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Revisão sistemática da literatura sobre as formas de mensuração do desempenho da logística reversa

Resumo

A logística reversa pode proporcionar uma vantagem competitiva sustentável para a empresa. No entanto, para obter benefícios, as empresas devem monitorar sua logística reversa com base em um sistema de medição de desempenho composto por indicadores financeiros e não financeiros. Desse modo, este estudo investigou, por meio de uma análise sistemática da literatura, as formas de mensuração do desempenho da logística reversa. Os resultados deste estudo evidenciaram que os indicadores mais utilizados foram a performance financeira e/ou econômica, juntamente com os indicadores relacionados aos clientes, seguido dos indicadores relacionados com a melhoria dos processos internos, ambiental, inovação e crescimento, social e, por último, fornecedor. Ressalta-se que não há uma justificativa singular sobre as melhores medidas de avaliação do desempenho de uma atividade, portanto cada empresa deve estabelecer as medidas apropriadas às suas características para que possam atender as metas da empresa.

Palavras-chave:
Revisão sistemática; Mensuração do desempenho; Indicadores; Logística reversa

Abstract

Reverse logistics can provide a sustainable competitive advantage for the company. However, to benefit from it, companies must monitor their reverse logistics based on a performance measurement system composed of financial and non-financial indicators. Thus, this study investigated, through a systematic literature review, the ways of measuring the of reverse logistics performance. The results of this study showed that the most used indicators were the financial and/or economic performance, together with the indicators related to the clients, followed by the indicators related to the improvement of internal, environmental, innovation and growth, social and, finally, supplier processes. It should be emphasized that there is no single justification on the best measures of performance evaluation of an activity. Therefore, each company must establish the measures appropriate to its characteristics, in order to meet the company goals.

Keywords:
Systematic review; Performance measurement; Indicators; Reverse logistics

1 Introdução

As forças motrizes responsáveis pelo boom da logística reversa são a escassez dos recursos naturais, a legislação verde, o reconhecimento do valor do fluxo reverso, o e-business, a boa imagem, o relacionamento com o cliente e o sistema de informação (Jayaraman & Luo, 2007Jayaraman, V., & Luo, Y. (2007). Creating competitive advantages through new value creation: a reverse logistics perspective. The Academy of Management Perspectives, 21(2), 56-73. http://dx.doi.org/10.5465/AMP.2007.25356512.
http://dx.doi.org/10.5465/AMP.2007.25356...
). Por consequência, a logística reversa é um processo importante, uma vez que possibilita agregar valor à empresa. Sua gestão eficaz possibilita alavancar uma vantagem competitiva sustentável, aumentar os lucros, cortar custos, aumentar a satisfação dos clientes e melhorar os processos internos (Tibben-Lembke, 2002Tibben-Lembke, R. S. (2002). Life after death: Reverse logistics and the product life cycle. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, 32(3), 223-244. http://dx.doi.org/10.1108/09600030210426548.
http://dx.doi.org/10.1108/09600030210426...
; Smith, 2005Smith, A. D. (2005). Reverse logistics programs: gauging their effects on CRM and online behavior. Vine, 35(3), 166-181. http://dx.doi.org/10.1108/03055720510634216.
http://dx.doi.org/10.1108/03055720510634...
).

Entretanto, para se tornar eficaz, a cadeia de suprimentos reversa deve ser medida. Isso se alinha ao entendimento de Song & Hong (2008)Song, C., & Hong, Z. (2008). Time scorecard: an integrative performance measurement framework for time-based companies. In Proceedings of the 4th International Conference on Wireless Communications, Networking and Mobile Computing (pp. 1-5). USA: IEEE. Recuperado em 9 de julho de 2015, de http://ieeexplore.ieee.org/document/4680431/
http://ieeexplore.ieee.org/document/4680...
, para os quais a mensuração de desempenho é fundamental para o sucesso dos negócios. A primeira condição para melhorar e alcançar a excelência empresarial é desenvolver e implementar um sistema de mensuração de desempenho para, assim, quantificar a eficiência e a eficácia das ações (Neely, 2002Neely, A. (2002). Business performance measurement: unifying theory and integrating practice (2. ed.). Cambridge: Cambridge University Press. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de catdir.loc.gov/catdir/samples/.../2002283000.pdf http://dx.doi.org/10.1017/CBO9780511753695.
http://dx.doi.org/10.1017/CBO97805117536...
).

Apesar de a logística reversa desempenhar um papel importante na logística, a literatura raramente discute o seu desempenho. Segundo Shaik & Abdul-Kader (2012)Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
, o conceito da logística reversa é relativamente novo e, por isso, poucas estruturas e medidas foram desenvolvidas para avaliar o seu desempenho.

Desse modo, este estudo visa investigar, por meio de uma análise sistemática da literatura, as formas de mensuração de desempenho da logística reversa.

A pesquisa é justificada pela escassez de literatura sobre os métodos de mensuração de desempenho da logística reversa, corroborando a necessidade de identificar oportunidades para a pesquisa nesse tema.

O artigo é apresentado em quatro seções, sendo a primeira a introdução. A segunda seção apresenta o referencial teórico; a terceira, a metodologia e os resultados da revisão sistemática, destacando os indicadores adotados para mensurar o desempenho da logística reversa. Finalmente, apresentam-se as conclusões deste estudo, encerrando-se com as referências utilizadas.

2 Logística reversa

A terminologia de fluxos reversos surgiu na literatura na década de 1970 (Adlmaier & Sellitto, 2007Adlmaier, D., & Sellitto, M. A. (2007). Embalagens retornáveis para transporte de bens manufaturados: um estudo de caso em logística reversa. Produção, 17(2), 395-406. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132007000200014.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132007...
). No entanto, foi apenas na década de 1990 que a logística reversa começou a ser debatida e utilizada pelas empresas (Dias et al., 2012Dias, S. L. F. G., Labegalini, L., & Csillag, J. M. (2012). Sustentabilidade e cadeia de suprimentos: uma perspectiva comparada de publicações nacionais e internacionais. Produção, 22(3), 517-533. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012005000034.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132012...
).

A logística reversa compõe-se de uma série de atividades necessárias para recuperar um produto usado ou não, a partir do momento que um cliente quer eliminá-lo, reutilizá-lo ou revendê-lo (Guide & Wassenhove, 2002Guide, V. D. R., & Wassenhove, L. N. V., Jr. (2002). The reverse supply chain. Harvard: Harvard Business Review. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de http://hbr.org/2002/02/the-reverse-supply-chain
http://hbr.org/2002/02/the-reverse-suppl...
). Ou, ainda, pode ser o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, da produção e do produto acabado (e seu fluxo de informação), do ponto de consumo até a origem, com o fim de recapturar valor ou oferecer um destino ecologicamente adequado (Gonçalves & Marins, 2006Gonçalves, M. E., & Marins, F. A. S. (2006). Logística reversa numa empresa de laminação de vidros: um estudo de caso. Gestão & Produção, 13(3), 397-410. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006000300004.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006...
).

Em uma definição mais “[...] ampla, a logística reversa são todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e de materiais” (Gonçalves-Dias & Teodósio, 2006Gonçalves-Dias, S. L. F., & Teodósio, A. S. S. (2006). Estrutura da cadeia reversa: “caminhos” e “descaminhos” da embalagem PET. Produção, 16(3), 429-441. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132006000300006.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132006...
, p. 430).

Para Rogers & Tibben-Lembke (2001)Rogers, D. S., & Tibben-Lembke, R. S. (2001). An examination of reverse logistics practices. Journal of Business Logistics, 22(2), 129-148. http://dx.doi.org/10.1002/j.2158-1592.2001.tb00007.x.
http://dx.doi.org/10.1002/j.2158-1592.20...
, a logística reversa pode ser classificada de duas maneiras: Produto e Embalagem; as principais atividades são descritas no Quadro 1:

Quadro 1
Principais atividades da logística reversa.
  • Retorno do produto a origem = Canal reverso, ou seja, com pouco ou nenhum uso, os produtos retornam ao ciclo produtivo; esse retorno ocorre do “[...] cliente ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante” (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12., p. 4);

  • Revenda do produto = Os produtos retornados são conduzidos novamente ao mercado (Leite & Brito, 2005Leite, P. R., & Brito, E. P. Z. (2005). Logística reversa de produtos não consumidos: práticas de empresas no Brasil. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 3(3), 2014-2229. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/view/142/124
    http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/ind...
    );

  • Venda do produto via outlet = Os produtos retornados podem ser vendidos via outlet, ou seja, no varejo (Krumwiede & Sheu, 2002Krumwiede, D. W., & Sheu, C. (2002). A model for reverse logistics entry by third-party providers. Omega, 30(5), 325-333. http://dx.doi.org/10.1016/S0305-0483(02)00049-X.
    http://dx.doi.org/10.1016/S0305-0483(02)...
    );

  • Recondicionamento = Os produtos retornados necessitam de alguma reparação, podendo ser vendidos a um valor menor de mercado (Bouzon et al., 2010Bouzon, M., Cardoso, C. L., Queiroz, A. A., & Gontijo, L. A. (2010). Panorama prático-teórico do ambiente de recuperação de produtos: um estudo de caso em uma remanufatura de produtos de telecomunicações. In Anais do XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. São Carlos: ABEPRO. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_sto_123_796_16354.pdf
    http://www.abepro.org.br/biblioteca/eneg...
    );

  • Remanufatura = “[...] quando o produto retornado ou os seus componentes apresentam condições de serem reparados ou reelaborados parcialmente de forma a adquirir condições de venda em mercados secundários” (Leite & Brito, 2005Leite, P. R., & Brito, E. P. Z. (2005). Logística reversa de produtos não consumidos: práticas de empresas no Brasil. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 3(3), 2014-2229. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/view/142/124
    http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/ind...
    , p. 218);

  • Reciclagem = Os produtos ou parte dos produtos são transformados em matérias-primas (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12.);

  • Doação = Este processo ocorre quando os produtos retornados são doados a alguma entidade interessada (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12.);

  • Descarte = Os produtos são destinados a aterros sanitários ou à incineração quando se esgota a possibilidade de agregar valor ao produto (Leite & Brito, 2005Leite, P. R., & Brito, E. P. Z. (2005). Logística reversa de produtos não consumidos: práticas de empresas no Brasil. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 3(3), 2014-2229. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/view/142/124
    http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/ind...
    );

  • Reutilização = Ocorre quando a companhia busca intensificar a utilização do produto antes de ele ser descartado, ou utilizado como matéria-prima no processo produtivo (Krumwiede & Sheu, 2002Krumwiede, D. W., & Sheu, C. (2002). A model for reverse logistics entry by third-party providers. Omega, 30(5), 325-333. http://dx.doi.org/10.1016/S0305-0483(02)00049-X.
    http://dx.doi.org/10.1016/S0305-0483(02)...
    ).

Segundo Leite (2006)Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall., a logística reversa busca agregar valor ao retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo. A Figura 1 evidencia essas duas etapas de atuação dos fluxos reversos.

Figura 1
Áreas e etapas da logística reversa. Fonte: Leite (2006Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall., p. 17).

Os canais de distribuição reversos de pós-consumo constituem-se do retorno de produtos em fim de vida útil, devendo eles serem reciclados, reutilizados, desmanchados ou descartados de modo adequado, p. Ex.: incineração ou aterros sanitários (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12.).

Os canais de distribuição reversos de pós-venda constituem-se de produtos que por algum motivo retornam ao ciclo produtivo (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12.; Guarnieri et al., 2006Guarnieri, P., Chrusciack, D., Oliveira, I., Hatakeyama, K., & Scandelari, L. (2006). WMS - Warehouse Management System: adaptação proposta para o gerenciamento da logística reversa. Produção, 16(1), 126-139. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132006000100011.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132006...
). Nesse caso, o “[...] objetivo estratégico é agregar valor ao produto devolvido” (Leite, 2006Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall., p. 17).

Para Moraes et al. (2014)Moraes, D. G. S. V. M., Rocha, T. B., & Ewald, M. R. (2014). Life cycle assessment of cell phones in Brazil based on two reverse logistics scenarios. Production, 24(4), 735-741. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132014005000011.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132014...
, a questão econômica é a principal justificativa para a realização da logística reversa de pós-venda. Em relação à logística reversa de pós-consumo, as principais justificativas são as questões legais e ambientais.

Segundo Ravi & Shankar (2005)Ravi, V., & Shankar, R. (2005). Analysis of interactions among the barriers of reverse logistics. Technological Forecasting and Social Change, 78(8), 1011-1029. http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.2004.07.002.
http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.200...
e Nikolaou et al. (2013)Nikolaou, I. E., Evangelinos, K. I., & Allan, S. (2013). A reverse logistics social responsibility evaluation framework based on the triple bottom line approach. Journal of Cleaner Production, 56, 173-184. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011.12.009.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011...
, os fatores econômicos, as questões ambientais, as exigências da legislação e a competitividade são alguns dos fatores responsáveis pelo crescente interesse da comunidade empresarial na implantação da logística reversa.

  • Fatores econômicos = A logística reversa pode proporcionar ganhos para a companhia devido à reutilização de produtos, a redução de materiais utilizados, a venda de resíduos, a redução de custos, a adoção de embalagem retornável, além da possibilidade de surgirem novos nichos de mercado (Akdogan & Coskun, 2012Akdogan, M., & Coskun, A. (2012). Drivers of reverse logistics activities: an empirical investigation. Procedia, 58, 1640-1649.);

  • Meio ambiente = As atividades da logística reversa proporcionam soluções para o descarte de resíduos sólidos, reduzindo a poluição ambiental e favorecendo a imagem da empresa (Ravi et al., 2005Ravi, V., Shankar, R., & Tiwari, M. K. (2005). Analyzing alternatives in reverse logistics for end-of-life computers: ANP and balanced scorecard approach. Computers & Industrial Engineering, 48(2), 327-356. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01.017.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01....
    );

  • Legislação = O rigor da legislação ambiental está obrigando as companhias a serem responsáveis por todo o ciclo de vida do produto (Akdogan & Coskun, 2012Akdogan, M., & Coskun, A. (2012). Drivers of reverse logistics activities: an empirical investigation. Procedia, 58, 1640-1649.), criando leis que pressionam as empresas a aceitarem o retorno dos produtos e a restrição da utilização de determinadas substâncias nocivas (Acosta et al., 2008Acosta, B., Wegner, D., & Padula, A. D. (2008). Logística reversa como mecanismo para redução do impacto ambiental originado pelo lixo informático. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 6(1), 1-12.);

  • Cidadania corporativa = Refere-se aos valores e princípios da empresa em relação ao meio ambiente. A empresa ensina aos clientes a maneira certa de utilizar os produtos, sem degradarem o meio ambiente (Akdogan & Coskun, 2012Akdogan, M., & Coskun, A. (2012). Drivers of reverse logistics activities: an empirical investigation. Procedia, 58, 1640-1649.). Outra visão da cidadania corporativa está relacionada à competitividade, uma vez que a companhia precisa satisfazer os interesses de diferentes stakeholders (Ravi et al., 2005Ravi, V., Shankar, R., & Tiwari, M. K. (2005). Analyzing alternatives in reverse logistics for end-of-life computers: ANP and balanced scorecard approach. Computers & Industrial Engineering, 48(2), 327-356. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01.017.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01....
    ).

De acordo com Nikolaou et al. (2013)Nikolaou, I. E., Evangelinos, K. I., & Allan, S. (2013). A reverse logistics social responsibility evaluation framework based on the triple bottom line approach. Journal of Cleaner Production, 56, 173-184. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011.12.009.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011...
, esses fatores podem ser classificados em duas categorias:

  1. a

    Proativos: Estão relacionados aos benefícios esperados, como a melhoria do desempenho ambiental, a redução de custos, a vantagem competitiva, entre outros;

  2. b

    Reativos: visam atender a legislação.

2.1 Benefícios proporcionados pela logística reversa

A logística reversa se tornou uma estratégia competitiva para as empresas modernas (Gonçalves & Marins, 2006Gonçalves, M. E., & Marins, F. A. S. (2006). Logística reversa numa empresa de laminação de vidros: um estudo de caso. Gestão & Produção, 13(3), 397-410. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006000300004.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006...
). E as exigências globais quanto à proteção do meio ambiente tornaram a logística reversa tão importante quanto a qualidade do produto, o preço de venda e a marca (Amaral, 2003Amaral, S. P. (2003). Estabelecimento de indicadores e modelo de relatório de sustentabilidade ambiental, social e econômica: uma proposta para a indústria de petróleo brasileira (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/spamaral.pdf
http://ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/...
).

A implantação da logística reversa, além de proporcionar benefícios ambientais, pode acarretar um diferencial competitivo para a companhia (Epelbaum, 2004Epelbaum, M. (2004). A influência da gestão ambiental na competitividade e no sucesso empresarial (Dissertação de mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02072004-190334/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponivei...
; Gonçalves & Marins, 2006Gonçalves, M. E., & Marins, F. A. S. (2006). Logística reversa numa empresa de laminação de vidros: um estudo de caso. Gestão & Produção, 13(3), 397-410. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006000300004.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006...
). E os diversos benefícios gerados pela logística reversa são expressos na Figura 2.

Figura 2
Benefícios da logística reversa. Fonte: Adaptado de Epelbaum (2004)Epelbaum, M. (2004). A influência da gestão ambiental na competitividade e no sucesso empresarial (Dissertação de mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02072004-190334/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponivei...
.

Percebe-se, na Figura 2, que a logística reversa pode proporcionar benefícios econômicos, sociais e ambientais, influenciando positivamente a imagem corporativa. Araújo et al. (2013)Araújo, A. C., Matsuoka, É. M., Ung, J. E., Hilsdorf, W. C., & Sampaio, M. (2013). Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso. Gestão & Produção, 20(2), 303-320. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2013000200005.
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também enfatizam a vantagem competitiva associada à logística reversa, mas focam esse estudo no ambiente do comércio eletrônico.

Brito & Dekker (2002)Brito, M. P., & Dekker, R. (2002). Reverse logistics: a framework. Rotterdam: Erasmus Research Institute of Management. Recuperado em 14 outubro de 2016, de https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=423654
https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?...
confirmam o estudo de Epelbaum (2004)Epelbaum, M. (2004). A influência da gestão ambiental na competitividade e no sucesso empresarial (Dissertação de mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02072004-190334/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponivei...
e Araújo et al. (2013)Araújo, A. C., Matsuoka, É. M., Ung, J. E., Hilsdorf, W. C., & Sampaio, M. (2013). Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso. Gestão & Produção, 20(2), 303-320. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2013000200005.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2013...
, pois afirmam que o investimento na logística reversa pode proporcionar para a empresa vantagens competitivas e econômicas, melhorar a imagem da empresa e também contribuir para a satisfação dos clientes.

Adlmaier & Sellitto (2007)Adlmaier, D., & Sellitto, M. A. (2007). Embalagens retornáveis para transporte de bens manufaturados: um estudo de caso em logística reversa. Produção, 17(2), 395-406. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132007000200014.
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destacam que a utilização da logística reversa proporcionou os seguintes benefícios para a empresa estudada: (1) econômico, devido à redução dos gastos com embalagem e redução dos custos logísticos; (2) ecológico, por ter proporcionado a mitigação de resíduos gerados; (3) flexibilidade para realizar modificações na embalagem devido a requisitos legais; (4) reciclagem das embalagens executadas pelo próprio fornecedor da embalagem.

Nesse contexto, Chaves & Batalha (2006)Chaves, G. L. D., & Batalha, M. O. (2006). Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicláveis? Um estudo de caso da logística reversa em uma rede de hipermercados. Gestão & Produção, 13(3), 423-434. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006000300006.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2006...
destacam que a falta de conhecimento dos empresários quanto a esses benefícios dificulta a eficiência e eficácia da logística reversa. Mas especificamente, Araújo et al. (2013)Araújo, A. C., Matsuoka, É. M., Ung, J. E., Hilsdorf, W. C., & Sampaio, M. (2013). Logística reversa no comércio eletrônico: um estudo de caso. Gestão & Produção, 20(2), 303-320. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2013000200005.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2013...
afirmam que a falta de conhecimento do processo de logística reversa no comércio eletrônico gera problemas variados, tais como processos de logística reversa deficitários, pouca troca de informações entre diferentes setores, falta de difusão do conhecimento e pequena participação da comunidade acadêmica.

Bei & Linyan (2005)Bei, W., & Linyan, S. (2005). Review of reverse logistics. Applied Sciences, 7, 16-29. apresentam três características distintas da logística reversa:

  1. 1

    Incerteza sobre a quantidade e a qualidade = O processo de recuperação envolve a imprecisão sobre a quantidade e a qualidade do produto que será recuperado, bem como se haverá mercado para o produto recuperado (Thierry et al., 1995Thierry, M., Salomon, M., Van Nunen, J., & Van Wassenhove, L. (1995). Strategic issues in product recovery management. California Management Review, 37(2), 114-135. http://dx.doi.org/10.2307/41165792.
    http://dx.doi.org/10.2307/41165792...
    );

  2. 2

    Complexidade nas operações, devido a opções de recuperação = Os processos e opções do sistema de logística reversa de recuperação do produto são incertos e complexos, pois consideram as características dos produtos, o ciclo de vida, os recursos necessários para a realização do processo e também a capacidade das instalações da empresa (Bei & Linyan, 2005Bei, W., & Linyan, S. (2005). Review of reverse logistics. Applied Sciences, 7, 16-29.). Além disso, as atividades da logística reversa são afetadas por interesses dos clientes, fornecedores, governo, concorrentes e acionistas, que possuem objetivos múltiplos e conflitantes (Ravi & Shankar, 2005Ravi, V., & Shankar, R. (2005). Analysis of interactions among the barriers of reverse logistics. Technological Forecasting and Social Change, 78(8), 1011-1029. http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.2004.07.002.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.200...
    ; Nikolaou et al., 2013Nikolaou, I. E., Evangelinos, K. I., & Allan, S. (2013). A reverse logistics social responsibility evaluation framework based on the triple bottom line approach. Journal of Cleaner Production, 56, 173-184. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011.12.009.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2011...
    ). Assim, é difícil para a empresa decidir qual a opção de recuperação irá adotar e, consequentemente, gerir o sistema de logística reversa de maneira eficiente e eficaz (Bei & Linyan, 2005Bei, W., & Linyan, S. (2005). Review of reverse logistics. Applied Sciences, 7, 16-29.). Leite (2006)Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall. ainda afirma que a empresa deve assegurar uma recuperação sustentável do produto;

  3. 3

    Barreiras na implantação = Rogers & Tibben-Lembke (1998)Rogers, D. S., & Tibben-Lembke, R. S. (1998). Going backwards: reverse logistics trends and practices. Nevada: Reverse Logistics Executive Council, Center for Logistics Management, University of Nevada. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de http://www.abrelpe.org.br/imagens_intranet/files/logistica_reversa.pdf
    http://www.abrelpe.org.br/imagens_intran...
    realizaram um estudo para verificar as dificuldades da implantação da logística reversa e chegaram nos seguintes quesitos: a logística reversa é menos importante que as outras questões da empresa (39,2%), a política da empresa (35%), falta de sistema de informação (34,3%), atividade competitiva (33,7%), desinteresse dos gestores (26,8%), falta de recursos financeiros (19%), funcionários despreparados (19%), questões legais (14,1%).

Outras barreiras que as empresas possuem na implantação da logística reversa são: falta de planejamento estratégico e problemas de qualidade (Ravi & Shankar, 2005Ravi, V., & Shankar, R. (2005). Analysis of interactions among the barriers of reverse logistics. Technological Forecasting and Social Change, 78(8), 1011-1029. http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.2004.07.002.
http://dx.doi.org/10.1016/j.techfore.200...
), fraco sistema de medição de desempenho (Janse et al., 2010Janse, B., Schuur, P., & Brito, M. P. (2010). A reverse logistics diagnostic tool: the case of the consumer electronics industry. International Journal of Advanced Manufacturing Technology, 47(5–8), 495-513. http://dx.doi.org/10.1007/s00170-009-2333-z.
http://dx.doi.org/10.1007/s00170-009-233...
), recursos organizacionais e competitividade (Mittal & Sangwan, 2013Mittal, V. K., & Sangwan, K. S. (2013). Assessment of hierarchy and inter-relationships of barriers to environmentally conscious manufacturing adoption. World Journal of Science, Technology and Sustainable Development, 10(4), 297-307. http://dx.doi.org/10.1108/WJSTSD-04-2013-0020.
http://dx.doi.org/10.1108/WJSTSD-04-2013...
), falta de especialistas em logística reversa (Abdulrahman & Subramanian, 2012Abdulrahman, M. D., & Subramanian, N. (2012). Barriers in implementing reverse logistics in chinese manufacturing sectors: an empirical analysis. In Proceedings of the POMS 23rd Annual Conference Chicago. Illinois: POMS. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://www.pomsmeetings.org/ConfProceedings/025/FullPapers/FullPaper_files/025-0259.pdf
https://www.pomsmeetings.org/ConfProceed...
).

Uma gestão eficaz da logística reversa pode resultar em economia nas áreas de manutenção de estoques, transporte e custos, além de proporcionar a satisfação dos clientes.

De acordo com a literatura, a logística reversa tem um grande potencial para melhorar o desempenho financeiro das organizações, mas para explorar esse potencial os gestores precisam, primeiro, inserir a logística reversa como um item importante do planejamento estratégico e, segundo, utilizar um sistema de medição de desempenho composto por um conjunto de indicadores financeiros e não financeiros capazes de mensurar a eficiência e a eficácia da ação (Neely et al., 2005Neely, A., Gregory, M., & Platts, K. (2005). Performance measurement system design: A literature review and research agenda. International Journal of Operations & Production Management, 25(12), 1228-1263.; Smith, 2005Smith, A. D. (2005). Reverse logistics programs: gauging their effects on CRM and online behavior. Vine, 35(3), 166-181. http://dx.doi.org/10.1108/03055720510634216.
http://dx.doi.org/10.1108/03055720510634...
).

2.2 Mensuração do desempenho da logística reversa

A mensuração de desempenho é muitas vezes discutida, mas raramente definida. Há muitas razões para as empresas medirem o seu desempenho, como aumentar a compreensão, colaboração e a integração entre os membros da cadeia de suprimentos. A mensuração de desempenho também ajuda a empresa a atingir segmentos de mercado lucrativos ou identificar uma definição de serviço adequada (Cuthbertson & Piotrowicz, 2008Cuthbertson, R., & Piotrowicz, W. (2008). Supply chain best practices: identification and categorisation of measures and benefits. International Journal of Productivity and Performance Measurement, 57(5), 389-404. http://dx.doi.org/10.1108/17410400810881845.
http://dx.doi.org/10.1108/17410400810881...
). Além disso, é uma atividade para alcançar objetivos predefinidos, derivados dos objetivos estratégicos da empresa (Lohman et al., 2004Lohman, C., Fortuin, L., & Wouters, M. (2004). Designing a performance measurement system: A case study. European Journal of Operational Research, 156(2), 267-286. http://dx.doi.org/10.1016/S0377-2217(02)00918-9.
http://dx.doi.org/10.1016/S0377-2217(02)...
).

A mensuração de desempenho é uma maneira de a empresa avaliar a eficiência e a eficácia da logística reversa, ou seja, a mensuração permite conhecer melhor um sistema dinâmico, auxiliando os gestores a melhorarem a logística reversa da companhia (Neely, 2002Neely, A. (2002). Business performance measurement: unifying theory and integrating practice (2. ed.). Cambridge: Cambridge University Press. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de catdir.loc.gov/catdir/samples/.../2002283000.pdf http://dx.doi.org/10.1017/CBO9780511753695.
http://dx.doi.org/10.1017/CBO97805117536...
; Saisana & Tarantola, 2002Saisana, M., & Tarantola, S. (2002). State-of-the-art report on current methodologies and practices for composite indicator development. Ispra: European Commission, Joint Research Centre. Recuperado em 15 janeiro de 2016, de http://bookshop.europa.eu/fi/state-of-the-art-report-on-current-methodologies-and-practices-for-composite-indicator-development-pbEUNA20408/downloads/EU-NA-20408-EN-C/EUNA20408ENC_001.pdf;pgid=y8dIS7GUWMdSR0EAlMEUUsWb0000OTtrqvnY;sid=wShDcJJPj6NDesEcBH_d1_BqjEtdAjCMvXg=?FileName=EUNA20408ENC_001.pdf&SKU=EUNA20408ENC_PDF&CatalogueNumber=EU-NA-20408-EN-C
http://bookshop.europa.eu/fi/state-of-th...
).

Para Pun & White (2005)Pun, K. F., & White, A. S. (2005). A performance measurement paradigm for integrating strategy formulation: a review of systems and frameworks. International Journal of Management Reviews, 7(1), 49-71. http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-2370.2005.00106.x.
http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-2370.20...
e Shaik & Abdul-Kader (2014)Shaik, M. N., & Abdul-Kader, W. (2014). Comprehensive performance measurement and causal-effect decision making model for reverse logistics enterprise. Computers & Industrial Engineering, 68, 87-103. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12.008.
http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12....
, os seguintes fatores influenciam a mensuração de desempenho da logística reversa:

  1. a

    Apoio para a tomada de decisão;

  2. b

    Integrar a logística reversa na política de logística da empresa;

  3. c

    Comunicação;

  4. d

    Alinhar as ações com os objetivos estratégicos;

  5. e

    Atingir as metas; e

  6. f

    Feedback.

A mensuração do desempenho é, tradicionalmente, o processo de quantificar a eficácia e a eficiência da ação (Nukala & Gupta, 2007Nukala, S., & Gupta, S. M. (2007). Performance measurement in a closed-loop supply Chain network. In Proceedings of the 2007 Northeast Decision Sciences Institute Conference (pp. 474-479). Baltimore: Omnipress. Recuperado em 6 de maio de 2015, de http://hdl.handle.net/2047/d10013556
http://hdl.handle.net/2047/d10013556...
). Desenvolver um sistema para tal finalidade tende a ser uma tarefa complexa, pois as métricas de desempenho e técnicas de avaliação utilizadas na cadeia de suprimentos tradicional não podem ser estendidas para a logística reversa (Nukala & Gupta, 2007Nukala, S., & Gupta, S. M. (2007). Performance measurement in a closed-loop supply Chain network. In Proceedings of the 2007 Northeast Decision Sciences Institute Conference (pp. 474-479). Baltimore: Omnipress. Recuperado em 6 de maio de 2015, de http://hdl.handle.net/2047/d10013556
http://hdl.handle.net/2047/d10013556...
). O uso de estratégias e métricas adequadas permite que uma cadeia de suprimentos reversa desempenhe um papel estratégico no ciclo de vida do produto, servindo como base para a identificação da lealdade do cliente e, também, para aumentar a quota do mercado (Pochampally & Gupta, 2004Pochampally, K. K., & Gupta, S. M. (2004). Efficient design and effective marketing of a reverse supply chain: a fuzzy logic approach. In Proceedings of 2004 IEEE International Symposium on Electronics and the Environment (pp. 321-326). USA: IEEE.).

Chaves et al. (2008)Chaves, G. L. D., Alcântara, R. L. C., & Assumpção, M. R. P. (2008). Medidas de desempenho na logística reversa: O caso de uma Empresa do setor de bebidas. Relatórios de Pesquisa em Engenharia de Produção, 8(2), 1-23. sugerem mensurar a performance da logística reversa mediante indicadores de desempenho financeiros e não financeiros, que devem ser desenvolvidos tendo como base diversos direcionadores, mas com uma única finalidade: atender os acionistas, governo, comunidade, clientes, funcionários e outros agentes no intuito de agregar valor à empresa (Hernández et al., 2012Hernández, C. T., Marins, F. A. S., & Castro, R. C. (2012). Modelo de gerenciamento da logística reversa. Gestão & Produção, 19(3), 445-456. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012000300001.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012...
).

A mensuração inadequada de desempenho se torna um obstáculo para o êxito da cooperação entre os membros da cadeia de suprimentos, além de ser um obstáculo para o aprimoramento da logística reversa. No entanto, apesar de a logística reversa exercer um papel importante no sistema de logística, a literatura raramente discute o seu desempenho e analisa, de forma insipiente, os fatores que influenciam o seu funcionamento (Griffis et al., 2007Griffis, S., Goldsby, T., Cooper, A., & Closs, D. (2007). Aligning logistics performance measures to the information needs of the firm. Journal of Business Logistics, 28(2), 35-56. http://dx.doi.org/10.1002/j.2158-1592.2007.tb00057.x.
http://dx.doi.org/10.1002/j.2158-1592.20...
).

3 Método

Neste trabalho, foi utilizado o método de revisão sistemática de literatura. De acordo com Fink (2005Fink, A. (2005). Conducting research literature reviews: from paper to the internet (2. ed.). Thousand Oaks: Sage. Recuperado em 2 de dezembro de 2016, de https://books.google.be/books?id=VyROaw-hLJMC&pg=PR5&hl=pt-BR&source=gbs_selected_pages&cad=2#v=onepage&q&f=false
https://books.google.be/books?id=VyROaw-...
, p. 3), “[...] a revisão da literatura é um método sistemático, explícito e reprodutível que possibilita identificar, avaliar, interpretar e extrair dados de trabalhos de estudiosos e pesquisadores”. Deve seguir um método científico, transparente e reprodutível (Tranfield et al., 2003Tranfield, D., Denyer, D., & Smart, P. (2003). Towards a methodology for developing evidence-informed management knowledge by means of systematic review. British Journal of Management, 14(3), 207-222. http://dx.doi.org/10.1111/1467-8551.00375.
http://dx.doi.org/10.1111/1467-8551.0037...
) e ser elaborada com rigor metodológico (Rother, 2007Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática × Revisão de literatura. Acta Paulista de Enfermagem, 20(2), 1-2. Recuperado em 2 de dezembro de 2016, de http://www.redalyc.org/html/3070/307026613004/
http://www.redalyc.org/html/3070/3070266...
).

Para Vosgerau & Romanowski (2014)Vosgerau, D. S. R., & Romanowski, J. P. (2014). Estudos de revisão: implicações conceituais e metodológicas. Revista Diálogo Educacional, 14(41), 165-189. http://dx.doi.org/10.7213/dialogo.educ.14.041.DS08.
http://dx.doi.org/10.7213/dialogo.educ.1...
, o surgimento da internet facilitou a sistematização da revisão de literatura, pois atualmente as bases de dados possuem acesso eletrônico e possibilitam a utilização de artigos de conferências, teses e periódicos científicos (Dresch et al., 2015Dresch, A., Lacerda, D. P., & Antunes, J. A. V., Jr. (2015). Design Science Research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman.).

A revisão sistemática explora uma questão específica e possibilita fornecer evidências sólidas e confiáveis, bem como identificar lacunas a serem preenchidas (Dresch et al., 2015Dresch, A., Lacerda, D. P., & Antunes, J. A. V., Jr. (2015). Design Science Research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman.). É utilizada para mapear estudos primários sobre um determinado tema (Dresch et al., 2015Dresch, A., Lacerda, D. P., & Antunes, J. A. V., Jr. (2015). Design Science Research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman.), avaliar criticamente a literatura e consolidar os resultados de estudos relevantes (Seuring & Gold, 2012Seuring, S., & Gold, S. (2012). Conducting content-analysis based literature reviews in supply chain management. Supply Chain Management: An International Journal, 17(5), 544-555. http://dx.doi.org/10.1108/13598541211258609.
http://dx.doi.org/10.1108/13598541211258...
; Dresch et al., 2015Dresch, A., Lacerda, D. P., & Antunes, J. A. V., Jr. (2015). Design Science Research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman.).

Uma revisão de literatura pode contribuir para o desenvolvimento teórico, ajudar na compreensão de terminologias (Cherrafi et al., 2016Cherrafi, A., Elfezazi, S., Chiarini, A., Mokhlis, A., & Benhida, K. (2016). The integration of lean manufacturing, Six Sigma and sustainability: a literature review and future research directions for developing a specific model. Journal of Cleaner Production, 139, 828-846. http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2016.08.101.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2016...
), além de facilitar a construção de uma bibliografia sobre um determinado tema (Rowley & Slack, 2004Rowley, J., & Slack, F. (2004). Conducting a literature review. Management Research News, 27(6), 31-39. http://dx.doi.org/10.1108/01409170410784185.
http://dx.doi.org/10.1108/01409170410784...
).

Esta pesquisa adotou o seguinte processo de trabalho: coleta e análise dos artigos, síntese dos resultados, conforme apresentado na Figura 3.

Figura 3
Processo de trabalho. Fonte: Autores.

Para a coleta dos artigos foram utilizadas as bases de dados Ebsco, Scopus e Web of Science e para a busca de artigos alinhados com o tema desta pesquisa foram adotadas as seguintes palavras-chave: “performance evaluationANDreverse logistics”; “reverse logisticsANDmanagementANDsystemsANDperformance evaluation”; “reverse logistics systemsANDperformance evaluation”; “performance measureANDreverse logistics”. Foram utilizadas também as palavras-chave “reverse logistics” no banco de dados das revistas Production e Gestão & Produção, sendo encontrados seis artigos em cada revista. Após a leitura dos mesmos, foram utilizados no referencial teórico cinco artigos publicados na Production e quatro artigos publicados na revista Gestão & Produção.

Essas palavras foram usadas em todas as bases de dados definidas e os filtros adotados para a inclusão dos artigos do portfólio bibliográfico foram: o idioma (inglês, português e espanhol), área de pesquisa (engenharia, administração, decision science), e os artigos deveriam possuir, ou no título, ou no resumo, ou no decorrer do texto, alguma das palavras-chave utilizadas. Neste estudo, foram selecionados apenas os artigos disponíveis em texto completo, na base de dados à qual estavam vinculados. Os artigos foram gerenciados por meio do software EndNote X7.2.1.

Foram obtidos 117 artigos, desses, 60 estavam duplicados, 21 não estavam disponíveis e 36 estavam disponíveis para a realização do estudo. Após a leitura dos artigos, 25 não estavam alinhados com o tema e foram descartados da pesquisa, resultando em 11 artigos relevantes.

As referências desses 11 artigos foram analisadas como uma fonte secundária, adicionando 13 artigos ao portfólio bibliográfico.

O conteúdo dos documentos foi avaliado por meio de uma análise descritiva extraindo: (1) como se dá a distribuição de publicações no tempo?; (2) qual a quantidade de autores por instituição?; (3) quais metodologias são aplicadas?; (4) quais palavras-chave foram adotadas pelos estudos?; (5) quais os benefícios esperados com a implantação da logística reversa?; (6) qual a origem do fluxo reverso?; (7) quais são as atividades da logística reversa?; (8) quais indicadores de avaliação da logística reversa foram adotados?

4 Resultados

Inicialmente, fez-se uma análise descritiva dos artigos do portfólio; assim, a distribuição de artigos publicados no tempo é mostrada na Figura 4.

Figura 4
Distribuição das publicações por ano. Fonte: Autores.

A primeira publicação encontrada foi desenvolvida em 2004 e, a partir de 2008, houve um pequeno acréscimo de publicações, reduzindo-se em 2009. Porém, em 2010, 2011 e 2012, as publicações voltaram a crescer e assim se mantiveram até 2013; em 2014, decresceram novamente. Portanto, a Figura 3 confirma a lacuna de pesquisa encontrada na maioria dos documentos analisados, os quais informam a falta de estudos que abordam os métodos adotados para avaliar o desempenho da logística reversa.

Os autores com maior número de publicações foram Olugu & Wong (2011)Olugu, E. U., & Wong, K. Y. (2011). Fuzzy logic evaluation of reverse logistics performance in the automotive industry. Scientific Research and Essays, 6(7), 1639-1649. e Olugu et al. (2011)Olugu, E. U., Wong, K. Y., & Shaharoun, A. M. (2011). Development of key performance measures for the automobile green supply chain. Resources, Conservation and Recycling, 55(6), 567-579. http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2010.06.003.
http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.20...
, da Universidade Tecnológica da Malásia; Li & Olorunniwo (2008)Li, X., & Olorunniwo, F. (2008). An exploration of reverse logistics practices in three companies. Supply Chain Management: An International Journal., 13(5), 381-386. http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894979.
http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894...
e Olorunniwo & Li (2011)Olorunniwo, F. O., & Li, X. (2011). An overview of some reverse logistics practices in the United States. Supply Chain Forum an International Journal., 12(3), 2-9., da Universidade do Tennessee; e Shaik & Abdul-Kader (2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
, 2014Shaik, M. N., & Abdul-Kader, W. (2014). Comprehensive performance measurement and causal-effect decision making model for reverse logistics enterprise. Computers & Industrial Engineering, 68, 87-103. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12.008.
http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12....
), da Universidade de Windsor; os demais autores apresentaram uma única publicação. Assim, as instituições com maior número de autores com publicações são apresentadas na Figura 5.

Figura 5
Quantidade de autores por instituição. Fonte: Autores.

A Figura 5 evidencia que as instituições com maior quantidade de autores com publicações se concentram na China e EUA, com três instituições cada.

Destaca-se que a maior quantidade de artigos provém da China, com 8 registros, seguida dos Estados Unidos, com 4. A Índia, por sua vez, apresentou 3 artigos, Malásia, Canadá e Reino Unido apresentaram, cada um, 2 artigos. E, por fim, Brasil, Cuba, República Tcheca, Romênia e Turquia apresentaram cada um 1 artigo publicado.

A China, um país em desenvolvimento, que apresenta sérios problemas ambientais, é a líder de publicações. Porém, as exigências da sociedade e a forte concorrência empresarial estão pressionando o governo e as empresas a investirem na política verde, com o propósito de reduzir a poluição. Por isso, é crescente a adoção da logística reversa e, consequentemente, o seu estudo, que pode auxiliar as empresas a alcançarem o desenvolvimento sustentável, o qual, além de reduzir custos, melhora a satisfação do cliente e estabelece vantagens competitivas (Changli & Lili, 2008Changli, F., & Lili, X. (2008). A study on the operating mode decision-making in reverse logistics of manufacturing enterprise. In Proceedings of 4th International Conference on Wireless Communications (pp. 1-6). USA: IEEE. Recuperado em 7 de maio de 2015, de http://ieeexplore.ieee.org/document/4679561/
http://ieeexplore.ieee.org/document/4679...
; Xin, 2010Xin, G. (2010). Study on the building of performance evaluation index system for the third party reverse logistics enterprise under low-carbon Economy. In Proceedings of The Conference on Web Based Business Management (pp. 323-327). USA: Scientific Research Publishing. Recuperado em 25 abril de 2015, de http://file.scirp.org/pdf/18-1.5.4.pdf
http://file.scirp.org/pdf/18-1.5.4.pdf...
).

Na Figura 6, percebe-se que, dentre as metodologias de pesquisa empregadas, 9 artigos são de natureza teórica, 7 artigos adotaram o estudo de caso, 5 utilizaram o levantamento do tipo survey e que apenas 1 estudo adota a pesquisa exploratória. Em 2 artigos não foi possível identificar a metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo.

Figura 6
Metodologias de pesquisa. Fonte: Autores.

Dentre os métodos adotados, tem-se: o método Fuzzy e o Analytical Hierarchy Process (AHP), abordados em 8 artigos; Analytic Network Process (ANP), adotado em 4 artigos; entrevista, escala likert e questionário em 6 registros; Business Inteligence, Dematel, Linear Physical Programming (LPP), 1 artigo cada; em três artigos analisados não foi possível identificar o método adotado.

O número de ocorrências das 10 palavras-chave mais utilizadas é apresentado na Figura 7; como esperado, reverse logistics é o termo mais comum, a segunda palavra-chave mais utilizada é performance measurement, indicando uma forte ligação entre essas palavras.

Figura 7
Top 10 das palavras-chave. Fonte: Autores.

A Figura 8 demonstra os benefícios esperados com a adoção da logística reversa. Os benefícios financeiros/econômicos, juntamente com a melhora da satisfação dos clientes, foram os mais citados, sendo destacados em 7 artigos. A vantagem competitiva, a imagem da empresa e a redução dos resíduos foram benefícios mencionados em 3 artigos.

Figura 8
Benefícios da logística reversa. Fonte: Autores.

Em seguida, a proteção do meio ambiente foi citada em 2 artigos. Logo depois, outros benefícios foram indicados uma única vez, tais como: a economia de baixo carbono, reutilização de materiais, desenvolvimento sustentável, cidadania corporativa, atendimento à legislação, redução das despesas, eficiência dos ativos, processo de feedback e operações mais eficientes. Esses resultados obtidos corroboram o estudo de Epelbaum (2004)Epelbaum, M. (2004). A influência da gestão ambiental na competitividade e no sucesso empresarial (Dissertação de mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02072004-190334/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponivei...
sobre as vantagens que a logística reversa pode alavancar para a empresa.

Destaca-se que nos artigos de Li & Olorunniwo (2008)Li, X., & Olorunniwo, F. (2008). An exploration of reverse logistics practices in three companies. Supply Chain Management: An International Journal., 13(5), 381-386. http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894979.
http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894...
, Olorunniwo & Li (2011)Olorunniwo, F. O., & Li, X. (2011). An overview of some reverse logistics practices in the United States. Supply Chain Forum an International Journal., 12(3), 2-9. e Skapa & Klapalova (2012)Skapa, R., & Klapalova, A. (2012). Reverse logistics in Czech companies: Increasing interest in performance measurement. Management Research Review, 35(8), 676-692. http://dx.doi.org/10.1108/01409171211247686.
http://dx.doi.org/10.1108/01409171211247...
, os gestores entrevistados mencionam que a logística reversa não gera receitas consideráveis e não reduz substancialmente o custo operacional; na verdade, a logística reversa é vista pelos gestores como adição de custos indesejados para as operações da companhia. Esse conjunto de respostas é bastante surpreendente, porque são contrárias às observações encontradas na literatura. Por exemplo, Adlmaier & Sellitto (2007)Adlmaier, D., & Sellitto, M. A. (2007). Embalagens retornáveis para transporte de bens manufaturados: um estudo de caso em logística reversa. Produção, 17(2), 395-406. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132007000200014.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65132007...
afirmam que a questão financeira foi o principal fator que impulsionou a empresa estudada a investir na logística reversa.

Brito & Dekker (2002)Brito, M. P., & Dekker, R. (2002). Reverse logistics: a framework. Rotterdam: Erasmus Research Institute of Management. Recuperado em 14 outubro de 2016, de https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=423654
https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?...
ratificam que a logística reversa pode gerar redução de custos, diminuição da utilização de materiais, além de outros benefícios que impactam positivamente as perspectivas financeiras da empresa.

O desinteresse e/ou a dificuldade de instalar e gerenciar a logística reversa, tais como a dificuldade de mensurar o seu desempenho, e a falta de estudos sobre o mesmo favorecem a ideia de que o fluxo reverso não gera benefícios para a empresa e sim custos (Rogers & Tibben-Lembke, 1998Rogers, D. S., & Tibben-Lembke, R. S. (1998). Going backwards: reverse logistics trends and practices. Nevada: Reverse Logistics Executive Council, Center for Logistics Management, University of Nevada. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de http://www.abrelpe.org.br/imagens_intranet/files/logistica_reversa.pdf
http://www.abrelpe.org.br/imagens_intran...
).

Em relação à origem do fluxo reverso, 4 artigos analisados destacaram o retorno dos produtos de pós-venda, sendo que dois artigos menciona os computadores como bens retornados. Os veículos e os produtos eletrônicos também foram abordados como objetos de logística reversa, porém cada um em 1 artigo. Ressalta-se que na pesquisa de Li & Olorunniwo (2008)Li, X., & Olorunniwo, F. (2008). An exploration of reverse logistics practices in three companies. Supply Chain Management: An International Journal., 13(5), 381-386. http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894979.
http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894...
não foi encontrado o tipo de produto eletrônico mencionado, conforme evidencia a Figura 9.

Figura 9
Retorno dos bens de pós-venda. Fonte: Autores.

De acordo com Li & Olorunniwo (2008)Li, X., & Olorunniwo, F. (2008). An exploration of reverse logistics practices in three companies. Supply Chain Management: An International Journal., 13(5), 381-386. http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894979.
http://dx.doi.org/10.1108/13598540810894...
e Olorunniwo & Li (2011)Olorunniwo, F. O., & Li, X. (2011). An overview of some reverse logistics practices in the United States. Supply Chain Forum an International Journal., 12(3), 2-9., a logística reversa de pós-venda é compreendida por 75% de produtos, sem uso ou com pouco uso, que por algum motivo retornam ao ciclo produtivo por meio dos canais reversos (Leite, 2006Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall.).

Em relação ao retorno dos produtos de pós-consumo, Leite (2006)Leite, P. R. (2006). Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Pearson Prentice Hall. afirma que compreendem produtos usados ou em fim de vida útil que retornam ao canal reverso.

A Figura 10 demonstra que o retorno dos bens de pós-consumo foi reportado em 7 artigos, sendo que 2 deles abordaram os veículos. Computadores, celulares, baterias, eletrônicos e pneus foram mencionados como objeto da logística reversa, cada um em 1 artigo. Não foi encontrado no estudo de Xiao-Le et al. (2010)Xiao-Le, Z., Hong-Jun, X., & Potter, A. (2010). Interrelationship between uncertainty and performance within reverse logistics operations. In Proceedings of 5th International Conference on Responsive Manufacturing - Green Manufacturing (ICRM 2010) (pp. 343-348). USA: IEEE. o tipo de produto eletrônico relatado.

Figura 10
Retorno dos bens de pós-consumo. Fonte: Autores.

Destaca-se que a origem do fluxo reverso não foi encontrada em 13 artigos analisados.

Em relação às atividades da logística reversa, a Figura 11 demonstra que a reciclagem foi mencionada em 7 artigos, sendo a atividade da logística reversa mais evidenciada pelos artigos analisados. Em 3 artigos foi mencionada a remanufatura, em 2 artigos encontrou-se o retorno do produto ao fornecedor e em 2 artigos foi mencionada a recuperação de materiais.

Figura 11
Atividades da logística reversa. Fonte: Autores.

O remarketing, os aterros sanitários e o retorno do produto ao centro de distribuição são atividades da logística reversa mencionadas, cada uma, em um artigo.

Com o objetivo de destacar as medidas utilizadas para mensurar o desempenho da logística reversa, os artigos foram separados em quatro categorias, sendo:

  1. 1

    Artigos que adotaram os indicadores estabelecidos pelo Balance Scorecard (BSC);

  2. 2

    Artigos que adotaram as premissas do BSC, mas realizaram modificações de acordo com as necessidades da empresa;

  3. 3

    Artigos nos quais os estudos foram baseados nos indicadores mencionados pelos gestores entrevistados;

  4. 4

    Artigos em que os indicadores foram consolidados com base na literatura.

Ressalta-se que a maioria dos artigos que adotou indicadores mencionados pelos gestores e baseados na literatura apresentou diversas medidas de avaliação de desempenho e que a maioria desses indicadores se enquadra nas perspectivas estabelecidas pelo BSC. Então, para consolidar as informações apresentadas, esses indicadores foram agrupados nas seguintes perspectivas: Financeiro, Clientes, Operações internas, Aprendizagem e Crescimento.

As demais medidas encontradas foram fundamentadas nas propostas estabelecidas pela Performance Prism (PP). A Performance Prism foi adotada por apresentar uma visão mais ampla do que o BSC, visto que procura satisfazer os stakeholders-chave da empresa, como fornecedor, sociedade, governo, meio ambiente, entre outros (Neely et al., 2001Neely, A., Adams, C., & Crowe, P. (2001). The performance prism in practice. Measuring Business Excellence, 6(5), 6-12. http://dx.doi.org/10.1108/13683040110385142.
http://dx.doi.org/10.1108/13683040110385...
).

  • Financeira/econômica = Concentra-se em atingir o sucesso financeiro da companhia (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    ). Essa perspectiva evidencia se as operações da logística reversa atendem os interesses dos acionistas (Ravi et al., 2005Ravi, V., Shankar, R., & Tiwari, M. K. (2005). Analyzing alternatives in reverse logistics for end-of-life computers: ANP and balanced scorecard approach. Computers & Industrial Engineering, 48(2), 327-356. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01.017.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01....
    ). Segundo Rogers & Tibben-Lembke (1998)Rogers, D. S., & Tibben-Lembke, R. S. (1998). Going backwards: reverse logistics trends and practices. Nevada: Reverse Logistics Executive Council, Center for Logistics Management, University of Nevada. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de http://www.abrelpe.org.br/imagens_intranet/files/logistica_reversa.pdf
    http://www.abrelpe.org.br/imagens_intran...
    , a implantação de programas da logística reversa pode gerar para a empresa valor tangível e intangível, como aumento de receitas, redução de custos e despesas, entre outros benefícios;

  • Clientes = Essa perspectiva evidencia como a companhia quer ser vista pelos seus clientes (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ). Sua proposta é melhorar a satisfação dos clientes por meio das operações da logística reversa, atendendo os quesitos de redução de custos, melhoria da qualidade dos produtos, prazos, entre outros (Ravi et al., 2005Ravi, V., Shankar, R., & Tiwari, M. K. (2005). Analyzing alternatives in reverse logistics for end-of-life computers: ANP and balanced scorecard approach. Computers & Industrial Engineering, 48(2), 327-356. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01.017.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2005.01....
    ; Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ). Essa perspectiva pode ser avaliada por intermédio da quota de mercado, retenção, satisfação e lucratividade dos clientes (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    );

  • Operações internas = Concentram-se em melhorar a produtividade e a eficiência dos fluxos de trabalho, satisfazendo os acionistas e os clientes da empresa, podendo incluir objetivos de curto e de longo prazo (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    ). Nessa perspectiva, os gestores devem encontrar os processos internos críticos que devem ser melhorados objetivando gerar valor aos clientes e alcançar os objetivos financeiros da organização (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    );

  • Aprendizagem e crescimento = Essa perspectiva concentra-se na melhoria contínua da infraestrutura (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ). Por meio da inovação, da motivação, da aprendizagem dos colaboradores e também da capacidade do sistema de informação (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    );

  • Social = Concentra-se em motivar a “[...] conduta ética, melhorar a imagem por meio do cumprimento de obrigações e expectativas das comunidades e sociedades” (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    , p. 26);

  • Ambiental = Concentra-se no cumprimento de regulamentos e no aumento da consciência ambiental da empresa (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    );

  • Fornecedores = Os objetivos e metas dos fornecedores devem ser congruentes com os estabelecidos pela empresa focal (Silva et al., 2013Silva, S. D., Jr., Luciano, E. M., & Testa, M. G. (2013). Contribuições do modelo de medição de desempenho organizacional da performance prism ao balanced scorecard: um estudo sob a perspectiva dos stakeholders. Revista de Ciências da Administração, 15(37), 136-153. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8077.2013v15n37p136.
    http://dx.doi.org/10.5007/2175-8077.2013...
    ).

Os exemplos a seguir, demonstram como as medidas de desempenho encontradas na revisão sistemática foram classificadas, conforme as perspectivas do BSC e do PP.

  1. 1

    Financeiro/econômico = Aumentar o lucro, agregar valor aos stakeholders, aumentar a receita, reduzir custos e despesas (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ; Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    );

  2. 2

    Clientes = Percentual de reclamações dos clientes (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ; Norreklit, 2000Norreklit, H. (2000). The balance on the balanced scorecar da critical analysis of some of its assumptions. Management Accounting Research, 11(1), 65-88. http://dx.doi.org/10.1006/mare.1999.0121.
    http://dx.doi.org/10.1006/mare.1999.0121...
    ; Mooraj et al., 1999Mooraj, S., Oyon, D., & Hostettler, D. (1999). The balanced scorecard: a necessary good or an unnecessary evil? European Management Journal, 17(5), 481-491. http://dx.doi.org/10.1016/S0263-2373(99)00034-1.
    http://dx.doi.org/10.1016/S0263-2373(99)...
    , p. 482), eficácia no tempo de entrega retenção de clientes (Epelbaum, 2004Epelbaum, M. (2004). A influência da gestão ambiental na competitividade e no sucesso empresarial (Dissertação de mestrado). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo. Recuperado em 2 de maio de 2016, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-02072004-190334/pt-br.php
    http://www.teses.usp.br/teses/disponivei...
    ), quota de mercado (Norreklit, 2000Norreklit, H. (2000). The balance on the balanced scorecar da critical analysis of some of its assumptions. Management Accounting Research, 11(1), 65-88. http://dx.doi.org/10.1006/mare.1999.0121.
    http://dx.doi.org/10.1006/mare.1999.0121...
    ; Mooraj et al., 1999Mooraj, S., Oyon, D., & Hostettler, D. (1999). The balanced scorecard: a necessary good or an unnecessary evil? European Management Journal, 17(5), 481-491. http://dx.doi.org/10.1016/S0263-2373(99)00034-1.
    http://dx.doi.org/10.1016/S0263-2373(99)...
    , p. 482; Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ), qualidade do serviço (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    );

  3. 3

    Operações internas = Tempo de produção (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ), tempo de ciclo de cada máquina (Bansia et al., 2014Bansia, M., Varkey, J. K., & Agrawal, S. (2014). Development of a Reverse Logistics Performance Measurement System for a battery manufacturer. Procedia Materials Science, 6, 1419-1427. http://dx.doi.org/10.1016/j.mspro.2014.07.121.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.mspro.2014.0...
    ), capacidade de armazenamento, gerenciamento da capacidade de transporte (Jianhua et al., 2009Jianhua, Y., Lidong, Z., & Zhangang, H. (2009). Study on the performance evaluation system of reverse supply chain based on BSC and triangular fuzzy number AHP. In Proceedings of International Conference on Information Engineering and Computer Science (pp. 1-4). USA: IEEE. Recuperado em 6 de maio de 2015, de http://ieeexplore.ieee.org/document/5364327/
    http://ieeexplore.ieee.org/document/5364...
    ), serviços pós-venda (Kaplan & Norton, 1992Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1992). The balanced scorecard: measures that drive performance. Harvard: Harvard Business Review. Recuperado em 26 de agosto de 2015, de www.alnap.org/pool/files/balanced-scorecard.pdf), capacidade de controle de inventário (Xiangru, 2008Xiangru, M. (2008). Study of evaluation and selection on third party reverse logistics providers. In Proceedings of ISBIM '08. International Seminar on Business and Information Management (pp. 518-521). USA: IEEE.);

  4. 4

    Aprendizagem e crescimento = Treinamento de funcionários (Hernández et al., 2012Hernández, C. T., Marins, F. A. S., & Castro, R. C. (2012). Modelo de gerenciamento da logística reversa. Gestão & Produção, 19(3), 445-456. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012000300001.
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    ), gestores interessados (Kaplan & Norton, 1997Kaplan, R. S., & Norton, D. P. (1997). A estratégia em ação: Balanced Scorecard (21. ed.). Rio de Janeiro: Campus. Recuperado em 14 de outubro de 2016, de https://books.google.com.br/books?id=XQ-EIA_HJWYC&printsec=frontcover&dq=kaplan+e+norton&hl=pt-BR&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=kaplan%20e%20norton&f=false
    https://books.google.com.br/books?id=XQ-...
    ), tecnologia da informação (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    );

  5. 5

    Social = Cidadania corporativa; segurança dos funcionários, relacionamento com os parceiros da logística reversa (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    );

  6. 6

    Ambiental = Atender a legislação, utilização de materiais reciclados, utilização de energia renovável (Shaik & Abdul-Kader, 2012Shaik, M., & Abdul-Kader, W. (2012). Performance measurement of reverse logistics enterprise: A comprehensive and integrated approach. Measuring Business Excellence, 16(2), 23-34. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230294.
    http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230...
    ), uso de combustível limpo, redução da poluição operacional, capacidade de eliminação de lixo;

  7. 7

    Fornecedor = Certificações ambientais do fornecedor (Olugu & Wong, 2011Olugu, E. U., & Wong, K. Y. (2011). Fuzzy logic evaluation of reverse logistics performance in the automotive industry. Scientific Research and Essays, 6(7), 1639-1649.), compromisso do fornecedor com o meio ambiente e com as práticas de logística reversa (Olugu & Wong, 2011Olugu, E. U., & Wong, K. Y. (2011). Fuzzy logic evaluation of reverse logistics performance in the automotive industry. Scientific Research and Essays, 6(7), 1639-1649.; Olugu et al., 2011Olugu, E. U., Wong, K. Y., & Shaharoun, A. M. (2011). Development of key performance measures for the automobile green supply chain. Resources, Conservation and Recycling, 55(6), 567-579. http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.2010.06.003.
    http://dx.doi.org/10.1016/j.resconrec.20...
    ), qualidade do produto fornecido (Lugoboni et al., 2013Lugoboni, L.F., Fontes, F.S., Andrade, D.A.C. (2013). Avaliação de Desempenho Organizacional: medição de desempenho em hotéis do estado de São Paulo. In Anais do X Seminário da Associação Nacional Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul. Recuperado em 25 abril de 2015, de https://www.anptur.org.br/anais/anais/v.10/Anais/DPG1/074.pdf
    https://www.anptur.org.br/anais/anais/v....
    ; Careta & Musetti, 2008Careta, C. B., & Musetti, M. A. (2008). Medição de desempenho na logística: estudo de casos em empresas do setor de bens de capital agrícolas. In Anais do XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro: ABEPRO. Recuperado em 25 abril de 2015, de http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STO_069_492_12114.pdf
    http://www.abepro.org.br/biblioteca/eneg...
    ).

No Quadro 2 estão as formas usadas para mensurar o desempenho da logística reversa.

Quadro 2
Formas de mensuração do desempenho da logística reversa.

Observa-se, no Quadro 2, que a logística reversa é desenvolvida visando atender diferentes direcionadores (governo, acionistas, clientes, funcionários, comunidade, entre outros), confirmando a pesquisa de Garengo et al. (2005)Garengo, P., Biazzo, S., & Bititci, U. S. (2005). Performance measurement systems in SMEs: a review for a research agenda. International Journal of Management Reviews, 7(1), 25-47. http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-2370.2005.00105.x.
http://dx.doi.org/10.1111/j.1468-2370.20...
, pois, segundo esses autores, as abordagens desenvolvidas nas últimas décadas são mais horizontais, focadas no processo e se concentram nas necessidades dos stakeholders.

Destaca-se que 21 artigos adotaram tanto os fatores Financeiros/econômicos, quanto as perspectivas relacionadas aos Clientes. O desempenho financeiro e/ou econômico demonstra se a estratégia da logística reversa implementada na companhia obteve (ou não) o sucesso e o retorno esperados. Nos fatores relacionados a clientes, a empresa avalia a satisfação dos mesmos perante as estratégias adotadas.

Nas demais perspectivas evidenciadas apresenta-se entre parênteses o número de vezes que são mencionadas nos artigos analisados, sendo: Operação interna (19), Ambiental (16), Inovação e crescimento (13), Social (5) e Fornecedor (3). Percebe-se que a incorporação das medidas ambientais, sociais e fornecedor são uma integração das perspectivas do BSC com a visão do Performance Prism, proporcionando a criação de scorecards apropriados à realidade da empresa.

Para Shaik & Abdul-Kader (2014)Shaik, M. N., & Abdul-Kader, W. (2014). Comprehensive performance measurement and causal-effect decision making model for reverse logistics enterprise. Computers & Industrial Engineering, 68, 87-103. http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12.008.
http://dx.doi.org/10.1016/j.cie.2013.12....
, todas as empresas devem possuir seis perspectivas: financeira; processos (interno e externo); partes interessadas; inovação e crescimento; meio ambiente; e social. No entanto, Hernández et al. (2012Hernández, C. T., Marins, F. A. S., & Castro, R. C. (2012). Modelo de gerenciamento da logística reversa. Gestão & Produção, 19(3), 445-456. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012000300001.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012...
, p. 454) destacam que “[...] mesmo um modelo sendo aplicável a empresas de quaisquer ramos de atividade, sempre será necessário fazer adequações específicas às características de cada empresa”, pois as medidas de desempenho adotadas sujeitam-se à dificuldade do processo que se pretende medir e a sua relevância no tocante aos objetivos estabelecidos pela empresa, bem como à utilização dessas informações por parte dos gestores (Hernández et al al., 2012).

Conforme Chaves et al. (2008)Chaves, G. L. D., Alcântara, R. L. C., & Assumpção, M. R. P. (2008). Medidas de desempenho na logística reversa: O caso de uma Empresa do setor de bebidas. Relatórios de Pesquisa em Engenharia de Produção, 8(2), 1-23., há diversas variáveis para medir e avaliar o desempenho de uma atividade. Entretanto, não há uma explicação única sobre a melhor forma de mensurar o desempenho de uma atividade, uma vez que as empresas apresentam realidades diversas e estão contidas em setores distintos.

5 Conclusões

A logística reversa se tornou um processo importante, contribuindo para a vantagem competitiva sustentável. Porém, para que esse processo seja eficaz, as empresas devem monitorá-lo por meio de um sistema de mensuração de desempenho. Desse modo, este estudo teve como objetivo investigar, por meio de uma análise sistemática da literatura, as formas de mensuração de desempenho da logística reversa.

Os resultados evidenciaram que as formas mais utilizadas para a mensuração de desempenho da logística reversa foram a performance financeira e/ou econômica, juntamente com os indicadores relacionados aos clientes.

Pode-se inferir que as perspectivas financeiras e/ou econômicas visam mensurar se as ações da logística reversa proporcionam aumento de receitas e redução de custos. Ou seja, as empresas devem atender seus objetivos financeiros e, ao mesmo tempo, oferecer valor ao seu cliente, sua principal fonte de receita.

As demais formas de mensuração de desempenho adotadas foram: Melhoria dos Processos Internos, Ambiental, Inovação e Crescimento, Social e, por último, Fornecedor.

Sabe-se que para gerar valor aos clientes é necessário otimizar os Processos Internos da companhia, sendo possível reduzir custos e tornar a empresa mais competitiva.

A medida relacionada aos fatores ambientais inclui a satisfação do governo, a redução de impactos ambientais, controle de consumo de energia, combustível limpo, imagem da empresa, ou seja, a eficiência da gestão ambiental.

A perspectiva Inovação e crescimento identifica os investimentos que devem ser feitos para a empresa obter sucesso financeiro a longo prazo. Neste estudo destacam-se as alianças estratégicas, a satisfação dos funcionários, o treinamento de funcionários, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a equipe de gestores interessados, tecnologia da informação, recompensa e motivação, atividades educativas e competitividade.

Em relação aos fatores sociais, a empresa visa mensurar o nível da cidadania corporativa. Quanto aos indicadores relacionados aos fornecedores, o objetivo é conhecer se os fornecedores possuem certificações ambientais e, também, o compromisso do fornecedor com as demais práticas ambientais, como, por exemplo, a quantidade de fornecedores que possuem práticas de reciclagem.

Diante disso, percebe-se a importância da logística reversa para o futuro da empresa, pois, devido à concorrência acirrada, à legislação ambiental e às exigências dos demais stakeholders, são primordiais os investimentos nessa área, buscando o desenvolvimento sustentável e agregando diversos benefícios à empresa.

Nos últimos tempos, as práticas de logística reversa ganharam importância, mas há poucos trabalhos acadêmicos sobre a mensuração do seu desempenho. Desse modo, este artigo se limita, primeiramente, pela escassez de estudos relevantes que abordam as formas de mensuração de desempenho da logística reversa. Os critérios de busca utilizados estão atrelados às escolhas definidas pelos autores deste artigo – as bases de dados, as palavras-chave definidas e a combinação das mesmas – podendo ser considerados outra limitação do trabalho. No entanto, a revisão de literatura efetuada incluiu outros trabalhos que, inicialmente, não haviam sido encontrados pela busca, e os resultados indicam que, efetivamente, há poucos estudos discutindo a mensuração de desempenho da logística reversa, o que se torna uma oportunidade de futuras pesquisas na área.

Sugere-se, como pesquisa futura, investigar os métodos adotados pelas empresas brasileiras para mensurar o desempenho da logística reversa, bem como processos inovadores a ela aplicados. Outra oportunidade de pesquisa está relacionada ao processo para identificação de critérios de mensuração do desempenho da logística reversa (índices e indicadores) e a busca de modelos personalizados, considerando-se as especificidades de cada contexto.

Agradecimentos

Agradecemos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pelo auxílio financeiro.

  • Suporte financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2017
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2018

Histórico

  • Recebido
    08 Jul 2016
  • Aceito
    08 Dez 2016
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