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Carta do editor

CARTA DO EDITOR

Caros leitores,

Aniversários importantes ocorreram no tempo decorrido entre o último número da revista e este.

A Casa de Oswaldo Cruz (COC) completou 15 anos em maio de 2002, orgulhosa por haver transformado a história da saúde pública e das ciências da vida numa área consolidada dentro desta instituição multifacetada que é a Fundação Oswaldo Cruz, e numa área reconhecida extramuros, através de frutíferas relações de parceria e interlocução com centros de ensino e pesquisa, museus, bibliotecas e arquivos, associações, periódicos e núcleos atuantes na saúde, nas ciências humanas e biológicas, na arquitetura e nas artes.

Quinze anos atrás, éramos um punhado de intrusos na instituição que Sérgio Arouca renovava, empenhados em demonstrar para aqueles cientistas ciosos de suas tradições que a história poderia ser muito mais do que um confeito nos bolos retóricos de suas celebrações. Como no Instituto Soroterápico, em seus tempos heróicos, não havia ainda especializações no seio da aguerrida equipe que Paulo Gadelha recrutara: cuidávamos de desenrolar as linhas inaugurais de pesquisa, de mapear acervos dispersos por arquivos e laboratórios da Fiocruz, de expandir e enriquecer o pequeno museu devotado ao culto a Oswaldo Cruz e de retirar do abandono em que se encontrava o fabuloso conjunto arquitetônico de Manguinhos. Hoje, a COC é uma respeitada unidade da Fundação, com um dinâmico departamento de pesquisa, com doutorandos e mestrados a explorar novos rincões da história e filosofia das ciências, um ambicioso museu que já é excelente pedida na programação cultural da cidade, um departamento de arquivo e documentação que entrou em obras para conseguir acomodar os acervos e bibliotecas que não param de chegar; e um time de arquitetos que, não contente em fazer brilhar as jóias arquitetônicas de Manguinhos, lança-se em empreendimentos inovadores de pesquisa e ensino.

História, Ciências, Saúde – Manguinhos também é fruto destes quinze anos de atividades da Casa de Oswaldo Cruz, ainda que não lhe pertença com a mesma exclusividade que outros departamentos, porque não é porta-voz somente, nem sequer predominantemente do que seus quadros produzem, porque de sua fabricação participam colaboradores, pareceristas, editores e profissionais de outras procedências, e ainda porque a revista responde perante o Conselho Nacional de Pesquisas, que a subsidia e avalia, e perante a Scielo e outros indexadores, que lhe dão cidadania no mundo acadêmico.

Nós que formamos a 'cozinha' desta revista supimpa que o leitor tem em mãos sopramos, com prazer, as velas dos 15 anos da Casa de Oswaldo Cruz, e as dos oito anos de História, Ciências, Saúde – Manguinhos, que veio a lume precisamente em 26 de julho de 1994. Por coincidência, é o dia do aniversário de nossa editora Ruth B. Martins. Naturalmente, não revelarei quantos anos ela fez neste 26 de julho que acabou de passar –, seria uma indelicadeza, e as mulheres odeiam revelar a idade. Direi apenas que foi com muita ternura que comemoramos aqueles (poucos) cabelos brancos que ela ganhou desde os tempos em que preparávamos, com máquina de escrever e mimeógrafo, os canhestros ancestrais de Manguinhos, os Cadernos da Casa de Oswaldo.

Jaime Benchimol

Editor

EDITOR'S NOTE

Dear Readers,

We have celebrated important anniversaries since our last issue.

In May 2002, we celebrated the 15th anniversary of Casa de Oswaldo Cruz, the center that has changed the history of Public Health and Life Sciences into a consolidated field of studies within the walls of the diversified Fundação Oswaldo Cruz and into a recognized field of studies without its walls, through enriching partnerships with research centers, museums, libraries and archives, associations, periodicals and other centers dedicated to health, human sciences, biological sciences, architecture and the arts.

Fifteen years ago, we were a group of outsiders brought by Sérgio Arouca's administration and its new approaches. One of our main objectives at that time was to show scientists that were aware of traditions that history could provide them with more than mere decoration elements for their rhetoric. As it happened during those heroic times at Instituto Soroterápico, there were no specialized professionals on the brave staff recruited by Paulo Gadelha. We were beginning to design research guidelines, to have an inventory of information scattered around Fiocruz files and laboratories, to expand and enrich the small museum devoted to Oswaldo Cruz as a myth and to rescue the fabulous architectural patrimony of Manguinhos from abandonment and decay. Today, COC is an outstanding unit , with a dynamic research department, with specialized professionals exploring new aspects of the history and the philosophy of sciences, a remarkable museum that has become part of the city's cultural agenda, an information center that had to be enlarged in order to host the collections and libraries that we keep receiving, and a team of architects who have not only recovered our precious architectural gems, but also started an innovative research and teaching trend.

História, Ciências, Saúde – Manguinhos is one of the results of the activities that have taken place at Casa de Oswaldo Cruz during the past fifteen years, although our periodical is not exclusively related to COC, as some other departments are, due to the fact that, besides the contribution given by our staff, we also count on outside contributors, peer reviewers, advisers, editors and other types of professionals. Besides, we report to Conselho Nacional de Pesquisas (Brazilian Research Council), which supports and evaluates our publications, as well as to Scielo http://www.scielo.org and other scientific bibliography databanks, which place us in the academic world.

Those of us who `cook' this great magazine you have in your hands now gladly blew out the candle at Casa de Oswaldo Cruz's 15th anniversary and at the 8th anniversary of História, Ciências, Saúde – Manguinhos, which came to life on July 26, 1994. On the same date, we also celebrate our publisher Ruth Martins's birthday. Obviously, I will not tell you how old she is now. It would be impolite, as women hate to reveal their age. I will only say that we warmly celebrated the few white hairs Ruth has gained since the days when we used typewriters and mimeograph machines to prepare the rustic ancestors of Manguinhos, os Cadernos da Casa de Oswaldo Cruz (Manguinhos, Casa de Oswaldo Cruz Notebooks).

Jaime Benchimol

Editor

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Jan 2004
  • Data do Fascículo
    Ago 2002
Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Av. Brasil, 4365, 21040-900 , Tel: +55 (21) 3865-2208/2195/2196 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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