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T E S E S

Cenários do amanhã: sistemas de produção de soja e os transgênicos

Novas tecnologias, resultantes dos processos biotecnológicos de intervenção do homem sobre a natureza, chegam aos nossos campos através das plantas transgênicas, que já abastecem parcelas do mercado mundial com produtos modificados geneticamente.

Um debate público a propósito dos transgênicos vem transformando a ciência, os governos e os cenários de futuro em objetos de questionamento.

Neste trabalho, desenvolvo uma investigação teórica desta questão, sistematizo e analiso a visão dos defensores das agrobiotecnologias e das agroecologias a propósito dos riscos ecológicos, sociais, econômicos e éticos representados pela introdução dos transgênicos na agricultura.

Através de pesquisa de campo, descrevo e analiso um sistema convencional de produção de 'soja domesticada', considerando a percepção que seus atores sociais têm das vantagens dessa nova tecnologia, dos impactos e da diminuição dos riscos socioeconômicos e ambientais na agricultura da região estudada.

Identifico alguns desses processos como um sistema de dupla entrada/saída, que poderá caminhar, através de sua complexidade dinâmica, tanto para as agrobiotecnologias quanto para as agroecologias.

Associo as possibilidades de concretização de cada uma dessas direções à evolução dos movimentos sociais, aos avanços das tecnologias sob os dois paradigmas e aos cenários político-econômicos mundiais, envolvendo, sobretudo, os movimentos sociais internacionais e o comportamento dos mercados de alimentos.

Os cenários de futuro, propostos a partir desse enfoque, atestam a possibilidade da agroecologia como uma alternativa fértil, e da soja ecológica como uma potencialidade a explorar. Diante dos riscos apontados, e das incertezas associadas às agrobiotecnologias, evidencia-se a necessidade de atender ao princípio da precaução em relação ao emprego dos transgênicos na agricultura e de pensar a agroecologia como "paradigma sucessor" das agrobiotecnologias.

Thaïs Martins Echeverria

Tese de doutoramento, 2001

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Rua Alexander Fleming, 254.

13092-340 Campinas – SP Brasil

echevery@correionet.com.br

"Juro-lhe pela honra de bom vassalo e bom português": filósofo natural e homem público – uma análise das memórias científicas do ilustrado José Bonifácio de Andrada e Silva (1780-1819)

A dissertação tem como objetivo central resgatar o perfil de filósofo natural do ilustrado José Bonifácio de Andrada e Silva, uma vez que a grande maioria dos estudos historiográficos que versam sobre este personagem enfatizam o seu lado de "patriarca da independência", ou seja, o perfil de estadista e parlamentar. Tendo como hipótese central a consideração de que o perfil de naturalista e o de homem público são indissociáveis na trajetória de vida deste homem, buscamos fazer um estudo contextualizado das suas memórias científicas em sua "fase portuguesa". Seguimos a nova historiografia das ciências e a sua proposta de analisar as práticas científicas como inseridas em um espaço e tempo concretos, para que assim pudéssemos compreender o contexto histórico cultural-científico onde o personagem e sua obra estavam inseridos. As memórias científicas de José Bonifácio foram analisadas por meio do cruzamento com o contexto histórico cultural-científico do momento em que foram produzidas e tiveram como uma das principais metas mostrar como se deram as práticas científicas no contexto das relações entre Portugal e América portuguesa na chamada crise do antigo sistema colonial.

Alex Gonçalves Varela

Dissertação de mestrado, novembro de 2001

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Instituto de Geociências/Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino

Rua Ferreira Viana, 36/502

22210-040 Rio de Janeiro – RJ Brasil

alex@ige.unicamp.br

Memória e planejamento urbano: um estudo sobre o centro histórico do Rio de Janeiro, no século XX

Este trabalho teve o propósito de estudar a relação entre memória do espaço construído e desenvolvimento urbano, no processo de transformação da paisagem urbana do centro histórico do Rio de Janeiro, promovidas pelo Estado, durante o século XX. A partir do conceito de memória – como é tratada pelas ciências sociais – a relação espaço-tempo-homem é investigada, nas particularidades da arquitetura e urbanismo. A evolução urbana desse 'lugar' da cidade, como uma das referências para a construção da memória coletiva, é analisada a partir da identificação dos momentos-chave das intervenções urbanísticas desse período, confrontados com um panorama delineado da evolução das teorias e práticas do urbanismo moderno e da preservação do patrimônio histórico urbano. Demonstrando como ambas as disciplinas se caracterizaram como um dos produtos da civilização ocidental moderna; como o planejamento urbano no Brasil recebeu essas influências; e de que forma esse contexto contribuiu para a configuração do centro histórico do Rio de Janeiro.

Sonia Aparecida Nogueira

Dissertação de mestrado, 2001

Programa de Pós-Graduação em História e Preservação do Patrimônio Cultural

Universidade Federal do Rio de Janeiro – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Av. Brasil, 4365 Pavilhão Mourisco

21045-900 Rio de Janeiro – RJ Brasil

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Jan 2004
  • Data do Fascículo
    Abr 2002
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