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História, Ciências, Saúde-Manguinhos
versão impressa ISSN 0104-5970versão On-line ISSN 1678-4758
Hist. cienc. saude v.8 supl.0 Rio de Janeiro 2001
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702001000500006
O botânico e o mecenas: João Barbosa Rodrigues e a ciência no Brasil na segunda metade do século XIX The botanist and the maecenas: João Barbosa Rodrigues and science in Brazil in the second half of the nineteenth century
Magali Romero Sá Pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
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Introdução A segunda metade do século XIX pode ser caracterizada como uma época de mudanças significativas no cenário científico nacional. A afirmação da comunidade científica brasileira começou a se definir a partir de movimentos liderados por alguns doutos cientistas que, pressionando por uma política mais agressiva do governo em relação à reformulação das instituições científicas e ao apoio a cientistas nacionais, criaram um cenário propício ao desenvolvimento de velhas e novas disciplinas ligadas às ciências e à formação de especialistas brasileiros que se tornariam referência mundial. | |
1 O botânico brasileiro Francisco Freire Alemão Cysneiros foi um dos primeiros a protestar contra a falta de reconhecimento, pelos naturalistas estrangeiros, dos trabalhos realizados pelos brasileiros. Ele acusava principalmente os botânicos, e em particular Carl von Martius, que estava sempre pedindo que lhe enviassem material do Brasil para que fosse analisado pelos especialistas estrangeiros e incluído em sua obra Flora Brasiliensis, não levando em consideração as descrições feitas pelos brasileiros (Neiva, 1929, p. 26).
2 Estatuto da Sociedade Vellosiana de 6 de setembro de 1850 (Arquivo Histórico-Administrativo do Museu Nacional, pasta 3, doc. 157).
3 Vários naturalistas estrangeiros que trabalhavam no Brasil enviavam periodicamente material científico e o resultado de suas pesquisas para publicação às suas instituições de origem (Mello Leitão, 1937). | A história natural no Brasil na segunda metade do século XIX
Com esse desabafo, Guilherme Schüch, barão de Capanema, dirigiu-se aos membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em sessão realizada em 1854. Amigo de infância de d. Pedro II e de grande influência na Corte, Capanema engenheiro, geólogo e apaixonado por botânica incluía-se entre os brasileiros que propunham uma nova ordem em relação ao apoio governamental aos estudiosos nacionais. |
4 Manuscrito Museu Imperial de Petrópolis, Arquivo D. Pedro II, M. 25, doc. 913.
5 Ver relação dessas publicações em Guimarães (1952); Barbosa Rodrigues (Rodriguesia, 15, no 27, pp. 191-212).
6 Manuscrito Museu Imperial de Petrópolis, Arquivo D. Pedro II, M. 25, doc. 913.
| Botânico amador ou profissional? A comunidade científica brasileira surpreendida Em 1870, João Barbosa Rodrigues surpreendeu a comunidade científica nacional com a apresentação de uma obra sobre orquídeas brasileiras, em três volumes e com descrições em latim e francês. A imprensa da época assim noticiou o feito: "Dr. João Barbosa Rodrigues, após longos anos de estudos botânicos e de longas viagens pelas florestas do Brasil, tinha conseguido fazer o mais profundo e completo trabalho até hoje conhecido sobre a família das orquídeas brasileiras, do qual tinha prontos três volumes de estampas com descrições em latim e francês."4
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7 Manuscrito Museu Imperial de Petrópolis, Arquivo D. Pedro II Correspondência Barbosa Rodrigues, 1870.
8 Manuscrito Museu Imperial de Petrópolis, Arquivo D. Pedro II, M. 25, doc. 913.
| Ladislau Netto era, à época, chefe interino da seção de botânica do Museu Imperial e secretário perpétuo da Sociedade Vellosiana. Barbosa, ao mostrar sua coleção de orquídeas e projeto de ilustração científica a Netto, esperava apoio, e nunca a reação desencorajadora que recebeu. Contudo, Netto, que tinha sérias restrições a ele, especialmente em relação a seu caráter, julgou ser esta mais uma tentativa de Barbosa projetar-se mesmo sem reunir condições científicas para realizar tão ambiciosa obra. |
9 Ludwig Riedel, botânico alemão residente no Brasil desde 1820, foi convidado pelo barão de Langsdorff para participar da expedição científica comandada por ele ao interior do Brasil. Ao final da expedição (1825-29), Riedel radicou-se no Rio de Janeiro, ocupando o posto de diretor do Jardim do Passeio Público e, posteriormente, diretor da seção de botânica do Museu Nacional. Faleceu em 1861.
10 Stephan Ladislau Endlicher foi o primeiro colaborador de Martius na Flora Brasiliensis.
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O fato de Barbosa Rodrigues ser realmente um amador contribuiu muito para que seu trabalho não fosse reconhecido como realização científica. A institucionalização de disciplinas ligadas à história natural, como a zoologia, a botânica, a geologia e a arqueologia, na época, contribuiu para que animosidades surgissem entre os que se consideravam cientistas profissionais e os amadores, incluindo-se entre os últimos tanto o barão de Capanema, com seu interesse por botânica, como Barbosa Rodrigues, na época apenas um professor de desenho do Colégio Pedro II. A rejeição inicial a Barbosa pode ser comparada à sofrida pelo também ilustrador científico e naturalista amador inglês William Swainson. Igualmente autodidata, Swainson acabou por não obter o reconhecimento almejado por parte da comunidade científica da época, ainda que tenha conseguido reunir uma rica coleção de vários grupos animais e vegetais, com coletas em várias partes da Europa e da América do Sul, e descrito e ilustrado primorosamente não só exemplares por ele coletados como outros existentes em coleções européias (Parkinson, 1984; Knight, 1986). |
11 Eichler faleceu em 1887, tendo sido substituído por Ignacio Urban, botânico de nacionalidade alemã. A Flora foi finalizada em 1906, com cerca de vinte mil espécies descritas. Dos 65 naturalistas participantes, 38 eram alemães, cinco austríacos, cinco ingleses, cinco suíços, quatro franceses, dois belgas, dois dinamarqueses, dois tchecoslovacos, um holandês e um húngaro (Mello Leitão, 1937).
12 Ver documentos depositados nos Arquivos do Museu Nacional (AAHCMN, docs. 35, 1874; 31, 33 e 34, 1876).
| Um naturalista no campo: o aprendizado com os caboclos e os indígenas Após o polêmico julgamento de seu trabalho sobre orquídeas, Barbosa Rodrigues, sob o patrocínio do barão de Capanema, foi comissionado pelo governo brasileiro para explorar o vale do rio Amazonas, "tendo entre outras obrigações a de completar, corrigir e aumentar o gênero Palmarum do venerado Martius". O naturalista bávaro Carl Friedrich von Martius havia percorrido a região amazônica no início do século XIX e se dedicado às palmeiras do Brasil, tendo recebido subsídio do governo brasileiro para editar sua obra Flora Brasiliensis. Após a morte de Martius, em 1868, o botânico alemão August Eichler assumiu a edição do trabalho, tendo se mantido o apoio do governo brasileiro.11 |
13 Regnell nasceu em Estocolmo em 1807 e faleceu em Caldas (MG) em 1884. Veio para o Brasil para tratamento pulmonar, aqui completando seus estudos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Fixou residência em Caldas, em 1841, dedicando-se à clínica e à coleção botânica. Financiou a vinda de vários botânicos suecos para estudar e coletar material no Brasil. Sua coleção atualmente se encontra na Suécia e leva o seu nome.
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A habilidade de Barbosa para distinguir espécies na natureza foi provavelmente adquirida quando de suas primeiras excursões, em companhia do botânico sueco Salamon Eberhard Henschen, pelas serras de Minas Gerais, em busca de orquídeas. Henschen viera para o Brasil a convite do médico sueco e colecionador botânico Anders Fredrick Regnell, que residiu na cidade de Caldas, em Minas Gerais. Regnell financiava compatriotas seus para virem ao Brasil estudar e aumentar a coleção de plantas que possuía (Hoehne, 1941).13 Barbosa, durante os seis meses que passou na região, em 1869, herborizou e conviveu com esses botânicos, o que contribuiu para desenvolver seus conhecimentos. Junte-se a isso o interesse do próprio barão de Capanema pelas orquídeas, plantas das quais mantinha coleção em sua fazenda em Curitiba. Regnell acabou por se tornar um apreciador do trabalho de Barbosa Rodrigues, ajudando-o a promover sua obra no exterior. O conhecimento de idiomas, em especial o latim, que era condição básica para se trabalhar com taxionomia, e o seu excelente senso de observação, notadamente em relação às pequenas estruturas dos exemplares estudados (adquirido talvez quando ainda era professor de desenho), foram fundamentais para o desenvolvimento profissional de Barbosa Rodrigues na área da botânica (Figuras 3 e 4).
Prioridade científica: a eterna luta de Barbosa Quando se encontrava em Óbidos no ano de 1873, Barbosa foi procurado por três britânicos que participavam de uma expedição de exploração na região amazônica a serviço da companhia de navegação Amazon Steam Navigation Company. Os britânicos um botânico e médico, um engenheiro e um geólogo haviam acabado de chegar à cidade e, ao tomarem conhecimento da presença de um especialista em botânica da capital do Império, prontamente se dirigiram à residência de Barbosa. Sentindo-se lisonjeado, Barbosa recebeu-os de forma fraternal, tendo lhes mostrado com orgulho seus desenhos e coleções. Dessa visita, o botânico britânico James William Helenus Trail registrou (apud Sá, 1998, p. 152):
Dias mais tarde, Barbosa Rodrigues retribuiu a visita aos ingleses, tendo o botânico Trail registrado na ocasião:
Trail e Barbosa iniciaram então uma relação de camaradagem, trocando informações científicas e participando de coletas conjuntas; homenageavam um ao outro, nomeando espécies novas de plantas (no caso, palmeiras) (Figura 5). Barbosa Rodrigues esforçava-se ao máximo para agradar aos visitantes estrangeiros. Após alguns dias de convivência harmoniosa, contudo, um sentimento de desconfiança surgiu no brasileiro, que passou a achar suspeito o excessivo interesse do botânico europeu pelas mesmas palmeiras que vinha coletando. Tal sentimento fez com que Barbosa não mais fornecesse informações a Trail, e após um mês de pacífica convivência teve início um processo de competição entre eles. As conseqüências do episódio, contudo, só iriam transparecer anos mais tarde.
Um ano após ser lançado o trabalho de Barbosa, Trail publicou um estudo sobre o material de palmeiras coletado por ele na Amazônia, ignorando então algumas das descrições publicadas por Barbosa em 1875. Tinha tomado tal decisão porque considerava ter ele prioridade sobre a descrição dessas espécies, já que, antes de partir do Pará para a Inglaterra, havia deixado com Barbosa amostras desse material com suas respectivas diagnoses (Trail, 1877a; 1877b; 1876). Tomando a atitude de Trail como um insulto, tendo-a considerado mesmo como um desrespeito aos naturalistas brasileiros, já que a prioridade é de quem publicou primeiro, Barbosa Rodrigues (1903; 1888; 1882; 1879) desencadeou uma série de protestos publicados (Figueiredo, 1879).
Informado por Regnell do conteúdo da carta, Barbosa não aceitou a oferta e, em 1877, publicou a diagnose de suas espécies sem contudo ilustrá-las. A justificativa para tal atitude dada por Barbosa foi a de que ele já havia se comprometido com editores brasileiros e estes não aceitaram interromper o processo de impressão da obra. Reichenbach, desiludido por Barbosa ter rejeitado publicar em co-autoria a diagnose das orquídeas brasileiras, retirou sua proposta e acabou desistindo de participar da Flora Brasiliensis. Barbosa (1882), por seu turno, continuou a receber ofertas de outros pesquisadores encarregados de escrever a parte de orquídea da Flora; contudo, não as aceitou por julgá-las desfavoráveis a ele. Após desencontros vários, até mesmo entre os próprios botânicos europeus, o belga Alfred Cogniaux finalmente aceitou assumir a tarefa. Conhecedor do trabalho de Barbosa, Cogniaux igualmente convidou-o a participar da obra de Martius por meio da utilização dos seus desenhos de orquídeas ainda inéditos e das descrições das espécies novas. Em 1892, Barbosa finalmente aceitou o convite. |
14 Amaral (1951), Ofiólogo Lacerda (em João Batista de Lacerda, Comemoração do centenário de nascimento 1846-1946, Publicações Avulsas do Museu Nacional, RJ).
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Das 372 pranchas publicadas em preto-e-branco na Flora Brasiliensis, 267 foram copiadas dos originais de Barbosa Rodrigues. Em relação a isso, ele nunca deixou de registrar em seus trabalhos posteriores uma grande frustração em relação à ínfima participação que teve na elaboração da parte de orquídeas da Flora Brasiliensis. A mágoa que ele e outros naturalistas compatriotas tinham referia-se ao fato de que, já que o governo brasileiro subsidiava a monumental obra, deveria incentivar a participação de cientistas nascidos aqui na sua elaboração e não tolerar sua atuação como meros colaboradores dos 'grandes especialistas europeus'. |
15 Tribo indígena que vivia às margens do rio Jatapu, afluente do rio Uatumã, no Pará.
16 Segundo o botânico do Museu Nacional, prof. Luiz Emygdio de Mello Filho, a pariquina foi comercializada até meados de 1930 (comunicação pessoal).
| A afirmação de Barbosa Rodrigues como cientista no cenário nacional e internacional Em seu artigo 'Mbaé-Kaá', Barbosa Rodrigues (apud Hoehne, 1925) destacou:
Barbosa Rodrigues foi um excelente observador dos costumes dos indígenas, principalmente em relação ao conhecimento e uso da natureza por eles. Publicou vários trabalhos de etnografia e aprendeu com os índios Pariquis15 o uso de uma planta herbácea da família das nictagináceas empregada no tratamento hepático. Patenteou a fórmula com o nome "pariquina" em homenagem à tribo indígena, e o uso de tal medicamento teve ampla aceitação popular.16 Segundo sua neta Dilke B. Rodrigues Salgado (1945), a pariquina mereceu também o apoio de médicos como Oswaldo Cruz, que em carta a Barbosa Rodrigues aprovou o novo medicamento:
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17 A Vellosia teve seu primeiro volume impresso em Manaus em 1888. Retirada de circulação por problemas gráficos, teve sua segunda edição impressa no Rio de Janeiro em 1891.
18 Joaquim Campos Porto, ex-secretário do Museu Botânico do Amazonas e genro de Barbosa Rodrigues, publicou na segunda edição da Vellosia (p. 76), as impressões deixadas pelo viajante Frank Vincent em Around and about South América, sobre o Museu Botânico.
| A Revista do Instituto Histórico e Geográfico serviu bem aos propósitos de divulgação e promoção dos trabalhos realizados por Barbosa com os indígenas e sobre a geografia da região amazônica. Em 1876, Barbosa Rodrigues, Guilherme S. de Capanema e Baptista Nogueira fundaram uma revista dedicada à divulgação científica intitulada Ensaios de Sciencia, deixando claro, porém, que ela representaria um espaço para que os amadores pudessem divulgar suas investigações. A revista teve apenas três números o último em 1879. Outra publicação utilizada por Rodrigues como meio para divulgar seus trabalhos foi a Revista de Horticultura, que teve quatro volumes editados durante os anos de 1876 e 1879. Na década de 1880, Barbosa foi convidado por Capanema para trabalhar na fábrica de formicida que este possuía em Rodeio. Não tendo até então conseguido se firmar profissionalmente como botânico, para lá mudou-se Barbosa Rodrigues com a família, permanecendo alguns anos na região. Durante essa temporada, Barbosa aproveitou para dar prosseguimento a seus estudos sobre orquídeas, publicando já em 1881 trabalho com descrição de espécies novas coletadas na região. Em 1883, novamente graças à influência de Capanema, Barbosa foi chamado pelo governo imperial para dirigir o recém-criado Museu Botânico do Amazonas. Após 13 anos de esforços para ser reconhecido como pesquisador em botânica, Barbosa finalmente foi convidado a atuar como profissional da área e a dirigir uma instituição científica. Essa fase contribuiu decisivamente para consolidar sua posição de destaque entre os estudiosos da flora brasileira. Responsável pela concepção básica do museu, Barbosa Rodrigues apresentou um plano ambicioso, no qual os estudos de botânica aplicada à medicina e à indústria tinham lugar de destaque. Entre as propostas, foram incluídas a análise química e extração de material para experiências fisiológicas e terapêuticas, "para se conhecer sua ação e seus efeitos sobre o organismo humano", e a análise de substâncias com potencial para utilização na indústria. Além de um herbário, a criação de uma revista especializada também foi programada. Denominada Vellosia, em homenagem ao botânico frei Velloso, o periódico científico teve apenas um número publicado.17 Durante sete anos, o Museu Botânico do Amazonas funcionou precariamente, tendo Barbosa conseguido, mesmo assim, reunir uma coleção de mais de três mil exemplares catalogados (Campos Porto, 1891).18 Problemas orçamentários, todavia, fizeram com que o museu não se desenvolvesse como o planejado por Rodrigues, que não obteve meios para manter seu herbário e funcionários. Com a proclamação da República, Barbosa Rodrigues foi nomeado, em 1892, diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, tendo conseguido implantar nessa instituição alguns dos projetos elaborados para o Museu Botânico do Amazonas, inclusive alguns que aproveitaram experiências bioquímicas lá realizadas. O ideal nacionalista da época, o mecenato de Capanema e uma grande ambição acabaram por tornar Barbosa Rodrigues o dirigente de maior prestígio da história da instituição até aquela época. Como diretor do Jardim Botânico e com o apoio do médico e político Miranda de Azevedo, ele finalmente conseguiu publicar em 1903 sua obra sobre palmeiras, Sertum Palmarum brasiliensis. Seus opositores do passado se encontravam ocupados com outras questões, e a comunidade científica já o reconhecia como um grande naturalista. Ainda hoje, ele é considerado internacionalmente um dos botânicos de maior expressão que o Brasil já teve. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Recebido para publicação em junho de 2001.
Aprovado para publicação em agosto de 2001.