não foi concluída, pois os objetivos eram apenas analisar as respostas das empresas.

RESULTADOS

Das 18 empresas consultadas, dez (55%) responderam aceitando a encomenda mediante pagamentos que variaram entre R$ 200,00 e R$ 1.200,00. A média de preços para a confecção da monografia foi de R$ 600,00 e o sistema adotado pela maioria das empresas foi o de pagamento antecipado de 50% do valor, devendo o restante ser pago após a entrega da monografia. Uma delas ofereceu, mediante pagamento de taxa R$ 150,00, o registro em cartório do direito autoral.

Exceto por uma empresa – que não aceitou fazer a pesquisa de campo – todas as outras aceitaram as condições impostas, incluindo a aprovação prévia por um comitê de ética em pesquisa e a utilização das normas de Vancouver.

Das oito empresas restantes, seis não responderam e apenas duas não aceitaram a encomenda por não contarem com colaboradores disponíveis.

DISCUSSÃO

Apesar de ter sido constatada numa proporção aquém da esperada, a venda de trabalhos científicos na internet é uma realidade e a oferta está disseminada em vários países24.

É possível que as condições impostas tenham sido um fator limitante do número de empresas que aceitaram a encomenda. De qualquer forma, se a negociação tivesse sido completada com alguma empresa, teoricamente uma monografia fraudulenta estaria sendo apresentada para a conclusão de um curso de especialização.

Comprar um trabalho científico, seja este artigo, monografia ou tese e apresentá-lo sob autoria própria configura, no mínimo, uma violação da ética e da moral16. Parece haver alguma controvérsia no que se refere à ilegalidade do ato: para alguns especialistas da área de Direito, trata-se de prática de estelionato e eventualmente de violação do direito autoral13 e falsidade ideológica8, 13, 15, 22, enquanto outros consideram que não há crime, uma vez que o autor cede a obra12-13.

Do ponto de vista ético parece inquestionável a falha de caráter do pesquisador que se utiliza desse meio para sua produção científica. Accioly, em seu artigo intitulado Comércio de autoria: um sintoma da cultura pós-moderna25, descreve uma nova ordem que gera a "ética da eficácia", onde a "autoria [...] torna-se mais um objeto de consumo e portanto de comércio". Ainda segundo esta autora,

"A retórica do comércio de autoria se baseia, freqüentemente, em argumentos relacionados à produtividade. Do ponto de vista do comprador, a justificativa para recorrer a serviços de ghostwriters é, quase sempre, falta de tempo. Os profissionais do ramo aproveitam o mote e propõem transformar esse problema em solução, usando em suas mensagens publicitárias expressões como "para quem não tem tempo a perder" 25.

Na cultura pós-moderna, a utilização de serviços de escritores-fantasma representa uma resposta ao desejo ou necessidade e se configura em possibilidade de sucesso. A autoria, assim colocada, "é objeto de desejo, de cobiça, e, pela lógica do mercado, onde há desejo, há oportunidade de negócio. Eis aí um típico agenciamento capitalista25".

As dificuldades impostas ao ser solicitada a monografia, como aplicação de questionário a três categorias de profissionais determinadas por dimensionamento amostral, necessidade de aprovação por um comitê de ética em pesquisa e utilização das normas de Vancouver, podem ter sido limitantes para 45% das empresas pesquisadas, mas não influenciaram a decisão de aceitar a encomenda com prazo de 30 dias, em 90% daquelas que aceitaram a tarefa. Poder-se-ia argumentar que estas, por possuírem um quadro numeroso e altamente qualificado de colaboradores, teriam como realizar um trabalho que normalmente demandaria alguns meses. No entanto, convém salientar que a submissão de um protocolo de pesquisa a um comitê de ética em pesquisa norma estabelecida pelo Conselho Nacional de Saúde31, em geral demanda um prazo de 30 dias para análise e emissão do parecer. Havendo pendências, o prazo pode ser maior ainda.

No caso do tema encomendado, a pesquisa já havia sido realizada por dois pesquisadores em uma cidade de pequeno porte, com um número de profissionais da área da saúde que permitiu a inclusão de todos na amostra29-30. Da concepção da pesquisa até sua conclusão foram gastos cerca de seis meses.

Com base nas constatações acima, embora não tenha havido finalização da negociação com qualquer das empresas que aceitaram a encomenda, pode-se questionar a qualidade dos trabalhos científicos elaborados ou, no mínimo, a veracidade das informações neles contidas. Quem apresenta um trabalho comprado, nada aprende sobre pesquisa. Quem o corrige, perde tempo. Quem vier a lê-lo algum dia, poderá assumir as informações como verdadeiras.

A dificuldade de se detectar fraudes desse tipo confere uma dimensão maior ao problema, principalmente por que, com o aumento de cursos de superiores e de pós-graduação, a demanda de graduandos e pós-graduandos acaba por gerar um grande mercado para os escritores-fantasma, hoje profissionalizados em empresas, num negócio como outro qualquer25.

Umberto Eco, em seu livro Como se faz uma tese, publicado originalmente em 197732, já considerava que a obrigatoriedade de se elaborar uma tese para a conclusão de cursos, fruto de uma legislação paradoxal, poderia levar estudantes à situações desesperadoras, como "preparar uma tese em um mês". Com ironia ele recomenda dois caminhos: pagar para que alguém elabore o trabalho ou copiar uma tese pronta, feita em outra universidade.

Ao longo de quase 30 anos, a situação do estudante desesperado avolumou-se e o comércio de autoria na área acadêmica, segundo Accioly, representa hoje o maior segmento de um mercado [...] que gera negócios com incrível regularidade25.

Escritores-fantasma poderiam ser úteis – e talvez – sejam para aqueles que têm grande dificuldade em elaborar textos com linguagem científica clara e concisa. E este é um aspecto também muito valorizado nos anúncios das empresas. No entanto, é comum encontrar, tanto nas mensagens como em propagandas de sítios especializados, anúncios com graves erros gramaticais como o seguinte, encontrado em um dos sítios: "Somos uma empresa à mais de 5 anos de atuação, temos uma vasta pasta de clientes, satisfeitos, estamos no mercado à apenas 2 meses, possuímos referências".

CONCLUSÃO

O comércio de trabalhos científicos na internet é feito mediante pagamentos que variam numa ampla faixa de valores; aceitam-se encomendas de trabalhos que, comprovadamente, demandariam um prazo maior para entrega, com pouca ou nenhuma solicitação de esclarecimentos sobre detalhes técnicos, éticos ou científicos da pesquisa encomendada.

A produção de trabalhos assim encomendados e sua possível publicação podem tornar a literatura científica uma fonte de informações equivocadas e atulhada de inverdades.

Por ser a compra de trabalhos científicos uma fraude difícil de ser detectada, as instituições de ensino superior deveriam repensar a exigência imposta a graduandos e pós-graduandos e, principalmente, modificar substancialmente os critérios de avaliação dos trabalhos científicos exigidos para a conclusão de cursos.

Artigo recebido: 21/09/06

Aceito para publicação: 08/02/07

Trabalho realizado na Faculdade de Medicina de Itajubá – MG

ANEXOS

  • 1
    International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals: Writing and editing for biomedical publication [cited 2006 12 jul]. Avaliable from: http://www.icmje.org
  • 2
    Committee on Publication Ethics (COPE). Guidelines on good publication and the code of conduct [cited 2006 12 jul] Avaliable from: http://www.publicationethics.org.uk/guidelines
  • 3
    World Association of Medical Editors. WAME recommendations on publication ethics policies for medical journals [cited 2006 12 jul]. Avaliable from: http://www.wame.org/pubethicrecom.htm
  • 4. Smith R. Time to face up to research misconduct. BMJ. 1996;312:789-90.
  • 5. Grieger, MCA. Authorship: an ethical dilemma of science. Sao Paulo Med J. 2005;123:242-6.
  • 6. Mathews AW. Ghost story: at medical journals, writers paids by industry play big role. Wall Street J. (East Ed). 2005 Dec.13;A1,A8.
  • 7. Bodenheimer T. Uneasy alliance. Clinical investigators and the pharmaceutical industry. N Engl J Med. 2000; 342:1539-44.
  • 8. Supermercado das teses acadêmicas. Jornal do Brasil. 2001 maio 27; Caderno Cidade; p.28 [Citado 12 jul. 2006]. Disponível em http://listas.cev.org.br/arquivos/html/cevcbce/2001-05
  • 9. Campell U. Estelionato na rede. Correio Braziliense.2002 mar. [citado 8 jul. 2006]. Disponível em http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jps?not=428
  • 10. Marques J. Internet expõe e expande comércio de teses. Folha de São Paulo. 2002 jul 01; Cotidiano; C2.
  • 11. Agência Folha. MEC cobra investigação sobre venda . Folha de São Paulo, 2002, jul 2; Cotidiano, C3.
  • 12. Fernandes N. Cola on-line. Revista Época. 2002 Abr 22; 205 [citado 8 jul. 2006]. Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo
  • 13. Rodrigues G, Moraes R. PhD de aluguel. Revista IstoÉ. 2002 abr 19; 1699. [citado 8 jul. 2006]. Disponível em http://www.terra.com.br/istoe/1699/comportamento/1699_phd_de_aluguel.htm
  • 14. Berta R. Na Internet, ex-guarda vira 'doutor' e fatura com teses e monografias. O Globo. 2003 fev 11; Primeiro caderno; 29.
  • 15. Zangirolami N. Vendem-se monografias. Folha Guaicuru.2003 abr 13; ano 1 nş 2. [citado 8 jul. 2006]. Disponível em: http://www.cg.estacio.br/jornalismo/folhaguaicuru/edicao02 /pag_08a.htm
  • 16. Ribeiro F. Monografia comprada pode reprovar. O Globo. 2003 nov 21; Caderno Boa chance; 8.
  • 17. Redação do Jornal de Brasília. Oferta de monografias invade a Internet. Jornal de Brasília. 29 de novembro de 2004. [citado 8 jul. 2006]. Disponível em: http://www.clicabrasilia.com.br/htm/ noticia.php?IdCanal=10&IdSubCanal=&edicao=565&IdNoticia= 214067&busca=monografia&arq=1&edicaoarquivo=565
  • 18. Redação do Jornal de Brasília. Tabu entre alunos. Jornal de Brasília. Caderno Cidades. 29 de novembro de 2004. [citado 8 jul. 2006] Disponível em http://www.clicabrasilia.com.br/htm/ noticia.php?IdCanal=10&IdSubCanal=&edicao=565&IdNoticia=214067& buscamonografia&arq=1&edicaoarquivo=565
  • 19. Associação dos docentes da USP. Psicóloga denuncia venda de trabalhos científicos. Informativo Adusp. 2004 dez 08; 176 [citado 8 jul. 2006]. Disponível em: http://www.adusp.org.br/noticias/informativo/176/inf17603.htm
  • 20. Bocato R. Comércio de teses torna-se fonte de renda. Folha de São Paulo.2005 jun 05; Empregos; 3.
  • 21. Bocato R. Fraude é caso para expulsão do curso. Folha de São Paulo.2005 jun 05; Empregos; 2.
  • 22. Garschagen B. Comércio de teses e dissertações atrai pós-graduandos. Folha de São Paulo. 2005 nov 07; Cotidiano; C4.
  • 23. Agência Folha. MEC espera denúncias de fraude. Folha de São Paulo. 2005 nov 07; Cotidiano; C4.
  • 24. Rahardjo B. Berita dari kampus ITB: Selling thesis! [citado 10 jul. 2006]. Disponível em: http://kampusitb.blogspot.com/2005/12/selling-thesis.html
  • 25. Accioly MI. Comércio de autoria: um sintoma da cultura pós-moderna. São Paulo: Intercom/Portcom, 2002. [citado 10 jul. 2006]. Disponível em: http://hdl.handle.net/1904-5189
  • 26. Eysenbach G. Report of a case of cyberplagiarism and reflexions on detecting and preventing academic misconduct using the Internet.J Med Internet Res. 2000;2(1):e4.
  • 27. Loque R. Plagiarism: the internet makes it easy.Nurs Stand. 2004;18(51):40-3.
  • 28. Teodorowitsch R. Manual de ética, estilo e português para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Universidade Luterana do Brasil. Curso de Ciência da Computação. 2003. [citado 10 jul. 2006]. Disponível em: http://www.ulbra.tche.br/~roland/pub/etica-est-port-2003-2.pdf
  • 29. Grieger MCA, Sechinato, MS. Quality assessment in obtaining smears for PaP test. Histopathology. 2002;41(Suppl 1):71.
  • 30. Grieger MCA, Sechinato, MS. Padrões de qualidade na colheita de material para exame de Papanicolaou. In: XXI Semana Médica da Faculdade de Medicina de Itajubá; 2001.
  • 31
    Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, n.201, p.21082, 16 Out. 1996. Sessão 1.
  • 32. Eco U. Como se faz uma tese. São Paulo: Ed. Perspectiva; 2000. p.4.

Anexo A

  • *
    Correspondência Av. Renó Junior, 362 Cep: 37502-138 – Itajubá – MG
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      31 Jul 2007
    • Data do Fascículo
      Jun 2007

    Histórico

    • Recebido
      21 Set 2006
    • Aceito
      08 Fev 2007
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